Revistas científicas alertam para crise climática: ‘danos catastróficos para saúde’

Em inédito editorial conjunto, 230 publicações de todo o mundo – inclusive do Brasil – pedem ações urgentes para conter aquecimento global e perda de biodiversidade

(Alex Kirby*) – Daqui a dois meses, a conferência anual das Nações Unidas sobre o clima terá começado, este ano na cidade escocesa de Glasgow. Os grupos de campanha já estão se preparando para as negociações na COP26 e divulgando as ações que consideram vitais. Poucas são provavelmente mais convincentes – e nítidas – do que a declaração de mais de 220 importantes revistas científicas, médicas, de enfermagem e de saúde pública: a crise climática e natural é a maior ameaça à saúde futura do mundo.

Os autores não medem as palavras. “A ciência é inequívoca; um aumento global de 1,5°C acima da média pré-industrial e a perda contínua da biodiversidade trazem riscos catastróficos à saúde que serão impossíveis de reverter ”, escrevem em inédito editorial conjunto. “Apesar da preocupação necessária do mundo com a covid-19, não podemos esperar que a pandemia passe para reduzir rapidamente as emissões.”

A crise é uma emergência que exige que os líderes mundiais transformem as sociedades e limitem as mudanças climáticas, diz o editorial das revistas. O fracasso contínuo em fazer o suficiente para evitar que o aumento da temperatura global ultrapasse 1,5°C acima dos níveis históricos, e para restaurar a natureza, é a maior ameaça à saúde pública global.

No Reino Unido, o editorial está sendo publicado em uma das revistas médicas e científicas mais antigas e renomadas do mundo, The Lancet, e no British Medical Journal, que organizaram a publicação conjunta. A lista de publicações inclui o East African Medical Journal, o Chinese Science Bulletin, o New England Journal of Medicine, além de títulos no Brasil (Revista de Saúde Pública, da Faculdade de Medicina da USP), na Índia e na Austrália, e em países de todos os continentes. Nunca tantos periódicos combinaram de publicar o mesmo editorial.

O editorial das revistas, sob o título “Apelo por ação emergencial para limitar o aumento da temperatura global, restaurar a biodiversidade e proteger a saúde”, afirma que as nações ricas precisam fazer mais. “Ecossistemas prósperos são essenciais para a saúde humana. A destruição generalizada da natureza, incluindo habitats e espécies, está corroendo a segurança hídrica e alimentar e aumentando a chance de pandemias”, destaca o texto.

A mortalidade relacionada ao calor, os impactos destrutivos do clima sobre a saúde e os danos generalizados aos ecossistemas essenciais para a saúde humana são apenas alguns dos impactos que uma mudança climática está causando com mais frequência, dizem os autores. Esses impactos afetam desproporcionalmente os mais vulneráveis, incluindo crianças e idosos, minorias étnicas, comunidades mais pobres e aqueles com problemas de saúde subjacentes.

O editorial despreza as recentes metas de redução das emissões de gases de efeito estufa e proteção da natureza: “Essas promessas não são suficientes. As metas são fáceis de definir e difíceis de alcançar”, aponta o texto. Significativamente, ele prescreve algum realismo obstinado nas tentativas de limitar o aumento da temperatura, descrevendo planos para reduzir as emissões para zero líquido até meados do século por meio da remoção de gases de efeito estufa da atmosfera – uma tecnologia ainda não comprovada – como “implausível”.

Em todo o editorial, ecoa uma insistência na necessidade de equidade, de enfrentar a crise sem depender das “panaceias fracassadas” do passado. “A equidade deve estar no centro da resposta global. (…) Os países mais ricos terão que cortar as emissões mais rapidamente, fazendo reduções até 2030 além das propostas atualmente e alcançando emissões líquidas zero antes de 2050. Metas semelhantes e ações de emergência são necessárias para a perda de biodiversidade e a destruição mais ampla do mundo natural”, alerta o texto.

