2 de maio de 2024 23:35

Quais são as cidades mais seguras do Brasil?

A segurança está constantemente entre os fatores que são avaliados quando se está escolhendo um bom lugar para viver. É válido ressaltar, no entanto, que o conceito de segurança varia de acordo com diferentes rankings. A lista mais recente divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (Ipea), por exemplo, classificou as cidades mais seguras do Brasil com base no número de homicídios a cada 100 mil habitantes.

Nesse contexto, a maior parte das cidades mais seguras do Brasil estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste. Nas três primeiras posições do ranking encontram-se cidades paulistas, Jaú, Indaiatuba e Valinhos. Não é possível formular uma lista que consiga abranger todos os aspectos de avaliação de segurança para montar um painel definitivo sobre as cidades mais seguras do Brasil. Porém, podemos ressaltar que, quando se avaliam as características como os desafios da gestão municipal, onde considera-se saúde, segurança, educação e saneamento, a cidade de Maringá, no Paraná, ocupa a primeira posição entre os melhores lugares para se viver em território nacional, enquanto os três municípios citados sequer aparecem entre os dez primeiros lugares

Quando falamos em rankings específicos de segurança pública, considerando os baixos índices de homicídios e mortes no trânsito, São Paulo, em SP, se destaca em primeiro lugar. Em seguida aparecem, respectivamente, Santos e Mauá, ambos municípios também paulistas.

Por isso, ao avaliar quais são as cidades mais seguras do Brasil, é necessário considerar quais aspectos são mais relevantes para que se atinja os melhores índices de qualidade de vida personalizados para cada pessoa. O Blog da Elihu Lira preparou um compilado de informações específicas sobre cada Estado da Federação.

A cidade de Eusébio no Ceará reúne os condomínios residenciais mais seguros do estado, conheça: Casas a venda no Eusébio e o condomínio residencial Cidade-Alpha

Acre

O governo brasileiro assumiu a responsabilidade sobre o território do Acre após o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas à Bolívia, em 1903. Atualmente, o território tem uma população estimada de 906.876 pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um dos menores números de residentes do país, e é o refúgio perfeito para quem deseja se conectar com a cultura dos povos tradicionais e a Floresta Amazônica de maneira geral.

Em 2021, o IPEA divulgou uma lista que preocupou o povo acreano por ter inserido dois de seus municípios entre as 120 cidades mais violentas do país com base na notificação de crimes ocorridos entre 2018 e 2020. No entanto, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública discordou e pediu retificação ao instituto, por ter utilizado supostamente o banco de dados Datasus, que apresentaria dados duplicados em relação a Rio Branco e, até mesmo, informações quadruplicadas na avaliação sobre Cruzeiro do Sul.

Nesse sentido, segundo dados da própria secretaria, é importante ressaltar que, entre 2018 e 2022, a cidade de Cruzeiro do Sul, o segundo município mais populoso do Estado, apresentou uma redução nos índices de violência de 81,97%. Enquanto isso, na capital acreana, a diminuição dos índices foi de 24,12%. De acordo com o governo, os esforços para aumentar a segurança se baseiam em: crescimento do policiamento nos locais mais propensos à ocorrência de crimes contra a vida; integração das agências estaduais e federais de inteligência; prevenção de crimes contra a vida e priorização das ações contra o crime organizado por meio de ações integradas.

Além dos dois municípios citados, também é importante destacar que Feijó, Sena, Madureira e Tarauacá são frequentemente citados como boas escolhas de lugares para se viver no Acre.

Alagoas

Conhecido por abrigar as paisagens do chamado “caribe brasileiro”, o Estado de Alagoas é um dos mais populares destinos turísticos do país. Além disso, o território pode ser uma boa opção para quem deseja trabalhar em indústrias como alimentos, construção civil e minerais não metálicos.

