Ampliação da vacina contra a dengue não inclui BH e outras cidades de Minas

A imunização contempla somente os municípios com doses que vencem próximo ao fim de abril

Em uma nota técnica, divulgada na noite dessa quarta-feira (18/4), o Ministério da Saúde informou que estendeu a vacinação contra a dengue para as pessoas de 4 a 59 anos, mas somente em cidades que tenham doses com vencimento próximo a 30 de abril. Esse não é o caso de Belo Horizonte e demais municípios de Minas Gerais.

Segundo a Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o estado não se enquadra na orientação porque os imunizantes das cidades vencem em 30 de junho deste ano. “Está mantida a estratégia de vacinação para o público de 10 a 14 anos”, afirmou.

“A capital recebeu cerca de 49,5 mil doses, com validade até junho de 2024. Até o momento, já foram aplicadas cerca de 47 mil doses. A vacina segue disponível nos centros de saúde e está sendo utilizada para imunizar o público entre 10 e 14 anos”, informou a Prefeitura de Belo Horizonte. No entanto, a capital mineira precisa de mais de 70 mil doses para concluir a vacinação da faixa etária inicial.

Consultados pela reportagem sobre o envio de novas remessas para Belo Horizonte, o Ministério da Saúde respondeu que os critérios de escolha de municípios para o recebimento da 1° dose da vacina Qdenga são: municípios com população igual ou superior a 100 mil, maiores taxas de incidência anual média nos últimos 10 anos, predominância do sorotipo DENV-2, associado à maior incidência de casos graves da doença, e números de caso registrados a partir de julho de 2023.

“Cabe destacar que os demais municípios brasileiros receberão a vacina assim que o Ministério da Saúde tiver mais doses disponíveis”, a pasta comunicou.

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Minas recebe novas doses da vacina contra a dengue

Municípios das microrregiões de saúde de Betim, Uberaba e Uberlândia recebem as vacinas nos próximos dias para imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos

 

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) recebeu, nesta quinta (4/4), nova remessa com 37.924 doses da vacina contra a dengue para ampliar a vacinação de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade no estado. Os imunizantes chegaram na Central Estadual da Rede de Frio e já estão em processo de distribuição para as Microrregiões de Saúde de Betim, Uberaba e Uberlândia/Araguari.

Os critérios definidos pelo Ministério da Saúde para a priorização das regiões que vão receber as vacinas seguem recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e da Organização Mundial de Saúde, como ter pelo menos um município de grande porte, ou seja, com mais de 100 mil habitantes, ter alta transmissão de dengue registrada no último período sazonal, e maior predominância do sorotipo DENV-2.

“Os municípios receberão essas doses de imediato. Hoje (quinta-feira) mesmo já encaminhamos as vacinas para Betim e, nesta sexta-feira (5/4), serão distribuídas para o Triângulo Mineiro, para os municípios elencados das microrregiões de Uberaba e Uberlândia. A orientação é que os municípios iniciem a vacinação no público-alvo o mais breve possível e que sejam estabelecidas estratégias que permitam que pais e responsáveis levem seus filhos para se vacinar, como abrir as salas de vacinação aos finais de semana e feriados”, destaca o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi.

A distribuição das novas doses recebidas será feita da seguinte forma:

Em 22/2/2024, Minas Gerais recebeu a primeira remessa das vacinas, com 78.790 doses, com validade até 30/6/2024. De acordo com o Painel de Vacinação do Calendário Nacional do Ministério da Saúde, até 2/4/2024, foi lançada no sistema a aplicação de 50.426 doses, o que corresponde a 64,01% do total recebido.

A primeira remessa da vacina no estado foi distribuída a 22 municípios, sendo Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Nova Lima, Caeté, Rio Acima, Jaboticatubas, Raposos, Belo Vale, Moeda, Nova União, Taquaraçu de Minas, da Microrregião de Saúde de Belo Horizonte/Nova Lima/Santa Luzia; Coronel Fabriciano, Timóteo, Pingo-d’Água, Antônio Dias, Mariléia, Jaguaraçu, Dionísio e Córrego Novo, da Microrregião de Saúde de Coronel Fabriciano /Timóteo; e Santa Maria de Itabira, da Microrregião de Saúde de Itabira.

