Saiba por que Minas Gerais tem o maior número de casos de dengue em 2024

Minas Gerais é o Estado mais atingido pela dengue neste ano no país: são mais de 832 mil casos prováveis da doença. Outros dois Estados do Sudeste e Sul, São Paulo e Paraná, aparecem logo em seguida com 535 e 246 mil casos, respectivamente.

Em 2023, Minas também bateu recorde para o país todo com mais de 400 mil infectados, conforme apontam dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.

Até o momento, 544 óbitos estão em investigação e 148 foram confirmados. Além da dengue, a chikungunya também atinge MG com mais de 72 mil casos prováveis e 28 mortes confirmadas.

As mineiras são as mais atingidas: 56% dos casos. Os homens representam 44%. Em raça e cor, 59,3% da população infectada em Minas é parda, seguido por brancos (31,09%), preta (8,3%), amarela (1,1%) e indígena (0,3%).

A faixa etária com a quantidade mais elevada de dengue é dos 20 a 29 anos: 156.593 casos.

Por que Minas Gerais tem tantos casos de dengue?

 

Segundo especialistas, Minas pode estar sofrendo mais com as transmissões da doença por conta de fatores climáticos, ambientais e também do relaxamento das medidas de controle que combatem a doença.

Ana Flávia Santos é infectologista e médica do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) da Rede Mater Dei em Belo Horizonte e explica não haver um motivo específico, mas sim, multifatorial.

“Há um conjunto de fatores que podem ser atribuídos para o aumento de casos de dengue em determinados estados e municípios, mas o excesso de calor e chuva, associado a um alto índice de infestação pelo Aedes com o relaxamento das medidas de controle do vetor, contribuíram significativamente para a epidemia atual”, revela.

A médica destaca que a presença dos quatro sorotipos da dengue ao mesmo tempo em Minas cria uma situação atípica onde mais pessoas podem se infectar novamente pela doença. “Quando uma pessoa se infecta uma vez, fica imune àquele sorotipo específico, mas permanece suscetível aos demais, ou seja, desprotegida em relação aos outros sorotipos”, diz.

A circulação da doença por diferentes regiões, ano a ano, também é algo que os pesquisadores observam de perto. “Por exemplo, neste ano, há pouca circulação de dengue no Nordeste, que tradicionalmente são Estados onde existe um número de casos bastante elevado. Atualmente a epidemia está concentrada no Centro-Sul do país. Minas Gerais e São Paulo são dois Estados com elevada carga da doença”, explica Julio Croda, médico infectologista e especialista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

As mineiras são as mais atingidas: 56% dos casos. Os homens representam 44%. Em raça e cor, 59,3% da população infectada em Minas é parda, seguido por brancos (31,09%), preta (8,3%), amarela (1,1%) e indígena (0,3%).

A faixa etária com a quantidade mais elevada de dengue é dos 20 a 29 anos: 156.593 casos.

Por que Minas Gerais tem tantos casos de dengue?

 

Segundo especialistas, Minas pode estar sofrendo mais com as transmissões da doença por conta de fatores climáticos, ambientais e também do relaxamento das medidas de controle que combatem a doença.

Ana Flávia Santos é infectologista e médica do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) da Rede Mater Dei em Belo Horizonte e explica não haver um motivo específico, mas sim, multifatorial.

“Há um conjunto de fatores que podem ser atribuídos para o aumento de casos de dengue em determinados estados e municípios, mas o excesso de calor e chuva, associado a um alto índice de infestação pelo Aedes com o relaxamento das medidas de controle do vetor, contribuíram significativamente para a epidemia atual”, revela.

A médica destaca que a presença dos quatro sorotipos da dengue ao mesmo tempo em Minas cria uma situação atípica onde mais pessoas podem se infectar novamente pela doença. “Quando uma pessoa se infecta uma vez, fica imune àquele sorotipo específico, mas permanece suscetível aos demais, ou seja, desprotegida em relação aos outros sorotipos”, diz.

A circulação da doença por diferentes regiões, ano a ano, também é algo que os pesquisadores observam de perto. “Por exemplo, neste ano, há pouca circulação de dengue no Nordeste, que tradicionalmente são Estados onde existe um número de casos bastante elevado. Atualmente a epidemia está concentrada no Centro-Sul do país. Minas Gerais e São Paulo são dois Estados com elevada carga da doença”, explica Julio Croda, médico infectologista e especialista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda — Foto: ATENÇÃO: DEFINIR CRÉDITO!
Infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda — Foto: ATENÇÃO: DEFINIR CRÉDITO!

Croda avalia que o surto de chikungunya pode se confundir com o da dengue. “Em Minas Gerais, além da dengue, pode estar tendo também um aumento de casos de arboviroses, sendo considerado dengue”, diz.

O espaço geográfico de Minas também é um dos fatores que pode contribuir para a quantidade de infectados. Para o médico Marcelo Daher da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) MG tem uma característica climática importante.

“Você tem um Estado que pega vários locais, parte com a temperatura muito elevada e outros com muitas chuvas, e isso contribui. Outro fator é o crescimento desordenado das cidades onde você tem muitos alagamentos. Não ter uma infraestrutura urbana bem feita, colabora para o aumento de várias doenças”, destaca.

Segundo Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a dinâmica da dengue é complexa. Kfouri ressalta que a maneira correta de se avaliar a doença é através da incidência de casos por 100 mil habitantes.

Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações — Foto: Sociedade Brasileira de Imunizações/Divulgação
Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações — Foto: Sociedade Brasileira de Imunizações/Divulgação

No momento, conforme os dados do Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência de Minas Gerais é o segundo maior do Brasil: 4.052. Fica atrás apenas do Distrito Federal, que apresenta um número de 6.751.

“São muitas variáveis para dizer qual o retrato da dengue neste ano. Dengue você nunca olha para um mês ou um ano, você tem que olhar a série histórica, para entender a circulação do vírus e obviamente do mosquito”, diz.

O Secretario de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti, explicou que o El Niño e as altas temperaturas registradas em Minas devem ser consideradas.

“O segundo e mais importante é que temos o sorotipo 2 circulando muito fortemente em Minas Gerais este ano. Isso significa que toda a população é suscetível a doença porque os últimos anos epidêmicos foram de sorotipo 1. Então é como se pegasse uma população praticamente toda com a possibilidade de pegar a doença por não ter uma imunidade recente relacionada à dengue”, destaca.

Baccheretti também revela que boa parte das das notificações de dengue são na verdade de chikungunya. “É um vírus que chegou pelo norte do estado pela Bahia há dois anos. Ou seja, temos chikungunya circulando muito, mas muitas vezes é notificado dengue. Em Minas Gerais não é à toa que está sendo maior este ano e ele acompanha com outros Estados. Este crescimento precoce e rápido tem a ver com o período chuvoso e de calor, fazendo que ele [mosquito] proliferasse muito mais rápido que o habitual” diz.

Outros pontos indiretos, segundo o secretário, é a quebra dos anos epidêmicos de dengue que ocorriam a cada três anos.