Em 2018, Alagoas chamou a atenção nacional, pois um total de nove cidades passaram, pelo menos, dez meses do ano sem registrar nenhum caso de homicídio. Sendo elas: Belo Monte, Cacimbinhas, Monteirópolis, Olho D’Água Grande, Palestina, Pindoba, São Brás, Tanque D’Arca e Mar Vermelho. Quando se compara a 2017, é importante ressaltar que Belo Monte, Palestina, Pindoba e São Brás também não registraram nenhum homicídio.

Na época, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que Alagoas era um destaque nacional no combate ao crime, tendo sido possível reduzir pela metade o número de assaltos a coletivos em Maceió e ainda retirar o Estado do topo dos rankings de locais mais violentos do país. Nesse sentido, em 2020, o ranking Connected Smart Cities colocou São Miguel dos Campos como o segundo município mais seguro do Brasil considerando quesitos como monitoramento das áreas de risco, homicídios, mortes no trânsito, despesa com segurança e a quantidade de policiais em relação ao número de habitantes.

Amapá

Conhecido por belezas naturais e cultura mista devido à proximidade com a fronteira de outras nações, o Amapá é um Estado que está em constante crescimento e que oferece oportunidades para jovens devido à presença de boas instituições de ensino. Por isso, cidades como Pedra Branca do Amapari, localizada a 180 km da capital, Macapá, são uma boa opção para quem deseja viver com maior contato com a natureza e estudar áreas de mineração e agropecuária.

Porto Grande é outro município que se destaca economicamente pelas mesmas razões, porém, localiza-se mais próximo à capital. No entanto, o atrativo principal para a moradia se deve ao baixo custo de vida. Mangazão, por sua vez, fica às margens da foz do Rio Amazonas e, frequentemente, é descrita como uma cidade tranquila e pacata.

Dados de 2022 apontam ainda, que o Amapá registrou uma queda de 34% no número de assassinatos registrados até o terceiro trimestre. O governo considera que os índices são resultados das políticas de reestruturação física e tecnológica e a integração entre os órgãos de Segurança Pública.

Amazonas

O Amazonas é o maior estado brasileiro, possuindo 1,6 km² de extensão. É um dos locais no Brasil que mais recebe atenção internacional devido às pesquisas científicas envolvendo a floresta e a presença da maior rede hidrográfica do país. Em 2022, o Amazonas registrou redução de 8,8% no número de crimes violentos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os bons resultados aconteceram após medidas como o programa Amazonas Mais Seguro, lançado em 2021. “O Governo do Amazonas realizou uma série de entregas, incluindo materiais para suprir necessidades de anos sem investimentos pesados, aquisição e implantação de tecnologia como o Cerco Inteligente de Videomonitoramento, o ‘Paredão’, que conta com 500 câmeras”, disse o órgão em nota.

Nesse contexto, ressalta-se que dados parciais do primeiro bimestre de 2023 apontam que a capital, Manaus, vem seguindo a tendência de redução nas taxas de criminalidade. No ano passado, o município registrou uma redução de 7% nos crimes de homicídios. Além disso, segundo o governo, os esforços para melhoria da segurança estadual também são levados ao interior, onde podemos ressaltar cidades como Parintins, Manacapuru, Coari e Silves.  No mesmo período citado, o interior reduziu em 14% a taxa de homicídios.  Com destaque para a diminuição de casos de crimes de latrocínio e feminicídio que apresentaram redução de 18% e 27%, respectivamente.

Bahia

Em 2016, a Bahia se destacou na mídia nacional por ter 25 cidades sem registro de mortes violentas por um período superior a um ano, considerando homicídios dolosos, latrocínios e agressões. Em primeiro lugar de tal ranking aparece a cidade de Rio Antônio, onde o último registro de problemas semelhantes foi em setembro de 2014.

Assim como Rio Antônio, a maior parte das cidades listadas pertencem à região sudoeste da Bahia. Entre elas destacam-se ainda Botuporã, Rio de Contas, Lajedo do Tabocal, Caetanos, Malhada de Pedras, Irajuba, Lajedinho e Anagé, por exemplo.

É válido ressaltar que, entre as cidades listadas, a que registrou um caso de homicídio mais recente foi Érico Cardoso, em dezembro de 2020. Portanto, as diversas opções apresentadas no sudoeste baiano são alternativas para quem busca viver em meio a baixos índices de crimes violentos letais e intencionais.

