Prevenção contra a dengue deve ocorrer também em propriedades rurais

Coordenadora da emater-MG dá dicas para combater o Aedes aegypti fora das cidades

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está conscientizando a população rural a ajudar a combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, trabalho de prevenção fundamental que não se restringe às áreas urbanas. 

O alerta se dá em um momento de explosão de casos em Minas Gerais. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), até a última quinta-feira (15/2) o estado registrou 62.872 casos de dengue, um aumento de quase 700% frente à mesma época de 2023, quando ocorreram 7.912 notificações positivas. Já o número de mortes pela dengue é 500% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. 

A melhor forma de prevenção da doença é o controle do mosquito transmissor, Aedes aegypti, que também ocorre no meio rural, especialmente em regiões muito próximas às cidades. Embora o raio de voo da fêmea do mosquito raramente ultrapasse os 200 metros em regiões com aglomeração de pessoas, nas áreas sem barreiras pode chegar a um quilômetro. Além disso, os mosquitos são transportados por diversos meios com ajuda involuntária do homem.

Acabar com criadouros

Na natureza, os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver até 400 dias fora d’água, o que aumenta a necessidade de identificação de possíveis criadouros pelos proprietários rurais, destaca a engenheira ambiental Jane Terezinha Leal, coordenadora estadual de Saneamento Ambiental da Emater-MG. “A primeira coisa a se observar é em relação ao lixo da propriedade, qualquer resíduo que possa reservar água de chuva ou que armazene água parada deve ser acondicionado em sacos. O lixo deve ser fechado e colocado num local com tampa, ou seja, nunca deve ficar aberto”, ressalta a coordenadora.

Outra questão é em relação a plantas e jardins da propriedade. Deve-se colocar areia ou fazer a limpeza semanal naquelas que estiverem em vasos ou pratos desses pratinhos pelo menos uma vez por semana. “A limpeza desses recipientes deve ser feita utilizando bucha, sabão e um pouco de água sanitária”, explica Jane, ao pedir atenção também a calhas e lajes das casas, porque a água pode ficar acumulada nesses locais. “É bom fazer uma vistoria e retirar qualquer folha ou objetos que impeçam a saída de água. As caixas d’água também precisam ser mantidas sempre fechadas porque mesmo uma abertura pequena é o suficiente para o mosquito entrar e deixar os ovos”, alerta.

Cloro ajuda a evitar larvas

No meio rural é comum as pessoas utilizarem tonéis, bombonas ou outros recipientes para armazenar água, como bebedouros de animais. “Se for possível fazer a limpeza desses depósitos semanalmente, ótimo. Já se não for possível, é preciso mantê-los fechados. As cisternas também devem ser fechadas. E toda a água para consumo humano deve ser clorada para evitar contaminações”, salienta a coordenadora de Saneamento Ambiental da Emater-MG. 

Outra preocupação que o produtor deve ter é com o destino do esgoto doméstico rural. “Infelizmente, ainda hoje mais de 70% das propriedades rurais têm uma fossa rudimentar ou há ainda aqueles que lançam o esgoto direto em córregos e no solo”, lamenta. Essa água suja que fica escorrendo atrai vetores de doenças como mosquito, pernilongos e ratos, pondo em risco a saúde das pessoas. “A destinação inadequada desse esgoto é uma fonte de contaminação da água e do solo, ou seja, os danos sociais e ambientais são enormes”, analisa.

Jane Terezinha Leal recomenda como solução a implantação de tecnologias de saneamento ambiental de baixo custo como a fossa de evapotranspiração (Tevap).

FONTE AGÊNCIA MINAS

MG enfrenta a pior epidemia de dengue da sua história, diz secretário de saúde

Conforme o titular da pasta, são 1,4 mil casos confirmados diariamente; o estado já registrou 18 mortes pela doença em 2024

Minas Gerais enfrenta a pior epidemia de dengue de toda a sua história. A informação foi repassada pelo secretário de Saúde do estado, Fábio Baccheretti, durante a manhã desta sexta-feira (16 de fevereiro). Conforme o titular da pasta, são 1,4 mil casos confirmados diariamente. Conforme o painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), são 18 mortes provocadas pela dengue e 67.592 casos confirmados da doença. Outros 194.801 casos e 105 óbitos estão em investigação.