“Muito provavelmente pela pandemia alguma coisa aconteceu pelas pessoas ficarem mais em casa tomando mais cuidado com sua casa. Em 2023 tivemos um momento muito vinculado a chikungunya e em 2024, tivemos esses casos que não aconteceram em 2022. Então se acumulou. Mas é uma tendência Mundial. Temos aí as Américas com as maiores epidemias da sua história e países que nunca tiveram epidemia tendo a doença”, explica.

FONTE VALOR O GLOBO

8 profissões que têm vagas sobrando por falta de mão de obra no país

Está em dúvidas sobre qual carreira seguir? Conheça as oito profissões que têm vagas sobrando no Brasil e decole rumo ao sucesso.

De um lado, o desemprego e a saturação do mercado de trabalho em algumas áreas. Do outro, a grande oferta de vagas e a escassez de profissionais capacitados para preenchê-las. Por isso, essa matéria selecionou as oito profissões que têm vagas sobrando em nosso país.

Gostaríamos de lhe convidar para ler até o final para que você possa analisar qual das profissões citadas abaixo é a mais compatível com o seu perfil. Afinal, uma carreira de sucesso tem tudo a ver com escolha de uma função que tem uma alta demanda, não é? Confira.

1) Analista de TI

Essa é uma das principais profissões que têm vagas sobrando. O Analista de TI é o responsável por planejar, projetar, configurar e administrar as complexas redes de computadores de uma empresa. Ele também oferece suporte técnico para todos os usuários.

Se você gosta dessa área e tem muita familiaridade com ela, o seu salário poderá ser de até R$ 4,7 mil por mês, dependendo das suas habilidades técnicas e nível de experiência na função.

2) Técnico em Enfermagem

Mais uma das profissões que têm vagas sobrando. A área da Saúde sempre teve uma alta demanda de profissionais. O Técnico em Enfermagem é aquele que presta auxílio para o Enfermeiro em todos os procedimentos que envolvem os cuidados com os pacientes, seja em clínicas ou hospitais.

Quem tem experiência nessa área ou sonha em investir nela, trabalho não vai faltar no futuro. O salário pode chegar a R$ 3,5 mil mensais, em um hospital de grande porte.

3) Técnico em Agricultura Digital

Esse profissional tem a complexa missão de aumentar a produção das fazendas em geral por meio da digitalização. Ele precisa ter um bom entendimento da área da Tecnologia da Informação (TI) e do funcionamento das práticas no campo.

Empresas do setor sempre estão à procura de Técnicos de Agricultura Digital capacitados e experientes. O salário pode chegar a R$ 5,9 mil por mês, dependendo das suas competências na área.

4) Engenheiro Agrônomo Digital

Responsável pela correta aplicação das tecnologias digitais no Agronegócio, esse profissional também precisa ter conhecimento sobre agricultura em geral, topografia e toda a dinâmica da produção agrícola em grande escala.

Se você gosta desse ramo e pretende atuar nele, poderá receber um salário de até R$ 7,5 mil por mês, dependendo da sua experiência, habilidades e, claro, do porte da empresa contratante.

5) Analista de Preços

Essa também é mais uma das profissões que têm vagas sobrando. O Analista de Preços faz uma minuciosa análise e definição dos preços dos produtos e/ou serviços de um negócio, com o objetivo de aumentar o faturamento mensal, garantindo uma maior margem de lucro.

Quem gosta dessa área e entende o funcionamento da dinâmica do mercado, pode ser dar bem nela. O salário pode chegar a R$ 5,3 mil mensais. E tem muita vaga por aí, tá?

6) Especialista em Segurança da Informação

Quando o assunto é profissões que têm vagas sobrando, essa não poderia ficar ausente da nossa lista. Esse profissional é o responsável por analisar todos os riscos relacionados à informação, cujo gerenciamento é feito por modernos sistemas e infraestrutura de TI de um negócio.

Se você tem afinidade com esse ramo e quer investir pesado nele, poderá ter um salário de até R$ 9,5 mil mensais, em uma startup de referência, por exemplo.

7) Vendedor de Sistemas de Energia Solar

Você é um entendedor nato sobre o funcionamento do complexo sistema de energia solar e dos produtos que fazem parte dele? Muitas empresas da área estão à procura de vendedores competentes e oferecem comissões atrativas para os mais capacitados.

O problema é que existem pouquíssimos profissionais que possuem conhecimentos técnicos específicos sobre esse ramo. A média de ganhos mensais pode chegar a R$ 10 mil, dependendo do volume de vendas e do porte da empresa contratante.

8) Motoristas

O mercado de trabalho também está à procura de Motoristas que têm habilidades para transportar cargas em geral. Com caminhões e carretas cada vez mais tecnológicos, muitos desses profissionais acabam tendo uma grande dificuldade de lidar com as novidades e abandonam a profissão.

Se você gosta de tecnologia, tem carteira de habilitação na categoria E e sempre sonhou em se aventurar pelas estradas Brasil afora fazendo entregas dos mais variados tipos de cargas, trabalho não vai faltar tão cedo. A faixa de ganhos gira em torno de R$ 3,5 mil por mês.

E aí, o que você achou das profissões que têm vagas sobrando no país? Agora é escolher aquela que mais se identificar e dar adeus para o desemprego. Boa sorte.

 

FONTE CONCURSOS NO BRASIL

Adolescente agride pais e esfaqueia funcionária de escola

Vítima foi atacada pelas costas e segue internada no Hospital João XXIII Pronto Socorro

Um adolescente, de 17 anos, foi detido após agredir os pais e esfaquear uma funcionária, de 46 anos, de uma escola no bairro Renascença, na região Noroeste de Belo Horizonte, na noite dessa terça-feira (26).

Conforme o boletim de ocorrência, os pais alegaram que o filho sofre de transtorno mental desde os 12 anos e que fazem o acompanhamento medico dele junto ao Centro de Referência em Saúde Mental (Cersam).

Na noite de ontem, ainda na casa da família, que fica no bairro Concórdia, na mesma região, segundo o pai, o jovem entrou em “surto psictico” e tentou esfaqueá-lo. Os dois entraram em luta corporal e, ao se desvencilhar, o adolescente chutou a mãe e saiu de casa com a faca em mãos, dizendo que faria uma “chacina” em uma escola.

De imediato, os pais chamaram a polícia. Contudo, quando militares chegaram ao endereço da escola, no bairro Renascença, o menino já havia esfaqueado uma servidora.

Uma testemunha contou que o adolescente atacou a mulher pelas costas. Ela foi atingida por facadas no braço e no dorso. Ainda segundo o registro policial, a última facada fez com que a lâmina da faca se quebrasse, ficando alojada nela.

A vítima foi socorrida pelo Samu e levada para o Hospital João XXIII Pronto Socorro. À Itatiaia, uma familiar da vítima contou que o estado de saúde é delicado, mas estável.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) confirmou que o jovem faz acompanhamento no sistema de saúde mental do município.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde e com a Polícia Civil e aguarda os posicionamentos.

