Lideranças ameaçam paralisação na BR 040 pela sua duplicação; construção de variante é apontada como solução do trânsito em Lafaiete

A audiência pública, ocorrida na noite de ontem (24), na Câmara Municipal, para discutir as propostas e demandas de Lafaiete a partir de um estudo elaborado pelos vereadores com o objetivo de inclusão no futuro edital da nova concessão da BR 040, foi marcada pelo tom de críticas, denúncias, desabafos, indignação, inconformismo e ameaças de paralisação da rodovia.

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Um dos momentos mais contundentes foi quando Aparecida de Fátima ao invés de usar o microfone durante a manifestação popular, preferiu se calar por cerca 3 minutos em protesto pelas mortes na rodovia. Ela é morada de Gagé, em Lafaiete, e perdeu nos últimos tempos 2 irmãos e dois primos na BR 040. “São 3 minutos em respeito às várias vítimas que eu já vi em Gagé e na região mortas na BR 040”, este foi o seu pronunciamento na audiência. Representantes de diversas cidades como Congonhas, Barbacena, Alfredo Vasconcelos marcaram presença no evento.

As falas

Os deputador padre João e Glaycon Franco marcaram presenças na audiência/CORREIO DE MINAS

Após a apresentação das demandas de Lafaiete de inúmeras intervenções, passarelas, trincheiras, sinalização, vias de aceleração, duplicação de viadutos e rotatórias propostas no estudo dos vereadores no trecho que corta Lafaiete, o Promotor de Justiça, Glauco Peregrino defendeu a construção da variante via leste como a principal obra para retirar o trânsito pesado de Lafaiete. “ A principal proposta é a construção da variante já prevista”, assinalou, mas defendeu que o trecho que corta a cidade seja revitalizado e entregue ao Município. “Assim teremos uma via pública revitalizada e com uma funcionalidade melhor até mesmo para que os consumidores tenham acesso ao comércio da Barreira. Isso deveria ser uma condicionante no novo edital”, sugeriu. “Não tenha dúvida de que a variante é a melhor alternativa para Lafaiete”, discorreu o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Rafael Lana, citando como exemplo a cidade de Extrema (MG), cuja rodovia foi retirada de dentro da cidade e transformou a economia da cidade. Ele disse que diversas cidades da região (Ouro Branco, Lafaiete, Itabirito, Mariana, Entre Rios ) se mobilizaram de maneira inédita através de uma articulação para pressionar pela duplicação da rodovia. O Inspetor Machado, da PRF, também defende a construção da contorno, mas salientou que seria uma obra cara de 20 km de extensão. “Enquanto ainda está no papel temos que lutar por melhorias nos trechos com trafegabilidade e segurança”.

Os deputados

Público presente à audiência da BR-040/CORREIO DE MINAS

O Deputado Federal Padre João (PT) explanou sobre sua atuação o Congresso em favor da duplicação. Ele contou que são mais de 4 anos de cobranças e que por diversas vezes audiências públicas foram adiadas em função da ação do poder econômico. “É um roubo ao usuário”, disparou cobrando responsabilização dos donos da Invepar. “A gente cobra e eles ameaçam a devolver a concessão, mas em nenhum momento deixaram de cobrar pedágio. Não houve qualquer penalização pela falta de investimentos e descumprimento do contrato”, apontou.

O Deputado Estadual Glaycon Franco (PV) expôs sua ação parlamentar desde seu primeiro mandato na refundação da Frente Parlamentar da Via 040, na assembleia de Minas. Classificando a estrada como “rodovia da morte”, ele criticou o modelo de concessão que privilegiou o interesse econômico ao invés do público. “O nosso trecho é o que tem maior número de acidentes e se houvesse o interesse público já estaria duplicado”, afirmou.

https://www.youtube.com/watch?v=bLs8AyjslKw&feature=youtu.be

Paralisação

Em diversos discursos de lideranças e dos vereadores a paralisação da rodovia foi defendida como instrumento de pressão e resistência.

Promotor vai entrar com ação contra Via 040

O Promotor Glauco Peregrino anunciou que vai entrar com uma Ação Civil Pública contra a concessionária, obrigando a revitalização, conservação e sinalização da rodovia no trecho que corta Lafaiete. Segundo ele, a ação depende da conclusão de laudo dos técnicos do Ministério Público. Segundo Glauco, os principais problemas são a falta de drenagem, o recapeamento a adequado nas pistas entre outras demandas urgentes em favor de segurança do usuário.

