XIX Festival de Teatro já tem homenageada

A ativista cultural foi escolhida como a homenageada do XIX Festival de Teatro de Conselheiro Lafaiete. Este ano o evento ganha uma proporção agregadora se juntando a outros 13 eventos do genêro formando Circuito Minas de Teatro que recebeu apoio do ex Secretário de Estado da Cultura, Ângelo Oswaldo.

Talita entre os membros da Casa de Teatro ao receber a indicação

Em sua página nas redes sociais, Talita expôs a emocção e importância da escolha. “Eu estou feliz demais! Hoje recebi uma comitiva na minha casa , do Centro Cultural Casa do Teatro de Conselheiro Lafaiete, dirigida pela Predidente da Casa do Teatro, Graça Lemos, e outros membros da Diretoria e professores da Casa  do Teatro. Vieram. informar que fui indicada e escolhida para  ser a patrona do XIX FACE, que se tornou devido o grande sucesso, trazendo todos os anos  artistas de todo o Brasil e até do exterior. Todos os méritos é do idealizador da Casa do Teatro. Que sempre respirou teatro desde sua infância e  lutou muito por seus ideais. Hoje está como nosso Secretário de Cultura de Conseheiro Lafaiete.  Geraldo Lafayete! A todos vocês meu muito obrigado! A emoçāo tomou conta de mim. Chorei muito de alegria em sentir o carinho e o.meu trabalho.de uma vida ser reconhecido”, disse.

Com espetáculo impactante Casa de Arte Boca de Cena encerra programação 2018

Uma casa, 6 corpos, um encontro!
Um olhar lançado para a “Mulher”, para o feminino. As narrativas nos levam desde os posicionamentos masculinos na sociedade, ao preconceito nosso de cada dia, da desigualdade dos gêneros à força e delicadeza que a mulher carrega em si. Um espetáculo que brinca com o espaço e trás uma proposta que não se cala, que fala mesmo tentando ser silenciado há tantos anos. Um grito que ecoa dentro das paredes de uma casa que mostra o que a sociedade não quer que vejamos…

A Casa de Arte Boca de Cena apresenta: “As paredes escondem o que os olhos não querem ver“! Dias 14 e 15, às 20h, na Casa de Arte Boca de Cena, à avenida JK, nº1000, em Congonhas.
ENTRADA FRANCA

Casa de Arte Boca de Cena realiza mais uma edição do Prosa com Arte

Vem aí mais uma edição do Prosa com Arte. Desta vez o produtor cultural Jhonathan Nicoletti conduzirá uma bate-papo recheado de novidades e boas instruções para todos que se aventuram no mundo das artes. O evento, gratuito, será nesta quarta-feira, 24, às 19h, na Casa de Arte Boca de Cena. Jhonathan é um dos produtores do Festival Teatro em Movimento, que este ano completa 17 anos em circulação pelo país. O festival é desenvolvido pela Rubim Produções que também realiza festivais de literatura, música, exposições de artes plásticas e fotografia.

Garimpando Schumacher – 2

                                        Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                           avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

É importante para a nossa auto-estima cidadã conhecer

 uma obra tão importante como a do famoso pintor alemão que

enriquece sobremaneira o nosso Patrimônio Artístico.

PINTURAS DE GUILHERME SCHUMACHER NA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE CONSELHEIRO LAFAIETE CONCLUÍDAS EM MAIO DE 1915

 

            Como já foi visto no artigo anterior, Guilherme Schumacher foi contemplado com o Diloma da “Ordem dos Construtores do Progresso”, que é concedida, anualmente, pela Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette.

            O diploma foi entregue a seu bisneto, Daniel Schumacher, residente em Sorocaba, São Paulo que, mais abaixo, aparece apreciando a pintura de São José trabalhando como carpinteiro pintada por Guilherme Schumacher, na série de quadros sobre a vida de São José. Eram seis quadros desse pintor, mas a 3 dos quadros se estragaram com a umidade e, ao serem apagados, apareceram em baixo, em cada um deles, pintura de um pintor desconhecido talvez de meados do século XVIII.