O número estimado de crianças de 10 a 14 anos de idade, nos 52 municípios mineiros contemplados com a vacina, de acordo com o Censo 2022, é de 330.162, e a meta da vacinação é atingir pelo menos 90% do público-alvo.

Para Prosdocimi, a vacina vai diminuir, consideravelmente, os casos graves e óbitos por dengue. “É importante que a gente consiga atingir 100% da vacinação, porque a vacina, a médio prazo, eliminará as situações de emergência em saúde pública. A vacina é eficaz, é segura e salva vidas e, mais uma vez, reforçamos a importância de levar as crianças e adolescentes à Unidade de Saúde mais próxima para aproveitar as vacinas que estão disponíveis e são gratuitas”, salienta o subsecretário.

As novas doses da vacina QDenga têm validade até 20/01/2025 e, caso seja identificado o risco de perda por vencimento da validade de alguma das remessas, a SES-MG informará ao Ministério da Saúde para que sejam verificadas novas estratégias para evitar o descarte.

A operacionalização da vacinação é de responsabilidade dos municípios e, tendo em vista que cada território tem suas particularidades, é necessário definir ações estratégicas de vacinação eficientes para otimizar as doses recebidas. A SES-MG orienta os municípios a adoção de algumas medidas para aumentar a adesão da população alvo para a vacinação:

– Divulgar informações sobre a importância da vacinação e prevenção de doenças;

– Garantir o quantitativo adequado de profissionais qualificados quanto aos procedimentos de manuseio, conservação, triagem, preparo, administração, registro do imunobiológico e o correto descarte dos resíduos;

– Funcionamento da sala de vacina durante todo o horário de expediente das Unidades de Saúde, com ampliação do horário e abertura também durante o horário de almoço e aos finais de semana.

 

FONTE AGÊNCIA MINAS

 

Dengue desacelera, mas Minas Gerais investiga 557 mil casos

No ano, estado acumula 326,3 mil casos confirmados da doença

Os casos confirmados de dengue desaceleraram na última semana, mas as autoridades de saúde analisam mais de 557 mil casos suspeitos da doença em Minas Gerais. Até o momento, são 158 mortes confirmadas no estado e outras 245 em apuração.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, na última semana epidemiológica, foram mais de 17,3 mil casos prováveis da doença, sendo confirmados mais 4,5 mil casos. No ano, Minas Gerais acumula 326,3 mil casos confirmados de dengue.

Atendimento reforçado
Belo Horizonte vai ter sete centros de saúde abertos neste sábado (6) e domingo (7), das 7h às 19h, para atender pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika. Além dessas unidades, outros três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs) também vão funcionar, assim como um hospital temporário.

Devem procurar os centros de saúde as pessoas que apresentarem febre, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça ou atrás dos olhos, náuseas ou vômitos (veja mais sintomas das doenças no fim da matéria). Confira neste link os locais que estarão abertos, por regional, e o horário de funcionamento.

Quais são os sintomas da dengue?

O quadro sintomático da dengue inclui, segundo o Ministério da Saúde:

  • Febre alta (maior que 38ºC);
  • Dor no corpo e nas articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal-estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo;

Além desses sintomas, o Ministério de Saúde recomenda que as pessoas estejam atentas aos sinais de alerta e de agravamento do quadro, que podem levar a choque grave e até morte. Os sinais de alarma são os seguintes:

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos;
  • Letargia ou irritabilidade;
  • Aumento progressivo do hematócrito;
  • Sangramento de mucosa.

 

FONTE ITATIAIA

Alta nos casos de dengue gera escassez de repelentes e bebidas hidratantes

Tribuna consultou farmácias e supermercados da cidade, que relataram dificuldades na reposição do estoque; saiba qual a funcionalidade desses produtos na prevenção e no combate à doença

Com o alto número de casos de dengue, a procura por repelentes, bebidas hidratantes e antitérmicos aumentou cerca de 40% em Juiz de Fora, de acordo com funcionários de farmácias da cidade. Com o avanço da demanda e a dificuldade de repor o estoque, lojistas e a população enfrentam a escassez desses produtos nas prateleiras dos estabelecimentos. Além disso, a alta dos preços também é um fator recorrente nas queixas dos consumidores.

De acordo com consulta realizada pela reportagem em cinco farmácias e dois supermercados, os valores do repelente variam de R$ 18,99 a R$ 49,90. Já as bebidas hidratantes estão na faixa de R$ 6 a R$ 8. Entretanto, conforme os consumidores, além de não estarem disponíveis no estoque dos estabelecimentos, os produtos também estariam sendo vendidos a preços mais altos.