Ceará

O número de assassinatos também reduziu no Ceará em 2022, tendo sido 9,97% menor em comparação com o ano anterior. Em 2023, Fortaleza, por exemplo, teve uma redução de 22,7% no número de crimes violentos letais e intencionais no mês de janeiro. “Acreditamos que essa redução em Fortaleza é fruto de um trabalho que tem sido iniciado nas principais Áreas Integradas de Segurança (AISs) da capital. Queremos replicar esse trabalho para a Região Metropolitana, Interior Norte e Sul do Estado”, disse o secretário de segurança pública, Samuel Elânio.

Nesse sentido, é possível perceber uma melhora constante também nos índices de outras cidades cearenses. Em 2019, por exemplo, 15 dos 184 municípios do Estado terminaram o ano sem o registro de homicídios sendo algumas delas: Abaiara, Alcântaras, Araripe, Catunda, Cedro, Chaval, Moraújo, Palhano e Morrinhos.

Em agosto de 2022, o município do Eusébio se revelou um caso ainda mais especial quando se trata da melhora da segurança pública no Ceará. A cidade, na região metropolitana de Fortaleza, alcançou diminuição de 40% no número de crimes violentos letais intencionais registrados nos sete primeiros meses do ano, ou seja, índice significativamente maior do que a média estadual, de redução de 6,7%.

No período citado, toda a região metropolitana alcançou redução de 19,2%. Porém, o Eusébio tem atraído famílias da capital cearense justamente por proporcionar um estilo de vida mais tranquilo, principalmente, quanto à sensação de segurança. Dados da Secretaria de Segurança Pública apontam que, em 2022, entre janeiro e fevereiro, houve 19 crimes violentos letais e intencionais na área que abrange Eusébio, Aquiraz, Pindoretama e Cascavel. Enquanto isso, na capital, em diferentes bairros, foram 112 casos do tipo.

Distrito Federal

Para falar do Distrito Federal é necessário considerar que há uma grande discrepância entre áreas nobres e a periferia de Brasília. Enquanto nas regiões mais valorizadas, as taxas de criminalidade podem ser comparadas a de países da Europa, em outros locais, os crimes continuam sendo uma realidade diária.

Nesse contexto, é importante destacar que, por exemplo, entre 2014 e 2016, não houve registro de nenhum homicídio em regiões como Lago Sul, Park Way, Octogonal e Sudoeste. Porém, também merecem destaques zonas com baixas taxas de crimes como Lago Norte, Plano Piloto, Águas Claras e Cruzeiro.

Nesses locais, especialistas avaliam que os bons resultados em relação à segurança se devem ao estilo de vida, sendo marcado por uma alta densidade de casas e prédios e pela pouca presença do comércio. Fazendo assim com que a circulação seja majoritariamente de moradores da região e com que pessoas desconhecidas sejam facilmente detectadas. É importante lembrar que a zona nobre de Brasília já foi, inclusive, considerada pela Organização das Nações Unidas como parte da lista mundial dos dez melhores índices de Desenvolvimento Humano (IDH).

Espírito Santo

O Espírito Santo também terminou o ano de 2022 com redução no número de homicídios. Em comparação com 2021, a queda foi de 5,9% e alcançou ainda o marco de que, pela segunda vez em 26 anos, o Estado conseguiu se manter abaixo da quantidade de mil mortes violentas.

Os índices estaduais, no entanto, variam. A Grande Vitória, por exemplo, se destacou negativamente como epicentro dos casos de crimes no ano passado. No entanto, outras cidades como Alegre, Alfredo Chaves, Alto Rio Novo, Apiacá, Bom Jesus do Norte, Divino de São Lourenço, Governador Lindenberg e diversas outras, figuraram na lista de municípios sem registro de homicídios em 2022. No total, são 21 cidades de pequeno porte nessas mesmas condições.

