Cidade de MG vira capital nacional do Rocambole: o que tem de tão bão?

A cerca de 146 km de Belo Horizonte, Lagoa Dourada tem história de mais de um século com o doce e faz parte dos caminhos da Estrada Real; conheça outras capitais temáticas no sudeste

A cidade mineira de Lagoa Dourada foi reconhecida oficialmente como a Capital Nacional do Rocambole. O título foi dado no último dia 3 de agosto por meio de lei federal publicada no “Diário Oficial da União”.

Com o novo título de Capital Nacional do Rocambole, a cidade espera incrementar o turismo em torno da iguaria.

O doce é feito por várias lojas e confeitarias da cidade e também serve como paradinha apetitosa para os viajantes que percorrem a Estrada Realcaminho de 1.630 km que corta Lagoa Dourada no perímetro urbano e passa pelos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Tradição do rocambole

Com 12.769 habitantes e distante cerca de 146 km da capital Belo Horizonte, Lagoa Dourada tem uma pecuária leiteira expressiva, o que favoreceu a fabricação de guloseimas ao longo do tempo.

A produção do rocambole na cidade remonta a uma família local descendente de libaneses que passou a fazer a iguaria ainda no início da década de 1900.

Segundo a prefeitura do município, o senhor Miguel Youssef tinha um botequim onde, uma vez por semana, servia pão de ló recheado com doce de leite sob a forma de um rocambole.

A importância do doce na cidade já era reconhecida há algum tempo, como quando foi oficializado em 2007 como Patrimônio Imaterial Municipal pelo Inventário do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).

Na semana passada, o município recebeu uma comitiva de autoridades para experimentar o doce típico.

Outras capitais nacionais temáticas

Segundo o Ministério do Turismo, as “Capitais Nacionais” são importantes indutoras do turismo local que exaltam a cultura brasileira aos viajantes.

É uma comprovação de que o município é um expoente no país em áreas temáticas, como: atividade de natureza cultural ou esportiva; atividade econômica; evento de relevância cultural, esportiva, científica ou social; acontecimento histórico relevante; e peculiar característica geográfica.

Atualmente há cerca de 52 capitais nacionais temáticas no Brasil e mais de 100 que tentam obter a distinção.

Confira a seguir as capitais nacionais temáticas dos estados do Sudeste:

  • Alfredo Chaves (ES): Capital Nacional do Inhame
  • Anchieta (ES): Capital Nacional das Sementes Crioulas
  • Atibaia (SP): Capital Nacional do Morango
  • Barretos (SP): Capital Nacional do Rodeio
  • Caçapava (SP): Capital Nacional do Antigomobilismo
  • Cunha (SP): Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura
  • Holambra (SP): Capital Nacional das Flores
  • Ilhabela (SP): Capital Nacional da Vela
  • Lagoa Dourada (MG): Capital Nacional do Rocambole
  • Limeira (SP): Capital Nacional da Joia Folheada
  • Nova Iguaçu (RJ): Capital Nacional do Cosmético
  • Olímpia (SP): Capital Nacional do Folclore
  • Porto Ferreira (SP): Capital Nacional da Cerâmica Artística e Decoração
  • Salinas (MG): Capital Nacional da Cachaça
  • São Carlos (SP): Capital Nacional da Tecnologia
  • Taubaté (SP): Capital Nacional da Literatura Infantil
  • Teresópolis (RJ): Capital Nacional do Lúpulo
  • Venda Nova do Imigrante (ES): Capital Nacional do Agroturismo

FONTE CNN BRASIL

Cidade de MG vira capital nacional do Rocambole: o que tem de tão bão?

A cerca de 146 km de Belo Horizonte, Lagoa Dourada tem história de mais de um século com o doce e faz parte dos caminhos da Estrada Real; conheça outras capitais temáticas no sudeste

A cidade mineira de Lagoa Dourada foi reconhecida oficialmente como a Capital Nacional do Rocambole. O título foi dado no último dia 3 de agosto por meio de lei federal publicada no “Diário Oficial da União”.

Com o novo título de Capital Nacional do Rocambole, a cidade espera incrementar o turismo em torno da iguaria.

