Terminam hoje (24) as inscrições para o concursos de contratação de professores

Jornalismo IFMG – O Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) está com editais abertos para concursos públicos destinados à seleção de candidatos para vagas de técnico em Contabilidade, técnico em Tecnologia da Informação, técnico de Laboratório, além de quatro vagas para docentes. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, conforme prazos e informações a seguir.

Vagas para técnicos

De acordo com o edital 44/2021, as cinco vagas para o cargo de técnico de Laboratório serão distribuídas da seguinte forma: 01 para Ibirité (Mecânica), 02 para Ouro Preto (Física / Química e Microbiologia Ambiental), 01 para Sabará (Controle e Processos Industriais) e 01 para Arcos (Eletromecânica). Já o edital 45/2021 prevê 02 vagas para técnico de Contabilidade, sendo 01 para Ibirité e 01 para Ribeirão das Neves; e 01 vaga para técnico de Tecnologia da Informação em Ibirité. A carga horária é de 40 horas semanais, com remuneração de R$ 2.446,96, mais auxílio alimentação de R$458.

As inscrições até 12 de setembro, a uma taxa de R$ 90. O candidato poderá realizar apenas uma inscrição e concorrerá às vagas por cargo e unidades de lotação. A seleção para todos os cargos ocorrerá mediante prova objetiva, classificatória e eliminatória, prevista para o dia 5 de dezembro.

Vagas para professores

Três editais que haviam sido suspensos em função da pandemia de Covid-19 foram reabertos, visando à contratação de professores da carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico que atuarão sob regime de trabalho de 40 horas com dedicação exclusiva.

As inscrições acontecem até 24 de agosto, a uma taxa de R$ 201. A remuneração varia de R$4.921,93 a R$10.074,18, de acordo com a titulação apresentada pelo candidato aprovado, mais auxílio alimentação de R$458. Os editais preveem prova objetiva e dissertativa para o dia 7 de novembro.

Campus São João Evangelista (Edital 103/2019): 01 vaga professor área Ciências Agrárias/Geoprocessamento.
Campus Governador Valadares (Edital 104/2019): 01 vaga professor área Engenharia Ambiental e Sanitária.
Campus Congonhas (Edital 106/2019): 02 vagas professor área Mecânica.

Os candidatos a qualquer uma das vagas devem conferir atentamente os editais antes de se inscreverem. Inscrições apenas pela internet, na página de Concursos do IFMG:

Editais e inscrições: www.ifmg.edu.br/portal/concursos
Dúvidas e informações: concursos@ifmg.edu.br

Fonte: MAIS MINAS

UFVJM – MG disponibiliza novo Concurso Público para professores do magistério superior

Profissionais contratados devem ministrar aulas no campus JK em Diamantina, em regime de trabalho de dedicação exclusiva, e serão beneficiados com remuneração de R$ 9,6 mil ao mês

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Minas Gerais, torna públicas as inscrições do novo Concurso Público de nível superior destinado à contratação de professores do magistério superior para atuação no campus JK em Diamantina.

Há oportunidades para o preenchimento de duas vagas dentre os docentes nas áreas de conhecimentos/subáreas de educação física (1) e ciências humanas/história da América, história indígena e humanidades/história (1), os quais, quando admitidos, deverão ministrar aulas em regime de trabalho de dedicação exclusiva, com vencimento básico mensal no valor de R$ 4.472,64, acrescido de retribuição por titulação, totalizando R$ 9.616,18 ao mês.

Para participar, os interessados devem efetuar as inscrições no período de 30 de agosto de 2021 a 29 de outubro desse mesmo ano, via serviço postal especificado no edital, mediante envio de documentação comprobatória para a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, Rodovia MGT 367 – Km 583, nº 5.000, Alto da Jacuba, em Diamantina. A taxa de participação no valor de R$ 200,00.

É válido destacar ainda que a data, horário e local das provas serão divulgados posteriormente no site da UFVJM, bem como a banca examinadora do certame.

Jornalista: Sibeli Santos

FONTE PCI CONCURSOS

Confira o edital abaixo

Prefeitura vai vacinar 2ª dose para professores

O setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde Congonhas informa que a data para a aplicação da 2ª dose da vacina contra a Covid-19 dos profissionais de Educação do município será dia 02 de setembro, seguindo o mesmo planejamento da 1ª dose. O atendimento aos profissionais nesta data será realizado de 8h as 18h.

Os educadores devem levar o cartão de vacinação e documento com foto para receber o imunizante Astrazeneca que será aplicado, exatamente, quando completam 12 semanas da aplicação da 1ª dose.