             A cerimônia na Academia  aconteceu às 19 horas, o que permitiu ao bisneto do pintor ir até a Matriz de Nossa Senhora da Conceição conhecer as obras do talentoso bisavô. Estava na hora da Santa Missa celebrada às 16 horas no sábado, a qual foi assistida por Daniel. Uma das intenções colocadas na missa foi pela alma de Guilherme Schumacher, o que fez Daniel muito feliz. Após a cerimônia, Daniel conversou com fiéis que ali estavam e, depois, foi admirar as pinturas.

Daniel contempla o quadro em que é focalizado São José carpinteiro

QUADROS DA VIA SACRA

            Os quadros da VIA SACRA, nas paredes laterais da nave, de um lado e do outro, foram pintados por Guilherme Schumacher durante a reforma da igreja que foi concluída em 1915. O livro de orações que serviu de modelo era do padre Américo, vigário na época. Esse livro está na Biblioteca-Museu Antônio Perdigão (Arquivo da Cidade) de Conselheiro Lafaiete. Na reforma de 1960 foram restaurados os quadros e colocaram neles uma moldura dourada.

QUADROS DA VIA SACRA NA PAREDE À ESQUERDA DE QUEM ENTRA:

Recorte de foto Mauro Dutra de Faria

NA PAREDE À DIREITA DE QUEM ENTRA:

Recorte de foto Mauro Dutra de Faria

PINTURAS DE SHUMACHER NOS ALTARES LATERAIS

            Nos dois altares da nave existem belos velários pintados por Schumaker. Antes, naqueles altares ficavam as imagens de Nossa Senhora das Dores e do Senhor dos Passos, que, atualmente ficam nas sacristias. Anteriormente esses velários ficavam, uma de cada lado, na parede onde está a porta principal.

NO ALTAR LATERAL À DIREITA DE QUEM ENTRA:

Foto de Mauro Dutra de Faria

A tela representa Nossa Senhora aos pés da Cruz, amparada por um anjo. Cristo é apenas sugerido pela parte inferior da Cruz e pelo panejamento baloiçando ao vento. É de se ressaltar a bela distribuição de luz e sombra, dando uma grande sugestividade à cena. Até em pequenos detalhes o pintor quis dar realismo à cena, como nas gotas de sangue no chão e nas delicadas e alvas margaridinhas.

NO ALTAR LATERAL À ESQUERDA DE QUEM ENTRA:

Daniel após contemplar o maravilhoso quadro de Jesus no Horto das Oliveira

A tela representa Jesus em agonia no Horto das Oliveiras. Também a utilização de luz e sombra trazem grande sugestibilidade à cena. Nas roupas de Jesus, no chão, no céu. Principalmente no horizonte, com a suave cor rosa e o clarão amarelo sobre os monte

PINTURAS DE SHUMAKER NAS PAREDES ABAIXO DO CORO

Foto de Mauro Dutra de Faria

NO LADO DIREITO DE QUEM ENTRA

Foto de Mauro Dutra Faria

No lado direito de quem entra Shumaker pintou anjos, que tiveram muita importância na vida de Santa Cecília.

NO LADO ESQUERDO DE QUEM ENTRA

Foto de Mauro Dutra de Faria

À esquerda de quem entra, a pintura representa a figura da mártir Santa Cecília, padroeira dos músicos e da música sacra.

            Santa Cecília é padroeira dos músicos e da música sacra. Era cantora e tinha uma voz maravilhosa. Quando estava morrendo martirizada, cantou a Deus. Foi a primeira santa encontrada com corpo incorrupto, no ano de 1599, mesmo depois de muitos séculos de sua morte. Tinha um anjo protetor de sua virgindade e ouvia os anjos a cantar hinos de louvor ao Senhor, por isso Guilherme Shumaker, nas pinturas da parede sob o coro, pintou de um lado dois anjos cantando e, do outro lado, Santa Cecília tocando um órgão.