No Estado, o principal problema da criminalidade ainda está relacionado ao tráfico de drogas, principalmente nos centros urbanos de grande e médio porte. Nesse contexto, as cidades menores são uma alternativa viável por estarem, inclusive, sendo consideradas como uma espécie de inspiração para outros municípios da região.

Goiás

Há poucos anos, em 2021, Goiás bateu recorde na redução de indicadores de crimes violentos. De acordo com dados do governo, durante, pelo menos, três anos, foi possível perceber uma redução contínua que fez com que o Estado diminuísse em 18,32% o número de crimes violentos letais e intencionais. Na época, o governador, Ronaldo Caiado, chegou a afirmar que Goiás era referência nacional, tendo a melhor segurança pública do país.

O balanço da Secretaria de Segurança revelou também que, em 31 municípios goianos, não foi registrado nenhum caso de crime violento no período citado. Além disso, em 2021, Goiás teve 22 dias sem nenhum registro de homicídios.

Três cidades goianas, inclusive, não registram homicídios há pelo menos uma década. Nova Aurora, não tem crimes do tipo há 20 anos. Os outros municípios são Santa Isabel e Sítio d’Abadia. No entanto, é possível ressaltar Chapadão do Céu, Itumbiara, Ceres, Quirinópolis e Caldas Novas no ranking de melhores cidades para se viver em Goiás.

Maranhão

Dados do Monitor da Violência demonstram que o Maranhão apresentou redução de 7,4% nas mortes violentas durante todo o ano de 2022. No total, foram 142 vítimas a menos do que o registrado no ano anterior. Em números gerais, o Estado chegou a alcançar a sétima maior redução no índice de mortes violentas do Brasil.

Nesse sentido, municípios como Porto Franco se mostram como uma opção para quem busca tranquilidade de maior qualidade de vida, principalmente devido ao fato de que mantém um dos melhores IDHs do Estado. No Maranhão, o IDH também chama atenção por integrar a capital, São Luís, o que é raro na lista de cidades mais seguras do Brasil.

Falando especificamente de São Luís, a cidade foi a única capital do Nordeste a deixar a lista de 50 cidades mais violentas do mundo desde 2017. É válido ressaltar que, entre 2007 e 2017, o Maranhão, de maneira geral, teve queda de mais de 73% nos números referentes à violência.

Mato Grosso

O Mato Grosso apresentou redução de 23% no número de homicídios contra mulheres em 2022, o segundo maior do país. Em 2021, ano anterior, também foi possível perceber diminuição de 27% no número de homicídios dolosos, bem como 8% na quantidade de roubos.

Além de ser famoso pelo polo industrial e agropecuário, o Mato Grosso reúne as riquezas de biomas como Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal. Sendo a preocupação com o meio ambiente percebida em diversas localidades. A capital, por exemplo, é conhecida como “cidade verde” por possuir muita arborização. Além da preocupação ambiental, as melhores cidades do Estado também se destacam quando o assunto é infraestrutura.

Nesse sentido, diversas cidades mato-grossenses como Cuiabá, Primavera do Leste, Rondonópolis e Sinop são frequentemente apontadas como entre as melhores para se morar no Estado em diversos aspectos.

Mato Grosso

O Mato Grosso apresentou redução de 23% no número de homicídios contra mulheres em 2022, o segundo maior do país. Em 2021, ano anterior, também foi possível perceber diminuição de 27% no número de homicídios dolosos, bem como 8% na quantidade de roubos.

Além de ser famoso pelo polo industrial e agropecuário, o Mato Grosso reúne as riquezas de biomas como Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal. Sendo a preocupação com o meio ambiente percebida em diversas localidades. A capital, por exemplo, é conhecida como “cidade verde” por possuir muita arborização. Além da preocupação ambiental, as melhores cidades do Estado também se destacam quando o assunto é infraestrutura.

Nesse sentido, diversas cidades mato-grossenses como Cuiabá, Primavera do Leste, Rondonópolis e Sinop são frequentemente apontadas como entre as melhores para se morar no Estado em diversos aspectos.