“Nunca vivenciamos uma inclinação tão grande de dengue. Nosso recorde era um pouco menos de 600 mil casos prováveis em 2016, que é a nossa base de comparação já que nem todos os casos da doença são confirmados, mas vamos ultrapassar isso. Não temos dúvidas que esse será o pior ano de dengue da história de Minas. O Sul de Minas, a região Norte e do Triângulo devem começar a ter aumento de casos”, informou o secretário de Saúde do estado.

De acordo com Baccheretti, os casos tendem a diminuir a partir da segunda quinzena de março, com o fim do verão. “Vamos continuar tendo muitos casos, mas o pico de atendimentos deve diminuir no próximo mês. Este ano nos preocupa porque esse aumento de pacientes está mais precoce”, acrescentou.

Ainda segundo o secretário, o momento aleta as autoridades de saúde. Ele justifica a preocupação por causa da circulação dos novos sorotipos, especialmente o 2 e 3. “A maior parte da população está suscetível aos sorotipos em circulação porque passamos anos com apenas o tipo 1 em circulação. Por isso temos que focar no atendimento, a maior parte das mortes são evitáveis. O tratamento é o a hidratação do paciente”, afirmou.

Vacinação

Minas Gerais deve iniciar a aplicação da vacina contra a dengue em março. As primeiras doses serão para imunizar crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, residentes nas cidades de maior incidência das arboviroses.

A aplicação deve contemplar 22 municípios da Grande BH e do Vale do Aço. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (16) pelo secretário Fábio Baccheretti, que prevê que o estado tenha doses suficientes no próximo mês.

Mortes em Minas

Nesta quinta-feira (15 de fevereiro), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou mais sete mortes causadas pela dengue em Minas Gerais. O número já chega a 18, conforme a pasta. O Estado só teve menos mortes que o Distrito Federal, onde 23 pessoas já perderam a vida por causa da dengue. O Estado de São Paulo tem o terceiro maior número de óbitos do país: 11 vítimas em 2024.

Esse atual cenário não é um movimento exclusivo do Brasil, em todo o mundo os casos estão aumentando. A forma de proliferação do mosquito não mudou, mas o que dificulta é que estamos com dois anos consecutivos de dengue. E, agora, um fato nosso são as altas temperaturas com o índice de chuva, o que favorece a proliferação do mosquito”, avaliou.

Dia D

O estado vai realizar o Dia D de combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da chikungunya e da zika, no dia 24 de fevereiro. O movimento já foi aderido por 160 dos 853 municípios mineiros. A ideia é que as cidades realizam simultaneamente mutirões comunitários para eliminar os focos do vetor.

Também estão planejadas ações de mobilização para orientar e conscientizar a população que a responsabilidade diária de manter ambientes dentro das casas é também do cidadão.

FONTE O TEMPO

Minas Gerais tem 70% dos casos prováveis de chikungunya registrados no Brasil; estado tem maior incidência da doença

Dos 31 mil casos prováveis no país, 23 mil estão em Minas Gerais. Segundo o governo de Minas Gerais, uma morte pela doença foi confirmada e outras 16 estão sob investigação.

Minas Gerais tem 70% dos casos prováveis de chikungunya do Brasil. Dos 31.237 registros investigados no país, 23.628 estão no estado.

O último boletim epidemiológico sobre arbovirores urbanas divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontou que, até esta quinta-feira (15), Minas Gerais havia confirmado 15.727 casos.

Ainda segundo a SES, uma morte foi confirmada e outras 16 estão sob investigação. Minas Gerais tem a maior incidência do doença. O coeficiente está em 110, quase cinco vezes mais que o Mato Grosso do Sul, estado que aparece na segunda posição com 23.

Veja abaixo os estados com maior incidência de chikungunya no Brasil

  1. Minas Gerais: 110
  2. Mato Grosso do Sul: 23
  3. Mato Grosso: 22,6
  4. Goiás: 20,2
  5. Espírito Santo: 19,3

Febre chikungunya

A chikungunya é uma doença causada por um vírus, com um conjunto de sintomas similares ao da dengue. A transmissão da doença ocorre por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. O início dos sintomas pode levar de dois a dez dias.