                                                                                                                                                                                                             (Continua)

Garimpando – Waldyra, uma ilustre artista em nossa cidade – 2

           GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

                                         Avelina Maria Noronha de Almeida

                                         avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

WALDYRA, UMA ILUSTRE ARTISTA DE NOSSA CIDADE – 2 

A lei suprema da arte é a representação do belo

Leonardo da Vinci

É fato que a atuação de WALDYRA como artista plástica e como professora de artes foi responsável por influenciar várias gerações de artistas da Pintura.

Sempre foi atenta às inovações e acompanhava as tendências das vanguardas. Com essa visão, aprendeu a trabalhar com couro e madeira, com a pirogravura, com tecido, com materiais sintéticos, vidro, porcelana etc. Desta forma, estava sempre ampliando o seu arsenal e universo artístico, o que é característica de pessoas iluminadas.

Num outro viés artístico, foi uma extraordinária artífice napâtisserie para festas, sejam infantis, casamentos, aniversários etc. Nesse campo, desenvolvia seu trabalho, não só com bolos decorados e docinhos caracterizados, mas também com a confecção de convites, passando pelos enfeites de mesa às lembrancinhas a serem distribuídas no final da festa.

Sempre utilizou seu senso artístico para desenvolver novas ideias e fez fama na cidade ao criar bolos de casamento muito bem trabalhados, numa época em que esse tipo de trabalho ainda era incipiente. Nesse contexto, produzia seus bolos com arabescos recortados um a um e depois os cobria com glacês coloridos, algo também inovador.As flores também faziam parte da decoração dos bolos. Eram rosas, copos de leite, lírios etc., todas feitas de glacê branco e delicadamente pintadas posteriormente.

Para as festas de aniversário não era diferente. Numa época em que as festas temáticas ainda não eram triviais, seus bolos tinham os formatos mais variados conforme o tema da festa – tambor, violão, palhaço, gato, coelho etc. Na mesma linha eram os enfeites para a mesa, sempre acompanhando um tema específico. Tudo era feito individualmente, um a um, com muito cuidado e rigor, já que não existia ainda, naquela época, a produção em série, automatizada, como acontece hoje em dia.

Aplicou seus conhecimentos artísticos,por várias vezes, na execução de painéis, cartazes ou folders simbólicos em festividades religiosas ou escolares. E sempre participava da criação destas apresentações temáticas e do desenvolvimento das peças utilizadas e feitas em diversos materiais.

A pintura como arte, para Waldyra, se confundia e misturava facilmente na linha tênue que divide de um lado, o que é trabalho, e do outro, o que é prazer e satisfação. E tudo começou com os quadros a óleo pintados em telas de tamanhos variados. Na maioria das vezes, presenteados aos amigos ou aos parentes. Difícil rever a maioria deles por não haver registros a respeito de seus paradeiros. Porém, existem, atualmente, três quadros que estão mais acessíveis, os quais são relacionados a seguir:

-“Amigos jogando damas”– Neste quadro é abordada uma temática trivial de caráter intimista, captada com sensibilidade e profundidade, guardando aspectos da estética expressionista – Encontra-se no Museu Antônio Perdigão, em Conselheiro Lafaiete-MG.

– “Família” – Neste quadro foi utilizada a técnica tonsurton (tom sobre tom, em francês) que nada mais é do que a combinação de várias tonalidades próximas de uma mes cor – neste caso, a cor verde. – De posse da família.

– “Casario” – Neste quadro, que foi apresentado no início do primeiro artigo, vê-se influência das artes plásticas mostradas na Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, quando aconteceu o início da consolidação do Modernismo das artes no Brasil e ruptura com movimentos anteriores. O quadro foge um pouco das formas estéticas mais conservadoras que vigoravam até então. – De posse da família.

Como podemos ver Waldyra Foi uma artista invulgar, que transitou, com talento e sensibilidade, por uma grande variedade de manifestações artísticas. Povoou de beleza vários setores da vida de nossa cidade, despertou grandes talentos entre suas alunas, enfim, é merecedora da nossa gratidão, pelo que contribuiu para o engrandecimento da Arte em Conselheiro Lafaiete.