Mato Grosso do Sul

Em 2018, o Atlas da Violência apontou que o Mato Grosso do Sul era o 5º Estado brasileiro com menos homicídios. Na época, a taxa alcançou os 25 a cada 100 mil habitantes. O governo explica que os bons resultados advêm de uma intensificação do trabalho da polícia nas ruas, além do intercâmbio com agências de inteligência.

Nesse sentido, de acordo com relatório de 2022, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, o município de Dourados se destacou como o mais eficiente no combate ao crime e atendimento à comunidade. Em comparação com 2021, só o número de homicídios, por exemplo, teve queda de 50%.

As mortes no trânsito em Dourados caíram 63% e o número de roubos 58%. Além disso, uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) demonstrou que o Mato Grosso do Sul possui municípios tanto entre os mais perigosos quanto entre os mais seguros do Brasil. Entre os locais mais tranquilos podemos destacar Campo Grande e Corumbá, que inclusive, figuram entre as cidades mais seguras do Brasil pelo ranking da Connected Smart Cities.

Minas Gerais

Minas Gerais é o primeiro Estado abordado nesta lista a possuir nomes entre as cidades mais seguras do Brasil atualmente. No total, são quatro: Passos, em 4º lugar; Araxá, em 12º; Varginha, ocupando a 16ª posição; e Barbacena, que ficou em 25º lugar da lista mais recente divulgada.

No primeiro trimestre de 2022, Minas Gerais teve queda de 2,9% no número de homicídios e se manteve abaixo da média nacional. É válido ressaltar, contudo, que em 2019, o Estado já tinha Varginha, Araxá e Passos citadas entre as cidades mais seguras do Brasil.

Desde os princípios da história e, até hoje, Minas Gerais atrai diversos moradores devido às suas riquezas naturais. Nesse sentido, também são consideradas como bons municípios para viver e trabalhar Belo Horizonte, que chegou a ser considerada pela Unicef como uma das melhores cidades para as crianças; Nova Lima, com altos índices de educação, e Conselheiro Lafaiete, que já ocupou a 9ª posição entre as cidades mais seguras do Brasil.

Pará

No Pará, o índice de mortes violentas registradas em 2022 ficou acima da média nacional. No entanto, é preciso destacar que, mesmo assim, o número de assassinatos caiu 2,7% no período avaliado, uma média de seis vítimas por dia. Contudo, em 2018, o Pará tinha o quinto pior índice do Brasil, o que foi melhorado, uma vez que atualmente, o Estado ocupa o 12º lugar nacionalmente.

Um estudo internacional da organização “Segurança, Justiça e Paz” destacou, em 2023, que os municípios paraenses não integravam a lista de cidades mais violentas do mundo. Nesse sentido, a Secretaria de Segurança Pública destacou que a capital, Belém, já esteve na relação e conseguiu sair após a implementação de um trabalho integrado entre as forças de segurança.

O ranking de 2018 já colocava localidades como Santarém, Abaetetuba, Tucuruí, Parauapebas, Castanhal e Marituba, por exemplo, entre as cidades mais pacíficas do Pará. Dados mais recentes sobre Belém, mostram que, entre 2018 e 2022, a capital saiu do 10º lugar da lista citada, para o 12º.

Paraíba

No ano passado, a Paraíba teve um total de 1.093 assassinatos, o que representa uma diminuição de 5,9% se comparado aos resultados obtidos no ano anterior. Nesse contexto, é importante destacar que, pelo ranking Connected Smart Cities, o município de Cabedelo alcançou o 9º lugar entre as cidades mais seguras do Brasil, considerando ainda questões como governança e educação.

Somente em educação, Cabedelo é o primeiro lugar da Paraíba, o segundo do Nordeste e o 30º da lista nacional. Também é importante destacar que, já em 2020, das 223 cidades paraibanas, 56 não registraram nenhum caso de homicídio, evidenciando a redução das taxas de criminalidade no Estado.