Os principais sintomas da chikungunya são: febre acima de 38,5 graus, de início repentino; dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos; dor de cabeça; dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.

Diagnóstico

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico da chikungunya é clínico e feito por um médico. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de confirmação da doença a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.

Tratamento

O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico para chikungunya, ainda de acordo com o Ministério da Saúde.

A terapia utilizada é analgesia e suporte. É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes e a escolha dos medicamentos devem ser realizadas após a avaliação do paciente, com aplicação de escalas de dor apropriadas para cada idade e fase da doença.

Dengue

Com relação à dengue, há 181.645 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados).

Desse total, 62.872 foram confirmados, além de 18 mortesCem estão sendo investigadas.

Zika

Quanto ao vírus zika, foram registrados 22 casos prováveis e um foi confirmado.

Não há mortes confirmadas ou em investigação no estado.

FONTE G1

MG tem 16 óbitos confirmados por dengue, diz Ministério da Saúde

Balanço divulgado pelo órgão federal indica que o estado possui quase 62 mil casos confirmados

Minas Gerais tem 16 óbitos confirmados por dengue em 2024. É o que indica um balanço publicado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (14/2). O boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) ainda será divulgado nesta semana.

Segundo os dados da pasta federal, outros 100 óbitos estão aguardando resultados laboratoriais para serem confirmados ou descartados. Quase 62 mil casos foram confirmados no estado e outros 115 mil estão classificados como prováveis.

A chikungunya também vem avançando no estado, com 15.184 casos confirmados e 7.197 prováveis neste ano. Um óbito também foi confirmado e outros 14 estão em investigação.

A zika tem quatro casos confirmados e seis prováveis.

Belo Horizonte

Em Belo Horizonte são cinco óbitos confirmados. O número de casos também segue em alta. Em relação ao compilado anterior divulgado na sexta-feira (9/2), os casos confirmados na capital subiram 17%, saindo de 2.649 para 3.101.

A PBH computou 14.331 casos notificados que estão pendentes de resultados de exames laboratoriais. Outros 2.079 foram descartados.

FONTE ESTADO DE MINAS

Alta de dengue e Covid deve sobrecarregar serviço de saúde após Carnaval

Gestores estaduais e municipais de saúde preveem uma maior sobrecarga dos serviços nas próximas semanas e já planejam aumentar equipes

Com o aumento de casos de dengue e o avanço da Covid, gestores estaduais e municipais de saúde preveem uma maior sobrecarga dos serviços nas próximas semanas e já planejam mudanças de horário de funcionamento das unidades e aumento e capacitação de equipes. Nas seis primeiras semanas do ano, os casos de dengue quadruplicaram, segundo o Ministério da Saúde. São 512.353 casos suspeitos, contra 128.842 registrados no mesmo período de 2023 (128.842). O país soma 75 mortes.

Ao mesmo tempo, o número de novos casos semanais de Covid está acima de 36 mil, com aumento consistente nas últimas cinco semanas. Até o dia 8 de fevereiro, havia um total de 194 óbitos. Esse cenário não era observado desde abril de 2023, de acordo com o painel de monitoramento do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde).

Em duas semanas, a média móvel de casos de Covid na capital paulista subiu de 168 para 404 casos, um aumento de 140%. Segundo Jurandi Frutuoso, secretário-executivo do Conass, a pressão causada pela alta da dengue e da Covid representa um desafio adicional aos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) situação que deve piorar nas próximas semanas.

“Aglomerações de pessoas, como ocorre no Carnaval e o retorno as aulas, são fatores diretos para intensificar a transmissão da Covid-19. Ao mesmo tempo, é esperada uma alta de casos de dengue uma vez que a doença ainda não atingiu o pico”, explica.

Ele diz que as duas doenças apresentam sintomas que podem ser confundidos, dificultando o diagnóstico diferencial. “Casos de dengue podem ser manejados em leitos de observação e, se isso é feito adequadamente, poucos serão os casos que necessitarão de leitos de internação ou UTI [Unidade de Terapia Intensiva].”

De acordo com ele, os gestores das três esferas do SUS estão empenhados no enfrentamento do aumento de casos de dengue, com esforços voltados para a ampliação das equipes, do horário de funcionamento das unidades de saúde e para a capacitação dos profissionais.