Vale ressaltar que a aplicação ocorrerá apenas para os profissionais que foram imunizados com a 1ª dose em Congonhas, pois o fornecimento da 2ª dose aos municípios é vinculado ao registro da 1ª, não sendo possível aplicar a 2ª dose em professores que foram imunizados em outras cidades.

A repescagem será apenas no dia 03/09, de 8h as 15h, na Central de Imunizações, que fica anexa ao prédio da UPA, juntamente com aplicação de segundas doses de industriais, ferroviários e repescagem de caminhoneiros.

Daniel Palazzi – SECOM – Prefeitura de Congonhas

Dúvidas e informações • Central de Imunização de Congonhas – 3732-1070 / 3731-6688 (RAMAL 1740)

Em Brasília, professores decidem matar a fome antes de ensinar

Denize Francisco Constâncio de Assis é vice-diretora do Centro Educacional Gisno, uma escola pública na Asa Norte, em Brasília. Assim como milhões de crianças e adolescentes país afora, os alunos do Gisno não vão ao colégio desde março de 2020, em virtude da pandemia. Por determinação do Governo do Distrito Federal, há um ano e três meses as aulas estão sendo dadas pela internet. Denize enumera uma série de problemas que o sistema tem trazido ao aprendizado dos alunos, mas o principal problema deles não é de ordem pedagógica. Segundo a vice-diretora, o principal problema dos alunos é a fome.

No levantamento feito pela direção, no ano passado, 30% dos estudantes abandonaram as aulas simplesmente por falta de comida. E o início da equação também é muito simples: com a pandemia, os pais perderam o emprego ou outra fonte de renda que possuíam para manter a família. É o caso da mãe de duas alunas do Gisno, que chegou à escola dizendo que as filhas estavam há quatro dias sem comer. “Eu peguei, tirei do meu próprio bolso e falei vamos ali no mercado e fazer uma compra agora. Ela foi chorando no caminho, contando que não consegue arrumar trabalho”, conta a vice-diretora.

A atitude de Denize é recorrente no Gisno, uma escola que fica numa área nobre de Brasília – o Plano Piloto -, mas que só tem 0,5% de alunos moradores da região. A esmagadora maioria mora na periferia da capital do país e entre esses alunos a chamada insegurança alimentar sempre foi uma realidade, independentemente da pandemia. Os professores se acostumaram a tirar do salário para que alunos e suas famílias tenham o que comer em casa e não haja evasão escolar. O próprio diretor do Gisno, Isley Marth, ajuda há tempos as famílias de três alunos.

Nas aulas presenciais, a merenda escolar era para muitos a garantia da refeição do dia. Mas agora, o governo local substituiu a merenda por um cartão alimentação de cerca de R$ 200, o que acaba sendo utilizado pela família inteira.  Então, o que já era difícil, ficou mais ainda, e o lado pedagógico é afetado pelo social.

É o caso de uma família de seis filhos, metade crianças, metade adolescentes, sendo três alunos do Gisno. “Ninguém está trabalhando na família. Tinham um quiosque, que fechou. A mão vive de bicos, e isso quando consegue. Então falta dinheiro para o aluguel, para o gás, para uma dipirona. Ficou difícil para os filhos fazerem as atividades escolares. E quando não se consegue manter o básico (a comida), que é o principal, as outras coisas (estudo, entre elas) ficam em segundo plano. Me corta o coração que esses estudantes não tenham um biscoito, não tenham uma fruta. Eles têm o quê? Eles têm o cuscuz (de milho) no café da manhã, no almoço e no jantar. Do ponto de vista nutricional, a gente não precisa ser técnico para saber que isso é insuficiente”, a vice-diretora explica de modo enfático, ao mesmo tempo em que se emociona, lembrando que a pandemia escancarou de vez as diferenças sociais na capital do país. “Enquanto uma criança de escola particular tem no café da manhã fruta, cereal, uma criança de escola pública muitas vezes só tem água e farinha”, explica.

Professores compram cestas básicas para atender a principal necessidade dos alunos: comida. Foto André Giusti
Professores compram cestas básicas para atender a principal necessidade dos alunos: comida. Foto André Giusti. Julho/2021

Além do cartão alimentação para substituir a merenda, o Governo do Distrito Federal também entrega nas escolas, uma vez por semana, cestas com frutas, verduras e legumes, mas nem de longe é a solução. “Em uma das remessas, veio uma abóbora, um repolho, couve e três bananas. Isso é muito pouco para quem precisa estudar”, lamenta Denize. Foi então que ela tomou uma inciativa que, pode se dizer, oficializou a ajuda financeira dos professores às famílias dos alunos mais carentes. Ela convocou os colegas para uma vaquinha com o objetivo de arrecadar dinheiro e comprar cestas básicas para distribuir às famílias*.