A arquiteta Mariza Salgado foi diagnosticada com dengue na última quarta-feira (27) e desde então tem procurado bebidas hidratantes e soro para ajudar na recuperação. Ela conta que teve dificuldades para encontrar os produtos, e verificou que uma das bebidas isotônicas que procurou não estava disponível em dois mercados, em uma farmácia e uma padaria. No caso de outra bebida isotônica de marca diferente, ela só encontrou a versão zero.

Há duas semanas, a cuidadora de idosos Angelita Mendes tem buscado bebidas hidratantes e também não encontrou em supermercados da cidade. Na sexta-feira (29), ela achou o produto em uma farmácia no Bairro Cascatinha, mas por um preço mais elevado do que o de costume. Segundo Angelita, a bebida estava sendo vendida a quase o dobro do valor que era encontrado anteriormente.

A reportagem questionou a Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/JF) sobre se fiscalizações estão sendo realizadas para saber se os preços comercializados estão dentro do esperado ou se práticas abusivas foram identificadas. Por meio de nota, o órgão informou que não recebeu nenhuma reclamação sobre o aumento de preços de repelentes de insetos. No entanto, o Departamento de Pesquisa do Procon realizou uma pesquisa comparativa de preços do produto, deve ser divulgada em breve. A orientação para os consumidores é para que acionem o Procon em caso de qualquer variação de preço que gere estranhamento. As reclamações podem ser feitas presencialmente, na sede localizada na Avenida Itamar Franco 992, Centro, ou pelos telefones 3690-7610 ou 3690-7611.

Dificuldade na reposição do estoque de repelentes

Mariana Oliveira, gerente da farmácia Dia e Noite, localizada na Avenida Getúlio Vargas, relatou à reportagem que a procura por repelentes e bebidas hidratantes aumentou significativamente nas últimas semanas. Segundo ela, o estabelecimento chegou a ficar sem repelentes em alguns momentos, mas conseguiu repor o estoque. Entretanto, sem variedade de marcas. “Nós estamos recebendo principalmente marcas desconhecidas, que não sabemos exatamente o atestado de qualidade, pois os fornecedo res tradicionais não estão tendo o produto para repassar.” A funcionária também destacou que tem trabalhado apenas com repelentes líquidos, já que os em loção não estão sendo revendidos. Atualmente, a loja enfrenta a falta de bebidas hidratantes.

Uma farmácia no Bairro São Mateus chegou a ficar três dias sem repelentes. O atendente do local, que preferiu não ser identificado, disse que a procura pelo produto aumentou em cerca de 40% desde o crescimento de casos da doença na cidade, além da busca por antitérmicos e soro de hidratação. Já outro estabelecimento no Bairro São Pedro, a Drogaria Romanus, chegou a ficar sem repelentes por uma semana, e agora, o estoque já está no fim novamente. “A procura cresceu muito, e alguns fornecedores também estão enfrentando a falta desses produtos, então sempre que chega um novo estoque, acaba rapidamente”, afirma o lojista Tales Fernandes.

No Santa Luzia, a comerciante Deysiane Marcia Goulart, que trabalha na farmácia Rede Soma, disse que também lida com a escassez de medicamentos para náusea e vômito. “Nós ficamos duas semanas com dificuldade na compra de repelentes, agora conseguimos repor o estoque, mas os produtos da linha infantil ainda estão em falta. Além disso, os sachês reidratantes também não estão acompanhando a demanda.” Em relação ao aumento dos preços, a trabalhadora aponta que, de fato, os valores cresceram em razão do alto custo cobrado pelos fornecedores.

Importância da hidratação

O infectologista Marcos Moura destaca que os repelentes são fundamentais no combate à dengue, já que impedem a picada do mosquito. Segundo o médico, a recomendação é de que crianças usem o produto infantil, já que são menos alérgicos, mas como a duração desses repelentes é de cerca de quatro horas, ele chama atenção para a necessidade de reaplicar o produto mais vezes ao longo do dia. Em relação à produção de repelentes caseiros, o especialista alerta que é preciso tomar cuidado, pois podem ter efeitos reduzidos ou tóxicos. “Como eles não são padronizados pela Anvisa, pode existir uma falsa sensação de proteção ou ainda ter um efeito ruim e ser nocivo à saúde.”