FONTE ITATIAIA

Finlândia oferece viagens gratuitas para saber como é viver no país mais feliz do mundo

FONTE G1

O maior país muçulmano do mundo que busca se tornar uma das 5 maiores economias

As ambiciosas metas econômicas do atual governo indonésio levantam questões sobre sua viabilidade e seus impactos sociais e ambientais

A maioria dos casais de meia-idade estão se preparando para se aposentar caso possam arcar com isso, mas Musmulyadi, 55 anos, e sua esposa Nurmis, 50, estão indo no caminho contrário à tendência.

Eles acabaram de migrar milhares de quilômetros para Nusantara, a futura capital da Indonésia que está emergindo da floresta tropical em meio aos orangotangos.

“Deve ser mais fácil encontrar emprego aqui enquanto eles ainda estão construindo a infraestrutura”, disse Musmulyadi à BBC Indonésia.

A futura casa deles hoje é um canteiro de obras em Nusantara, palavra javanesa para “arquipélago”, na ilha de Bornéu.

Nurmis mistura o cimento enquanto Musmulyadi coloca os ladrilhos.

O sonho deles é comum entre os indonésios: Musmulyadi espera conseguir um emprego estável e tornar-se subcontratado no megaprojeto.

Uma nova capital para a Indonésia está sendo construída no meio da floresta tropical — Foto: Oki Budhi via BBC

Desde que o presidente Joko Widodo, popularmente conhecido como Jokowi, anunciou a construção de Nusantara há dois anos, os negócios floresceram.

“O governo prevê que 2 milhões de pessoas viverão aqui até 2029.”

Mas a dezenas de quilômetros de distância, Syamsiah e seu marido Pandi estão preocupados com a possibilidade de serem despejados.

Eles pertencem a uma comunidade indígena de 20 mil pessoas e não têm propriedade legal de suas terras, onde sua família vive há gerações.

Pandi acordou uma manhã e viu o seu terreno demarcado, sem qualquer aviso prévio.

É a terra dos seus antepassados, mas Pandi terá que continuar lutando para mantê-la — Foto: Oki Budhi via BBC

O governo quer tirar moradores dali com o argumento da proteção contra inundações. Entretanto, em fevereiro, Pandi conseguiu impedir a sua remoção na Justiça.

“Faço isso pelo futuro dos meus filhos e netos”, disse ele à BBC.

“Se eu não fizesse nada, os meus filhos e netos seriam apenas um lixo para o governo. É assim que lutamos contra a injustiça”.

Mas ele pode ter sido beneficiado apenas por um adiamento temporário, uma vez que outras comunidades indígenas já foram deslocadas após o governo pagar indenizações, embora a preços considerados muito baixos pelas famílias afetadas.

As histórias de Mulyadi e Pandi mostram como os projetos do presidente Widodo são muitas vezes uma faca de dois gumes: contestados, mas também uma potencial fonte de oportunidades.

Ambientalistas têm alertado para o desmatamento e a perda de habitat que a instalação da nova capital deve trazer — Foto: Getty Images via BBC

Top 5 economias?

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), quando Widodo assumiu a presidência pela primeira vez em 2014, a Indonésia era a décima maior economia do mundo, com base na paridade do poder de compra (PPC).

Uma década depois, a Indonésia subiu para o sétimo lugar — atrás da China, dos Estados Unidos, da Índia, do Japão, da Alemanha e da Rússia.

“Até 2027, prevê-se que o país com a maior população muçulmana do mundo ultrapasse economicamente a Rússia.”

A nação do Sudeste Asiático realizou eleições presidenciais em 14 de fevereiro, onde números não oficiais mostram que o ministro da Defesa, Prabowo Subianto, está no caminho para vencer num único turno.

Ele prometeu continuar as políticas econômicas de Widodo. O filho do atual presidente, Gibran Rakabuming Raka, é o companheiro de chapa de Prabowo Subianto.

“Os programas de Jokowi são bons no papel e poderão aproximar a Indonésia das previsões do FMI”, afirma Josua Pardede, economista-chefe de um dos dez maiores bancos da Indonésia, o Permata Bank.

Mas o país tem uma ambição maior — ser um dos cinco países com mais alta renda até 2045, ano do centenário da sua independência.

Para conseguir isto, a economia indonésia deve crescer 6 a 7% ao ano, afirmou o ministro das Finanças do país, Sri Mulyani.

O crescimento atualmente está em 5%.

A economia da Indonésia precisa de crescer 7% ao ano para cumprir ambiciosas metas econômicas — Foto: Oki Budhi via BBC

‘Febre do níquel’

A Indonésia é famosa pela ilha turística de Bali, mas também abriga as maiores reservas de níquel do mundo — um componente essencial para a fabricação de baterias para veículos elétricos.

Quando o presidente Widodo anunciou pela primeira vez a proibição da exportação de níquel bruto em 2019, a União Europeia processou a Indonésia na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O presidente disse que queria desenvolver o processamento na Indonésia.

Um artigo de um centro de pesquisas independente, o Institute for Development of Economic Finance, afirma que a política nacional relativa ao níquel criou empregos e fez crescer a economia.

“Mas a Indonésia ainda depende fortemente do investimento chinês para construir as fundições de níquel, levantando dúvidas sobre o futuro — especialmente porque o crescimento econômico da China deverá cair de 5,2% para 4,6% este ano.”

O presidente Widodo também foi criticado por estender o “tapete vermelho” ao investimento chinês e colocar em segundo plano o impacto de sua política de infraestrutura nas disputas de terras e en questões de saúde e ambientais.

“A febre do níquel faz o governo perder a cabeça”, diz Melky Nahar, coordenador da Mining Advocacy Network (Jatam), uma organização não governamental.

Passeio pelas ilhas?

A conectividade é fundamental para o desenvolvimento da Indonésia, uma vez que o país consiste em 1.700 ilhas espalhadas por três fusos horários e sua atual capital, Jacarta, está afundando no mar.

Mas as sobrancelhas levantaram-se quando o presidente Widodo assinou em 2022 uma lei determinando a mudança da capital, enquanto o mundo ainda lutava para se recuperar da pandemia de coronavírus.

Alguns países, incluindo a China, demonstraram interesse em investir na nova cidade, mas não houve nada “concreto” até o momento.

“Até agora, tem sido difícil atrair grandes investidores globais para investirem em Nusantara”, afirma Nailul Huda, do centro de pesquisas Center of Economic and Law Studies.

O presidente tentou vários métodos, incluindo a aprovação de uma lei laboral pró-investidores que grupos da sociedade civil afirmam violar os direitos dos trabalhadores.

Widodo deixará o poder em outubro e, segundo relatos, vê a construção de Nusantara como seu legado.

Widodo vê Nusantara como o seu ‘presente’ para a Indonésia, mas grupos da sociedade civil levantam preocupações sobre o impacto ambiental e sanitário — Foto: Getty Images via BBC

Mas Firman Noor, pesquisador da Agência Nacional de Investigação em Inovação (BRIN), acredita que esta já é uma história manchada.