Com os cerca de R$ 1,8 mil arrecadados, em junho, conseguiram comprar 30 cestas básicas, que foram entregues juntamente com a chamada cesta verde distribuída pelo governo local. Funcionários da escola montaram as cestas de acordo com o tamanho da família. Quem tem mais gente em casa levou mais itens.

No dia da distribuição, quem esperava ver uma fila grande para pegar as cestas ficou espantado. Os pais dos alunos apareciam aos poucos. “Tem muita gente que nem tem o dinheiro da passagem para vir pegar a cesta”, explicou uma funcionária da cantina da escola, que estava trabalhando na distribuição.

Foi o que aconteceu a Sara Gomes, desempregada há três anos. Ela tem seis filhos, dois dos quais no Gisno, e só pode ir pegar a cesta porque uma das professoras depositou R$ 20 para a passagem do ônibus.

A situação piorou com a pandemia, porque as diárias que fazia na limpeza de restaurantes começaram a minguar a partir de março de 2020. No fim de semana anterior à distribuição, ela havia conseguido R$ 200 em duas diárias, mas para o fim de semana seguinte não havia trabalho em vista. O marido faz bicos como pintor e a família recebe R$ 250 do auxílio emergencial do Governo Federal. Eles pagam R$ 700 de aluguel em Santa Maria, cidade a 40 minutos de Brasília. “Ontem mesmo meu gás acabou e quem ajudou foi uma professora daqui”, explica Sara, que conseguiu comprar o botijão de R$ 95, lembrando que o que ganhou com as diárias foi embora na primeira compra de supermercado.

Cesta Verde do Governo do DF não atende necessidades das famílias. Foto André Giusti. Julho/2021
Cesta Verde do Governo do DF não atende necessidades das famílias. Foto André Giusti. Julho/2021

Outra mãe que pegou a cesta básica foi Karina Martins. Ela tem duas filhas, uma de 6 anos e outra de 13, que estuda no Gisno.

Na casa de Karina há uma dificuldade ainda maior que a financeira. “É a dificuldade emocional de lidar com tudo isso. Sinto frustração, tristeza em ver minhas filhas precisarem das coisas e eu não poder dar. Eu não estou conseguindo conciliar o ensino remoto com elas. A adolescente, que estuda aqui no Gisno, é uma briga todo dia para ela estar estudando. Ela não se sente motivada a estudar assim, ela quer estar perto dos colegas. Ela se isolou. Sempre foi boa aluna, sempre tirou notas boas e eu estou muito triste de vê-la assim, uma menina inteligente. Ela é muito crítica e isso tudo está se apagando nela. Ela não quer assistir às aulas, não faz os deveres. E isso está acabando comigo”, lamenta Karina, desempregada há mais de um ano.

Francisco da Cruz, sem emprego fixo por causa da pandemia, também enxerga a saturação emocional dos quatro filhos, dois, alunos do Gisno, que segundo ele “estão de saco cheio” com as aulas remotas. “A gente sente que o aprendizado não é o mesmo. Vamos dizer que seja 50%, porque no computador você não tem a mesma concentração do que ‘in loco’ com o professor ali no pé vendo se a atividade está mesmo sendo feita”.

Segundo ele, a principal queixa dos quatro é a saudade da escola e dos colegas. “Eles têm amigos que veem desde a primeira série, é muito tempo longe. Eles conviviam mais com os amigos do que com pai e mãe”, explica Francisco, que consegue pôr comida em casa fazendo bicos em lanchonetes ou pedalando dia sim, dia não 50 quilômetros como entregador de aplicativo (ele não consegue pedalar tanto a semana inteira). A cesta básica veio em boa hora, Francisco comemora, contando que o que tem ali só dará para dois dias.

Os filhos dele e os de Karina estão entre os poucos alunos do Gisno que conseguem ter aulas online, justamente porque possuem celular e computador compatíveis com a plataforma que o Governo do Distrito Federal oferece para o ensino. No caso de Karina, ela divide com as filhas o computador emprestado pelo Instituto Federal do Brasil, IFB, onde estuda. A mesma sorte não têm os filhos de Sara. Eles não assistem às aulas pela internet porque simplesmente não têm celular. Sara aposta no esforço dos meninos, que segundo ela “gostam muito de estudar”, para aprender por intermédio das apostilas que o colégio disponibiliza a cada dois meses, e que Sara vai pegar porque a mãe ou alguma conhecida dá o dinheiro da passagem.