O doce é feito por várias lojas e confeitarias da cidade e também serve como paradinha apetitosa para os viajantes que percorrem a Estrada Realcaminho de 1.630 km que corta Lagoa Dourada no perímetro urbano e passa pelos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Tradição do rocambole

Com 12.769 habitantes e distante cerca de 146 km da capital Belo Horizonte, Lagoa Dourada tem uma pecuária leiteira expressiva, o que favoreceu a fabricação de guloseimas ao longo do tempo.

A produção do rocambole na cidade remonta a uma família local descendente de libaneses que passou a fazer a iguaria ainda no início da década de 1900.

Segundo a prefeitura do município, o senhor Miguel Youssef tinha um botequim onde, uma vez por semana, servia pão de ló recheado com doce de leite sob a forma de um rocambole.

A importância do doce na cidade já era reconhecida há algum tempo, como quando foi oficializado em 2007 como Patrimônio Imaterial Municipal pelo Inventário do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).

Na semana passada, o município recebeu uma comitiva de autoridades para experimentar o doce típico.

Outras capitais nacionais temáticas

Segundo o Ministério do Turismo, as “Capitais Nacionais” são importantes indutoras do turismo local que exaltam a cultura brasileira aos viajantes.

É uma comprovação de que o município é um expoente no país em áreas temáticas, como: atividade de natureza cultural ou esportiva; atividade econômica; evento de relevância cultural, esportiva, científica ou social; acontecimento histórico relevante; e peculiar característica geográfica.

Atualmente há cerca de 52 capitais nacionais temáticas no Brasil e mais de 100 que tentam obter a distinção.

Confira a seguir as capitais nacionais temáticas dos estados do Sudeste:

  • Alfredo Chaves (ES): Capital Nacional do Inhame
  • Anchieta (ES): Capital Nacional das Sementes Crioulas
  • Atibaia (SP): Capital Nacional do Morango
  • Barretos (SP): Capital Nacional do Rodeio
  • Caçapava (SP): Capital Nacional do Antigomobilismo
  • Cunha (SP): Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura
  • Holambra (SP): Capital Nacional das Flores
  • Ilhabela (SP): Capital Nacional da Vela
  • Lagoa Dourada (MG): Capital Nacional do Rocambole
  • Limeira (SP): Capital Nacional da Joia Folheada
  • Nova Iguaçu (RJ): Capital Nacional do Cosmético
  • Olímpia (SP): Capital Nacional do Folclore
  • Porto Ferreira (SP): Capital Nacional da Cerâmica Artística e Decoração
  • Salinas (MG): Capital Nacional da Cachaça
  • São Carlos (SP): Capital Nacional da Tecnologia
  • Taubaté (SP): Capital Nacional da Literatura Infantil
  • Teresópolis (RJ): Capital Nacional do Lúpulo
  • Venda Nova do Imigrante (ES): Capital Nacional do Agroturismo

FONTE CNN BRASIL

Agora é oficial; Lagoa Dourada é declarada Capital Nacional do Rocambole

Cidade tem uma loja do doce para cada mil habitantes

Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (3) a lei que confere ao município de Lagoa Dourada, em Minas Gerais, o título de Capital Nacional do Rocambole.

A cidade mineira, localizada no Campo das Vertentes e distante cerca de 124 quilômetros de Belo Horizonte, possui 12 mil habitantes e tem 12 estabelecimentos especializados no doce.

Produção

A produção do rocambole é uma tradição que remonta à família local descendente de libaneses que se tornou famosa na década de 1960. O doce teria começado a ser feito em Lagoa Dourada em 1907, quando o patriarca de uma família deixou Beirute, capital do Líbano, e se fixou na cidade do interior de Minas.

O rocambole é uma espécie de pão de ló recheado com diversos sabores e que se enrola sobre si mesmo. Diferente dos bolos de camadas, ele é feito de uma única peça com recheio.

É produzido em diversos sabores, como o de chocolate, ameixa, creme de avelã, entre outros, mas o mais clássico é o de doce de leite.