Segundo o médico Geraldo Reple Sobrinho, presidente do Cosems-SP (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de São Paulo), a maioria dos municípios já criou comitês de crise e está alinhado com as ações do governo paulista. Porém, ele relata que cidades menores enfrentam falta de recursos materiais e de pessoal.

“Ainda não tivemos aumento importante de internações por dengue, mas já temos casos graves e óbitos. A impressão é que logo teremos uma epidemia generalizada. A quantidade de vacina é irrisória para este ano.” Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que a primeira medida do COE (Centro de Operações de Emergências), criado na semana passada, foi destinar R$ 200 milhões do IGM (Incentivo à Gestão Municipal, do SUS paulista) aos 645 municípios do estado para o enfrentamento ao mosquito da dengue.

Disse também que 600 equipamentos portáteis e pesados para ações de campo como a nebulização, o chamado fumacê, estão disponíveis para a utilização das cidades. O trabalho será coordenado pela Defesa Civil do Estado. Para Wallace Casaca, coordenador da Infotracker, plataforma criada por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unifesp Universidade Federal de São Paulo) que monitora a Covid no estado de São Paulo, os esforços dos gestores estão mobilizados para atender os casos de dengue, mas falta uma maior atenção à Covid.

“Os casos têm aumentado consideravelmente e possivelmente serão necessárias mais estruturas nos serviços de saúde para suprir essas duas demandas”, afirma. A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emilio Ribas, diz que o cenário de se ter duas viroses co-circulando ao mesmo tempo deve piorar no pós-Carnaval.

“Não será nenhuma novidade para nós começar observar aumento do número de casos de dengue em locais onde não haviam tantos registros.”
Embora não exista transmissão da dengue de pessoa para pessoa, alguém infectado em um local epidêmico pode retornar ao seu lugar de origem, ser picado pelo mosquito Aedes aegypti, que vai, então, picar outras pessoas e dar início a novos ciclos de transmissão.

Com relação à Covid, a situação é pior porque a cepa que está em circulação no país tem uma taxa de transmissão muito elevada.
“Minha preocupação não é quem foi para o Carnaval, porque são pessoas mais hígidas [saudáveis]. O problema é que, na volta para casa, elas vão encontrar suas avós, seus parentes. Aí podemos ter não só um aumento de casos, mas uma demanda importante em termos de saúde pública.”

Ritchmann lembra que essa população mais idosa está vulnerável porque recebeu a dose da vacina bivalente já há algum tempo, e o imunizante não é específico para a cepa que está circulando. “Estamos com uma junção de problemas. Falta de vacinas melhores [versões atualizadas para as novas cepas] e a co-circulação de duas doenças importantes em termos de demanda.”

Para a infectologista, é fundamental que a rede de saúde esteja bem preparada para o diagnóstico e conduta correta. “Ninguém deve morrer de dengue. São mortes evitáveis desde que se tenha uma estrutura adequada para reconhecer e classificar os pacientes o mais rápido possível e adotar as medidas adequadas.”

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que todas as unidades de saúde, como as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e PSs (Prontos-socorros) estão devidamente preparadas para prestar atendimento a casos de ambas as doenças.

“Caso necessário, leitos específicos podem ser ativados. Os fluxos de atendimento para pacientes com Covid-19 e outras doenças respiratórias ocorrem separadamente.” Segundo a secretaria, os pacientes passam por um processo de acolhimento nas UBSs, ou triagem na rede de urgência e emergência, e são encaminhados conforme suas necessidades. Reforça também que as unidades de saúde possuem testes disponíveis para as duas doenças.

No último dia 6, foi aberta uma tenda dedicada ao atendimento de pacientes com sintomas de dengue que funciona 24h em Itaquera, na zona leste da capital. Outras tendas poderão ser instaladas dependendo da demanda, segundo a pasta.

A Secretaria de Estado da Saúde informou ainda que mantém o monitoramento constante do cenário epidemiológico das duas doenças em todo o território estadual e reforça a importância da vacinação contra a Covid, em especial as doses de reforço.

Desde o fim do ano passado, o Ministério da Saúde estabeleceu um reforço da vacina bivalente para pessoas com mais de 60 anos e para imunocomprometidos com mais de 12 anos que tenham recebido a última dose há mais de seis meses.

