Pesquisa aponta que Lafaiete está entre as 3 cidades de Minas com a situação mais crítica para enfrentamento do covid19

Análise de instituto se baseia em indicadores econômicos e sanitários, nº dc leitos e profissionais de saúde por morador

Das 853 cidades de Minas Gerais, 230 (cerca de 27%) estão em situação crítica para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. O estudo foi publicado pela consultoria Aquila e se baseia em indicadores sociais, econômicos e de saúde de todos os municípios brasileiros.
Prefeitura prepara São Camilo com 60 leitos para hospital de campanha e aumentar leitos/CORREIO DE MINAS

Integram a lista das cidades em situação crítica aquelas que, por razões financeiras e infraestruturais, potencialmente sofreriam mais com a COVID-19. Para isso, foram levados em consideração dados do governo federal sobre o sistema de saúde (quantidade de leitos e profissionais de saúde por morador) e as condições econômicas tanto da administração municipal quanto dos habitantes.

Das 230 cidades mineiras em situação crítica, as duas mais populosas estão na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ribeirão das Neves (334.858 habitantes) e Santa Luzia (219.134) preocupam os responsáveis pelo estudo justamente por conta da estrutura do sistema de saúde e dos indicadores econômicos.
Porém, o objetivo do estudo não é mapear o cenário atual da propagação da doença, mas identificar quais cidades potencialmente sofrerão mais com a pandemia caso não haja interferência do poder público, seja no estabelecimento de medidas rígidas de isolamento social, seja em investimentos no sistema de saúde.
“Quais são os municípios que hoje têm mais risco, estão mais vulneráveis e têm menos infraestrutura? Não é onde o vírus está. Falar que uma cidade é crítica não quer dizer que ela vai ter problema com a COVID-19. Nosso objetivo foi verificar com números, fatos e dados, estudando a realidade dos municípios do Brasil do ponto de vista de risco e vulnerabilidade, para apontar que estes são os municípios aos quais o Brasil deveria dar mais atenção. É dar um norte racional, metodológico, com ciência”, defende Rodrigo Neves.
Para o interior, o governador Romeu Zema (Novo) incentiva a flexibilização das normas e propõe reabertura gradual do comércio, com base em parâmetros do plano Minas Consciente. A decisão, porém, caberá às prefeituras.

Especialistas, contudo, apontam que o baixo índice de testagem da população torna imprecisa a análise sobre a propagação do vírus nas cidades e, com isso, dificulta o estabelecimento de regras sobre o relaxamento do isolamento social. Dos 87.480 casos suspeitos registrados em Minas Gerais, apenas 8.167 (9,3%) tiveram diagnóstico. Há ainda 79.313 à espera de análise ou resultado.

Cidades mineiras mais populosas entre as que estão em situação crítica*
1º Ribeirão das Neves – 334.858 habitantes**
2º Santa Luzia – 219.134 habitantes**
3º Conselheiro Lafaiete – 128.589 habitantes
4º Cataguases – 75.123 habitantes
5º Januária – 67.742 habitantes
6º São Francisco – 56.323 habitantes
7º Bocaiúva – 49.979 habitantes
8º Santos Dumont – 46.487 habitantes
9º Caeté – 44.718 habitantes**
10º Igarapé – 43.045 habitantes**
 
*População, segundo estimativa do IBGE para 2019
**Em negrito, cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (EM)

Vereadores criticam Vale, pedem laudos técnicos e questionam retirada de alunos; “eu não acredito nesta empresa”, desabafa Divino Pereira

Os vereadores usaram ontem (10), a Tribuna da Câmara para criticar a Vale. Divino Pereira (PSL), que mora no Bairro Morro da Mina, onde a mineradora explora manganês,  cobrou maior participação da comunidade nas decisões que envolveu a evacuação dos mais de 600 estudantes em função de risco na pilha de estéril, conforme estudo da empresa.

“Eu não acredito na Vale, depois de tantas tragédias. É um absurdo a empresa apresentar um estudo sem comunicar as causas que levaram a esta suspensão da escola. Os pais reclamam e não sabem para onde vão seus filhos. Sequer nós vereadores fomos comunicados. Faltou planejamento. Na verdade a gente sabe o que está por trás desta decisão, mas a verdade virá em breve. Uma escola de 105 anos não podia ser fechada desta maneira. A Vale está achando que Lafaiete não tem autoridade”, desabafou, lamentando que muitos empreendedores compraram vans financiadas para o transporte de alunos e ficarão no prejuízo.

Vereadores

O petista Chico Paulo também engrossou o coro dos críticos da Vale. “Dinheiro eles têm, mas vai ver lá em Mariana que até hoje não pagaram as indenizações. Eles querem é retirar o aluno e o professores pois lá atem muito manganês”, insinuou, citando que há mais de 6 anos a empresa tentou reaver o terreno.
Já o Vereador Pedro Américo (PT) também lançou dúvidas em torno dos propósitos da Vale. “Alguma intenção esta empresa tem na área. Uma escola centenária como esta não deixar a história  se perder. Os pais devem acompanhar de perto e exigir uma compensação ao bairro que tantos lucros geraram a Vale. Desconfiem desta empresa, haja vista Mariana e Brumadinho”, assinalou.
Sandro José (PSDB) afirmou que os pais devem exigir o transporte dos alunos para onde serão encaminhados. “Acredito que haja risco, mas se existe para os estudantes também há para os moradores próximos”, provocou, cobrando que a empresa apresente os laudos técnicos que motivaram a retirada dos alunos.
Cautela
O Vereador e líder do Governo na Câmara, o Vereador Fernando Bandeira (PTB), pediu cautela e prudência.  “Precisamos ter cautela para não inflamarmos a população ou precipitar em alguma opinião. A Vale garantiu transporte e afirmou que irá doar um terreno e construir uma nova escola. Tudo com garantias judiciais através de um TAC que será assinado por todas as partes. Claro que precisamos ficar com um pé atrás com a empresa mas estamos vigilantes e acompanhando os desdobramentos”, finalizou.