Editorial contra desigualdade e austeridade

Os governos devem transformar sociedades e economias – exemplifica o texto – apoiando o redesenho de sistemas de transporte, cidades, produção de alimentos e seus sistemas de distribuição, e os mercados de investimentos financeiros, bem como sistemas de saúde.

De acordo com o editorial, isso criaria empregos de alta qualidade, reduziria a poluição do ar e aumentaria a atividade física, além de melhorar a moradia e a alimentação. Melhor qualidade do ar por si só levaria a benefícios para a saúde que facilmente compensariam os custos globais de cortes de emissões.

Essas medidas, diz ainda o texto, também vão melhorar os fatores sociais e econômicos que determinam a saúde; o mau estado destes pode ter tornado as populações mais vulneráveis ​​à pandemia de covid-19.

Mas essas mudanças “não podem ser alcançadas por meio de um retorno às políticas de austeridade prejudiciais ou da continuação das grandes desigualdades de riqueza e poder dentro e entre os países”. Os países ricos devem fornecer financiamento mais generoso para os mais pobres, que deve assumir a forma não de empréstimos, mas de doações, subvenções. “O financiamento deve ser dividido igualmente entre mitigação e adaptação, incluindo melhoria na resiliência dos sistemas de saúde”.

O editorial cobra ainda que o financiamento das nações ricas devem incluir o perdão de grandes dívidas, que restringem a autonomia de países de baixa renda. “Fundos adicionais devem ser destinados a compensar perdas e danos inevitáveis causados pelas consequências da crise ambiental”, aponta o texto das revistas médicas e científicas.

O mundo está caminhando para um desastre duplo, concluem os autores: “Os aumentos de temperatura provavelmente serão bem superiores a 2°C, um resultado catastrófico para a saúde e a estabilidade ambiental”. E eles vão mais longe: “Algo de suma importância é que a destruição da natureza não tem paridade de estima com o elemento climático da crise e nenhuma meta global para restaurar a perda de biodiversidade até 2020 foi alcançada. Esta é uma crise ambiental global”.

*Alex Kirby, especialista em jornalismo ambiental, trabalhou na BBC, onde foi correspondente de meio ambiente, e agora trabalha junto a universidades, instituições e ONGs para melhorar suas ferramentas de mídia

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Alerta da ONU sobre clima coloca pressão no Brasil para COP26

O alerta dado hoje pelos cientistas que assinam o sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) é assustador, preocupante e urgente. A primeira conclusão é a de que é inequívoca a interferência humana no clima e que os seres humanos provavelmente causaram a quase totalidade do aquecimento global que vem sendo observado no último século. A situação é tão grave que dos cinco cenários de emissão avaliados pelos 800 cientistas, 21 deles brasileiros, apenas um desses diagnósticos, o de estabilizar o aquecimento em torno de 1,5 grau Celsius, oferece alguma pequena chance de sobrevida para o Acordo de Paris. O relatório é uma síntese dos estudos do grupo 1 do IPPC e tem cerca de três mil páginas.

Daqui a pouco mais de três meses, a próxima Conferência do Clima, a COP26, que começa no próximo dia 31 de outubro, em Glasgow, na Escócia, será um momento difícil e, ao mesmo tempo, crucial para o mundo. As metas nacionais dos países deverão ser infinitamente mais ambiciosas do que as que já foram apresentadas. O clima no mundo está dando sinais de que não vai esperar pela boa vontade de países, governos, diplomatas, ou seja, os tomadores de decisão… Muito pelo  contrário.

“É indiscutível que as atividades humanas estão causando mudanças climáticas, tornando eventos climáticos extremos, incluindo ondas de calor, chuvas fortes e secas, mais frequentes e severas” – a frase destacada pelo cientista Paulo Artaxo, um dos autores-líderes do capítulo 6, do grupo 1, está no relatório e expressa o momento de urgência que o planeta está passando. E ainda acrescenta: “Mudanças recentes no clima são generalizadas, rápidas e intensificadas e sem precedentes em pelo menos 6.500 anos”. E o pior: “O homem tem aquecido o planeta a uma taxa sem precedentes há pelo menos dois mil anos”.