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Infectologista do Ipsemg reforça atenção aos sintomas da dengue

Manifestações leves podem demandar acompanhamento ambulatorial e casos mais graves necessitam de internação hospitalar

Os números de casos confirmados de dengue em Minas Gerais vêm acendendo um sinal de alerta para os cuidados e medidas de prevenção para o combate da doença.

Com o objetivo de conscientizar a população, a médica infectologista do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Renata Lanna Maciel, reforça o que é preciso fazer diante dos sintomas da doença.

A infectologista explica que o vírus da dengue é transmitido pela picada de mosquitos fêmea, principalmente, da espécie Aedes aegypti, a qual possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e podem produzir sintomas que vão desde grau mais leve até grave, que podem levar ao óbito.

“A pessoa que está em regiões de risco ou onde há uma grande incidência de casos confirmados de dengue, precisa ficar atenta aos sintomas como febre, dor de cabeça, dor ao redor dos olhos, erupções geralmente de cor avermelhada que aparece na pele, dores musculares e articulares, prostração, náusea e vômitos. É muito importante ressaltar que a febre não é obrigatória, assim, em alguns casos, pode não ocorrer”, explica.

A médica acrescenta ainda que “a qualquer sinal ou sintoma da doença, a pessoa deve buscar imediatamente atendimento médico, para que seja feita a classificação da gravidade do caso e estabelecimento de conduta direcionada, sendo que sintomas leves podem demandar acompanhamento ambulatorial e casos mais graves necessitaram de internação hospitalar”, reforçou.

Prevenção

Entre as principais medidas de cuidados destacadas pela especialista estão a eliminação do armazenamento de água em recipientes como vasos de plantas, pneus, limpeza periódica da caixa d’água e cuidados com a higiene do quintal, evitando acúmulo de lixo e demais recipientes que possam armazenar água.

Todos esses ambientes são propícios para se tornarem criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Dengue em Minas Gerais

De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) divulgado na segunda-feira (5/2), Minas Gerais já soma 39.282 casos de dengue. No boletim anterior, de 29/1, o número de pessoas diagnosticadas com a doença era 23.389. O aumento foi de 68%.  

FONTE AGÊNCIA MINAS

Medicamentos falsos para dengue preocupam autoridades de saúde

Tratamento sem acompanhamento médico resulta em ineficácia e risco de contaminação e agravamento do quadro para pacientes

O uso de substâncias e remédios não autorizados – ou sem comprovação científica – para o tratamento de doenças pode provocar danos à saúde, piorar o estado de pessoas doentes, além de gerar a possibilidade de interações medicamentosas, quando os efeitos de uma substância ou fármaco são alterados por outra substância.

Os dados de incidência das arboviroses (dengue, zika e chikungunya) no estado estão disponíveis no Painel Arboviroses – Vigilância Epidemiológica.

Nos 35 municípios da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano, até essa terça-feira (6/2), havia 6.210 casos prováveis de dengue registrados, com 2.197 casos confirmados, nenhum óbito confirmado e oito em investigação para a doença.

Minas Gerais está enfrentando o segundo ano epidêmico consecutivo para dengue e chikungunya e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já constatou o uso de uma “cápsula milagrosa” para alívio dos sintomas por parte da população na região do Vale do Aço.

Diante da alta incidência dessa arboviroses, muitos pacientes acabam recorrendo a atalhos para o tratamento, alheios aos riscos de que remédios sem qualquer registro oficial junto aos órgãos reguladores podem provocar danos à saúde.

“Eu não tomo medicamentos que o amigo do Whatsapp recomenda, ele não é médico”, diz a auxiliar administrativa Valéria Martins, de 37 anos, que tem plena consciência dos perigos de se tomar medicamentos sem o devido acompanhamento. “Eu vou ao médico, converso e ele me receita tudo que eu preciso”, afirma.

Além de ineficientes, medicamentos e substâncias ingeridos sem supervisão médica podem ter sido produzidos sem as condições de higiene adequadas, sem qualquer fiscalização farmacológica e ter contaminantes capazes de piorar o quadro de quem fez uso.

Riscos

Diante de quadros preocupantes de falsos remédios, a coordenadora de Vigilância e Saúde da SRS de Coronel Fabriciano, Micheline Araújo, reforça o alerta contra a automedicação.