LOUVORES A WALDYRA BAÊTA ZILLE

Arte e cultura: espetáculo “A Sogra” está de volta a Lafaiete

No dia 18, o espetáculo a “A SOGRA” estará de volta à  Lafaiete às 20:00 horas, no Teatro Municipal com preços populares de R$10,00. A peça mostra a relação sogra/nora, em alguns casos, não é a das mais amigáveis. O ciúme toma conta da história e tudo vira motivo de guerra. O ator João Sabará interpreta Dona Adelaide na peça “A Sogra”, que mostra no palco essa difícil e divertida relação.
A SOGRA conta a história de Dona Adelaide, uma mulher madura, professora aposentada do estado e sozinha, cuja maior ocupação era cuidar e zelar pelo seu filho e não permitir que outra mulher tome o seu espaço.
Mas com o passar do tempo ele se casa e após um ano desse enlace, Dona Adelaide terá que receber a nora em casa com a noticia de uma suposta gravidez e é ai que ela declara guerra e faz de tudo para tentar desmascarar essa “farsa” e tentar trazer o seu único filho de volta pra casa.
Sucesso de publico e critica por onde passa garante a risada do inicio ao fim.

Vídeo:
https://m.youtube.com/watch?v=Tf5TCr0LWP8&feature=youtu.be

Diversão e arte: começa hoje a fase regional do FACE

Terminou ontem a noite, dia 13, com espetáculos sempre corridos e espaços tomados pelo público como Casa do Teatro, Teatro Municipal e Solar do Barão de Suaçui, a fase interna do XVII FACE (Festival de Artes Cênicas de Conselheiro Lafaiete). O teatro também chegou às escolas do município com a apresentação de peças infantis que abordam temas educativos de forma lúdica.

Hoje, dia 14, inicia a fase regional com apresentações em diversos locais e a participação de grupos de Congonhas, Entre Rios de Minas, Queluzito, Cipotânea e Belo Horizonte. Serão 23 espetáculos até terça feria quarta feira quando acontece a programação nacional. Este ano o homenageado é um dos baluartes do teatro em Lafaiete, o artista Carão Dutra.

  • Foto Capa Reprodução

Caixa Cultural São Paulo recebe Labirinto de Amor, exposição inédita do artista plástico lafaietense Jorge Fonseca

De 26 de maio a 29 de julho, o público poderá interagir com mais de 30 obras do mineiro autodidata que já foi maquinista de trem e marceneiro; a entrada é gratuita

 Costurar, pintar e bordar o amor. Enfeitar e dar graça a desilusões, tropeços, desavenças. É assim que o artista plástico Jorge Fonseca concebe sua obra, criações que dão um novo significado a objetos do imaginário coletivo e apontam brechas de afeto em coisas simples do cotidiano. Entre os dias 26 de maio e 29 de julho, boa parte de seu trabalho poderá ser conhecido na Caixa Cultural São Paulo, na exposição inédita e gratuita Labirinto de Amor.  A visitação pode ser feita das 9h às 19h, de terça a domingo.

As mais de 30 obras da mostra (que pertencem a acervos de grandes instituições e colecionadores) foram produzidas entre 1998 e 2015 e contam um pouco da trajetória deste artista mineiro autodidata, que por mais de 15 anos foi maquinista de trem e marceneiro. Segundo a curadora da exposição, a crítica de arte Fernanda Terra, Jorge Fonseca é um grande observador do cotidiano, das relações, dos sentimentos. “Por mais que sua obra aborde questões da cultura popular novelística, folclore e religiosidade, o amor se destaca”, afirma. “É um reflexo de como ele enxerga o outro, sempre de um jeito carinhoso”, completa.