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O vereador Sandro José (PSDB)

O Vereador Sandro José (PSDB) usou a Tribuna Popular esta semana para disparar contra a qualidade do serviço prestado pela Viação Presidente, em Lafaiete. Ele citou que na terça feira (20) presenciou uma mulher, com uma criança, que na parte da noite, ficou mais de uma hora esperando por coletivo no Bairro Carijós. “Esperamos que esta nova gestão assuma o quanto antes o transporte público. Sabemos que a nova empresa chega com uma expectativa positiva da população que anseia por mudanças urgentes na melhoria da qualidade do serviço prestado. Tomara que passem rápido esta administração, pois o povo continua sofrendo com quebra de horários. Nunca foi tão ruim o serviço em Lafaiete”, assinalou.

Ônibus com novas pinturas circulam em Lafaiete, mas ainda sem o novo nome da empresa

Em seguida, o vereador se mostrou otimista que os novos donos promovam uma transformação no transporte público. “Sabemos das dificuldades de se administrar o transporte público em Lafaiete. Sabíamos que a empresa precisava de aumento, mas ela não fazia por onde merecer, pois o serviço era de péssima qualidade. Esperamos que a troca de empresa não seja apenas troca de contratos, mas que o povo seja o maior favorecido”, finalizou, sugerindo mais linhas de ônibus para atender os trabalhadores após ás 23:00 horas.

Vereador critica serviços dos Correios: 30% dos bairros não são atendidos; estatal responde

Usando a Tribuna da Câmara as duas últimas semanas, o vereador e líder do prefeito, João Paulo Pé Quente (DEM), criticou a precariedade do serviço de entregas de cartas, boletos e demais correspondências em Lafaiete.

Vereador João Paulo/CORREIO DE MINAS

Ele recebeu reclamações e denúncias de empresas que dependem do serviço de cobranças da estatal diante dos recorrentes atrasos que geram gerando transtornos tanto para elas como para os consumidores/clientes com multas e juros. “Lafaiete tem mais de 100 bairros e em pelo menos 30 a população não é atendida satisfatoriamente. Os clientes não recebem em dia as cobranças e isso vem acarretando prejuízos para ambos os lados. Fizemos o cepeamento por rua, trabalho que consumiu mais de 3 anos de trabalho desta Casa. E agora vemos que pouco adiantou em agilizar os serviços. As pessoas têm de se deslocar de suas casas para buscaram as cartas e boletos. È uma vergonha e um absurdo com nossa população”, desabafou repudiando a estatal. “Fizemos o cepeamento mas onde está a contratação de mais carteiros?”, questionou.

Ele citou que a empresa lhe repassou um email listando nas duas agências dos Correios (Queluz e Central).

O outro lado

Nossa reportagem ouviu a assessoria de imprensa dos Correios nas denúncias de Joâo Paulo Pé Quente. “Sobre eventuais atrasos na entrega de correspondências, os Correios informam que monitoram diariamente a distribuição domiciliária, sendo que no município de Conselheiro Lafaiete as entregas estão operando dentro da normalidade. A empresa ressalta que, para que sejam apuradas com precisão inconformidades apontadas por clientes, é fundamental o fornecimento de informações básicas, como a identificação do logradouro do manifestante, bem como a sua numeração (no caso de objetos simples) ou o número do registro no caso de objetos qualificados.

 Os Correios destacam ainda que, no caso de objetos postais simples, devido ao fato de não possuírem número de registro, os mesmos não são passíveis de rastreamento. Como tais objetos não necessitam de recibo no momento da entrega e geralmente são dispostos em portarias ou caixas receptoras de correspondências, a data em que o destinatário toma ciência do objeto nem sempre corresponde à data em que o mesmo foi entregue no domicílio.

 A atribuição de CEP por logradouros traz inúmeros benefícios para a população, como melhor agilidade e qualidade de serviços prestados pelos Correios, maior celeridade na identificação dos endereços por órgãos e concessionários públicos (Bombeiros, Polícia, INSS, Receita Federal, CEMIG), bem como é utilizado por diversos sites de comércio eletrônico para definir áreas de atendimentos, prazos de entrega, frete grátis, dentre outros.

Esclarecemos ainda que a distribuição postal domiciliária é regulamentada pela PRT MINICOM 6206 na qual estabelece condições para implantação do serviço de entrega postal. No município de Conselheiro Lafaiete há bairros que não são atendidos pelos serviços de entrega dos Correios por não atender integralmente esses critérios, onde podemos destacar:

a)     as vias e os logradouros ofereçam condições de acesso e de segurança ao empregado postal;

b)      os logradouros e as vias disponham de placas indicativas de nomes instaladas pelo órgão municipal ou distrital responsável;

 c)     os imóveis apresentem numeração de forma ordenada, individualizada e única;

d)      os imóveis disponham de caixa receptora de correspondência localizada na entrada da residência, ou haja a presença de algum responsável pelo recebimento no endereço de entrega.

Aguardamos as providências por parte da Prefeitura e dos moradores para que possamos realizar os estudos técnicos de dimensionamento de recursos necessários à prestação do serviço. Até que a distribuição domiciliária esteja implantada, as correspondências continuarão sendo entregues na Agência dos Correios, por meio do serviço de Posta Restante, conforme previsto nas normas”, informou.

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