“Em muitos aspectos, Nusantara é um reflexo de como os valores democráticos desapareceram no desenvolvimento e nas práticas políticas ao longo dos últimos 10 anos”, afirma Noor.

Entretanto, o possível novo presidente Prabowo Subianto está tentando conquistar corações e mentes prometendo políticas populistas, como leite e almoço gratuitos para mães e crianças.

Especialistas alertam que estes projetos podem onerar o orçamento, que já está sobrecarregado pelos megaprojetos do atual presidente.

“Os almoços grátis e várias outras políticas irão esgotar o orçamento do Estado, provocando a dívida nacional”, diz Huda.

“Se as políticas do próximo governo continuarem a ser tão imprudentes como esta, penso que a dívida poderá duplicar até 2029, apesar do sonho de se tornar a maior economia do mundo.”

FONTE G1

Gerdau acelera demissões no país em resposta à concorrência do aço chinês

Em 2023, nível de utilização de capacidade de produção de companhia ficou em 60%

Diante da demora do governo federal brasileiro em decidir adotar medidas de proteção contra as importações de aço, principalmente da China, o grupo Gerdau avaliou que o tempo se esgotou agora em fevereiro. Por isso, a maior produtora de aço no país de capital nacional começa a implementar medidas de curto prazo em suas operações e a debater internamente, durante este ano, um plano de longo prazo de suas estratégias de investimentos futuros. Esse é o recado do presidente global da companhia, Gustavo Werneck, em coletiva de imprensa para falar do balanço financeiro do quarto trimestre e de 2023, nesta quarta-feira (21).
 
Segundo o executivo, no cargo desde o início de 2018, os danos das importações à indústria do aço no país foram fortes, levando à redução de produção das empresas e de queda nos ganhos e competitividade. Werneck lembrou que a participação dos importados no consumo aparente do mercado brasileiro dobrou em 2023, na comparação com 2020. Foi a 18,4%.

No curto prazo, diz o CEO, a empresa já começa a acelerar fechamentos de capacidade e demissão de pessoas em suas unidades operacionais, buscando adequar o tamanho da Gerdau à demanda do mercado brasileiro. Com o desligamento de 100 pessoas em Pindamonhangaba (SP), na unidade que faz aços especiais, o total de cortes no país já chegam a mil, segundo o CEO. “Não é possível manter o nível de produção sem que sejam tomadas as medidas de proteção. Fevereiro era o mês limite para essa situação”, destaca o executivo. 

Conforme dados divulgados pela siderúrgica, o nível de utilização de capacidade de produção de suas operações brasileiras ficou em 60% em 2023, e isso se deve em boa parte à competição com aço importado, destaca Werneck. “O patamar saudável para o setor é de 80%”, informou.

Desde setembro do ano passado, quando as importações ganharam velocidade e atingiram volume de 5 milhões de toneladas no ano – sendo 4,4 milhões de aços acabados, onde há o confronto o produto estrangeiro, com crescimento de 40% frente a 2023 -, o Instituto Aço Brasil vem pedindo ao governo brasileiro que imponha tarifas de importação de 25%, em linha com países como México e EUA.  São seis meses de seguidas reuniões com autoridades do governo, como ministros Geraldo Alckmin, do MDIC, e Fernando Haddad, da Fazenda, sem avanços. 

Segundo apuração do IM Business, o Aço Brasil aguarda encontro com Lula, presidente da República, que vem pedindo desde o ano passado, para demonstrar ao número 1 do Planalto a importância de conter a entrada de aço estrangeiro. O setor destaca que são medidas emergenciais e que as autoridades de comércio exterior podem avaliar alternativas, como cotas de volume de importação. Em 2023, a China despejou 90 milhões de toneladas no mercado mundial – o Brasil foi o sétimo maior comprador de aço chinês. 

Segundo Werneck, as importações continuam firmes neste início de ano. Por isso, diz Rafael Japur, diretor-financeiro da Gerdau, a empresa está avaliando entrar com pedidos de ações antidumping contra aço chinês e de outros países Rússia, Coreia do Sul, Turquia), tanto em aços planos (chapas e bobinas) quanto em longos(vergalhões, perfis, fio-máquina e outros). “A decisão já foi tomada e o processo já se iniciou”, acrescenta o CEO, lembrando que é uma decisão individual das empresas. A CSN já tinha saído na frente nesse caminho, em dezembro, como informou o IM Business no início de janeiro.

Numa visão mais longo prazo – cinco a dez anos -, informou Werneck,  a empresa já debate internamente, considerando os reflexos da reforma tributária até 2032, se vai olhar mais para outras geografias na hora de investir. Por exemplo, os EUA e o México, que está aproveitando a política de nearshoring e se tornando um grande exportador ao mercado americano. “Vamos avaliar se é o caso de direcionar para esses lugares os investimentos que seriam feitos no Brasil”. Até fim do ano essa ideia será amadurecida, considerando dois movimentos: atitude do governo e comportamento das importações vindas da China.

No momento, a Gerdau tem investimentos em curso no país de R$ 8 bilhões em vários projetos. Não há decisão de paralisá-los, pois avalia-se que são estratégicos para trazer retornos à empresa no futuro, lembrou o executivo. Grande parte estão em operações localizada em Minas Gerais. “Estamos alertando não só o governo federal do problema, mas também governadores e prefeitos das dificuldades para manter níveis de empregos”. 

O CEO da empresa destacou na coletiva de imprensa que o maior impacto nos resultados da companhia no Brasil no ano passado foi a entrada de aço em grande volume da China, a preços abaixo dos custo de produção. Lembrou que vários países (México, EUA e da União Europeia) adotaram ações de proteção contra o aço chinês – alíquotas de 25% e medidas de salvaguarda. “O Brasil não teve a mesma celeridade”. 

A Gerdau informou no balanço que terminou 2023 com recuo de 16,4% na receita líquida, para R$ 68,91 bilhões, ante 2022.  O lucro líquido da companhia caiu 40,9% , ficando em R$ 6,85 bilhões. Nas operações do Brasil, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – na sigla em inglês) teve retração de 47,6% e ficou com participação de 24,5% no valor total do grupo, que foi R$ 13,5 bilhões. As operações dos EUA responderam por quase 53,5% e uso de 82% da capacidade de produção de aços laminados.  O volume total de vendas da siderúrgica registrou recuo de 4,9% no ano. 

Financeiramente, a empresa encerrou o ano com alavancagem (na relação da dívida líquida sobre o Ebitda) baixa, de 0,40 vez. O caixa da empresa fechou o ano com em R$ 5,3 bilhões. O fluxo de caixa livre em 31 de dezembro era de R$ 7 bilhões, um resultado muito bom, de acordo com Japur.

A empresa informou que seu programa de investimentos para este ano é de R$ 6 bilhões, pouco acima dos R$ 5,7 bilhões do ano passado. Metade do valor se destinará a ganho de competitividade, destacou o executivo financeiro, sendo cinco projetos com maior potencial de geração de valor.