“Eles têm no máximo um celular para dividir para três, quatro meninos, e não têm internet paga que comporte entrar em sala de aula. Eles falam ‘professora, eu não tenho como entrar na aula, eu não tenho como entrar na reunião’. E aí é como se não tivessem assistido à aula”, resume Denize a realidade de parte considerável dos alunos do Gisno. Pelos cálculos da direção, em uma turma de 30 ou 35 alunos, no máximo 20 conseguem ter aula pela plataforma.

O Gisno possui um laboratório com 20 computadores que poderiam atender aos alunos na tele aula, “Só que, além de não poder haver aglomeração, muitos que não têm internet boa em casa também não têm dinheiro da passagem. Com cuidados e responsabilidade poderíamos atender três ou quatro alunos a cada semana, desses que têm dificuldade de acesso”, lamenta o diretor do Gisno, Isley Marth. “Digo de coração partido. Esse longo prazo será recuperado em seis ou oito anos, quando os do ensino fundamental já estiverem no médio. E isso se tiverem oportunidade (de fazer um cursinho, por exemplo), o que não será a realidade da maioria. Os governos não estão preocupados com a educação e nem com os educandos”, desabafa Isley.

Professores e três orientadoras tentam compensar tanta deficiência tirando dúvidas pelo WhatsApp, mas a vice-diretora não se furta a ser realista. “Quando essa geração estiver no mercado de trabalho, estará com essa lacuna. Alguns vão conseguir superar, outros não. Para um país como o nosso, é uma regressão, um caminho sem volta para algumas pessoas”, é o vaticínio de Denize.

A partir dos relatos dos professores do Gisno, chega-se à certeza de que a pandemia e a crise econômica agravada pelo vírus estão levando o país a jogar pela janela talentos que brotam da escola pública. Glauciete Sarmento Maciel, que atende os alunos considerados superdotados e que possuem as chamadas altas habilidades, ajudava um aluno morador da Vila Estrutural, uma comunidade que nasceu a partir de um lixão que existia no local. Além de pagar as passagens e ter dado um computador para ele, inscreveu o aluno em um projeto de iniciação científica da UnB.  Lá, segundo ela, ele ganhava uma bolsa pequena, mas que ajudava nas despesas básicas da casa.

Com isso, o rapaz conseguiu entrar para a faculdade de mecatrônica, na própria UnB. “Eu achei que com isso ele estivesse encaminhado. Mandei mensagem para saber como ele estava indo, mas ele não me respondeu. No início deste ano (2021) ele respondeu, dizendo que havia abandonado o curso de mecatrônica porque precisou trabalhar em um supermercado. Foi um momento dramático porque eu esperava que dentro da universidade os caminhos estivessem trilhados, porque ele superou tudo até conseguir entrar em um curso difícil, mas com a pandemia os pais perderam o emprego, e ele, como é o mais velho dos cinco filhos, teve que parar de estudar para ajudar nas despesas de casa”.

Nas respostas em áudio pelo WhatsApp é possível ouvir a voz embargada de Glauciete. “Eu fiquei pensando o que eu poderia ter feito lá atrás para que não chegasse nesse extremo, mas o aluno carente anda sempre no limite dele, é um aluno que acha que vai dar conta até o último momento, quando está faltando tudo dentro de casa, e de uma hora para a outra ele precisa largar o estudo para arrumar emprego”, conta. A partir da experiência, Glauciete montou um grupo de ex-alunos para saber como cada um está se virando e tentar ajudar quem precisa, para que a pessoa não largue os estudos. “Mas, infelizmente, às vezes a gente chega tarde. E esse foi um caso em que eu cheguei tarde. O aluno já havia abandonado o curso”, lamenta.

Escola fica em área nobre, mas quase todos os alunos são da periferia de Brasília. Foto André Giusti. Julho/2021
Escola fica em área nobre, mas quase todos os alunos são da periferia de Brasília. Foto André Giusti. Julho/2021

Os estragos emocionais da pandemia alcançaram também a área de Altas Habilidades e Superdotação, que recebe alunos a partir da 6ª série, entre eles vencedores em olimpíadas de matemática, física e informática, e a Educação de Jovens e Adultos, a EJA.