Entre elas, destacam-se Gurjão, Água Branca, Aguiar, Cabaceiras, Cajazeirinhas, Pedra Branca, Pedra Lavrada, Pedro Régis, Quixaba, Riacho de Santo Antônio, Riacho dos Cavalos, e diversas outras.

Paraná

Em 2022, o Paraná foi considerado um dos destaques nacionais no enfrentamento da violência. Entre 2009 e 2019, o Estado conseguiu reduzir em mais de 41% a taxa de homicídios contra mulheres, por exemplo. Em números absolutos, a redução alcançou ainda os 38%.

Um diferencial do território paranaense é que cidades de diferentes portes estão presentes nos rankings de melhores lugares para se viver. Maringá e a capital, Curitiba, são nomes que aparecem frequentemente com altos índices de avaliação de qualidade de vida.

No total, 15 municípios do Paraná se destacam como bons lugares para se viver no Brasil. Entre os de médio e pequeno porte, podemos citar também Toledo, Pinhais, Pato Branco, Marechal Cândido Rondon, Araucária, Arapongas, Medianeira, Palotina, Dois Vizinhos, São Mateus do Sul, Cornélio Procópio e Rio Negro.

Piauí

Na contramão da tendência observada na maior parte dos estados brasileiros, o Piauí registrou alta de 10% no número de mortes violentas em 2022. Nesse sentido, de acordo com levantamento da Rede Piauí, ao avaliar diferentes aspectos como segurança, infraestrutura e oferta de serviços, os moradores afirmaram que a capital, Teresina, estava em 3º entre as melhores para se viver.

O primeiro lugar do Estado, contudo, ficou com o município de Parnaíba, sendo seguido por Campo Maior. Para considerar Parnaíba como a melhor opção de moradia, os participantes da pesquisa citaram motivos como clima agradável, custo de vida barato e localização estratégica entre três importantes capitais.

No início deste ano, a cidade em questão chegou a passar por uma onda de violência devido à mudança no comando e um reforço no policiamento. No período, as medidas implementadas fizeram com que o município chamasse a atenção, alcançando, pelo menos, 16 dias sem nenhum homicídio. Além disso, durante as festividades de fim de ano, a polícia só recebeu dois chamados para casos relacionados a furtos.

Rio de Janeiro

Sempre no centro das discussões sobre segurança pública, o Rio de Janeiro apresentou marcos significativos em 2022. De acordo com o Instituto de Segurança Pública, o Estado teve o menor número de homicídios dolosos dos últimos 31 anos, sendo um total de 1.994 mortes, o que também representa redução de 11% em comparação a 2021.

Em 2020, nove cidades fluminenses não registraram nenhum caso de homicídio, sendo elas Cantagalo, Rio das Flores, Duas Barras, São Fidélis, Cambuci, Rio Claro, São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto e Engenheiro Paulo de Frontin. Ao longo dos anos, os rankings nacionais passaram a apontar a região serrana do Estado como a mais segura, com destaque para Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Petrópolis, por exemplo, teve uma taxa de homicídio estimada de 13,9 para cada 100 mil habitantes.

A tendência parece estar se mantendo com o passar do tempo. Em 2023, novamente, Nova Friburgo foi considerada a segunda cidade mais segura do Rio de Janeiro, chegando, inclusive, a ter a menor taxa de criminalidade entre Petrópolis e Teresópolis.

Rio Grande do Norte

Apesar de ter capturado a atenção das autoridades de segurança do país devido a uma onda de violência registrada no início de 2023. No ano anterior, o Rio Grande do Norte foi o estado nordestino com a maior redução no número de assassinatos no primeiro semestre.

No total, houve 653 menos casos no período, uma queda de 18%. Nesse sentido, é necessário destacar a história da cidade de João Dias que, em 2019, ficou conhecida como o município mais violento do Estado. No entanto, atualmente, com o aumento do policiamento e medidas integradas de segurança, João Dias é uma das mais seguras do Rio Grande do Norte.

Além dela, também é possível mencionar que, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2020, Natal foi a segunda capital menos violenta do Nordeste de maneira geral, com uma taxa de 23,1 mortes por 100 mil habitantes. O município de Nísia Floresta, localizado próximo à capital potiguar, também é citado quando o assunto é tranquilidade.