As evidências são muitas, como as ocorridas em 2021: um incêndio na Sibéria (Rússia) lambeu uma área equivalente a 800 mil campos de futebol; na China, uma chuva torrencial, a mais forte em mil anos, provocou mortes e inundações; no Canadá, os termômetros marcaram calor de 49 grau Celsius. Sem falar no frio que atingiu o Brasil nas semanas que antecederam a divulgação do relatório e ainda a maior seca dos últimos 91 anos. No começo de 2022 serão publicados mais dois relatórios, dos grupos 2 (sobre impactos e adaptações) e 3 (sobre mitigação).

“Apesar de dizer que a chance de 1,5 grau Celsius ainda existe, o documento também mostra que a janela para isso é estreita, e não comporta governos negacionistas”, comenta Stela Herschmann, especialista em Política Climática do Observatório do Clima, acrescentando que a linguagem do relatório reflete o sólido consenso científico sobre o problema. “Não é mais um debate sobre se as ações humanas são causa da crise climática, mas do quanto. E o quanto, estimado pela primeira vez, é estarrecedor: fomos responsáveis por 1,07 grau Celsius do total de 1,09 grau Celsius do aumento da temperatura desde a era pré-industrial”.

Ao apresentar o estado das mudanças climáticas, o mais recente relatório – o último documento fora publicado em 2013 – do IPCC aprofundou detalhes sobre os eventos climáticos extremos, incluindo dados sobre poluição do ar urbano e seus impactos. As informações também foram regionalizadas. O cenário traçado para o Brasil é recheado de notícias ruins: o Nordeste corre o risco de sofrer um processo ainda mais drástico de desertificação enquanto no Centro-Oeste a região pode ser atingida por onda extremas de calor, o que impactará na balança comercial brasileira, devido a força do agronegócio nas contas nacionais.

Depois da divulgação deste relatório, o Brasil chegará na COP26 numa situação ainda mais desconfortável perante o mundo. Não bastasse ter sido apelidado de o “negacionista mais perigoso do mundo”, o presidente Jair Bolsonaro, segundo Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, deverá sair da conferência com o status de ameaça climática global.

“Os resultados do IPCC implicam que a redução drástica do desmatamento na Amazônia será um elemento essencial na conta da estabilização do clima nos próximos anos. Para azar da humanidade, o presidente do Brasil é Jair Bolsonaro, que quer ver a floresta no chão. Para azar de Bolsonaro, os brasileiros e o restante do mundo não vão aceitar isso calados”, conclui Astrini.

O relatório apontou que, atualmente, oceanos e ecossistemas terrestres absorvem 70% das emissões. No futuro podem absorver somente 38%, o que acelera o aquecimento global. Pela primeira vez o relatório divulgou, conjuntamente com os dados globais, uma análise minuciosa sobre os impactos regionais no Atlas de Mudanças Climáticas.

Estrada submersa no oeste da Alemanha: especialistas analisam enchentes provocadas por chuvas "extraordinárias" no verão europeu (Foto: Sebatien Bozon / AFP - 17/07/2021)
Estrada submersa no oeste da Alemanha: especialistas analisam enchentes provocadas por chuvas “extraordinárias” no verão europeu e sua ligação com a crise climática (Foto: Sebatien Bozon / AFP – 17/07/2021)

O alerta vermelho do IPCC

1. Do aquecimento de 1,09º C observado atualmente (2011-2020) em comparação com o período pré-industrial (1850-1900), 1,07ºC provavelmente deriva de ações humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.

2. Cada uma das quatro últimas décadas foi mais quente que todas as anteriores desde 1850. Entre 2011-2020, o aquecimento da temperatura sobre os continentes é de 1,59ºC em média, contra 0,88ºC sobre o oceano.

3. A influência humana provavelmente contribuiu para o aumento da umidade na atmosfera. A precipitação aumentou desde os anos 1950, e, mais aceleradamente a partir dos anos 1980.