FONTE INFO MONEY

Número de mortes por dengue no Brasil sobe para 94; Minas Gerais lidera óbitos

Prefeitura de Belo Horizonte decretou estado de emergência, que é válido por 180 dias

Ministério da Saúde atualizou os dados e informou que o número de vítimas da dengue em 2024 no Brasil subiu para 94. Ainda há mais 381 casos em investigação.

Ao todo, o país registrou 555.583 mil casos, entre suspeitos e confirmados, neste ano.

Minas Gerais é o estado com maior incidência de casos prováveis da doença, 192.258. Diante da situação, a capital Belo Horizonte decretou situação de emergência, que vale por 180 dias e pode ser prorrogada.

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas mais frequentes nos pacientes que procuraram atendimento foram febre (83%), dor muscular (77%) e dores de cabeça (75%).

Veja os sintomas da Dengue:

Febre alta;

Dor no corpo e nas articulações;

Dor atrás dos olhos;

Mal-estar;

Dor de cabeça;

Manchas vermelhas no corpo.

Os sinais de alarme da doença são caracterizados principalmente por:

Dor abdominal intensa e contínua;

Vômitos persistentes;

Acúmulo de líquidos;

Sangramento de mucosa;

Irritabilidade.

FONTE TV CULTURA

Minas anuncia a produção do primeiro azeite biodinâmico do país; entenda

Novidade é fruto de estudos e pesquisas da Epamig ao longo de anos.Conceito da agricultura biodinâmica baseia-se em formas de cultivo que respeitam o ritmo da natureza, com poucas interferências

Anos de pesquisas e estudos da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) ajudaram o estado a produzir o primeiro azeite biodinâmico do país. O produto-conceito que acaba de ser anunciado pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seapa) baseia-se numa forma de cultivo que respeita o ritmo da natureza, utilizando, por exemplo, práticas da agricultura orgânica, sem o uso de agrotóxicos. O próximo passo é fazer as análises físico-químicas do produto para saber a quantidade de gordura e ácidos graxos presente em sua composição e, principalmente, a concentração de ácidos polifenólicos, que dão qualidade ao azeite, são benéficos à saúde eprevinem o envelhecimento precoce.

Produtores se concentram na Serra da Mantiqueira

Minas tem se destacado no cultivo de oliveiras e na produção de azeites extravirgens de qualidade. A maior parte dos produtores está concentrada no Sul de Minas, na região do entorno da Serra da Mantiqueira. São olivicultores como Samir Rahme, dono do primeiro azeite biodinâmico, cultivado nos Olivais de Quelémém.

O produtor Samir Rahme

Desde o início do negócio até chegar à produção do premiado Azeite Zet, Samir contou com o apoio da Epamig com indicações para a escolha das variedades mais apropriadas para a região, a condução dos olivais e nas primeiras extrações do azeite, que foram feitas usando a estrutura e equipamentos do Campo Experimental da empresa de pesquisa, em Maria da Fé.

“A olivicultura entrou em minha vida por uma questão de destino, no começo dos anos 2000. Eu era presidente de uma Associação Médica em São Paulo e decidi organizar uma feira orgânica, que teve a participação de pessoas da Associação de Produtores de Agricultura Natural de Maria da Fé. Eles fizeram a ponte para a visita ao município, onde acabei comprando, em 2005, o terreno de 7,5 hectares, a 1,6 mil metros de altitude. O plantio de oliveiras começou como um hobby. Não planejamos virar olivicultores, mas o mundo planejou isso para nós, por isso chamo de destino”, detalha.

Fernanda Fabrino/Campo Experimental da Epamig em Maria da Fé

Produção segue ritmo da natureza

Samir explica que escolheu a agricultura orgânica baseada nos conceitos da agricultura biodinâmica por acreditar na sabedoria da natureza. Segundo o próprio produtor, um alimento biodinâmico “é aquele cuja árvore é tratada de maneira a oferecer o que tem de melhor. Seguimos e respeitamos o ritmo da natureza. Não forçamos nada, não damos nada a mais do que a planta necessita. A nutrição básica é pela compostagem, a partir de esterco de vaca”.

Azeitonas certificadas pelo IBD

Azeitonas são certificadas pela IBD, empresa 100% brasileira que desenvolve atividades de inspeção e certificação agropecuária/Diego Vargas Seapa

O Zet é produzido a partir de azeitonas orgânicas, certificadas pelo IBD, maior certificadora de orgânicos da América Latina. A qualidade dos azeites da marca já foi reconhecida em premiações internacionais como o Olio Nuovo Days Competition, em Paris (França). “A gente sabe que o azeite é um alimento fantástico e queremos que essas características benéficas sejam ainda mais exacerbadas no nosso produto”, disse Samir.

Curiosidades sobre as características é grande

Curiosidade agora é para saber as características do Azeite Zet/Diego Vargas/Seapa

O próximo passo é atestar características dos azeites da marca em análises laboratoriais que poderão ser feitas pela Epamig. “A empresa recebeu um equipamento que fará a análise da quantidade de gordura e ácidos graxos, principalmente, de ácidos polifenólicos, que dão qualidade ao azeite. Estou muito curioso para fazer não só a análise química e física, mas essa análise mais detalhada do nosso azeite”.

Apoio para quem quiser apostar

A diretora-presidente da Epamig, Nilda Ferreira Soares, reforça os serviços oferecidos pela empresa a quem quer investir na atividade. “Temos em Maria da Fé um ponto de apoio a quem quer apostar na olivicultura. Uma agroindústria, equipada com maquinário moderno, disponível para os produtores que ainda não têm seus lagares (nome técnico do local onde se faz a extração do azeite) serviços de análises laboratoriais e orientações para o início do plantio e manejo de doenças e pragas”.

Boas perspectivas para a safra 202

A produção dos Olivais de Quelemém segue as projeções de boa safra para a região da Serra da Mantiqueira. “Em 2022, colhemos sete toneladas de azeitona. No ano passado, colhemos pouco mais de 300 quilos, em função de questões climáticas. Para 2024, as perspectivas estão boas para todos e prevemos uma colheita entre cinco e seis toneladas”, informa Samir Rahme.

Música clássica nos olivais

A olivicultora Rosana Chiavassa defende o poder da música para o desenvolvimento das plantas/Fernanda Fabrino

É também em Maria da Fé que fica a fazenda Santa Helena, primeira propriedade a receber o Certifica Minas Azeite, programa de certificação de produtos agropecuários e agroindústrias do Governo de Minas. A propriedade de 10 hectares é conhecida pela adoção da musicoterapia para os olivais. A olivicultora Rosana Chiavassa acredita que a música clássica tenha o poder de interferir positivamente no desenvolvimento das plantas. Por isso, chegou ao requinte de contratar um musicoterapeuta para fazer uma playlist para seu olival, definindo os melhores compositores e as melhores frequências para as plantas.