No caso dos adultos que voltaram a estudar depois de anos, ir à escola era algo muito além de aprender.  “O contato deles com os professores era uma terapia para eles. São todos trabalhadores com problemas em casa, até de locomoção, e o contato era uma terapia. Os poucos com quem tenho falado sentem falta do contato físico. A gente faz o possível, mas não é a mesma coisa (a aula à distância)”, lamenta o professor Rubens dos Santos, que dá aulas de literatura e língua portuguesa para adultos das 7ª e 8ª séries.

No caso dos adultos, a refração à tecnologia é ainda maior e eles não conseguem acompanhar aulas pelo computador (isso quando têm computador em casa). O professor arrisca a dizer que dos 55 alunos para quem lecionava presencialmente somente dois estão conseguindo manter o ritmo online, e, para a direção do Gisno, essa dificuldade dos adultos com a tecnologia desnuda outro problema: o analfabetismo digital. Fora isso, os adultos da EJA vivem a mesma realidade dos pais dos alunos do ensino regular.  Em boa parte, eles são diaristas, como faxineiras, e que por causa dos riscos de contaminação no transporte público pararam de trabalhar e pararam de receber, e aí ficou difícil pôr comida em casa e pagar a passagem para ir à escola.

No início, os alunos atendidos pela área de altas habilidades até que viram com bons olhos o novo sistema de aprendizado. “O autodidatismo é uma das características desse tipo de aluno, e num primeiro momento gostaram da ideia das aulas remotas, o que possibilitaria imprimirem seu próprio ritmo”, relembra Glauciete, a professora que atende os chamados superdotados. Infelizmente, pouco mais de um ano depois, a resposta desses alunos ao ensino remoto é a mesma dos que não possuam altas habilidades. “Eles estão completamente esgotados. Não tem mais capacidade de concentração”, conta Glauciete.

Ela lembra que antes da pandemia, quando o atendimento de altas habilidades era presencial, esses alunos chegavam a ficar na escola depois do horário das aulas desenvolvendo projetos, como foguetes. “Porque você estava oferecendo coisas novas e eles estavam completamente envolvidos nisso”. Só que hoje muitos desistiram do atendimento de altas habilidades porque não estão conseguindo entregar nem mesmo as tarefas do ensino regular. Com tristeza, Glauciete explica que “Se esses alunos não têm esse atendimento ou abandonam esse atendimento por falta de internet ou por outras preocupações, isso compromete o rendimento dessas altas habilidades, e elas podem inclusive ser atrofiadas e ele deixar de ser um aluno de altas habilidades ao longo do tempo”.

Uma outra certeza que fica quando se conversa com diretores e professores do Gisno é que, ao menos nessa escola, a educação pública resiste por causa dos próprios profissionais de educação que lá trabalham (105 no total para 1240 alunos de 10 a 17 anos). O diretor Isley Marth admite que 2020 foi um ano perdido, mas que serviu para uma readequação de toda a comunidade escolar com a tecnologia. Com esperança, ele acha que “2021 pode não ser um ano perdido, pois alguns alunos estão conseguindo aprender na plataforma, respondendo muito bem este ano”.

Já a vice-diretora busca, no terrível 2020, um exemplo que traz alento. A direção montou uma força-tarefa e conseguiu que aqueles 30% de alunos que abandonaram a escola voltassem em 2021. “Cada professor ficou com uma turma e foi atrás de quem abandonou a escola”, ela conta. Além da ajuda financeira a essas famílias, o discurso motivacional foi a ferramenta utilizada. “É uma frase comum, mas a pessoa precisa ouvir isso: não desista!  Você vai conseguir! E aí acaba trazendo para você não apenas o aluno, mas também a família”, explica Denize, que não titubeia quando é perguntada sobre que é mais importante atualmente: ensinar ou matar a fome? “Matar a fome. Ensinar vem depois”.

*As doações para a compra de cestas básicas em Brasília podem ser feitas pelo pix 923.498.627-04, CPF da vice-diretora do Gisno.

FONTE PROJETO COLABORA

IFMG realiza concursos para contratação de servidores

Jornalismo IFMG – O Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) está com editais abertos para concursos públicos destinados à seleção de candidatos para vagas de técnico em Contabilidade, técnico em Tecnologia da Informação, técnico de Laboratório, além de quatro vagas para docentes. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, conforme prazos e informações a seguir.

Vagas para técnicos

De acordo com o edital 44/2021, as cinco vagas para o cargo de técnico de Laboratório serão distribuídas da seguinte forma: 01 para Ibirité (Mecânica), 02 para Ouro Preto (Física / Química e Microbiologia Ambiental), 01 para Sabará (Controle e Processos Industriais) e 01 para Arcos (Eletromecânica). Já o edital 45/2021 prevê 02 vagas para técnico de Contabilidade, sendo 01 para Ibirité e 01 para Ribeirão das Neves; e 01 vaga para técnico de Tecnologia da Informação em Ibirité. A carga horária é de 40 horas semanais, com remuneração de R$ 2.446,96, mais auxílio alimentação de R$458.