4. Os oceanos aqueceram nos últimos 50 anos e é extremamente provável que a influência humana seja o principal causador desse aquecimento, bem como da acidificação dos mares.

5. O nível do mar subiu 20 cm entre 1901 e 2018. A taxa de elevação saltou de 1,35 mm por ano entre 1901 e 1990 para 3,7 mm por ano entre 2006 e 2018. Desde 1900, o nível do mar subiu mais rápido do que em qualquer outro período nos últimos 3.000 anos.

6. As concentrações de CO2 (gás carbônico), CH4 (metano) e N2O (óxido nitroso), os três principais gases de efeito estufa em mistura na atmosfera, são as maiores em 800 mil anos. As concentrações atuais de CO2 não são vistas desde dois milhões de anos atrás, pelo menos.

7. A temperatura global subiu mais rápido desde 1970 do que em qualquer outro período de 50 anos nos últimos dois milênios. As temperaturas desde 2011 excedem as do último período quente longo, 6.500 anos atrás, e se igualam às do período quente anterior, 125 mil anos atrás, quando o manto de gelo da Groenlândia desapareceu quase totalmente

8. Na última década a cobertura de gelo marinho no Ártico chegou a sua menor extensão desde 1850 e, no verão, ela é a menor em mil anos. O derretimento de geleiras atual, com quase todos os glaciares do mundo recuando ao mesmo tempo desde os anos 1950, é o mais acelerado em 2.000 anos.

9. A frequência e a intensidade de extremos de calor e a intensidade e duração de ondas de calor aumentaram na maior parte do globo desde 1950, enquanto os extremos de frio ficaram menos frequentes e menos severos

10. É provável que a proporção de ciclones tropicais (furacões) intensos (categorias 3 a 5) tenha crescido nas últimas quatro décadas e que essas tempestades no noroeste do Pacífico tenham se deslocado para o norte

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Frio segue neste fim de semana em Lafaiete e região

O fim de semana será de baixas temperaturas em Lafaiete e região. Amanhã (7) a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê mínima de 9ºC e a máxima de 20ºC. O tempo será de nublado e de muitas nuvens.

Já no domingo (8) e na segunda-feira (9), a temperatura ficará entre 10º a 22ºC com poucas nuvens.

Crise climática: frio recorde leva a temperaturas negativas em 7 estados

De acordo com especialista, massas polares vindas da Antártica estão chegando mais rapidamente e com mais intensidade ao sul do país

A onda de frio extremo no Sul e Sudeste do Brasil provocou a madrugada mais gelada do ano no país – de quinta, 29/07, para sexta, 30/07 – com temperaturas abaixo de zero em Curitiba e municípios serranos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A catarinense Urupema registrou o recorde negativo de temperatura no país em 2021: – 8,9ºC. O frio também bateu recordes gaúchos (7,2º negativos em Vacaria) e paranaenses ( -7,3ºC em General Carneiro). A temperatura fez a temperatura cair para 4 graus na capital paulista, a mais baixa do ano. Florianópolis e Campo Grande também registraram recordes de frio: 1ºC na capital catarinense, 5,6ºC na capital de Mato Grosso do Sul, onde cinco cidades registraram temperaturas negativas (recorde para Iguatemi com -2,6ºC).

E não pensem que esse frio intenso não está ligada à crise climática. Em entrevista à Globonews, o climatologista e geógrafo Francisco Eliseu Aquino, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), explicou que há conexões climáticas entre o sul do Brasil e Península Antártica, com massas de ar que circulam entre as duas regiões – ar quente daqui para lá e ar frio de lá para cá. “Com os invernos cada vez mais quentes e mais secos na Região Sul, essa circulação está cada vez mais rápida e ar polar chega mais forte até o Brasil”, destaca o pesquisador, lembrando que, antes da chegada desta frente fria, os termômetros em cidades como Porto Alegre e São Paulo chegaram a marcar 30 graus Celsius. O inverno de 2021 – apesar das duas ondas de frio – está mais quente do que a média histórica.