Rosana atribui a esse cuidado o fato de conseguir duas colheitas precoces. Explica-se: é que a colheita da azeitona acontece sempre de janeiro a março, mas a fazenda Santa Helena, misteriosamente, consegue duas colheitas: uma em dezembro e outra em fevereiro. Também não por acaso, o azeite Monasto, produzido no local, já ganhou oito medalhas internacionais.

A produtora destaca ainda a importância da certificação para a agregação de valor ao produto e para a credibilidade junto aos consumidores. “Os azeites mineiros são de excelente qualidade e a certificação chancelada pelo IMA agrega bastante. Sou de São Paulo e posso afirmar que Minas Gerais tem órgãos prontos para atender as demandas dos produtores”, comentou.

Visitas guiadas

Tanto os Olivais de Quelemém quanto a Fazenda Santa Helena realizam visitas guiadas e atividades especiais para os interessados em conhecer a excelência da produção de dois azeites mineiros mundialmente reconhecidos pela qualidade.

Outros investimentos

  • A Epamig realiza pesquisas para o desenvolvimento e a adaptação da cultura de oliveiras em Minas desde a década de 1970.
  • A empresa foi responsável pela primeira extração de azeite extravirgem no Brasil, realizada em fevereiro de 2008.
  • O Governo de Minas investiu R$ 2,3 milhões nesta cadeia produtiva de 2019 a 2024.

Alcançamos importantes avanços em termos de tecnologia em todas as etapas da cadeia produtiva, da produção de mudas, à análise da azeitona e do azeite. Mas ainda há muito a se evoluir, seja no estudo do comportamento das plantas, seja no conhecimento do potencial produtivo da oliveira ou em ações para amenizar os impactos das condições climáticas”, explica o engenheiro agrônomo e coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Luiz Fernando de Oliveira.

(*) Com informações da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais via jornalistas Mariana Penaforte e Márcia França.

FONTE ITATIAIA

País divulga a lista de nomes de bebês proibidos após 2023 (os cartórios não podem registrar)

Regras são rígidas e o que mais impressionou foi o termo líder do ranking

Já imaginou sonhar em colocar um nome especial no filho recém-nascido e descobrir que existem severas leis no país que proíbem determinados títulos nos registros dos pequenos? Parece estranho, mas na Nova Zelândia, as regras são rígidas.

No fim do ano de 2023, as autoridades do território, localizado no continente oceânico, divulgaram uma lista com termos proibidos para serem usados nas certidões de nascimento dos novos cidadãos.

A regra com as restrições já existe há alguns anos, mas desta vez os nomes chamaram mais atenção. Inclusive, no mundo inteiro.

“Messias”, “Princesa”, “Vampira”, “Soberano”, “AazyahRoyaal”, “Capitão”, “Ísis”, “JP”, “Chefe”, “Imperatriz”, “Papa” e “Fanny” foram alguns títulos rejeitados pelos funcionários do governo.

Uma curiosidade é que, na Nova Zelândia, “Fanny” é uma gíria para genitália feminina. Logo, é totalmente impossível registrar um bebê no cartório com o nome.

Entre os restritos, “Rei” foi o nome que liderou o ranking por 13 anos. Agora, o pódio dos nomes proibidos em todo o território oceânico é “Príncipe”. De acordo com as autoridades locais, não é permitido chamar ninguém com as palavras citadas.

“Os nomes são um presente e uma parte crucial da identidade de uma pessoa. Encorajamos os pais a considerarem o impacto que o nome terá em seus filhos e como eles se sentirão em relação a ele mais tarde na vida”, anunciou o registrador Russell Burnard em um comunicado.

A autoridade ainda pontuou que, antes de o departamento tomar uma decisão final, os pais têm a oportunidade de “justificar a escolha do nome”. No entanto, é bom evitar frustrações.

FONTE PORTAL 6

A riqueza na ‘Dubai’ vizinha ao Brasil: ‘É como se país tivesse ganhado na loteria’

A Guiana tinha uma economia baseada na agricultura de subsistência, mineração de ouro e diamantes e extração de madeira. A partir de 2019, no entanto, as receitas do petróleo passaram a turbinar o PIB do país

Em 1982, os irmãos Shiv e Hemant tinham 19 e 16 anos, respectivamente, quando deixaram a Guiana rumo ao Canadá.

Na época, a dupla deixava para trás um dos países mais pobres do mundo, seguindo os passos de milhares de outros jovens guianenses em busca de uma vida melhor.

Na América do Norte, constituíram família e fizeram carreiras no setor imobiliário e financeiro. Trinta e nove anos depois, em 2021, eles fizeram o caminho inverso. Era hora de voltar, disse Shiv Misir, hoje com 60 anos, à BBC News Brasil.

Os irmãos foram atraídos pelos bilhões de petrodólares que turbinaram a economia do país nos últimos anos. Eles montaram um escritório de corretagem imobiliária especializado em vender e alugar imóveis de alto padrão na capital do país, Georgetown.

Shiv e Hemant são dois representantes da nova classe média que surgiu (ou que retornou) ao país nos últimos anos desde o início da exploração de petróleo no país.

Iniciada em 2019, essa exploração transformou a antiga colônia britânica em uma das economias que mais cresce no mundo.

A Guiana é um país localizado no norte da América do Sul, entre o Suriname e a Venezuela. Tem pouco mais de 800 mil habitantes e surgiu como uma colônia inicialmente holandesa para a produção de cana-de-açúcar.

Somente em 1966 o país foi declarado independente do Reino Unido.

Em 2015, a petroleira americana Exxon Mobil anunciou a descoberta de campos de petróleo gigantes e economicamente viáveis na costa do país.

Nos anos seguintes, o consórcio composto pela Exxon Mobil, a também americana Hess e a chinesa CNOOC arrematou poços a pouco mais de 200 quilômetros da costa guianense.

Até o momento, foram descobertas reservas de aproximadamente 11 bilhões de barris de petróleo, mas estimativas mais recentes apontam que esse volume pode chegar a 17 bilhões.

O valor seria maior que todas as reservas provadas de petróleo do Brasil, estimadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em 14 bilhões de barris.

Até então, a Guiana tinha uma economia baseada na agricultura de subsistência, mineração de ouro e diamantes e extração de madeira.

A partir de 2019, as receitas do petróleo passaram a turbinar o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Em 2020, o então ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, chegou a comparar o país a uma das cidades dos Emirados Árabes Unidos que virou símbolo da riqueza gerada pelo petróleo.

“É a nova Dubai da região, mesmo”, disse Guedes. Os números, de fato, têm chamado atenção.

‘É como se o país tivesse ganhado na loteria’

Hotel da rede norte-americana Best Western sendo construído em Georgetown por empreiteira chinesa — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Hotel da rede norte-americana Best Western sendo construído em Georgetown por empreiteira chinesa — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Entre 2019 e 2023, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o PIB do país tenha saído de US$ 5,17 bilhões (R$ 27,7 bilhões) para US$ 14,7 bilhões (R$ 68,2 bilhões), um salto de 184%.

Em 2022, o crescimento do PIB foi de impressionantes 62%.

Na mesma proporção, o PIB per capita (divisão da riqueza do país pelo número de habitantes) também cresceu.