 

Vereadores voltam a cobrar investimentos em iluminação pública

O vereador Sandro José/CORREIO DE MINAS

Regularização fundiária e iluminação talvez tenham sido os assuntos que mais geraram requerimentos e discussões na atual legislatura. O Vereador Sandro José (PSDB) apresentou um pedido de informações ao Executivo no qual ele questiona o valor arrecadado com a contribuição de iluminação pública instituída pela Lei nº 4.502/2002, se houve alteração na cobrança de contribuição para algumas das faixas de classificação dos clientes de janeiro de 2013 até a presente data, quanto existe em caixa para ser investido no processo de expansão e melhoria da iluminação pública e qual o planejamento para a implantação do processo de expansão e melhoria da iluminação pública, licitação e execução de obras.

Sandro também cobrou se existem lâmpadas apagadas, que mesmo reclamadas, não foram trocadas por motivos alheios ao contrato e que mesmo nesta condição, o ponto instalado continua sendo pago. No requerimento, o vereador pede informações sobre algum planejamento para priorizar os pedidos dos cidadãos que não têm iluminação na porta de casa e estão dentro do perímetro urbano, para depois fazer outros investimentos indiretamente ligados a iluminação pública. “Este assunto vem desde a legislação passada. Nossa intenção é apurar as causas da demora na licitação. Para mim os processos deveriam ser solucionados dentro de um consórcio já que o Município não gastaria com projeto e sim com a obra”, avaliou.

O vereador Alan Teixeira (PHS) informou que o Município tem em caixa cerca de R$12 milhões e criticou a lentidão de licitações para expansão da iluminação. Já o vereador Darcy da Barreira (SD) também que é constantemente cobrado sobre colocações de postes e colocação de energia elétrica em diversas rua. “Recurso há, mas falta administração”, pontuou Pedro Américo (PT).

Centro de Lafaiete: vereadores voltam alertar sobre violência e Pé Quente cobra fiscalização em estelionatários que assediam idosos e mulheres

 

Pela segunda sessão consecutiva nesta semana, a temática da violência nas principais ruas do hipercentro de Lafaiete foi alvo de alerta, como também em tom de cobrança e crítica.

O Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) usou a Tribuna para denunciar que a ação de um grupo de pessoas, supostamente de Barbacena, que usam uma entidade social de fachada para assediar idosos e mulheres angariando recursos e gorjetas.

Vereadores cobraram maior policiamento na área central de Lafaiete/ CORREIO DE MINAS

Ele enviou um pedido de fiscalização às Polícias Civil e Militar, Ministério Público e Prefeitura Municipal. “Desde o túnel até perto da rodoviária, há vários meses, um grupo de indivíduos vem atuando de forma suspeita, cercando e abordando as pessoas de maneira inconveniente, principalmente idosos e mulheres. Eles buscam recursos e gorjetas para bancar projeto social, mas ninguém sabe onde fica este projeto deles. Eles pedem R$0,10 e até R$0,50. Que projeto social é esse? Onde fica? Qual a finalidade? Ao que parece não passa de estelionatários. Precisamos de uma fiscalização urgente. Outro dia, um deles, quando viu a PM, se escondeu”, denunciou, cobrando uma ação efetiva dos órgãos de segurança.

Força tarefa

O vereador Sandro José (PSDB), que na última terça feira, dia 9 alertou que o centro estava tomado por vândalos, drogados, novamente cobrou a ação de uma força tarefa. “Insisto na força tarefa como forma de ordenar o centro. Os indivíduos mudam de local. Com a reforma da Praça São Sebastião, eles foram para à frente da Praça do Sider e agora estão agindo debaixo do viaduto. Precisamos de um policiamento ostensivo no centro”, sugeriu.

PM e revitalização

Ao usar a Tribuna, o Vereador André Menezes (PP) antecipou que uma faculdade vai adotar a Praça Pimentel Duarte, em frente a Rodoviária, para revitalização do espaço. O parlamentar comentou também que a prefeitura está bem próxima de assinar o conveio com a PM para a fiscalização do trânsito.