Conforme a publicação da Agência Senado, a importância do rocambole para a economia e a cultura de Lagoa Dourada foram oficializadas em 2007, quando o doce, de origem europeia, foi inventariado como Patrimônio Imaterial Municipal pelo Inventário do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), resguardado pelo Instituto Estadual de Preservação do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).

Além disso, o texto destaca como esse título servirá como impulso não só para a permanência da tradição, mas também para geração de emprego e renda para a população local.

A norma foi sancionada na quarta-feira (2) pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi criada a partir de um projeto de lei (PL) 2.209/2021, do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).

FONTE ENTRE RIOS NEWS

Agora é oficial; Lagoa Dourada é declarada Capital Nacional do Rocambole

Cidade tem uma loja do doce para cada mil habitantes

Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (3) a lei que confere ao município de Lagoa Dourada, em Minas Gerais, o título de Capital Nacional do Rocambole.

A cidade mineira, localizada no Campo das Vertentes e distante cerca de 124 quilômetros de Belo Horizonte, possui 12 mil habitantes e tem 12 estabelecimentos especializados no doce.

Produção

A produção do rocambole é uma tradição que remonta à família local descendente de libaneses que se tornou famosa na década de 1960. O doce teria começado a ser feito em Lagoa Dourada em 1907, quando o patriarca de uma família deixou Beirute, capital do Líbano, e se fixou na cidade do interior de Minas.

O rocambole é uma espécie de pão de ló recheado com diversos sabores e que se enrola sobre si mesmo. Diferente dos bolos de camadas, ele é feito de uma única peça com recheio.

É produzido em diversos sabores, como o de chocolate, ameixa, creme de avelã, entre outros, mas o mais clássico é o de doce de leite.

Conforme a publicação da Agência Senado, a importância do rocambole para a economia e a cultura de Lagoa Dourada foram oficializadas em 2007, quando o doce, de origem europeia, foi inventariado como Patrimônio Imaterial Municipal pelo Inventário do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), resguardado pelo Instituto Estadual de Preservação do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).

Além disso, o texto destaca como esse título servirá como impulso não só para a permanência da tradição, mas também para geração de emprego e renda para a população local.

A norma foi sancionada na quarta-feira (2) pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi criada a partir de um projeto de lei (PL) 2.209/2021, do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).

FONTE ENTRE RIOS NEWS

Com uma confeitaria para cada mil habitantes, cidade mineira pode levar o título de ‘Capital Nacional do Rocambole’

Lagoa Dourada tem pouco mais de 12 mil moradores e 12 estabelecimentos especializados no doce. O campeão de vendas é o pão de ló recheado com doce de leite.

Turistas que passam pela MG-383 em direção a São João Del Rei e a Tiradentes, na Região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais, sabem que têm parada obrigatória em Lagoa Dourada para saborear o famoso rocambole.

A iguaria fabricada no município conquistou o paladar de quem aprecia um bom doce e já é considerada “Patrimônio Imaterial Municipal”. Lagoa Dourada tem 12.769 habitantes, para 12 estabelecimentos especializados no rocambole, uma média de uma loja para cada mil pessoas.

Com esta fama, a cidade pode conquistar agora o título de “Capital Nacional do Rocambole”. O projeto de lei (PL) que concede este status à Lagoa Dourada espera apenas a sanção do presidente Lula (PT).

“Haverá mais turistas porque o produto ficará bem mais conhecido do Brasil. Isso é muito bom para fomentar a economia local”, disse o secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Lagoa Dourada, Albert Costa.

Mas o que é que tem nesse rocambole de Lagoa Dourada, afinal?

Lagoa Dourada é conhecida pelos rocamboles — Foto: MMFDH/Divulgação
Lagoa Dourada é conhecida pelos rocamboles — Foto: MMFDH/Divulgação

?De acordo com a Prefeitura de Lagoa Dourada, “o rocambole consiste em uma espécie de pão de ló, que é recheado com diversos sabores e que se enrola sobre si mesmo. Os ingredientes que compõem a massa de pão de ló são: ovos, farinha de trigo, fermento e açúcar”.