Rio Grande do Sul

Pelo terceiro ano consecutivo, o Rio Grande do Sul obteve o recorde na redução de homicídios, latrocínios e feminicídios. Estima-se que, desde a implementação do Programa RS seguro, em 2018, um total de 2.056 vidas tenham sido poupadas em todo o Estado.

Na região, o município de Alvorada, que em 2017 chegou a ser considerado o sexto mais violento do Brasil, tornou-se, em 2021, o local com a maior redução de vítimas de homicídio entre mais de 490 cidades gaúchas. Além disso, Porto Alegre, Viamão, Gravataí, São Leopoldo, Santa Cruz do Sul e diversas outras também chamaram a atenção pelo aumento da segurança.

Nos últimos oito anos, contudo, a cidade de Cachoeirinha foi a que obteve o menor índice de criminalidade. O município tem, em média, 131 mil habitantes e, quando avaliado, por exemplo, o índice de roubo a pedestres, a taxa ficou em menos de 0,5% da população. Roubos em estabelecimentos comerciais, por exemplo, totalizaram 25 durante todo o ano, porém, por mais de dois meses, não houve registro de casos do tipo.

Rondônia

A violência é um dos principais desafios para os governantes de Rondônia. Em 2022, o Estado continuou tendo o maior aumento no número de assassinatos de todo o Brasil. No entanto, em 2023, o governo lançou o Programa Cidade Segura, que visa a redução dos índices de criminalidade em Porto Velho.

Além disso, é importante lembrar que, em 2021, um relatório do Instituto Sou colocou Rondônia como o Estado que mais solucionou casos de homicídios dolosos, uma taxa de resolução de 74%, acima do índice nacional de 44% e do resultado mundial de 63%.

Nesse contexto, é válido ressaltar que as cidades mais atrativas para se morar do território geralmente têm relação com a economia aquecida de locais como Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste e Vilhena.

Santa Catarina

Quando se fala em cidades mais seguras do Brasil, Santa Catarina é um estado modelo. Entre os 25 primeiros lugares, quatro são catarinenses. Jaraguá do Sul, o 4º lugar nacional, que tem mais de 100 mil habitantes, tem taxa de 5,5 homicídios por 100 mil habitantes. Florianópolis, no mesmo período analisado, atingiu índice de 30 a cada 100 mil habitantes.

Em seguida, destacam-se municípios como Brusque, em 5º lugar; Tubarão, em 15º; e Lages, que ficou com a 22ª posição. Em 2021, de acordo com dados oficiais, Santa Catarina chegou a ter o menor índice de mortes dos últimos 14 anos, com queda de 9% em relação ao ano anterior. Em 2020, contudo, o Estado já vinha se destacando quando manteve a redução no número de mortes violentas.

No período, as regiões com as maiores quedas foram justamente Florianópolis e a Balneário Camboriú, que registraram declínio de 30% no número de crimes violentos letais e intencionais. No total, o Estado teve 739 ocorrências do tipo, número este abaixo da média de 921.

São Paulo

O Estado brasileiro com o maior número de municípios incluídos na lista de cidades mais seguras do Brasil é, sem dúvidas, São Paulo. Entre os 25 primeiros lugares, 17 são ocupados por cidades paulistas. Jaú, Indaiatuba e Valinhos são as três cidades mais seguras do país, respectivamente.

Nos primeiros oito meses de 2019, por exemplo, Jaú registrou três mortes violentas, sendo considerada uma espécie de referência para outras cidades brasileiras que não vivem a mesma realidade. A taxa de homicídios do município em tal período foi de 2,7 a cada 100 mil habitantes, uma média 12 vezes menor do que o apontado nacionalmente e menor também do que o registrado em países europeus como Letônia e Lituânia.