Segundo o Banco Mundial, saiu de US$ 6.477 (aproximadamente R$ 31 mil) dólares em 2019 para US$ 18.199 (R$ 87 mil) dólares em 2022.

Para efeito de comparação, esse valor é mais que o dobro do PIB per capita brasileiro, que em 2022 foi de US$ 8.917 (R$ 39,9 mil).

“É como se o país tivesse ganhado na loteria. É uma chance que só aparece uma vez na vida. Há um otimismo muito grande no país”, disse à BBC News Brasil Diletta Doretti, representante do Banco Mundial para a Guiana e Suriname, que vive há dois anos em Georgetown.

Na esteira do crescimento gerado pelo petróleo, outros setores da economia do país também cresceram.

De acordo com o FMI, o crescimento do PIB não relacionado ao petróleo como indústria, agricultura e construção civil em 2022 foi de 11,5%.

Os reflexos são visíveis pelas principais cidades do país como a capital, Georgetown.

É possível ver guindastes e operários trabalhando em obras de infraestrutura como hospitais, rodovias, pontes e portos e na construção de hotéis de luxo de redes internacionais como as americanas Marriot e Best Western.

Ao longo das novas rodovias, há dezenas de galpões recém-construídos repletos de tratores, escavadeiras e outros equipamentos para a construção pesada para atender à demanda por obras do país.

Foi por conta desse boom econômico que os irmãos Misir decidiram voltar, ainda que não de forma definitiva, à Guiana.

Desde 2021, a dupla faz viagens frequentes entre Toronto, no Canadá, e Georgetown para tocar os novos negócios.

Ele explica que o dinheiro gerado pelo petróleo vem criando oportunidades tanto para o surgimento de uma nova classe média quanto para a atual elite do país.

“As pessoas se sentem mais seguras. Elas sentem que são parte de algo do que elas podem se beneficiar”, diz Misir.

“Há muita gente rica na Guiana que está indo para o ramo imobiliário ou que está atuando na cadeia de suprimentos da indústria do petróleo.”

Shiv Misir deixou a Guiana aos 19 anos em busca de uma vida melhor e voltou há dois anos atraído pelos dólares do petróleo — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Shiv Misir deixou a Guiana aos 19 anos em busca de uma vida melhor e voltou há dois anos atraído pelos dólares do petróleo — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Misir afirma que conhece outros imigrantes guianenses que vivem nos Estados Unidos ou no Canadá investindo em imóveis ou terrenos no país na expectativa de lucrarem com o boom do petróleo.

Ao chegarem à Guiana, eles passam a integrar, automaticamente, a nova classe média.

“Há muitos guianenses que estão voltando, e eles procuram viver em condomínios fechados, com segurança e imóveis modernos, com todo o conforto com o qual viviam antes, porque passaram a maior parte de suas vidas em países como os Estados Unidos e o Canadá”, diz Misir.

Acostumado a lidar com clientes de alto poder aquisitivo, ele comenta que parte da antiga e da atual elite do país ainda mantém velhos hábitos de fazer compras no exterior e que, por isso, ainda não há lojas exclusivas de grifes de luxo no país.

Apesar de ter sido colonizado pelos holandeses e pelos britânicos, o país, assim como vizinhos do Caribe, mantém uma estreita ligação comercial e cultural com os Estados Unidos, a pouco mais de quatro horas de voo.

Segundo ele, a maior parte da elite guianense envia seus filhos para estudar em países como Estados Unidos, Canadá ou na Europa.

Misir diz que esse público aproveita as visitas aos filhos para fazer turismo e aproveitar o estilo de vida desses países.

O empresário também diz que, nos últimos anos, o rápido crescimento da economia também encorajou a abertura de empreendimentos focados na elite do país.

“Eles (os ricos da Guiana) vão para os restaurantes de luxo e para os shoppings que foram abertos recentemente. Nossa loja, por exemplo, está em um desses”, disse o empresário.

A corretora de imóveis dos irmãos Misir ocupa uma pequena sala no MovieTowne, que foi inaugurado em 2019, mesmo ano em que começou a exploração comercial de petróleo no país.

No mesmo andar, também há adegas vendendo vinhos importados, inclusive do Brasil, e lojas de perfume com marcas famosas como Dior.

Áreas antes usadas para plantar cana-de-açúcar e arroz agora dão lugar a casas de luxo e condomínios fechados nos subúrbios de Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Áreas antes usadas para plantar cana-de-açúcar e arroz agora dão lugar a casas de luxo e condomínios fechados nos subúrbios de Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Nos subúrbios de Georgetown, as mudanças dão a dimensão das transformações pelas quais o país vem passando — e de como o novo dinheiro que circula no país está criando novos hábitos e paisagens.

Antigas plantações de arroz e cana-de-açúcar, que antes eram importantes fontes de riqueza do país, agora dão lugar a shopping centers com lojas de franquias globais e condomínios fechados que abrigam tanto a nova elite do país quanto os imigrantes que chegam para trabalhar na indústria do petróleo.

Um desses shoppings é o Amazonia Mall, na margem leste do Rio Demerara, a pouco mais de meia hora de carro do centro da cidade.

À distância, é possível ver a placa de uma das suas principais lojas: uma franquia da Starbucks.

A loja foi inaugurada em abril de 2023, tem mais de 200 metros quadrados e 50 funcionários. Ela fica frequentemente lotada.

Procurada pela BBC News Brasil, a Starbucks disse que a abertura da loja no país se deveu ao fato de que o país é, hoje, “um mercado vibrante”.

Canteiro de obras global

Operários chineses e guianenses trabalham em obra de ponte sobre o rio Demerara, na Guiana — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Operários chineses e guianenses trabalham em obra de ponte sobre o rio Demerara, na Guiana — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Há outros sinais que evidenciam a velocidade com a qual a nova riqueza do petróleo chega à Guiana.

O país passou a atrair empreiteiras de diversos países, inclusive do Brasil, em busca de contratos para construção de obras de infraestrutura que o país, há décadas, necessitava.

Dados oficiais apontam que o governo destinou US$ 187 milhões (R$ 925 milhões) em projetos de infraestrutura como rodovias e portos em 2019, o primeiro ano da exploração comercial de petróleo no país.

Em 2023, o valor subiu para US$ 650 milhões (R$ 3,2 bilhões), um crescimento de 247%.

“Moro aqui há quase dois anos. Toda vez que viajo para fora do país, eu percebo a diferença quando retorno”, diz Diletta Moretti, do Banco Mundial.

“Há muita infraestrutura sendo construída como rodovias novas e hoteis. Você percebe, também, o grande número de missões de negócios que chegam ao país.”

Em meio ao fluxo sem precedentes de recursos, o país se transformou em uma espécie de canteiro de obras global.

A Guiana também passou a ser cortejada por países que oferecem crédito para financiar empreiteiras.

“Temos companhias oriundas do bloco europeu, da China, da Índia, Estados Unidos, Canadá e brasileiras”, disse à BBC News Brasil Deodat Indar, que ocupa o cargo equivalente ao de vice-ministro de Obras Públicas da Guiana.