Além do uso de repelentes como forma de prevenção, Marcos reforça que é extremamente necessário se hidratar. “Pessoas que já fazem uso de hidratação contínua tendem a estar mais preparadas durante a dengue. A ideia é que isso aconteça antes e principalmente durante a doença e, claro, se testar positivo, deve-se procurar um médico, pois é preciso aumentar a ingestão hídrica para ter uma convalescença melhor. Inclusive, pessoas que bebem pouca água ou se hidratam mal durante a dengue tendem a ter um período de contaminação maior e mais arrastado, com prostração e dor no corpo”, explica o médico.

A respeito de alternativas caso o paciente não encontre isotônicos nos mercados e drogarias, o médico diz que o mais importante é ingerir bastante líquido, como água, suco e chá, e ter também uma alimentação mais líquida, como sopas. “Não significa que os isotônicos sejam mais potentes. Eles são melhor absorvidos e disponibilizados, assim como o soro caseiro, mas o ideal é que a pessoa tome todo o volume de líquidos prescrito, com vários produtos ao longo do dia.”

O médico ressalta ainda que os pacientes com sintomas graves precisam fazer a hidratação no hospital com soro venoso. “Um paciente com potencial de gravidade não pode apenas tomar soro oral, porque isso acaba tendo desfecho desfavorável”, alerta.

 

FONTE TRIBUNA DE MINAS

Saiba por que Minas Gerais tem o maior número de casos de dengue em 2024

Minas Gerais é o Estado mais atingido pela dengue neste ano no país: são mais de 832 mil casos prováveis da doença. Outros dois Estados do Sudeste e Sul, São Paulo e Paraná, aparecem logo em seguida com 535 e 246 mil casos, respectivamente.

Em 2023, Minas também bateu recorde para o país todo com mais de 400 mil infectados, conforme apontam dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.

Até o momento, 544 óbitos estão em investigação e 148 foram confirmados. Além da dengue, a chikungunya também atinge MG com mais de 72 mil casos prováveis e 28 mortes confirmadas.

As mineiras são as mais atingidas: 56% dos casos. Os homens representam 44%. Em raça e cor, 59,3% da população infectada em Minas é parda, seguido por brancos (31,09%), preta (8,3%), amarela (1,1%) e indígena (0,3%).

A faixa etária com a quantidade mais elevada de dengue é dos 20 a 29 anos: 156.593 casos.

Por que Minas Gerais tem tantos casos de dengue?

 

Segundo especialistas, Minas pode estar sofrendo mais com as transmissões da doença por conta de fatores climáticos, ambientais e também do relaxamento das medidas de controle que combatem a doença.

Ana Flávia Santos é infectologista e médica do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) da Rede Mater Dei em Belo Horizonte e explica não haver um motivo específico, mas sim, multifatorial.

“Há um conjunto de fatores que podem ser atribuídos para o aumento de casos de dengue em determinados estados e municípios, mas o excesso de calor e chuva, associado a um alto índice de infestação pelo Aedes com o relaxamento das medidas de controle do vetor, contribuíram significativamente para a epidemia atual”, revela.

A médica destaca que a presença dos quatro sorotipos da dengue ao mesmo tempo em Minas cria uma situação atípica onde mais pessoas podem se infectar novamente pela doença. “Quando uma pessoa se infecta uma vez, fica imune àquele sorotipo específico, mas permanece suscetível aos demais, ou seja, desprotegida em relação aos outros sorotipos”, diz.

A circulação da doença por diferentes regiões, ano a ano, também é algo que os pesquisadores observam de perto. “Por exemplo, neste ano, há pouca circulação de dengue no Nordeste, que tradicionalmente são Estados onde existe um número de casos bastante elevado. Atualmente a epidemia está concentrada no Centro-Sul do país. Minas Gerais e São Paulo são dois Estados com elevada carga da doença”, explica Julio Croda, médico infectologista e especialista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

As mineiras são as mais atingidas: 56% dos casos. Os homens representam 44%. Em raça e cor, 59,3% da população infectada em Minas é parda, seguido por brancos (31,09%), preta (8,3%), amarela (1,1%) e indígena (0,3%).

A faixa etária com a quantidade mais elevada de dengue é dos 20 a 29 anos: 156.593 casos.