Em criações singulares que misturam artesania, arte conceitual, pop, kitsch, há uma forte atitude contemporânea, uma crítica contundente às relações humanas. Ele dá outra leitura a materiais comuns, tecidos, miudezas de armarinho ou objetos simples que habitam o imaginário de muita gente. “É o que chamo de ‘obra desfrutável’. As pessoas se envolvem emocionalmente com as histórias contadas por cada peça. Se reconhecem, recordam vivências ou lembram de alguém que viveu aquilo. É algo que fala do real, da vida como ela é, mas não de uma forma endurecida e sim cheia de afeto. É difícil observar uma das obras e não abrir um sorriso. E ao mesmo tempo é ácida, irônica, remete aos sentimentos mais íntimos”, sublinha a curadora.

De acordo com ela, a exposição “Labirinto do Amor” é também um convite a interagir, na prática, com o universo lúdico de Jorge Fonseca. Os visitantes poderão tocar e participar de três obras que provocam os desejos, medos e emoções. Fernanda Terra diz que duas peças interativas fazem parte da instalação Fiotim, museu em movimento que já percorreu várias cidades brasileiras. Um exemplo é a obra Renascedouro, uma espécie de tiro ao alvo onde a pessoa derruba as fraquezas humanas como medo, inveja, tédio, raiva ou preguiça.

“A mostra sugere a observação da nossa vida e da vida do outro de um jeito diferente. São obras que contam histórias, falam de percalços, sofrimentos, humores e alegrias tão familiares às pessoas. É como o nome da exposição sugere: a vida nada mais é que um grande labirinto de situações inesperadas”, diz.

O cotidiano sob uma ótica afetuosa

Jorge Fonseca nasceu em Conselheiro Lafaiete, a 100 km da capital mineira. Era nos intervalos da jornada de trabalho, como maquinista, que ele aproveitava para dar vida às suas criações, no início da década de 1990. “Isso ajuda a explicar a predominância do bordado na minha obra nessa fase. Eu passava longos períodos no trem, em demoradas viagens, quase não tinha tempo para exercer o ofício em casa. Levava para a cabine tecidos, linhas, agulhas, materiais de armarinho e bordava ali mesmo, durante as longas paradas do trem”, conta o artista.

              Nessa época, em 1995, ele foi convidado a integrar o Salão de Arte Contemporânea de Campos (RJ) e no ano seguinte conquistou seu primeiro prêmio no mesmo salão fluminense e no 53º Salão Paranaense. Em 2009 foi contemplado com uma bolsa da Fundação Pollock-Krasner (Nova York), para estímulo à produção. Foi o vencedor do último Prêmio PIPA Online, em 2017. Sua obra integrou dezenas de exposições coletivas e individuais em respeitados espaços como a Pinacoteca de São Paulo, MAM Rio, Funarte do Rio de Janeiro e Brasília, Palácio das Artes, 6ª Bienal de Arte Contemporânea de Kaunas, na Lituânia, Feira Internacional de Arte de Buenos Aires, Quadrienal de Praga, na República Tcheca, entre outros.

“O meu trabalho é uma espécie de baú de memórias. Conta muito da maneira que aprendi a enxergar o mundo, o jeito que tenho de contar histórias, de falar de pessoas comuns. Uso materiais simples, triviais, como tampinhas, linhas de costura, tecidos modestos. Tudo isso tem a ver com minha origem, como aprendi a enxergar o outro. Cresci ao pé da máquina de costura da minha tia, cuja principal clientela eram moças de um bordel próximo. Entrava e saía de lá com muita frequência, fazendo mandados, e convivia muito com elas e seus objetos. Almofadas de cetim em formato de coração, a penteadeira repleta de perfumes, bibelôs, cores, babados, rendas. Tudo isso habitava o meu imaginário e me influencia até hoje”.

          Segundo o artista, uma das principais características do seu trabalho é o conceito novelístico de amor do ideário popular brasileiro, carregado de melodrama e poesia. “Me acostumei a esmiuçar o ambiente doméstico e os locais públicos em busca de situações cotidianas, banais e costumeiras, mas que revelam muito do que somos. A partir daí, crio simbologias e jogos interpretativos, trabalhos que evocam uma pequena história de vida: meio fato, meio fantasia.