“O médico sabe exatamente qual remédio recomendar, e sabe se o paciente tem eventualmente alguma alergia a alguma substância, se ele toma algum medicamento para outro fim que possa ter interação com outros medicamentos, por exemplo”, explica Micheline.

Confira abaixo as principais recomendações de Micheline Araújo a respeito de dúvidas recorrentes sobre arboviroses, tratamento e o perigo de se automedicar, além dos danos que os supostos remédios milagrosos podem trazer à saúde.

Quais medicamentos devem ser utilizados para tratamento da dengue, zika e chikungunya?

Dengue e chikungunya são viroses que não têm tratamento específico. O tratamento é repouso, boa alimentação e hidratação. Os medicamentos são apenas para os sintomas da doença, como febre e dor no corpo, que são os analgésicos comuns, como dipirona e paracetamol. E no caso da chikungunya, não se deve tomar nenhum outro medicamento além desses nos primeiros 15 dias de sintoma, pois remédios como anti-inflamatórios e corticóides podem agravar a situação.

Onde comprar os medicamentos?

Medicamentos só devem ser comprados nos estabelecimentos autorizados para isso, como as drogarias e farmácias. São locais fiscalizados, que têm responsável técnico, além da garantia da origem dos medicamentos. Remédios comprados fora desses locais não têm uma garantia da origem, nem de como foram produzidos.

O que verificar para saber se o medicamento é adequado?

Muitas vezes, os falsos medicamentos não têm a informação da origem, do fabricante, do responsável pela fabricação. Todo medicamento deve vir lacrado, com data de validade, lote, impressão na caixa, nome do fabricante, endereços, dados da empresa e do responsável técnico. Produtos e medicamentos que não têm essas informações não devem ser adquiridos. 

Por que não devo tomar remédios indicados por amigos ou conhecidos?

Medicamentos indicados por amigos e conhecidos são muito perigosos porque eles não sabem a sua real situação sem uma avaliação médica. O médico é um profissional habilitado para prescrever medicamentos para tratamento de todas as doenças.

Ele pode avaliar sua condição de saúde, qual medicamento você tem condições de usar ou que pode te fazer mais mal, e também avaliar se você já toma algum remédio para outro tratamento, alguma doença de base que você tenha e que possa comprometer ou interagir com o que ele está prescrevendo.

Quais são os sintomas da dengue?

Os principais sintomas da dengue são febre alta, geralmente acima de 38 graus, mas pode acontecer também de não ter febre, se você está tomando algum remédio que corte essa febre. Dor no corpo, mal-estar, dor atrás dos olhos, exantema, que são as manchas pelo corpo. A chikungunya, além desses sintomas, também provoca uma dor muito forte em várias articulações do corpo.

Quando a pessoa deve ir para o hospital?

As pessoas normalmente passam o período crítico e melhoram. Mas devem procurar um médico se começarem a sentir a piora do mal-estar no corpo, dor no abdômen, principalmente se for intensa e constante, vômito persistente, ou algum tipo de sangramento.

O que fazer para evitar a dengue?

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, um mosquito que se adaptou muito bem à nossa sociedade, ao nosso meio de vida hoje, que precisa de água limpa e parada para se reproduzir, e o ambiente quente que nós temos em nosso país é muito propício para a procriação deles.

A maneira mais eficiente para evitar sua proliferação é eliminar os focos de procriação, evitando assim que ele se prolifere, aumente sua população e continue transmitindo. Além disso, diante da nossa situação epidêmica, as pessoas devem usar repelentes e roupas que protejam o máximo do corpo quando possível, como forma de  autoproteção.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Vacina contra dengue: entenda por que idosos precisam de receita

Geriatra explica que não há estudos de eficácia nessa faixa etária

A população idosa concentra, atualmente, as maiores taxas de hospitalização por dengue no Brasil. O grupo, entretanto, ficou de fora da faixa etária considerada prioritária para receber a vacina contra a dengue por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque a própria bula da Qdenga estipula que o imunizante é indicado somente para pessoas com idade entre 4 e 60 anos. Ainda assim, em laboratórios particulares, o imunizante é aplicado em idosos, desde que seja apresentado pedido médico.