As inscrições até 12 de setembro, a uma taxa de R$ 90. O candidato poderá realizar apenas uma inscrição e concorrerá às vagas por cargo e unidades de lotação. A seleção para todos os cargos ocorrerá mediante prova objetiva, classificatória e eliminatória, prevista para o dia 5 de dezembro.

Vagas para professores

Três editais que haviam sido suspensos em função da pandemia de Covid-19 foram reabertos, visando à contratação de professores da carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico que atuarão sob regime de trabalho de 40 horas com dedicação exclusiva.

As inscrições acontecem até 24 de agosto, a uma taxa de R$ 201. A remuneração varia de R$4.921,93 a R$10.074,18, de acordo com a titulação apresentada pelo candidato aprovado, mais auxílio alimentação de R$458. Os editais preveem prova objetiva e dissertativa para o dia 7 de novembro.

Campus São João Evangelista (Edital 103/2019): 01 vaga professor área Ciências Agrárias/Geoprocessamento.
Campus Governador Valadares (Edital 104/2019): 01 vaga professor área Engenharia Ambiental e Sanitária.
Campus Congonhas (Edital 106/2019): 02 vagas professor área Mecânica.

Os candidatos a qualquer uma das vagas devem conferir atentamente os editais antes de se inscreverem. Inscrições apenas pela internet, na página de Concursos do IFMG:

Editais e inscrições: www.ifmg.edu.br/portal/concursos
Dúvidas e informações: concursos@ifmg.edu.br

Fonte: MAIS MINAS

Retorno das aulas presenciais gera insegurança em pais e professores

Nova etapa de flexibilização em São Paulo permitiu a volta às aulas com 100% dos alunos; comunidade escolar teme pelo aumento do número de casos de Covid-19 em razão do despreparo das escolas para seguir os protocolos de segurança

Com a nova etapa de flexibilização do Plano São Paulo, nesta semana a rede pública e privada de ensino passou a receber 100% dos alunos, mesmo sem a imunização completa dos professores. A decisão do governo Dória, em um momento que o país ainda registra uma média móvel de quase mil mortes diárias, gera insegurança em toda a comunidade escolar. 

“Desde o começo da pandemia eu já tinha em mente que eu não a colocaria em risco. Porque mesmo a criança sendo assintomática, poderia transmitir o vírus para as pessoas de casa. A prioridade foi a saúde de todo mundo aqui. Mesmo sabendo da dificuldade que ela tem, prefiro não mandar para escola, porque sei que ainda não estamos seguros” relata Vanessa Silveira, tia de Dandara, de 12 anos, estudante do Ensino Fundamental II. “A escola não tem um preparo para lidar com a questão emocional das crianças, principalmente das crianças pretas”, complementa.

Segundo a Secretaria de Educação do estado, 1.251 das 5.130 escolas estaduais de São Paulo estão aptas a receber 100% dos estudantes, representando 24,39 % do total. As demais unidades vão funcionar em esquema de revezamento, em alguns casos com 50% dos alunos e, em outros, acima disto. O retorno presencial ainda não é obrigatório.

Em fevereiro deste ano, houve uma primeira tentativa de retorno das aulas em São Paulo. Porém, devido ao agravamento da pandemia, elas foram suspensas novamente em março. Durante o curto período, a Secretaria de Educação confirmou 4.084 casos de Covid-19, além de 24.345 suspeitas e 19 óbitos. 

“Para mim, a volta às aulas está sendo uma experiência complicada. A sensação é que, pelo fato de sermos governados por negacionistas, nós estamos sendo jogados para a morte. Para uma espécie de jogo mortal, no qual sobrevive quem tiver sorte. Complicado sair todos os dias para trabalhar sabendo que você pode se infectar e infectar outras pessoas”, relata Vinicius Souza, professor de História e apresentador do podcast 20 de Novembro. 

Até o momento, 96% dos profissionais da educação das redes pública e privada do estado receberam ao menos a primeira dose da vacina contra Covid-19 e 35% estão totalmente imunizados.

Em justificativa das novas mudanças, o governo anexou ao decreto de flexibilização uma nota técnica, assinada pelo Coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, em que o médico levanta uma estimativa de que mais de 5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros não tiveram acesso à educação durante a pandemia. 