Neve cobre o gramado do Estádio Alberto Jaconi, em Caxias do Sul: madrugada mais fria do ano e temperaturas negativas em sete estados (Foto: Fernando Alves / Esporte Clube Juventude - 29/07/2021)
Neve cobre o gramado do Estádio Alberto Jaconi, em Caxias do Sul: madrugada mais fria do ano e temperaturas negativas em sete estados (Foto: Fernando Alves / Esporte Clube Juventude – 29/07/2021)

O meteorologista Fábio Luengo afirmou que a onda de frio que várias regiões do Brasil estão enfrentando é a mais intensa deste ano – mas não será a última do inverno. Por conta da massa de ar polar, dezenas de cidades registraram geadas, chuva congelada e até neve – de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, nevou em mais de 60 municípios da Região Sul na noite de quarta e na madrugada de quinta. A temperatura só deve começar a subir no domingo. “Tudo indica que essa massa de ar polar é a mais intensa deste ano. Vão vir outras ondas de frio entre agosto e setembro, mas, por enquanto, as previsões não indicam uma massa de ar frio como essa”, disse Luengo, no canal do Climatempo.

A madrugada de frio recorde não ficou restrita aos estados da Região Sul e a Mato Grosso do Sul. Em Minas Gerais, a estação meteorológica de Monte Verde, do Inmet, registrou a menor temperatura desde sua instalação em dezembro de 2004: o termômetro marcou – 4,5°C. O recorde anterior era de -3,5°C, ocorrido em 5 de agosto de 2011. Em Belo Horizonte, teve a madrugada mais fria do ano, com termômetros marcando 6,3ºC.

Temperaturas negativas também foram registradas no estado de São Paulo: Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, registrou – 2,6°C, a menor temperatura em doze anos; na capital paulista, os termômetros marcaram 4ºC de temperatura média mínima, a menor desde 2016, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas), da Prefeitura de São Paulo), que registrou temperaturas negativas em pontos da Zona Sul. No Estado do Rio, o Parque Nacional de Itatiaia registrou temperaturas negativas pelo terceiro dia seguido.

Madrugada gelada na Avenida Paulista: madrugada de quinta para sexta foi a mais fria desde 2016 (Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas)
Madrugada gelada na Avenida Paulista: madrugada de quinta para sexta foi a mais fria desde 2016 (Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

Impacto na agricultura

Meteorologistas alertam que as temperaturas muito baixas favorecem a formação de geada negra no norte do Rio Grande do Sul, áreas de Santa Catarina e sul do Paraná. O fenômeno tem como característica congelar a seiva da planta. De acordo com um alerta emitido aos agricultores pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) na quarta-feira, as temperaturas congelantes até domingo vão afetar culturas como milho e trigo nos estados do sul e sudeste do Brasil.

Nos estados de São Paulo e Paraná, as geadas moderadas e severas devem afetar o milho, na safrinha que está em fase de enchimento de grãos, assim como o trigo que está em floração. Lavouras de milho e trigo também serão atingidas em Mato Grosso do Sul. No Paraná, o frio extremo atingiu áreas de milho em Guarapuava e de trigo em Cascavel. No início da temporada, a expectativa era de que o Paraná colhesse 15 milhões de toneladas de milho, volume que pode cair para 6,8 milhões de toneladas. Uma redução de 53% em relação à estimativa inicial.

No Sudeste o frio chegou até áreas de citros em Ourinhos (SP). O alerta para formação de geadas também ainda está ligado para áreas de café desde o norte do Paraná até o sul de Minas. De acordo com a estatal, as lavouras de trigo em Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão menos suscetíveis a danos causados pelas baixas temperaturas e geadas devido ao seu atual estágio de desenvolvimento. Mas a Conab prevê quebra de safra do segundo milho – plantado em campos usados antes para soja e que costuma representar de 70% a 75% de toda a produção – por estresse hídrico seguido de geadas em três estados.