Vereadores voltam a cobrar devolução de terreno cedido a Doces São João

Um requerimento apresentado pelos vereadores Pedro Américo e Chico Paulo volta a cobrar a Procuradoria Municipal em relação ao terreno cedido a empresa Doces São João. Eles se baseiam em um parecer da Diretória de Patrimônio que conclui o não atendimento dos prazos determinados por lei. O documento foi emitido em 11 de março deste ano.

Vereador Pedro Américo/CORREIO DE MINAS

Pedro Américo comentou que essa novela vem desde 2007 e todos os prazos foram concedidos para que a empresa iniciasse suas atividades no local. O petista cobra que o Executivo retome o terreno e o disponha para outra empresa que queira ali se instalar para gerar emprego e renda. O edil informou que sempre votou contra a extensão de prazo para a instalação da empresa.

O vereador Fernando Bandeira disse que passou da hora de resolver essa situação e também comentou que outra empresa já poderia ter se instalado no local. “A situação se arrasta há 12 anos e nada foi feito. Passou da hora de Lafaiete ficar perdendo investimentos. Vamos esperar a resposta para que se resolva o quanto antes. Bandeira ainda revelou que há uma empresa interessa em expandir suas atividades e já havia proposto pagar cerca de R$350 mil em relação às benfeitorias que a Doce São João já realizou no terreno. Chico Paulo, também proponente do requerimento, não participou da discussão por ter se sentido mal e, por isso, deixou a reunião.

Leia mais:  Lafaiete: vereadores cobram reversão de terreno doado a empresa Doces São João

O vereador Chico Paulo (PT), visitou o terreno que foi doado para a distribuidora de doces São João e que retornou para o município

Moradores cobram limpeza no Rio Bananeiras

Moradores cujas casas estão próximas ao Rio Bananeiras na extensão dos bairros Carijós e São Sebastião denunciam o mato às margens e cobram uma imediata limpeza.

Mato toma conta das margens do Bananeiras

A situação provoca riscos à saúde pública e favorecem o aparecimento de cobras, ratos e outros. “Há tempos que a prefeitura não promove uma limpeza em nosso rio. Além do mau cheiro convivemos com perigo e mato perto de nossas casas”, relatou uma moradora.

Vereadores elogiam desempenho do prefeito Mário Marcus mas lançam cobranças pela eficiência ao secretariado

Pelo clima presenciado, os desdobramentos da eleição da Mesa Diretora ficaram enterrados em 2017. Na semana passada, na primeira sessão do ano, o clima reinante era de tranquilidade entre os representantes municipais. A expectativa gerada de insubordinação gerada pela ascendência do “G 7” não se materializou e o discurso era de unidade. “Não existe G7 e sim G13”, exortou Fernando Bandeira (PTB) ao sepultar uma possibilidade de que o grupo iria protagonizar mudanças mais radicais ou até mesmo resistência a Mário Marcus (DEM). “Não faço oposição por oposição. Isso seria burrice”, assinalou Bandeira.

Câmara retomou sessões em clima de paz

Ao longo de pouco mais de uma hora de sessão, o prefeito foi alvo de elogios pontuais em diversos discursos a Tribuna. O líder do governo, João Paulo Pé Quente (DEM) agradeceu a administração pela operação tapa buracos e limpeza de bairros. “Tomara que 2018 seja melhor que o ano passado”, discorreu. A vereadora Carla Sassi (PSB) ressaltou a retomada do programa de  castração de animais em Lafaiete e lembrou os desafios do novo ano legislativo.

Travamento

O vereador Sandro José (PSDB) também elogiou a operação tapa buracos e alfinetou algumas pessoas ligadas a prefeitura que responsabilizam a Câmara por atrasos em projetos, ao discorrer sobre a situação do comércio ambulante e as cantineiras. O vereador Alan Teixeira (PHS) agradeceu ao executivo a conclusão da obra na Dr. Zebral e reforma do PSF dos Almeidas. “A Casa não está travando projetos, ao contrário, está votando de forma rápida. O que ocorre, às vezes, é a demora do Executivo”, apontou.

Secretariado

Lúcio Barbosa (PSDB) cobrou agilidade do setor jurídico já que há, segundo ele, acúmulo de licitações o que vem emperrando obras. “A parte jurídica tem de melhorar”, pontuou. “Concordo que se alguns secretários não estão dando conta do recado deviam ceder espaço para outros. Alguns secretários têm de mostrar mais resultados”, salientou Bandeira, sem declinar nomes.

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