Mais uma cidade da região confirma caso suspeito de Varíola dos Macacos

A paciente de Viçosa tem entre 20 e 30 anos e viajou para lugares com casos confirmados de Varíola dos Macacos.

Depois de Mariana, a Prefeitura de Viçosa (PMV), através da Secretaria Municipal de Saúde, confirmou, nesta quinta-feira (21) o primeiro caso suspeito da Varíola do Macaco (Monkeypox- MPX) na cidade. Se trata de uma jovem, entre 20 e 30 anos, que tem histórico de viagens em locais com confirmação da doença. A informação foi apurada pela equipe do Primeiro a Saber e confirmada pela PMV. A paciente está em isolamento domiciliar e não apresenta sinais graves da doença.

Além disso, outros dois casos da doença estão sendo investigados na Zona da Mata: um em Juiz de Fora e outro em Cataguases. A Prefeitura de Juiz de Fora ainda não divulgou informações sobre o paciente. Por outro lado, em Cataguases, a assessoria do Executivo disse que o infectado do sexo masculino tem histórico de viagem a um município com transmissão comunitária.

“O mesmo já foi atendido em um serviço de saúde local, encontra-se bem e em isolamento domiciliar”, destaca trecho da nota.

Varíola dos Macacos em Minas Gerais

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com base nas análises de laboratório feitas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), MG tem 32 casos confirmados da doença.

Desses, 28 foram notificados em Belo Horizonte em pessoas que estavam no exterior. A capital é a única cidade mineira com transmissão comunitária, segundo a SES-MG. Os municípios de Governador Valadares e Sete Lagoas também contabilizaram dois casos, além de outro registro em Mariana. Segundo a SES-MG, apenas um paciente está hospitalizado.

A Secretaria ainda descartou 48 casos, mantém 43 em investigação e considera um como provável.

Casos no Brasil

O Ministério da Saúde contabilizou, até esta quinta-feira (21), 592 casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil. A maioria dos casos (429) está em São Paulo, seguido do Rio de Janeiro (85) e Minas Gerais, com 32 casos. O Distrito Federal tem 12 casos, o Paraná, 10, Goiás, 9, e a Bahia, 4.

O Ceará, o Rio Grande do Sul, o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo têm dois casos cada. Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina registraram um caso cada.

Cidade da região confirma o 1º caso de varíola dos macacos

Em Minas Gerais, até o dia 10 de julho foram confirmados 18 casos pela Secretaria Estadual de Saúde, sendo 15 em Belo Horizonte, 02 em Sete Lagoas e 01 em Governador Valadares.

Primeiro caso foi confirmado em Mariana nesta quinta-feira (14). ‘Monkeypox’ é uma doença viral, com contágio principalmente por meio de fluidos corporais.

Apesar do nome, a doença viral não tem origem nos macacos, apenas foi identificada pela primeira vez nesses animais. A transmissão pode ocorrer através do contato com animal ou humano infectado.

O contágio entre humanos ocorre por meio do contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados.

“Por exemplo, secreção respiratória de uma pessoa infectada, transmissão respiratória, no caso por gotículas. Pode acontecer a partir de contato próximo e prolongado ou mucosas, como dos olhos, nariz ou boca“, detalha.

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.

De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.

Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis; Da mãe para o feto através da placenta; Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele; Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Sintomas

Os principais sintomas da varíola dos macacos são: febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão

Geralmente, de um a três dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, que costuma começar no rosto e se espalha para diversas partes do corpo. As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Além disso, o epidemiologista Fabiano dos Anjos ressalta que o período de incubação da “monkeypox” varia de seis a 13 dias. “Esse é o tempo que leva para aparecerem os primeiros sintomas”. Ele afirma que os sintomas do vírus podem durar de duas a quatro semanas.

Isolamento

Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada e protegendo a boca e o nariz.

Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las.

Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.

Como se proteger

O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.

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