Turistas aproveitam spray de água para enfrentar o calor em Atenas: temperatura na Grécia alcançou 44 graus (Foto: Louisa Gouliamaki / AFP - 29/07/2021)
Turistas aproveitam spray de água para enfrentar o calor em Atenas: temperatura na Grécia alcançou 44 graus (Foto: Louisa Gouliamaki / AFP – 29/07/2021)

Hemisfério Norte fervendo

Enquanto a América do Sul sofre com o frio, o sudeste da Europa sofre com mais uma onda de calor. As temperaturas subiram acima de 40 graus na Grécia e em grande parte da região dos Balcãs. Especialistas em clima em Atenas disseram esperar que a onda de calor se estenda até a próxima semana, tornando-a uma das mais severas registradas no país desde meados da década de 1980. Na Turquia, pelo menos três pessoas morreram no sul do país e dezenas de pessoas foram hospitalizadas devido ao calor, enquanto as altas temperaturas e os fortes ventos alimentaram dois incêndios florestais.

Autoridades na Sérvia, na Bulgária, na Bósnia e Herzegovina e outros países da região estão alertando a população a evitar a exposição ao sol. Na Macedônia do Norte, mulheres grávidas e pessoas com mais de 60 anos foram dispensadas do trabalho até o final da semana; obras de construção foram obrigadas a interromper o trabalho das 11h às 17h.

As condições climáticas extremas deste verão no Hemisfério Norte já provocaram recentes inundações na Alemanha e em outros países da Europa Central, que mataram pelo menos 200 pessoas, e ondas de calor no Canadá, onde foi registrada temperatura recorde de 49,6 graus, e no Oeste dos Estados Unidos. Especialistas são unânimes em apontar a crise climática como responsável pelas seguidas ondas de calor.

Eventos climáticos extremos neste mês de julho também foram registrados na China e na Índia. Na Província de Henan, na região central do país, morreram mais de 25 pessoas e 200 mil estão desabrigadas: a mídia chinesa fala da pior chuva em mil anos na província onde choveu em três dias desta última semana de julho o esperado para o ano inteiro. Na Índia, o ápice dos temporais foi na semana anterior quando foram registradas mais de 160 mortes causadas por inundações na região de Mumbai e no norte do país.

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Lafaiete e região: fim de semana de queda nas temperaturas

O fim de semana será de quedas nas temperaturas em Lafaiete e região, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Sábado (25) e domingo (26), a mínima vai variar entre 11º a 12º, variando entre nublado e poucas nuvens.
Segundo o instituto, entre a segunda-feira (27) a quarta-feira (29) a temperatura oscilará entre 11º a 14º com o tempo nublado.

Lafaiete e região: fim de semana com temperatura baixa e chuviscos

Em Conselheiro Lafaiete e região, de acordo com a previsão do tempo, a sexta-feira será de céu parcialmente nublado durante todo o dia. A temperatura mínima será de 11°C e a máxima de 29°C. Já o sábado será de bastante nuvens no céu e termômetros marcando temperaturas entre 15°C e 28°C. O domingo será de céu encoberto com possibilidade de chuviscos, com termômetros marcando mínima de 19°C e máxima de 21°C.

Lafaiete e região: semana será de frio e probabilidade de chuva

Frio deve durar toda a semana/REPRODUÇÃO

Minas Gerais vem passando por dias frios e nesta semana não será diferente. De acordo com a previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), os dias seguem frios entre esta segunda-feira (11) e a sexta (15), e pode chover em algumas regiões. No Sul de Minas há, inclusive, a chance de geada nesta segunda-feira. Confira o que diz o INMET sobre o clima.