?Os recheios são os mais variados. Tem o de doce de leite (o clássico da cidade), o de ameixa, o de chocolate, o de coco, o de creme de avelã, o de abacaxi…

?Mas os confeiteiros da cidade dizem que cada doce tem seu segredinho. O negócio é tentar experimentar um de cada (se conseguir).

Especialista em rocambole desde os anos 1970

Loja da família de Mirtes do Líbano — Foto: Redes sociais
Loja da família de Mirtes do Líbano — Foto: Redes sociais

A produção do rocambole começou em Lagoa Dourada no início na década de 1970, mas somente na década de 1990, quando foi inaugurada a MG-383, as vendas aumentaram por causa do crescimento no tráfego na região, informou a secretaria.

Mas há quem diga que a tradição começou bem antes. A comerciante Mirtes Patrícia do Líbano Melo, de 58 anos, é a terceira geração de fabricantes de rocamboles. Segundo ela, a receita é de família e começou com o avô, Miguel Youssef, em 1907, quando o patriarca deixou Beirute, capital do Líbano, e veio para Lagoa Dourada.

“Ele tinha um ponto na esquina. Começou a fazer um, dois rocamboles… Era um botequinho”, relembrou.

Mirtes ainda contou que o pai dela e filho de Miguel, Paulo Miguel, foi quem criou as famosas embalagens e as caixinhas que guardam o doce. Hoje, a confeitaria da família, chamada de “Famoso Rocambole” fabrica mais de 20 sabores. O mais vendido é o de doce de leite, que sai a R$ 48.

No cardápio ainda tem os queridinhos de doce de leite com coco, goiabada, chocolate e amendoim. Os mais caros são o de leite condensado, cocada e musse de limão. Cada um sai a R$ 57 o inteiro e R$ 30, a metade.

A Padaria do Jaci vende rocamboles desde a década de 1970 — Foto: Heloisa de Resende Andrade/Arquivo pessoal
A Padaria do Jaci vende rocamboles desde a década de 1970 — Foto: Heloisa de Resende Andrade/Arquivo pessoal

Outro local famoso na cidade é a Padaria do Jaci que fabrica rocamboles desde 1979. Jaci de Oliveira Andrade, de 71 anos, dono do estabelecimento, aprendeu os segredos do pão de ló anos antes, com o próprio Paulo Miguel.

Hoje, a filha de Jaci, Heloisa de Resende Andrade, de 41 anos, ajuda o pai nos negócios da família. Atualmente, a padaria produz 19 sabores de rocamboles.O mais barato e um dos mais vendidos é o recheado de goiabada. O inteiro sai a R$ 31 e a metade, R$ 17.

Mas o que sai mais mesmo é o de doce de leite. Imbatível na capital do doce.

“Ele representa quase 60% das nossas vendas”, destacou Heloisa.

Lagoa Dourada já é a capital do rocambole. Pelo menos para os moradores e fanáticos pelo doce.

Água na boca: rocambole de Lagoa Dourada já é considerado Patrimônio Imaterial Municipal — Foto: Heloisa de Resende Andrade/Arquivo pessoal
Água na boca: rocambole de Lagoa Dourada já é considerado Patrimônio Imaterial Municipal — Foto: Heloisa de Resende Andrade/Arquivo pessoal

FONTE G1

Lagoa Dourada, Capital Mineira do Rocambole, é tema de conversa no BBB e ganha elogios pela sua qualidade

O já gostoso e famoso Rocambole feito em Lagoa Dourada foi tema de conversa entre os participantes do BBB da Rede Globo.
Durante uma conversa da cantora Nayara Azevedo com outros participantes do BBB, Nayara fez questão de falar e elogiar muito o Rocambole de Lagoa Dourada, vale a pena conferir.
Veja o vídeo.

https://youtu.be/p-Dr6OzEGXc

A história

Se o assunto é rocambole, a capital mineira passa a ser oficialmente Lagoa Dourada, município do Campo das Vertentes e caminho das cidades históricas de São João del-Rei e Tiradentes. O título, que já era unanimidade entre moradores e visitantes, foi concedido pelo projeto de lei 4.871/2017, de autoria do deputado estadual Cristiano Silveira (PT), aprovado no final do ano passado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e encaminhado ao governador do Estado para sanção.