Por que Minas Gerais tem tantos casos de dengue?

 

Segundo especialistas, Minas pode estar sofrendo mais com as transmissões da doença por conta de fatores climáticos, ambientais e também do relaxamento das medidas de controle que combatem a doença.

Ana Flávia Santos é infectologista e médica do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) da Rede Mater Dei em Belo Horizonte e explica não haver um motivo específico, mas sim, multifatorial.

“Há um conjunto de fatores que podem ser atribuídos para o aumento de casos de dengue em determinados estados e municípios, mas o excesso de calor e chuva, associado a um alto índice de infestação pelo Aedes com o relaxamento das medidas de controle do vetor, contribuíram significativamente para a epidemia atual”, revela.

A médica destaca que a presença dos quatro sorotipos da dengue ao mesmo tempo em Minas cria uma situação atípica onde mais pessoas podem se infectar novamente pela doença. “Quando uma pessoa se infecta uma vez, fica imune àquele sorotipo específico, mas permanece suscetível aos demais, ou seja, desprotegida em relação aos outros sorotipos”, diz.

A circulação da doença por diferentes regiões, ano a ano, também é algo que os pesquisadores observam de perto. “Por exemplo, neste ano, há pouca circulação de dengue no Nordeste, que tradicionalmente são Estados onde existe um número de casos bastante elevado. Atualmente a epidemia está concentrada no Centro-Sul do país. Minas Gerais e São Paulo são dois Estados com elevada carga da doença”, explica Julio Croda, médico infectologista e especialista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda — Foto: ATENÇÃO: DEFINIR CRÉDITO!
Infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda — Foto: ATENÇÃO: DEFINIR CRÉDITO!

Croda avalia que o surto de chikungunya pode se confundir com o da dengue. “Em Minas Gerais, além da dengue, pode estar tendo também um aumento de casos de arboviroses, sendo considerado dengue”, diz.

O espaço geográfico de Minas também é um dos fatores que pode contribuir para a quantidade de infectados. Para o médico Marcelo Daher da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) MG tem uma característica climática importante.

“Você tem um Estado que pega vários locais, parte com a temperatura muito elevada e outros com muitas chuvas, e isso contribui. Outro fator é o crescimento desordenado das cidades onde você tem muitos alagamentos. Não ter uma infraestrutura urbana bem feita, colabora para o aumento de várias doenças”, destaca.

Segundo Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a dinâmica da dengue é complexa. Kfouri ressalta que a maneira correta de se avaliar a doença é através da incidência de casos por 100 mil habitantes.

Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações — Foto: Sociedade Brasileira de Imunizações/Divulgação
Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações — Foto: Sociedade Brasileira de Imunizações/Divulgação

No momento, conforme os dados do Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência de Minas Gerais é o segundo maior do Brasil: 4.052. Fica atrás apenas do Distrito Federal, que apresenta um número de 6.751.

“São muitas variáveis para dizer qual o retrato da dengue neste ano. Dengue você nunca olha para um mês ou um ano, você tem que olhar a série histórica, para entender a circulação do vírus e obviamente do mosquito”, diz.

O Secretario de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti, explicou que o El Niño e as altas temperaturas registradas em Minas devem ser consideradas.

“O segundo e mais importante é que temos o sorotipo 2 circulando muito fortemente em Minas Gerais este ano. Isso significa que toda a população é suscetível a doença porque os últimos anos epidêmicos foram de sorotipo 1. Então é como se pegasse uma população praticamente toda com a possibilidade de pegar a doença por não ter uma imunidade recente relacionada à dengue”, destaca.

Baccheretti também revela que boa parte das das notificações de dengue são na verdade de chikungunya. “É um vírus que chegou pelo norte do estado pela Bahia há dois anos. Ou seja, temos chikungunya circulando muito, mas muitas vezes é notificado dengue. Em Minas Gerais não é à toa que está sendo maior este ano e ele acompanha com outros Estados. Este crescimento precoce e rápido tem a ver com o período chuvoso e de calor, fazendo que ele [mosquito] proliferasse muito mais rápido que o habitual” diz.

Outros pontos indiretos, segundo o secretário, é a quebra dos anos epidêmicos de dengue que ocorriam a cada três anos.