Jaú possui, em média, 140 mil habitantes e, além de ser conhecida pela segurança, é famosa pela indústria do calçado e da cana de açúcar. Além dos municípios já citados, também é necessário destacar a presença de Jundiaí, Limeira, Americana, Bragança Paulista, Santos, Araraquara, São Caetano, Mogi das Cruzes, Itatiba, Catanduva, Sertãozinho, Santa Bárbara d’Oeste, Birigui e Franca entre as cidades mais seguras do Brasil.

Sergipe

Mantendo a redução no número de mortes violentas, o Estado de Sergipe caiu no ano passado para a 15ª posição entre as regiões com a maior taxa de crimes. Em 2016, Sergipe chegou a liderar o ranking do Fórum Brasileiro da Segurança Pública, quando houve 1.356 crimes violentos letais e intencionais. Em 2022, contudo, houve uma redução de 56,3%, e o total de crimes semelhantes registrados reduziu para 593.

Em 2017, a capital sergipana, Aracaju, inclusive, apareceu entre as 30 cidades mais seguras para se viver no Brasil em um índice que considerou mais de 5 mil municípios brasileiros. Em 2023, a cidade completou quatro anos fora da lista de 50 cidades mais perigosas do mundo.

Aracaju tem um dos custos de vida mais baixos do país e é uma cidade conhecida por ter um dos menores índices de desigualdade do Nordeste. Porém, quando se fala em lazer, além da capital, também são frequentemente citadas como alternativas viáveis Laranjeiras, Itabaiana e Lagarto.

Tocantins

Entre os anos de 2020 e 2021, houve redução de 15,8% no número de mortes violentas que aconteceram em Tocantins. Diminuição esta que foi percebida, inclusive, na capital, que apresentou queda superior a 33% no número de mortes violentas intencionais.

Dessa forma, é importante lembrar que, em anos anteriores, a pesquisa do Ipea já elencou Palmas como a 17ª entre as cidades mais seguras do Brasil. Enquanto a média do risco de assassinatos nacional era de 35,52 pessoas a cada 100 mil habitantes, na capital, tal índice foi reduzido para 21,05. Quando consideradas apenas as capitais, a pesquisa chegou a posicionar Palmas como a segunda entre as cidades mais seguras do Brasil para se viver.

Em 2023, contudo, após a implementação da Operação Permanente Tolerância Zero, a maior cidade do sul de Tocantins, Gurupi, atingiu o marco de 90 dias sem registrar nenhum homicídio, colocando-a também como uma referência estadual de segurança pública.

Dicas para encontrar cidades seguras na sua região

Como citado anteriormente, classificações de segurança são dados muito mais complexos do que apenas a análise de índices de criminalidade. Por isso, antes de selecionar um local para viver é necessário considerar diversos aspectos sobre um local ou região.

É possível observar estatísticas de furtos e roubos até mesmo em sites turísticos como o TripAdvisor e Airbnb. A plataforma Reclame Aqui também é um ambiente confiável para ler sobre relatos de outras pessoas sobre uma região específica, sendo possível descobrir, até mesmo, se na vizinhança há fatores de risco como pontos de vendas de drogas. Por fim, é válido monitorar constantemente as estatísticas que são atualizadas periodicamente nos sites das secretarias de segurança pública de cada Estado.

Curiosidades sobre as cidades brasileiras

A cidade mais rica do Brasil é, isoladamente, São Paulo, que de acordo com dados do IBGE, atingiu, em 2018, PIB superior a R$ 763,806 bilhões. A diferença para o segundo lugar, o Rio de Janeiro, é de mais de R$ 400 bilhões. Mesmo assim, considerando educação, saúde, sustentabilidade e segurança, Maringá, no Paraná, foi eleita como a melhor cidade para se viver no Brasil atualmente. Quando se avalia o quesito beleza, no entanto, o Rio de Janeiro é considerado por muitos brasileiros como a cidade mais bonita do país. Quanto à infraestrutura, apesar de sua pequena extensão, Balneário Camboriú se destaca pela presença de arranha-céus e por um constante desenvolvimento. Ainda falando de economia, em 2022, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília foram, respectivamente, as três maiores geradoras de postos formais de trabalho.

FOTNE ELIHU LIRE

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