4 de maio de 2024 13:22

“O cartão postal de Lafaiete é uma cracolândia. Isso envergonha a cidade”, dispara Vereador João Paulo, defendendo a inclusão de moradores em situação de rua

A situação de abandono e descaso da rodoviária de Conselheiro Lafaiete (MG) foram alvos de duras críticas e denúncias na sessão da Câmara na noite desta quinta-feira (7). Ainda na parte da tarde de ontem (6) nossa reportagem expôs o cenário pelo qual passa do equipamento, cartão postal da cidade, ocupado por moradores em situação de rua, em meio ao uso de drogas, sexo, agressões e violência.

“Até quando vamos conviver com esta situação. Quando uma pessoa chega a cidade, a impressão é de abandono e sujeira. São moradores que ali vivem abordando e intimidando das pessoas pedindo dinheiro. É roupa dependurada, colchas esticadas ao chão como se ali que fosse moradia. Antes era cachorro, agora vemos esta situação deplorável que atenta contra Lafaiete. O cartão postal de Lafaiete é uma cracolândia”, disparou o Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil).

O Vereador João Paulo sugeriu a privatização da rodoviária de Lafaiete/LAFAIETE AGORA

Ele também sugeriu que a rodoviária passe a iniciativa privada. “Se a prefeitura não tem condições de administrar privatize o espaço, mas a situação não pode persistir. A taxa de embarque é R$0,50. O guarda volume cobra R$1,00 para ficar o dia dinheiro. O aluguel de espaço gira em torno de R$102 mil. Isso não paga a manutenção. Somos 131 mil moradores, cidade polo regional, entre as 20 mais populosas de Minas. Esta situação me envergonha. Além dos moradores, fico com pesar pelos comerciantes ao redor que pagam R$6 mil, R$ 7 mil ou mais. Estão perdendo clientes, afetando nossa economia. Isso beira um caos social. Isso está matando o centro de Lafaiete. Ninguém para ali para lanchar. Prefere ir em outro lugar. Precisamos de públicas públicas de inclusão”, completou.

João Paulo defendeu que parte dos recursos, na ordem de R$4,2 milhões, de superávit financeiro do ano passado, projeto em tramitação na Câmara, sejam destinados a manutenção da rodoviária ao invés do aeroporto Bandeirinhas. “Melhor uma rodoviária limpa do que um aeroporto interditado. De que adianta um aeroporto bonito e uma rodoviária nesta situação de caos e em péssimas condições”, questionou. O projeto do Executivo que destinaria recursos a reforma do aeroporto foi adiado em meio a uma polêmica de questionamento em torno da priorização e finalidade.

O Vereador Pedro Américo (PT) pediu um olhar mais generoso e ações inclusivas aos moradores ao entorno da rodoviária. “É um problema da sociedade”.

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