A pergunta é: há risco para o idoso que recebe a vacina? Em entrevista à Agência Brasil, o geriatra Paulo Villas Boas explicou que a bula da Qdenga não inclui pessoas acima de 60 anos porque não foram feitos estudos de eficácia nessa faixa etária. O membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destacou, entretanto, que a dose foi liberada para toda a população acima de 4 anos pela Agência Europeia de Medicamentos e a Agência Argentina de Medicamentos.

“Em médio prazo, acredito que haverá uma discussão sobre a liberação da vacina contra a dengue para a população com mais de 60 anos”, disse. “No presente momento, os idosos não são elegíveis. Se a dose for utilizada na população com mais de 60 anos, mesmo que seja recomendada por um médico, é considerado o que a gente chama de prescrição off label, ou seja, que não consta na liberação oficial. Alguns medicamentos são prescritos assim porque há estudos que mostram benefício.”

“Existe essa possibilidade da prescrição off label. Mas o que está acontecendo no Brasil hoje em dia? Há uma demanda muito grande da população idosa com desejo de se vacinar contra a dengue. Porém, mesmo nas clínicas privadas, não se encontra mais a vacina. Como ela foi liberada, o próprio laboratório não está conseguindo suprir a demanda para o SUS. Temos uma previsão, até o final do ano, de um aporte de cerca de 6 milhões de doses. Então o laboratório provavelmente não vai conseguir suprir a demanda para clínicas privadas.”

A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC – Arte/EBC

Villas Boas lembrou que os idosos são considerados grupo de risco para agravos decorrentes da infecção pela dengue. O maior número de óbitos, segundo o geriatra, acontece exatamente nessa faixa etária. Dados da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, por exemplo, mostram que, no ano passado, das 11 mortes registradas pela doença, oito foram em pessoas com mais de 60 anos. Em 2022, 79% dos óbitos provocados pela dengue no estado também foram entre idosos.

“A gente sabe que os indivíduos idosos são portadores de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, doença do coração. Muitos têm estado em imunossupressão, ou seja, quebra da imunidade. E esses são fatores de risco para complicações da infecção pela dengue. Por isso, acredito que a médio prazo, ou mesmo a curto prazo, teremos dados cientificamente robustos que indiquem a vacinação contra a dengue para essa população.”

O geriatra reforçou que não há risco iminente para idosos que, com a prescrição médica em mãos, recebem a vacina contra a dengue, mas destacou aspectos considerados importantes quando o assunto é a imunização de pessoas com mais de 60 anos, como um estado de perda de imunidade normal da idade, chamado imunossenescência, e a tomada de medicações que podem aumentar a imunodeficiência, como o uso crônico de corticoides e outros tratamento específicos.

“Se eventualmente esse indivíduo idoso desejar ser vacinado, é importante que ele converse muito bem com o médico que irá prescrever a vacina. Um bom contexto de saúde desse indivíduo idoso, para que ele possa receber a vacina com total segurança. A gente tem que lembrar que a Qdenga é uma vacina com vírus atenuado e não com vírus morto. Se o indivíduo estiver com a imunidade mais baixa, pode ter uma resposta ou reação vacinal maior, desenvolvendo efeitos colaterais inerentes à vacinação, como mal-estar geral e febre. Não vai desenvolver um quadro de dengue clássico. Mas pode ter uma série de efeitos colaterais, descritos na própria bula da vacina.”

Na ausência de uma dose contra a dengue formalmente indicada para idosos, Villas Boas ressaltou que a prevenção da doença nessa faixa etária deve ser feita por meio dos cuidados já amplamente divulgados para o combate ao mosquito Aedes aegypti: impedir o acúmulo de água parada; usar repelentes sobretudo pela manhã e no final da tarde, horários de maior circulação do Aedes aegypti; e utilizar roupas de manga longa e em tons mais claros.

Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos. Foto: Arte/EBC – Arte/EBC

“A prevenção da dengue para a população idosa é idêntica à prevenção da população em geral. Não há nada específico. São aquelas orientações que a gente cansa de ouvir e cansa de ver que as pessoas não fazem”, disse. “Tudo o que possa evitar o indivíduo de ser picado contribui”, concluiu. 