Conselheiro Lafaiete
Em Conselheiro Lafaiete e região, de acordo com a previsão do tempo, a semana será muito fria, tendo o dia mais gelado nesta segunda-feira (11), onde, mesmo com o sol aparecendo entre nuvens, a temperatura ficará entre 7°C e 27°C. Na terça (12), o sol aparece entre poucas nuvens, e os termômetros marcarão entre 12°C e 26°C.
Já na quarta-feira (13), as coisas mudam pouco. Sol entre nuvens e mínima de 13°C e máxima de 26°C. A quinta-feira (14) será de céu nublado e temperaturas entre 15°C e 27°C. Já na sexta-feira (15) chove pela primeira vez na semana e as temperaturas ficam entre 16°C e 23°C. (Mais Minas0

Em clima quente, audiência discute orçamento de R$266 milhões para 2020 e secretário prevê que crise vai inibir investimentos; conselhos cobram participação

Secretários Municipais apresentaram o orçamento para 2020/CORREIO DE MINAS

Terminou em um clima quente a audiência pública para discutir a lei Orçamentária Anual (LOA) para 2020, realizada ontem (9) à noite na Câmara Municipal. A troca de farpas foi protagonizada pelo Secretário Municipal de Fazenda, Cláudio Castro Sá, e o Presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Roberto Santana.

Durante as discussões, o tom mais polêmico foi quando o representante do CMS criticou abertamente os investimentos na área de saúde para 2020 cobrando aumento do volume de recursos na atenção básica ao invés de centralizar gastos na policlínica. Roberto sugeriu o aumento de R$ 17 milhões para R$30 milhões na aplicação em postos de saúde e PSF’. Ele também pediu mais recursos para a farmácia e setor de odontologia. “É um equívoco e isso vai penalizar a população em suas demandas”, assinalou. Roberto também fez críticas diretas a falta de participação do conselho na definição de metas e recursos na saúde. “Todo ano é mesma situação. Ao invés de enviar o orçamento em julho para a discussão do controle social, tudo é realizado em cima da hora sem um debate prévio”, disparou.

Roberto Santana, Presidente do Conselho de Saúde, afirmou que orçamento é um equívoco/CORREIO DE MINAS

Cláudio não deixou por menos e retrucou Roberto afirmando que o orçamento não é uma peça de mágica e que as pessoas não poderiam se deixar levar pelo “discurso bonito”. “Se me apontarem de onde vamos tirar recursos para investir na atenção básica estou pronto para acatar a sugestão. Temos um orçamento dentro do que é possível fazer e realizar”, contestou.

Na tréplica, o presidente do conselho de saúde alfinetou que por diversas vezes teve que recorrer ao Ministério público para que a prefeitura enviasse o orçamento para a discussão. “Não me venha falar em democracia se fomos obrigados a recorrer a promotoria para termos o orçamento para discutir antes de ser enviado a Câmara. Não venham  culpar o conselho e os conselheiros merecem e exigem respeito”, contra atacou.

Roberto propôs que a Câmara e o conselho discutam os valores orçamentários e as sugestões de alterações para a saúde em 2020.

 

 

A reunião

Com um plenário tomado por membros de diversos conselhos, o clima foi de insatisfação pela falta de participação na elaboração e definição de prioridades no orçamento. Cláudio Maurício dos Santos, representante do Conselho de Educação, afirmou que não debateria o orçamento já que ele sequer foi enviado à discussão prévia.

João Vicente, do  Conselho de Habitação, cobrou mais recursos para as moradias de interesse social e agilidade na regularização fundiária. A falta de exames e cirurgias especializadas foi a crítica do líder comunitário Manoel Vespúcio. A principal reclamação ao orçamento foi a falta de participação popular.

O Presidente da Câmara, o Vereador Fernando Bandeira (PTB) cobrou a participação da sociedade e responsabilidade dos lafaietenses nos destinos de sua cidade. Entre os dias 11 a 25 de outubro, o orçamento está aberto a emendas. Qualquer cidadão pode fazer suas sugestões.

 

Orçamento é de R$266 milhões e secretário fala baixo investimento em obras e projeta aumento da arrecadação própria

 Pelo orçamento enviado a discussão dos vereadores, a previsão de recursos para investimentos total em 2020 está na casa de R$266 milhões. Deste montante, cerca de 66% está comprometido com a saúde (32,64% e educação (33,27%).

