Fantasma: risco de rompimento em barragem faz Vale evacuar 500 pessoas

Cerca de 500 pessoas de comunidades de Barão de Cocais, na região Central de Minas Gerais, deixaram suas casas, na madrugada desta sexta-feira (8). Isso porque uma sirene tocou, de modo preventivo para alertar os moradores que moram próximos a uma barragem na região. “Atenção, isso é uma emergência, isso não é um treinamento, é uma situação real de emergência de rompimento de barragem. Abandonem imediatamente duas residências”, soava a sirene.

Mina de Congo Soco da Vale em barão de Cocais

Segundo a Polícia Militar (PM), o disparo aconteceu proveniente da mina Gongo Soco, na região de Socorro, comunidade de Barão de Cocais. A população foi levada e orientada para poliesportivo. A Defesa Civil e o comandante e subcomandante Polícia Militar da cidade e de Itabira acompanham a comunidade. A prefeitura está em reunião com a Defesa Civil neste momento, para levantar mais informações. Em texto divulgado pela Prefeitura de Barão de Cocais, por meio do Facebook, foi informado que há o risco de rompimento da barragem é de nível 2 e que há um desnível na estrutura.

Por meio de nota, a Vale confirmou a ação preventiva. Confira a nota na íntegra: Vale informa sobre barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG) A Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou a evacuação de área à jusante da barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), depois de ser informada pela Vale que a empresa estaria dando início ao nível 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM). A Vale ressalta que a decisão é preventiva e aconteceu após a empresa de consultoria Walm negar a Declaração de Condição de Estabilidade à estrutura. A ação teve início na madrugada de hoje (8/2) e vai abranger cerca de 500 pessoas nas comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras, todas situadas na cidade de Barão de Cocais, distante 100 km de Belo Horizonte. Como medida de segurança, a Vale está intensificando as inspeções da barragem Sul Superior. Também será implantado equipamento com capacidade de detectar movimentações milimétricas na estrutura. A Vale está trazendo consultores internacionais para fazer nova avaliação da situação no próximo domingo (10/2).

Lama da Vale mata mais um lafaietense

Felipe José de Oliveira Almeida, morador de Lafaiete/Reprodução

Depois de 11 dias, mais uma vítima entre os 134 identificadas, mas ainda há 199 desaparecidos. A dor e tristeza aos poucos vão consumindo centenas de famílias, entre as quais dezenas na região.

Hoje Felipe José de Oliveira Almeida, morador de Lafaiete, tinha 28 anos, mas natural de Rio Espera, foi identificado como uma das vítimas da tragédia. Até agora são 7 mortos e ainda 6 desaparecidos de vítimas da região. Felipe será enterrado ainda hoje em Rio Espera. Ele deixa uma esposa e dois filhos, de 7 e 11 anos.

Estão ainda desaparecidos, Pedro Sena e Edson Rodrigues dos Santos, oriundos de Lafaiete. Em Congonhas: Miramar Antônio, Rodney Oliveira, Luiz Carlos da Silva Reis.

O engenheiro de Minas, o ouro-branquense, Vinicius Henrique Leite Ferreira, 40 anos, está a lista dos funcionários da Vale ainda não encontrados.

Vale apresenta estudos que garantem que não há riscos na barragem Lagoa do Ipê no Morro da Mina

Barragem Lagoa do Ipê está sendo descaracterizada, cujo projeto já foi apresentado a Feam/Reprodução

Em resposta a nossos questionamentos sobre barragens da Vale no Morro da Mina, em Lafaiete, o Ministério Público esclareceu que em abril de 2016 o Estado de Minas Gerais e a Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM ajuizaram uma ação civil pública em face da Vale Manganês S/A, tendo em vista que a barragem de rejeitos de mineração denominada “Lagoa do Ipê”, situada no Município de Conselheiro Lafaiete, teve sua condição caracterizada como de estabilidade não garantida por fiscalização do órgão ambiental.

Foi requerida tutela de urgência, a fim de que a Vale: a) apresentasse um plano de emergência prevendo instalação de sistemas de alarme sonoro, procedimentos de evacuação populacional e treinamento de funcionários e população; b) implementasse medidas estruturais preventivas, necessárias e suficientes para garantir a estabilidade física do maciço.

A tutela de urgência foi deferida pelo então Juiz da 2ª Vara Cível, José Leão Santiago Campos, tendo o mesmo determinado que as ações mencionadas fossem adotadas pela Vale no prazo de 30 dias. Contra essa decisão a Vale interpôs agravo de instrumento, pedindo ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais a reforma da decisão.

No curso do processo, a Vale argumentou que contratou uma empresa especializada em projetos e realizou medidas de reconformação de taludes, alteamento da crista da barragem, execução de dreno invertido no pé da barragem e implantação de um novo sistema extravasor.

Em razão disso, contratou os serviços de outra empresa de engenharia, a qual elaborou relatório de inspeção de segurança regular e laudo técnico de segurança da Barragem Lagoa do Ipê. Tal laudo, elaborado pela empresa Leme Engenharia a partir de inspeção, atestou condições de segurança física e hidráulica da barragem. A empresa auditora, assim, emitiu a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem Lagoa do Ipê.

Em razão dos documentos apresentados pela Vale, o TJMG deu provimento ao recurso interposto e revogou a decisão que determinara à empresa a elaboração do plano de emergência.

Em nova manifestação processual, datada de 06/06/2018, a Vale declarou nos autos que dera início às obras de descaracterização da Barragem Lagoa do Ipê, cujo prazo de conclusão estaria previsto para setembro de 2018. O projeto de descaracterização foi apresentado à FEAM. A empresa declarou que, desta forma, estaria eliminado qualquer risco de acidentes no local.