Após a publicação do decreto publicado em julho no Diário Oficial do Estado, cerca de 90 entidades se manifestaram a favor do ensino híbrido e do distanciamento social. Além de reivindicar que as redes de ensino ofereçam condições de acesso para continuidade das aulas remotas enquanto não houver condições sanitárias e controle completo do vírus por meio da vacinação. 

“É como se fossemos para uma guerra todos os dias, em um cenário de ascensão do neoliberalismo, de sucateamento do serviço público, incluindo a educação, a gente ainda tem que se virar para garantir que nossos alunos tenham acesso básico à educação”, afirma Vinicius. 

Outra preocupação entre pais e professores é em relação ao despreparo das escolas em receber as crianças e adolescentes, que por conta da pandemia tiveram sua saúde mental afetada. 

“O medo e o luto se fazem presentes no ambiente escolar também. Os alunos sabem o que está acontecendo. E eles tem uma forma própria de experienciar isso, cada qual na sua subjetividade que é também muito doída. E a escola não tem como fazer esse tipo de acolhimento, porque a escola também está passando por um luto. Essas aulas presenciais de forma forçada tendem a fortalecer ainda mais esse luto que pode ficar em um nível consciente ou inconsciente”, acredita o professor. 

FONTE ALMA PRETA JORNALISMO

Professor universitário é sequestrado e ameaçado de morte

Ele foi levado para uma farmácia para realizar saques em um caixa eletrônico, bem em frente ao local, por coincidência a PM montava uma operação policial e a vítima conseguiu pedir ajuda

Um professor universitário, de 42 anos, foi vítima de um sequestro relâmpago, na noite desta terça-feira (27), por dois criminosos que o obrigaram a fazer saques e ameaçaram ele e a família dele de morte, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A vítima conseguiu pedir ajuda a uma guarnição da Polícia Militar que, por coincidência, montou uma operação bem em frente ao local onde ocorria o crime. 

Segundo a Polícia Militar, o professor voltava da faculdade onde dá aulas em Belo Horizonte, quando parou o veículo em um semáforo na avenida Amazonas, no centro de Betim, e foi abordado por dois homens armados. Ele pensou que fosse um roubo do veículo, mas os suspeitos exigiram que ele fosse para o banco de trás e começaram a exigir dinheiro. 

Quando viram que a vítima não tinha dinheiro, a obrigaram a ir a um caixa eletrônico para fazer saques. Os suspeitos foram até o bairro PTB com o professor e o obrigaram a sacar dinheiro de um caixa eletrônico de uma farmácia. A vítima só conseguiu sacar R$ 300, por já ser depois de 22h e o banco limitar os saques neste horário. Os suspeitos a obrigaram a fazer compras na fármacia para eles. 

“Esses criminosos ameaçaram o professor dizendo que caso ele não fizesse o saque, ele e a família dele seriam vítimas de homicídio e outras violências”, contou o cabo Ricardo dos Santos, comandante do Gepar.  Segundo ele, uma testemunha do sequestro acionou a Polícia Militar, que montou uma operação para encontrar suspeitos e vítimas.

“Por coincidência as viaturas se reuniram  justamente no bairro PTB em frente à farmácia onde ocorria o crime para iniciar a operação. Quando as viaturas se pocisionaram no local, o professor gritou os policiais e pediu ajuda. Um homem que acompanhava o professor ao ver a presença policial saiu correndo com um volume na cintura e pulou por cima de casas nas proximidades da farmácia e havia um veículo Fiat Uno vermelho parado próximo de onde saiu outro homem saiu correndo e jogou uma réplica de pistola no chão. Ele foi perseguido e detido”, contou o cabo. 

A polícia faz diligências para tentar encontrar o suspeito que fugiu. O criminoso detido, de 19 anos, e a réplica de arma de fogo foram levados para a Delegacia de Plantão de Betim. O carro do professor também foi recuperado.

FONTE O TEMPO

Professores e servidores de escolas estaduais de Lafaiete e região suspendem aulas em protesto contra Governador Zema nesta quinta

O movimento grevista, realizado por trabalhadores em educação de Minas Gerais, ganha força na região a partir desta quinta-feira, 05/03, com paralisações em escolas de Lafaiete e cidades vizinhas. Nos últimos dias, ocorreram reuniões em Lafaiete, Congonhas e Piranga, organizadas pelo comando de greve. As reuniões, assembleias regionais e a paralisação desta quinta seguem orientações dos coordenadores do Sind-UTE Lafaiete.