Agroindústria

Atualmente, existem sete fabricantes de rocambole desta agroindústria que começou há mais de 100 anos, com o imigrante libanês Miguel Youssef. São elas: “O Legítimo Rocambole”; “Padaria do Jaci-Rocambole Lagoa Dourada”; “Rocambole e Cia”; “O Famoso Rocambole”; “Padaria Santo Afonso”; “Padaria Sabor de Pão”; e “O Tradicional Rocambole”.
A partir de 1965, o negócio foi impulsionado por Paulo Miguel, filho de Youssef, que criou uma embalagem para que os visitantes ou viajantes pudessem levar o doce para casa. Há pouco mais de 10 anos, a colocação de placas nas rodovias de acesso a Lagoa Dourada estimulou ainda mais a procura.
Hoje, já são muitos os locais que vendem o doce, que pode ser encontrado em diversos sabores, desde o tradicional – recheado com doce de leite – até opções de recheio como goiabada, chocolate e doce de leite com diversos tipos de frutas e, mais recentemente, a própria polpa de frutas.
Um exemplo é a Padaria do Jaci, há mais de 50 anos no ramo, que produz a média de 3.500 unidades (cerca de 1 kg cada) por mês, considerando-se que as vendas são sazonais. Há meses em que a produção chega às 5 mil unidades, conta Heloisa de Resende Andrade.
A Padaria do Jaci consome, mensalmente, cerca de 250 latas de doce de leite fabricado em Perdões. Já a quantidade de ovos consumidos gira em torno de 1.700 dúzias/mês. Por ser um produto perecível e artesanal, o principal mercado do rocambole é local ou então resultante de participação em eventos e festivais, diz Heloisa.

Números

Uma das maiores dificuldades é conseguir informações consolidadas – produção total de rocambole, quantidade de matéria-prima consumida (leite, ovos, doce de leite, frutas etc.) e empregos gerados – dessa próspera agroindústria local. A capital do rocambole é, por exemplo, um dos maiores produtores de leite da região (21 milhões de litros em 2018), segundo o IBGE. Já a produção de ovos, em escala comercial, varia entre 3 mil e 3.200 unidades por dia, de acordo com o secretário de Agropecuária, Antônio Barreto Pereira Neto.
As informações sobre a produção de rocambole seriam úteis não apenas para alimentar a divulgação como também para planejar o futuro do setor no médio e longo prazos. Lagoa Dourada não comportaria, por exemplo, uma fábrica de doce de leite? A prefeitura ou o próprio setor poderiam estimular um trabalho acadêmico por parte de algum estudante do município que cursa universidade em São João del-Rei ou em Belo Horizonte.

Histórico

A história do rocambole em Lagoa Dourada teve início por volta de 1907 com o libanês Miguel Youssef, casado com a lagoense Dolores de Mello. O casal começou a vender o doce em um botequim na parada de ônibus interurbanos do centro da cidade.
Inspirado em receita francesa e vendido como sobremesa, o rocambole logo chamou a atenção de moradores e viajantes que por lá passavam. A receita foi passando de geração a geração.
Anos depois, um dos filhos do casal, Paulo Miguel, investiu no botequim e criou o Bar e Hotel Glória. Com a morte de Paulo, o negócio entrou em decadência e a viúva Simone vendeu o bar.
Em 1981, Simone conseguiu reabrir o negócio com o nome de Bar e Restaurante Rocambole. Dois anos depois, um de seus filhos, Ricardo Youssef, assumiu assumiu o negócio, criando a marca “O Legítimo Rocambole” de Lagoa Dourada.
Com a morte de Ricardo, aos 33 anos, vítima de descarga elétrica, a partir de 1996 a viúva Marise, nora de Paulo Miguel, conduz o negócio e preserva a tradição do “Legítimo Rocambole”. (Jornal das Lajes)

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A Padaria do Jaci está há mais de 50 anos no ramo do rocambole. / REPRODUÇÃO

“O objetivo desse projeto é reconhecer esse importante aspecto cultural e vocação econômica da cidade, impulsionando a cultura local e a geração de emprego e renda”, resumiu Cristiano Silveira.