Venho, ao longo desses anos, desenvolvendo uma obra que já pode ser destacada por sua especificidade: apesar de ser fortemente influenciada pela cultura popular e pelos processos artesanais, é completamente integrada a questões artísticas da contemporaneidade. Meu trabalho não se encerra no visual altamente popular, mas se coloca como um pretexto e até um caminho para reflexões acerca de dramas íntimos e questões existenciais, individuais e coletivas”, explica.

Serviço: 

Exposição Labirinto de Amor, de Jorge Fonseca

Local: CAIXA Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111 – Centro

Abertura e visita guiada com Jorge Fonseca: 26 de maio, às 11h

Visitação: de 27 de maio a 29 de julho

Horário: 9h às 19h (terça a domingo)

Classificação indicativa: livre para todos os públicos

Entrada franca

Acesso para pessoas com deficiência

Patrocínio: Caixa Econômica Federal

Museu de Congonhas recebe lançamento de obra que resgata a memória da Santa Cecília de Belo Vale

No sábado, dia 25, às 16:00 horas, acontece, no Museu de Congonhas, o lançamento do livro “Memórias: Retratos da Banda Santa Cecília de São Gonçalo da Ponte de Belo Vale”. Trata-se de documentário com foco na trajetória de uma das corporações musicais mais importantes de Belo Vale. Em sua pesquisa, o autor e jornalista, Tarcísio Martins, revela o expressivo trabalho da corporação, que teve ponto de partida, foto dos anos de 1920. A ‘Lyra Bello Vallense Santa Cecília’, corporação pioneira no município de Belo Vale, era formada por mestres das letras e da música, formadores de novos valores, difusores das orquestras, coros de igrejas, saraus e corporações musicais.

Mestres que nasceram em vilas, nas encostas da Serra da Moeda, e fizeram ecoar seus sons no belo vale. “Memórias…” abordam traços da origem das bandas de música em Minas e no Brasil; destacam suas manifestações nas infantarias militares, apontam sua relação com festejos religiosos e eventos populares, como fator de interação social com as comunidades onde foram constituídas.

O documentário resgata a identidade da Banda Santa Cecília e contextualiza suas belíssimas apresentações em eventos religiosos e sociais que marcaram o desenvolvimento da Belo Vale. O autor relata desafios para a sobrevivência de bandas de música e alerta que muitas estão deixando de existir. “Essas corporações precisam ser reconhecidas e preservadas como patrimônio imaterial em cada município. O que está motivando que as bandas de música caminhem rumo ao esquecimento silenciando ruas e praças, sem os sons de seus instrumentos”, questionou Tarcísio?

A obra foi produzida pela Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV) e contou com patrocínio do Fundo Estadual de Cultura (FEC), Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais. O projeto foi idealizado pelo jornalista e ambientalista, Tarcísio Martins, com colaboração de profissionais competentes. Martins publicou: “Fazenda Boa Esperança – Belo Vale”, em 2007. Tarcísio foi um dos fundados do CORREIO DE MINAS e durante mais de uma década foi colaborador do jornal.

Apresentações

Dia 25.11.17 – às 16 horas – Museu de Congonhas, Congonhas, MG.

Dia 02.12.17 – às 10 horas – Livraria Ouvidor, Savassi, Belo Horizonte.

Dia 09.12.17 – às 18 horas – Sede da APHAA-BV, Belo Vale, MG. 

Realização: Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV).

Patrocínio: Fundo Estadual de Cultura (FEC), Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais.

Autoria do Projeto: Tarcísio Martins: nasceu em Belo Vale, jornalista, professor e gestor cultural. O autor publicou o livro “Fazenda Boa Esperança – Belo Vale”, 2007.

Contato: Tarcísio Martins – Tel. (031) 997105025

LANÇAMETO DE LIVRO:“Memórias: Retratos da Banda de Música Santa Cecília de São Gonçalo da Ponte de Belo Vale”

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