“Muito provavelmente pela pandemia alguma coisa aconteceu pelas pessoas ficarem mais em casa tomando mais cuidado com sua casa. Em 2023 tivemos um momento muito vinculado a chikungunya e em 2024, tivemos esses casos que não aconteceram em 2022. Então se acumulou. Mas é uma tendência Mundial. Temos aí as Américas com as maiores epidemias da sua história e países que nunca tiveram epidemia tendo a doença”, explica.

FONTE VALOR O GLOBO

Influenciadora grávida de 22 anos morre com suspeita de dengue

Os médicos chegaram a fazer uma cesariana de emergência para tentar salvar a criança

A influenciadora Sofia Amorim, de 22 anos, que estava grávida de 7 meses, morreu com suspeita de dengue, em Goiânia (GO), nessa quarta-feira (27). O bebê também faleceu.

Ao g1, uma amiga, que preferiu não se identificar, contou que Sofia morreu um dia após a confirmação da doença. “Ela estava com muita falta de ar, por isso achavam que era ansiedade […] Na terça-feira à tarde constataram que era dengue e foram ‘ouvir’ o pulmão dela. Estava cheio de água, por volta das 22h precisaram entubá-la”, disse.

Os médicos chegaram a fazer uma cesariana de emergência para tentar salvar a criança. “O bebê já havia falecido na barriga dela na madrugada, não fizeram o parto de imediato porque as plaquetas estavam muito baixas, ela podia perder sangue. A cesariana era o último caso para tentar salvar a vida dela”, explicou a amiga.

Eles estavam internados em um hospital particular. A mãe teve falência nos órgãos.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás registrou 72.747 casos confirmados de dengue e 159.148 notificados. A reportagem da Itatiaia tenta contato com a pasta.

 

FONTE ITATIAIA

Brasil pode perder mais de 600 mil doses de vacina contra dengue

Isso corresponde a cerca de 95,4% do total de doses disponíveis (700 mil)

O Brasil pode perder 668 mil doses de vacinas contra a dengue. O motivo: a data de validade dos imunizantes está próxima, em 30 de abril. Isso corresponde a cerca de 95,4% do total de doses disponíveis (700 mil). O alerta foi feito pelo Ministério da Saúde na manhã desta quarta-feira (27).

Segundo o governo federal, desde que a campanha de vacinação contra a dengue começou, 534,6 mil doses foram registradas como aplicadas. Isso equivale a 43% do total disponibilizado (1,235 milhão de doses).

Após registrar uma baixa adesão da vacinação da dengue nos municípios que receberam a vacina, o Ministério da Saúde vai redistribuir as doses que estão paradas para outras cidades que não estavam no plano inicial. Segundo o comunicado, mais 154 municípios serão contemplados com a vacina, cujo público alvo são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

“A gente sabe que tem um quantitativo dessas doses que não foi aplicado. Não podemos deixar essas doses vencerem, é preciso utilizá-las. Diante disso, o Ministério da Saúde trouxe uma solução: redistribuir, dentro das unidades federadas, ou seja, dentro dos estados, para municípios que ainda não foram contemplados”, disse o diretor do Departamento de Emergência em Saúde Pública e do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE-Dengue), Márcio Garcia.

As seguintes regiões de saúde foram contempladas pela ampliação:

  • Betim (MG)
  • Uberaba (MG)
  • Uberlândia/Araguari (MG)
  • Central (ES)
  • Recife, Apucarana (PR)
  • Grande Florianópolis (SP)
  • Aquífero Guarani (SP)
  • Região Metropolitana de Campinas (SP)
  • São José do Rio Preto (SP)
  • São Paulo

 

FONTE ITATIAIA

ALERTA GERAL: Congonhas (MG) confirma 1º paciente com vírus dengue sorotipo 2 (DENV-2)