 

Agroindústria. Atualmente, existem sete fabricantes de rocambole desta agroindústria que começou há mais de 100 anos, com o imigrante libanês Miguel Youssef. São elas: “O Legítimo Rocambole”; “Padaria do Jaci-Rocambole Lagoa Dourada”; “Rocambole e Cia”; “O Famoso Rocambole”; “Padaria Santo Afonso”; “Padaria Sabor de Pão”; e “O Tradicional Rocambole”.

A partir de 1965, o negócio foi impulsionado por Paulo Miguel, filho de Youssef, que criou uma embalagem para que os visitantes ou viajantes pudessem levar o doce para casa. Há pouco mais de 10 anos, a colocação de placas nas rodovias de acesso a Lagoa Dourada estimulou ainda mais a procura.

Hoje, já são muitos os locais que vendem o doce, que pode ser encontrado em diversos sabores, desde o tradicional – recheado com doce de leite – até opções de recheio como goiabada, chocolate e doce de leite com diversos tipos de frutas e, mais recentemente, a própria polpa de frutas.

Um exemplo é a Padaria do Jaci, há mais de 50 anos no ramo, que produz a média de 3.500 unidades (cerca de 1 kg cada) por mês, considerando-se que as vendas são sazonais. Há meses em que a produção chega às 5 mil unidades, conta Heloisa de Resende Andrade.

A Padaria do Jaci consome, mensalmente, cerca de 250 latas de doce de leite fabricado em Perdões. Já a quantidade de ovos consumidos gira em torno de 1.700 dúzias/mês.  Por ser um produto perecível e artesanal, o principal mercado do rocambole é local ou então resultante de participação em eventos e festivais, diz Heloisa.

 

Números. Uma das maiores dificuldades é conseguir informações consolidadas – produção total de rocambole, quantidade de matéria-prima consumida (leite, ovos, doce de leite, frutas etc.) e empregos gerados – dessa próspera agroindústria local. A capital do rocambole é, por exemplo, um dos maiores produtores de leite da região (21 milhões de litros em 2018), segundo o IBGE. Já a produção de ovos, em escala comercial, varia entre 3 mil e 3.200 unidades por dia, de acordo com o secretário de Agropecuária, Antônio Barreto Pereira Neto.

Lagoa Dourada recebeu o título de capital mineira do Rocambole (Foto José Venâncio) / REPRODUÇÃO

As informações sobre a produção de rocambole seriam úteis não apenas para alimentar a divulgação como também para planejar o futuro do setor no médio e longo prazos. Lagoa Dourada não comportaria, por exemplo, uma fábrica de doce de leite? A prefeitura ou o próprio setor poderiam estimular um trabalho acadêmico por parte de algum estudante do município que cursa universidade em São João del-Rei ou em Belo Horizonte.

 

Histórico. A história do rocambole em Lagoa Dourada teve início por volta de 1907 com o libanês Miguel Youssef, casado com a lagoense Dolores de Mello. O casal  começou a vender o doce em um botequim na parada de ônibus interurbanos do centro da cidade.

Inspirado em receita francesa e vendido como sobremesa, o rocambole logo chamou a atenção de moradores e viajantes que por lá passavam. A receita foi passando de geração a geração.

Anos depois, um dos filhos do casal, Paulo Miguel, investiu no botequim e criou o Bar e Hotel Glória. Com a morte de Paulo, o negócio entrou em decadência e a viúva Simone vendeu o bar.

Em 1981, Simone conseguiu reabrir o negócio com o nome de Bar e Restaurante Rocambole. Dois anos depois, um de seus filhos, Ricardo Youssef, assumiu assumiu o negócio, criando a marca “O Legítimo Rocambole” de Lagoa Dourada.

Com a morte de Ricardo, aos 33 anos, vítima de descarga elétrica, a partir de 1996 a viúva Marise, nora de Paulo Miguel, conduz o negócio e preserva a tradição do “Legítimo Rocambole”. (Jornal das Lajes)

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