O processo foi, então, suspenso pelo prazo de seis meses, em decisão datada de 30/08/2018, a fim de que a Vale apresentasse o resultado do trabalho de descaracterização da barragem.

Considerando as circunstâncias da tragédia ocorrida em Brumadinho, o Ministério Público, que acompanha o processo na condição de fiscal da lei, peticionará ainda hoje pleiteando ao atual Juiz titular da 2ª Vara Cível, Dr. Antônio Carlos Braga, que designe audiência de urgência, convocando para comparecimento as partes envolvidas, Estado de Minas Gerais, FEAM, Vale e Ministério Público, com a finalidade de serem apresentados os resultados dos trabalhos de descaracterização da barragem e rediscutida a necessidade de elaboração de plano de emergência para o local.

Reunião

Hoje a noite, a partir das  19:00 horas, na Capela do Morro da Mina, os moradores se reúnem para discutir a situação da barragem da Vale. No dia 31, quinta feira, eles se encontram com o Ministério Público.

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Moradores vão cobrar informações da Vale sobre barragens em Lafaiete

Moradores vão cobrar informações da Vale sobre barragens em Lafaiete

Vale possui três barragens situadas no Morro da Mina em Lafaiete/Reprodução

Moradores do Morro da Mina e bairros adjacentes se reúnem hoje a noite para discutir um plano de ação e buscar informações sobre três barragens da Vale situadas perto da antiga mina de manganês. Segundo a coordenação, a tragédia em Brumadinho alertou os moradores sobre os riscos do empreendimento perto de residências. “Sabemos que existem barragens porém não temos nenhuma informação sobre sua capacidade, se há plano de segurança e outros quesitos. Já procuramos a Vale mas não obtivemos informações. A comunidade está muito preocupada e insegurança”, disse um dos coordenadores da reunião. Os moradores também vão acionar o Ministério Público para discutir a situação da barragem.

Um estudo foi feito a partir do inventário da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) apontou a existência de 50 barragens sem garantia de estabilidade, nem todas de rejeitos.  Entre elas está a barragem 2 e 3, da Vale Manganês, em Lafaiete, no Bairro Morro da Mina. O estudo foi feito em 2017.

Nossa reportagem entrou em contato com a mineradora Vale e aguarda informações sobre a situação das barragens, nas quais não há tratamento de minério, o que não gera rejeitos.

Tensão:sirines são acionadas com risco de novo rompimento de barragem em Brumadinho

Depois de técnicos informarem que há risco do rompimento de uma nova barragem em Brumadinho, na região metropolitana, o Corpo de Bombeiros anunciou que fará a evacuação dos moradores que vivem no entorno de onde ocorreu a tragédia. Por volta das 5h30 da madrugada deste domingo (27), o alarme soou na cidade, assustando os moradores e orientando que a população se desloque para locais mais alte Brumadinho. A informação foi confirmada pela Vale.

Acionamento ocorreu por volta das 5:30 horas deste domingo e suspenderam as buscas

Após acionamento de sirene na madrugada deste domingo, em Brumadinho, bombeiros interromperam as buscas por sobreviventes e trabalham para evacuar parte da cidade. “A barragem não se rompeu, mas os técnicos apresentarem risco iminete de rompimento. Eles acionaram as sirenes de evacuação. Estamos com a tropa toda em condições de iniciar a evacuação da comunidade do entorno. O local onde a igreja fica é seguro e está a 120 metros acima da cota. Então estamos em uma situação confortável. Estamos só aguardando o chefe de segurança chegar para iniciar a evacuação para os pontos de auto salvamento”, informou o tenente coronel Eduardo Ângelo Gomes, comandante do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres.  Ainda segundo os Bombeiros, desde sábado (26), está sendo feito um trabalho de retirada de água na barragem identificada como B6, que corre risco iminente de se romper. A estrutura conta com 4 milhões de litros de água e, em caso de rompimento, teria capacidade de aumentar a velocidade do deslocamento da lama e impactar seriamente a bacia do Paraopeba. Ela fica exatamente ao lado da estrutura que se rompeu.

Veja as imagens da tragédia em Brumadinho

Uma força-tarefa do Estado de Minas Gerais já está no local do rompimento da barragem em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para acompanhar e tomar as primeiras medidas. O Corpo de Bombeiros por meio do Batalhão de Emergências Ambientais, e a Defesa Civil também já estão no local da ocorrência trabalhando e há cinco helicópteros sobrevoando a região e fazendo o atendimento às vítimas. O Governo de Minas Gerais já designou a formação de um gabinete estratégico de crise para acompanhar de perto as ações. Assim que houver mais informações, o Governo de Minas Gerais emitirá novos comunicados.

As informações são de que a tragédia provocou muitas vítimas, já que o refeitório ficava abaixo da barragem, quando também prédios administrativos ficaram soterrados.

 


Rompimento de barragem em Brumadinho mobiliza bombeiros

Rompimento de barragem em Brumadinho mobiliza bombeiros

Equipes do Corpo de Bombeiros estão mobilizadas para atender a ocorrência do rompimento de uma barragem em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A informação foi divulgada no início da tarde desta sexta-feira. Segundo as primeiras informações do Corpo de Bombeiros de Contagem, que atende o município, há vítimas e várias viaturas estão a caminho do local, além de um helicóptero.

A barragem que rompeu seria a de Mina do Feijão, que pertence à Vale. Ainda segundo informações do Corpo de Bombeiros, a mineradora informou que apenas a área interna foi atingida.

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