A vigilância epidemiológica informa que hoje foi realizado um alerta epidemiológico à toda rede de atendimento de nosso Município através de um documento direcionado ao Sr. Secretário e que de forma ilícita está sendo divulgado à sociedade para causar pânico e politicagem.
É papel da vigilância alertar qualquer situação de preocupação que possa causar doenças, surtos e epidemias à população, assim como informar seus parceiros e toda a rede de atendimento à saúde.
Como rotina monitoramos os vírus circulantes de Dengue e hoje descobrimos a presença de um novo sorotipo o DENV-2. Ele não está presente em nosso Município e foi adquirido por uma pessoa que viajou recentemente, um caso importado. Como os resultados são demorados, essa paciente se contaminou a aproximadamente um mês. A presença do vírus detectada no exame não significa que estamos com o vírus circulante em nosso Município, porém precisamos estar alertas e este foi o objetivo do comunicado. Continuaremos a rastrear os exames a fim de confirmar ou não a presença do mesmo em nossa sociedade.
Os cuidados, portanto, precisam ser constantes pela população. É preciso entender que o sorotipo DENV-2 está presente em algumas regiões do nosso estado e que é possível se contaminar com qualquer um dos quatro sorotipos, ficando imune se já tiver adquirido à doença apenas ao sorotipo que você teve contato. Como em Congonhas temos o DENV-1 circulante nos preocupamos com a inserção de um novo sorotipo, porém não se faz necessário causar pânico, uma vez que a rede está estruturada para o atendimento e identificação de sinais de alarme e complicações do paciente com Dengue.
​​​​Luciana de Fátima Gonçalves -Supervisora de área -Vigilância Epidemiológica

Entre Rios está entre as 9 cidades do Brasil selecionadas para receber recursos para combate a dengue

No final de fevereiro, o Município de Entre Rios de Minas recebeu uma notícia auspiciosa na batalha contra a dengue e outras arboviroses. Através da Portaria nº 3.214 do Ministério da Saúde, foi agraciado com um repasse emergencial de recursos financeiros destinados ao apoio no combate e controle dessas enfermidades. Entre Rios está entre os nove municípios em todo o país que foram selecionados para receber esse importante suporte. Além de Entre Rios, no estado de Minas Gerais, cidades como Lagoa Santa, Mateus Leme, Iatbira e São João del Rei também foram contempladas com esse custeio vital.
O prefeito interino Ronivon Alves de Souza expressou sua satisfação com a notícia, ressaltando a relevância desse apoio para a comunidade local: “Ficamos imensamente gratos pelo repasse, especialmente considerando o momento crítico pelo qual nosso município, assim como todo o país, está passando em relação ao surto de dengue e outras arboviroses. Com esse subsídio, podemos intensificar nossas ações aqui em Entre Rios, contribuindo significativamente para a proteção da saúde de nossos cidadãos.”
O valor definido para Entre Rios, de R$32.325,39, foi calculado com base em informações do IBGE e documentos cadastrados junto ao Ministério da Saúde. Com ele, já foram comprados alguns insumos pra serem usados no tratamento dos pacientes com dengue como, por exemplo, soro fisiológico.
A Secretaria de Saúde tem promovido diversas campanhas educativas como parte do combate às doenças, incluindo blitz pela cidade e mutirões de orientação, reforçando informações cruciais sobre os cuidados a serem tomados, os sintomas e o tratamento das infecções. Contando com o apoio da Defesa Civil Municipal e da Polícia Militar, foram realizados bloqueios químicos em áreas identificadas como focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, com o objetivo de eliminar os criadouros e interromper a proliferação do vetor. Além disso, foi estabelecido um Atendimento Especial para casos de dengue no Centro de Saúde Tancredo Neves, visando oferecer cuidados médicos aos moradores que apresentarem sintomas da doença, como febre alta e dores no corpo. A união de esforços entre as autoridades locais, a comunidade e os recursos providos pelo Ministério da Saúde representa um passo crucial no enfrentamento dessas enfermidades, visando proteger a saúde e o bem-estar dos habitantes de Entre Rios de Minas.

Prefeitura realiza mutirão contra dengue no bairro Pires; 1378 imóveis foram vistoriados

A Prefeitura de Congonhas promoveu um grande mutirão de combate à Dengue, no bairro Pires. A iniciativa, denominada “Dia D contra a Dengue”, teve como objetivo intensificar as ações de prevenção e controle da doença.

Equipes de saúde, agentes de endemias, Defesa Civil e a equipe da Coleta Seletiva percorreram o bairro e realizaram atividades de conscientização, vistorias em imóveis e eliminação de focos do mosquito transmissor. No total, 1378 imóveis foram vistoriados.

Na ação foram recolhidos depósitos inservíveis de difícil descarte como garrafas, pneus, embalagens, baldes velhos e demais materiais que sirvam de depósito para água parada.
Na oportunidade, a população foi orientada a participar ativamente, mantendo seus quintais limpos e colaborando com as equipes durante as visitas domiciliares.


Por Letícia Tomaino / Fotos: SMS

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