Escola Estadual Narciso de Queiróz

Em Lafaiete, a escola Narciso de Queirós  irá parar as atividades e não haverá aulas na parte da manhã.

Confira as escolas nas demais cidades que também irão aderir ao movimento grevista paralisando suas atividades:
–  Congonhas: E.E. Lamartine de Freitas
Itaverava: E.E. Conselheiro Antão;
Senhora de Oliveira: E.E.Quinzinho Inácio;
Lamim: E.E. Napoleão Reis;
Piranga: E.E. Antônio de Paula Dias, E.E. Cel. Amantino Maciel, E.E. Cel. José Ildefonso, E.E. Francisco Ferreira Maciel, E.E. Francisco Sales Ferreira;
Rio Espera: E.E Mons. Francisco Miguel Fernandes;
Catas Altas da Noruega: E.E. Gustavo Augusto da Silva.

A escola Quinzinho Inácio, de Senhora de Oliveira, está em greve desde a última segunda, 2. As demais ainda analisam se farão somente a paralisação desta quinta ou se irão aderir de vez à greve.

Piso e 13º

Segundo a coordenadora do Sind-UTE Lafaiete, Elizete Maria Aparecida Barros, “a greve é para cobrar o pagamento do piso salarial nacional, que é de R$ 2.886,24 e, em Minas, R$ 1.982,54, o cumprimento do repasse de 25% das receitas do Estado para a Educação, a quitação do 13º salario de 2019, a interrupção de políticas que dificultam o acesso, como sistema de pré-matrículas online, plano de atendimento, fusão de turmas, demora na publicação das remoções e resolução de designação, entre outros”.

  • Mais informações: 31 3763-4421 (Subsede Sind-UTE Lafaiete).

Prefeitura afirma que se repasses do governo não chegarem em 15 dias, salários de professores podem atrasar

As prefeituras de vários municípios mineiros continuam em dificuldades devido ao atraso nos repasses do governo estadual. Na cidade de Barbacena, uma dívida de 64 milhões fez com que o prefeito decretasse situação de calamidade financeira no município e em outras cidades da região, prefeitos já começam a cortar cargos de confiança para driblar a crise.

Em Carandaí, a situação não se faz diferente da maioria dos municípios, onde a dívida do Estado para com a prefeitura já ultrapassa a casa dos 7 milhões.

Ainda hoje, em conversa com o representante da Secretaria de educação do município,foi afirmado que nos dois últimos meses o prefeito retirou valores de recursos próprios para manter a folha de pagamento em dia, porém caso não haja acerto das parcelas em quinze dias, os salários de professores da rede municipal poderá atrasar.

Ainda de acordo com a prefeitura, os cofres públicos ainda necessitam de meio milhão de reais para completar a folha de pagamento prevista para o próximo quinto dia útil do mês de Novembro e em breve o secretário de educação, o Professor Marcelo Vagner deverá se reunir com os professores para explicar a situação.

De acordo com os dados atualizados, os recursos a receber somente co o Fundeb também já ultrapassam a casa de dois milhões e meio de reais, fato que pode gerar o atraso na folha de pagamento de professores da rede municipal.

Em tempo, os valores do transporte escolar também já somam mais de 90 mil reais e a prefeitura optou por cancelar o transporte  escolar para as provas do Enem deste ano.

Ainda de acordo com as informações da secretaria de Educação, os próximos quinze dias serão cruciais para definição da folha de pagamento de Novembro e caso os repasses não cheguem durante esta quinzena, professores da rede municipal podem ter seus salários atrasados.

Fonte: Carandaí online

Sem salários, professores da Escola Narciso de Queiróz paralisam aulas

Sem salários, professores da Escola Narciso de Queiróz paralisam aulas/CORREIO DE MINAS

Desde ontem cerca de 1,2 mil alunos estão sem alunas na Escola Estadual Narciso de Queiróz. O motivo é o não cumprimento pelo Governo do Estado da Escola da escala de parcelamento dos salários da categoria. A previsão é que a primeira parcela fosse paga no dia 13. Uma faixa com o título principal “Não se parcela o futuro. Salário Já!”, expressa a indignação e revolta dos professores.

Segundo o diretor da escola, Gleidson da Silva, os 3 turnos da escola estão com suas atividades suspensas e sem uma data de retorno até que o Estado cumpra a escala. Ele relatou que a secretaria e direção permanecem no trabalho.

Já algum tempo a sindicato dos professores deliberou por um estado de greve em todo o Estado. Na região, outras escolas de Piranga, Ouro Branco e Congonhas suspenderam também as aulas.

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