A China aparece nesse tabuleiro como um dos principais jogadores.

Além de expertise em projetos de infraestrutura, o país tem oferecido dinheiro à Guiana para financiar obras contratadas por empreiteiras do país.

Um consórcio de empresas chinesas, por exemplo, venceu a licitação para a construção de uma nova ponte sobre o rio Demerara. A obra foi financiada pelo Banco da China.

O projeto é considerado vital para o desenvolvimento do país, porque a ponte vai substituir uma com mais de 30 anos de uso cujo fluxo é interrompido várias vezes ao dia para a passagem de embarcações pelo rio.

A nova ponte terá uma estrutura pênsil e permitirá o tráfego de navios abaixo dela. O projeto está avaliado em US$ 260 milhões (R$ 1,4 bilhão).

Empreiteiras do país também são responsáveis pela construção de hotéis e de uma série de hospitais contratados pelo governo da Guiana.

Mas a China tem concorrentes. Em 2022, uma empreiteira da Índia ganhou um contrato para a construção de uma rodovia avaliada em US$ 106 milhões (R$ 524 milhões).

Na esteira do crédito internacional, a Áustria também ofereceu crédito para que uma empresa daquele país pudesse construir um hospital público contratado pelo governo da Guiana. O valor do projeto é de US$ 161 milhões (R$ 796 milhões).

Algumas empresas trazem com elas empregados de seus próprios países. É o caso do consórcio chinês que constrói a ponte sobre o rio Demerara. O canteiro de obras do projeto é dividido por operários chineses e guianenses.

A presença do Brasil nesse canteiro global ainda é considerada tímida por diplomatas ouvidos pela reportagem da BBC News Brasil em caráter reservado.

Mesmo assim, uma companhia do país, a Álya Construtora (antiga Queiroz Galvão), ganhou a licitação para a construção de um trecho de 121 quilômetros de uma rodovia que deverá ligar Lethem, na fronteira com o Brasil, e Linden.

A obra de US$ 190 milhões (R$ 939 milhões) não é financiada por entidades brasileiras, mas pelo Banco de Desenvolvimento do Caribe.

Desde 2017, durante as investigações da Operação Lava Jato, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) suspendeu linhas de crédito para o financiamento de obras de infraestrutura a empresas brasileiras no exterior.

No fim de 2023, a Guiana ficou em destaque internacionalmente devido à antiga disputa entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo, depois que o governo venezuelano realizou um referendo para anexar a região.

Essequibo, com aproximadamente 160 mil km² (pouco maior que o Estado do Ceará), representa 70% do território guianês. É uma região rica em minerais como ouro, cobre, diamantes e, recentemente, lá também foram descobertos enormes depósitos de petróleo e outros hidrocarbonetos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prevista viagem à Guiana para a cúpula da comunidade dos Estados do Caribe (Caricom), em 28 de fevereiro.

Riqueza e desigualdade

David Hinds é guianense e vive entre os Estados Unidos e seu país natal há quase quatro décadas.

Ele é professor da Universidade Estadual do Arizona e especializado em estudos sobre o Caribe e a diáspora africana.

Ele explica que a Guiana é um país com uma divisão social e de classe muito marcada.

Entre os séculos 17 e 19, o país foi colonizado por europeus que utilizaram a mão de obra de africanos escravizados para produzir açúcar no país.

Com a abolição da escravidão, em 1833, o Reino Unido passou a levar imigrantes do Leste Asiático, especialmente da região que hoje é a Índia, chineses e portugueses para o país.

Segundo o governo, 39,8% da população é composta por pessoas de origem do leste indiano, 30% são negros de descendência africana, 10,5% são indígenas e 0,5% são de outras origens como chineses, holandeses e portugueses.

Hinds diz que políticas adotadas pelo então império britânico fizeram com que os imigrantes de origem asiática e os portugueses passassem a atuar em áreas como o comércio e a indústria incipiente do país.

“Os descendentes de indianos e os portugueses fazem parte da elite econômica da Guiana”, diz.

Os descendentes de africanos escravizados, por sua vez, explica Hinds, passaram a atuar em empregos com baixa especialização ou no serviço público.

O professor diz que os novos ricos da Guiana acabam sendo oriundos da mesma elite econômica que se instalou no país.

“As pessoas que estão aproveitando (o boom econômico) são aquelas que já estão entranhadas na elite da Guiana”, diz o professor.

A BBC News Brasil questionou o governo da Guiana sobre a marcante desigualdade social no país, mas não houve resposta.

‘Nova Dubai’

O empresário Richard Singh vende carros importados em Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
O empresário Richard Singh vende carros importados em Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

No Centro de Georgetown, o empresário Richard Singh observa seus funcionários polirem com cuidado pouco mais de 20 carros estacionados em sua revendedora de carros.

Fã de carros e tecnologia desde a infância, ele vende automóveis usados, a maioria importados de países como Japão, uma vez que o país, assim como a Guiana, também utiliza a mão inglesa.

Segundo ele, apesar dos dólares oriundos do petróleo, a elite do país continua preferindo carros de segunda mão porque os impostos para a importação de automóveis zero quilômetro são muito altos e porque o país ainda não teria mão de obra e acesso a peças de reposição, o que faria a manutenção desse tipo de veículo praticamente impossível.

Entre BMWs importadas e carros de montadoras japonesas, Singh disse à BBC News Brasil que houve uma mudança em sua clientela desde o início da exploração de petróleo no país.

Sua loja passou a ser frequentada não mais apenas por pequenos empresários locais e profissionais liberais, como médicos empregados pelo governo.

Agora, ela também é procurada por grandes corporações estrangeiras ligadas à indústria do óleo e do gás ou que vieram a reboque e procuram veículos para seus funcionários e executivos.

Conhecedor dos hábitos de consumo da elite guianense, Singh afirma que consegue ver o surgimento de uma espécie de nova classe média no país.

“Sim, há uma nova classe média. Ela está posicionada logo acima da antiga classe média da Guiana”, avalia Singh.

O aumento nos lucros permite que Singh acompanhe uma das suas paixões: corridas de automóvel.

Em maio do ano passado, por exemplo, ele viajou para Miami para assistir ao Grande Prêmio de Fórmula 1.

Mas o empresário acredita que o tão comentado boom na economia do país ainda não teria chegado ao seu ápice.

“Estou muito otimista. Sinto que a Guiana está aguardando para explodir (economicamente)”, diz à Singh.

“Entre um carro e outro, Singhs retoma a comparação com Dubai em tom de esperança.Sempre vi histórias sobre Dubai. Nos anos 1990, se você fosse lá, era tudo areia e deserto. Agora, você nem reconheceria”, diz.

“Eu tenho esperança e ambição de que, em 20 anos, a gente olhe para trás e diga: ‘Eu não acredito que aquilo era a Guiana’. Espero que aconteça assim aqui também.”

FONTE ÉPOCA NEGÓCIOS

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