Vereadores debateram a proposta de orçamento para 2020?CORREIO DE MINAS

Cláudio Sá fez uma explanação geral frente a crise por que passa o País. “O Município é incompetente para receber sua própria receita”, criticou, expondo que a prefeitura conta agora com instrumentos, como o protesto de devedores, para receber os impostos devidos. Cláudio disse que o valor do orçamento em sua totalidade é para custeio e pouco sobra para investimentos.

Ao criticar a dependência da prefeitura de transferências estadual e federal, ele afirmou que a alternativa  para superar este gargalo histórico é a busca da sustentabilidade através da melhoria da arrecadação própria como a atualização da planta imobiliária com o georefereciamento, projeto que deve ficar pronto em 18 meses.

A projeção inicial dos valores gerados pela nova planta imobiliária, que valerá apenas para a arrecadação em 2021, é de injetar nos cofres públicos cerca de R$25 milhões/ano. “Infelizmente os nossos recursos estão aquém da demanda da nossa população. Temos um orçamento possível dentro da realidade de escassez de recurso”, analisou Cláudio.

A recuperação de crédito de impostos é também uma das alternativas para melhorar a arrecadação. Do  previsto de R$12 milhões para arrecadação de IPTU, em 2018, a prefeitura não conseguiu superar mais que R$8 milhões. Um cenário otimista é que o Governador Zema inicie o pagamento dos repasses atrasados. Isso daria um fôlego de R$8 milhões/mês já a partir de fevereiro de 2020.

Questionado se a previsão para 2020 estaria superestimada, Cláudio foi taxativo de que a peça orçamentária está dentro da “realidade possível”. “É lamentável. Como podemos melhorar a saúde se infelizmente não há nenhum representante do setor aqui?”, questionou o Vereador Lúcio Barbosa (PSDB).

Secretário de Fanzeda antecipa novo leilão

Além da recuperação de créditos, a prefeitura prepara também a venda de imóveis (lotes e terrenos) e planeja arrecadar cerca de R$8 milhões em um leilão atrativo já que no primeiro realizado em meados de setembro fracassou a comercialização e expectativa de arrecadar uma boa bagatela não se materializou. Com um mercado imobiliário frio, a prefeitura de Lafaiete conseguiu vender apenas 3 lotes do leilão promovido na sede da Amalpa.

Do total previsto de quase R$17 milhões, a venda não passou de R$172 mil. A comercialização apenas a vista pode ter espantando os clientes. Os 3 lotes vendidos foram no Parque Tiradentes e Loteamento São Marcos.

 

Defesa Civil prevê temporais e queda de temperatura em Lafaiete no fim de semana

Os temporais registrados nos últimos dias em Lafaiete deverão se repetir no decorrer do fim de semana.

Amanhã, dia 10, a previsão de que as chuvas cheguem a 15 milímetros. Já no domingo, a atenção deve ficar redobrada já que deve chover 30 milímetros. O tempo vai ficar encoberto e a temperatura vai cair também no fim de semana com mínima variando entre 17º a 20º.

Segundo o Coordenador da Defesa Civil, Carlos Roberto, a cidade deve registrar grande volume de chuva e as pessoas devem evitar os pontos comuns de alagamentos e em caso de observar alguma anormalidade em residências acionar 193.

Segundo a defesa civil ontem choveu 50 milímetros. Nos dois últimos dias choveu 50% do esperado para mês de março.

Defesa Civil prevê temporais para Lafaiete no fim de semana

Os temporais registrados nos últimos dias em Lafaiete deverão se repetir no decorrer do fim de semana. De acordo com Defesa Civil, as fortes chuvas são aguardadas são aguardadas para o sábado e domingo e a temperatura varia entre 20 e 29 graus. Segundo o Coordenador da Defesa Civil, Carlos Roberto, a cidade deve registrar grande volume de chuva.

Somente amanhã, dia 3, a previsão é de 10 milímetros e no domingo, dia 4, deve ser repetir o volume de água. “Isso é uma previsão mas pode chover mais”, assinalou. Segundo Carlos Roberto a probabilidade de chuvas é sempre na parte da tarde.

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