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Na última semana, Minas teve um caso de dengue por minuto

Diagnósticos no Estado cresceram 67% no período; já são sete mortes

Minas Gerais registrou, apenas na última semana, quase 16 mil casos confirmados de dengue. Isso equivale, em média, a um diagnóstico da doença a cada minuto. Os dados estão no boletim epidemiológico atualizado nesta segunda-feira (5) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Os casos confirmados da doença tiveram alta de 67% entre os dois últimos boletins (o desta segunda e o do dia 29 de janeiro), passando de 23.389 para 39.282. Os óbitos em investigação saltaram de 35 para 62 no período – um crescimento de 77%.

Mortes

O Estado registra oficialmente sete mortes pela doença – nas cidades de Arceburgo, Belo Horizonte, Lagoa Santa, Monte Belo, Ribeirão das Neves, Sarzedo e Sete Lagoas. O levantamento ainda não traz três mortes confirmadas recentemente pelas prefeituras de BH, Betim e Barbacena.

Epidemia

No sábado (3), a SES-MG informou que Minas já vive uma epidemia de dengue. As notificações (casos prováveis) da doença por 100 mil habitantes mais que triplicaram nas últimas três semanas no Estado. No boletim de 22 de janeiro, essa taxa ficava em 161 por 100 mil. O índice saltou para 323 por 100 mil em 29 de janeiro. E, segundo o boletim mais recente, divulgado nesta segunda (5), para 555 casos por 100 mil habitantes.

No dia 27 de janeiro, o governo de Minas decretou situação de emergência devido ao aumento dos casos de dengue e chikungunya. A determinação permite que o governo acelere os processos para a aquisição de insumos e materiais para o tratamento médico dos pacientes.

‘Cenário preocupante’

O cenário é “definitivamente preocupante”, de acordo com o infectologista Leandro Curi. A realidade hoje é de uma curva de ascensão alta, que tende a continuar dessa forma até chegar ao pico – que pode ser em março, segundo o especialista e como o próprio governo de Minas já disse. Procurada, a SES-MG não tinha dado seu posicionamento até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para a resposta.

Por ora, diz Curi, uma das ações mais eficientes é “evitar a picada” – com o uso de repelentes –, pois os mosquitos contaminados já estão por aí. O “dever de casa”, ressalta ele, deveria ter sido feito antes. “A gente ainda não chegou ao pico, portanto é esperado um aumento dos casos nas próximas semanas. Sempre repito isso: o combate à dengue é durante todo o ano. No período da chuva, como agora, muitas vezes já é tarde demais”, diz Curi.

Conscientização

Para o infectologista, é necessário que os órgãos públicos trabalhem na conscientização da população. É preciso, durante todo o ano, evitar água parada e limpar piscinas, calhas e pneus, antes que os ovos eclodam.

“O mosquito deposita centenas de ovos, e não dá para competir com eles já adultos. Agora, além da limpeza que tem que ser feita constantemente, é evitar a picada, com o uso de spray à base de icaridina e de mosquiteiros, por exemplo”, diz ele.

O Carnaval no próximo fim de semana também é um fator que preocupa e mais um chamado ao repelente, segundo Curi. “O trânsito de pessoas pode levar a mais gente infectada. O uso do repelente é muito importante”, afirma. (Com Lucas Gomes)

FONTE O TEMPO

Alerta dengue! Levantamentos apontam o aumento da presença da larva do mosquito Aedes aegypti em Ouro Branco

Esse mosquito é o transmissor da Dengue, Chikungunya, Zica e Febre Amarela. Os Agentes de Endemias detectaram um número alto da presença de larvas nas residências em caixas de água, pneus, vasos de plantas, bebedouros de animais, calhas, tambores e sucatas. Foram confirmados também o aumento dos casos de Dengue na população. Faça sua parte! Limpe seu quintal e elimine possíveis focos do mosquito.

Fique atento aos sintomas. Em caso de necessidade, procure atendimento médico na UBS do seu bairro durante a semana e aos finais de semana na emergência do Hospital Raymundo Campos. Juntos vamos vencer essa batalha contra a dengue.

Recebam os Agentes de Endemias em sua casa!

Prefeitura de Ouro Branco Secretaria Municipal de Saúde – Vigilância em Saúde 3938 1162/ 1164 Prefeitura de Ouro Branco.

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