FNEC 2023 apresentará a economia criativa como um dos caminhos para diversificar a economia de Congonhas

Além de demonstrar a importância do planejamento estratégico para o futuro de Congonhas, o evento mostrará para empreendedores como se destacarem em suas atividades e ainda oferecerá shows toda noite a quem for à Romaria.

O 5º Fórum de Negócios de Congonhas – FNEC 2023, realizado pela Prefeitura de Congonhas e gerido pela a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba (Adesiap), pretende despertar em todos a necessidade da diversificação econômica no município. Nos dias 22, 23 e 24 de novembro (quarta-feira a sexta), das 14 às 22 horas, a Romaria receberá palestras, workshops, atrações culturais e de lazer relacionados com a temática escolhida para esta edição – a economia criativa, que é um dos setores produtivos escolhidos por Congonhas para alcançar o desenvolvimento sustentável. As atividades e o conteúdo foram elaborados para atenderem ao interesse e necessidade de todos os participantes.

A expectativa é de que muitos negócios também sejam gerados pelos expositores de serviços e produtos de interesse das empresas locais durante o evento.

O FNEC 2023 – Congonhas Criativa conta com patrocínio da LGA Mineração e do Sicredi e apoio da Fundação Dom Cabral, Sebrae, UFSJ, Invest Minas, P7 Criativo, Unipac, IFMG, FAOP e Rede Elas.

A Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão e sua Superintendência de Desenvolvimento Econômico, busca explorar o potencial da Economia Criativa ao realizar o FNEC 2023 – Congonhas Criativa.  O evento faz parte de um portfólio de ações contidas na Política Municipal de Desenvolvimento Econômico. O município estabeleceu condições para desenvolvê-la, ao criar e implementar leis, decretos, o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (FMDE) – que tem como um de seus objetivos fomentar a  economia criativa. Futuramente será lançado o Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável de Congonhas.

“Agora, o Fórum convida lideranças, empresas, entidades e a sociedade de uma forma geral à ação, visando a um futuro promissor de Congonhas, independentemente de quando a atividade mineradora terá fim. Este ano, a estratégia de diversificação econômica escolhida pelo FNEC foi a economia criativa, que está ligada ao nosso potencial turístico, criativo, cultural, histórico, entre outros”, contextualiza o superintendente de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Congonhas, Geordane Silva.

Ele lembra ainda que o município terá de lançar mão de outros setores produtivos mais pujantes, a partir das oportunidades existentes, para gerar emprego e renda e manter elevada a arrecadação municipal no futuro.

Programação

No primeiro dia (22/11 – quarta-feira), o FNEC demonstrará para o público a necessidade de um plano estratégico governamental de desenvolvimento sustentável e a necessidade de os indivíduos se colocarem como parte das soluções. Quem for à Romaria acompanhará também a abertura oficial e um show musical. 

Às 14h, no Palco Principal, o ex-prefeito de Maringá-PR, Sívilo Barros, que desenvolveu durante seu mandato uma visão de longo prazo e atuou em vários cargos em governos Estaduais, ministrará a palestra “A economia criativa e o futuro de Congonhas”, direcionada para políticos e outras lideranças da cidade e região, ele abordará a importância de estruturar uma governança pública para gestão dos projetos para desenvolvimento da Economia Criativa.

Duas atividades apresentarão o conceito da economia Criativa e como tornar factíveis as potencialidades de Congonhas. O Workshop “Reconhecer os negócios e as indústrias da economia criativa para uma Congonhas criativa”, às 16h, no Espaço Desenvolvimento 01, conduzido pelo Dr. Magnus Emmendoerfer, professor da Universidade Federal de Viçosa e responsável pela gestão da Cátedra da Unesco para Políticas Públicas da América Latina, tem como objetivo ofertar conhecimento aos setores e empreendimentos da economia criativa, identificando suas potencialidades o oportunidades de negócio e desenvolvimento local e regional.

A palestra de Carolina Picoli, consultora especialista na criação e crescimento de negócios digitais, irá compartilhar conhecimentos essenciais sobre “Economia Criativa: Descubra o que é, as oportunidades e como você pode empreender nela”, às 14h, no Espaço Desenvolvimento 02. Empreendedores de startups e pequenas e médias empresas, profissionais de vendas e marketing terão a oportunidade de se capacitarem para que se sintam adaptados à constante evolução.

O Painel de Turismo “Turismo de experiência e suas oportunidades”, no Espaço Desenvolvimento 02, às 16h, contará com a participação da empresa de inteligência com propósito GKS, que elabora um planejamento em parceria com a Vale para criação novos roteiros baseados em turismo de experiências para Congonhas. Também haverá a participação dos empresários Floripes (que recebe visitantes para acompanharem sua produção de quitanda na Bombaça) e Harley (que realiza ações de experiência com os hóspedes da Pousada dos Inconfidentes). 

Já com inscrições encerradas, Leandro Karnal, renomado historiador e escritor, apresentará, às 19h, no Palco Principal, a provocativa palestra “Recriar, reinventar ou desaparecer”, que trata da participação do indivíduo na transformação da sociedade.

A banda Arautos do Rock se apresentará às 21h , no palco da Praça de Alimentação, encerrando as atividades do dia.

No segundo dia (23/11 – quinta-feira), o público experimentará atividades práticas, como duas palestras destinadas a impulsionar as vendas, outras duas sobre as habilidades e os empreendedores do futuro.   

Como o participante do FNEC ouviu no primeiro dia que precisa partir para a ação, a multiplicadora Lílian Álvares mostrará para ele quais serão as “Habilidades do futuro”, que é o nome da oficina das 14h, no Espaço Desenvolvimento 01.  Esta atividade está relacionada ao Programa “Ela Pode”, que tem o objetivo de apoiar as mulheres a conquistarem um emprego ou desenvolverem seu negócio próprio, principalmente aquelas que se encontram condição de vulnerabilidade. Em Congonhas, o “Ela Pode” será lançado em 2024 com a presença da multiplicadora.

No mesmo horário, só que no Espaço Desenvolvimento 02, Felipe Neffa, pós-graduado em administração de empresas e gestão de projetos com 14 anos de experiência em marketing e vendas, demonstrará “Como criar e gerir uma máquina de vendas sendo uma pequena empresa e tendo poucos recursos”.

Outra palestra relacionada ao tema será a da expert em comunicação, negociação e vendas, Carol Portilho,às 19h, no Palco Principal. Com “Inteligência Relacional nas vendas”, os participantes aprenderão a redefinir suas estratégias de comunicação e negociação.

Às 14h, haverá Oficina de Robótica da UNIPAC no Palco Principal, demonstrando que é possível ser criativo com o que se tem.

Como a economia criativa também abrange inovação e tecnologia, Miler Gazolla Corrêa de Sá, analista de promoção de investimentos da InvestMinas, ministrará a palestra “Descarbonização”, no Espaço Desenvolvimento, a partir das 15h.

“O Brasil possui grande potencial para reduzir a emissão de dióxido de carbono, partindo para novas matrizes energéticas, ao explorar fontes limpas de produção de energia. Como grandes empresas estão instaladas em nossa região, é possível produzir hidrogênio verde [fonte de energia sustentável de baixíssima emissão de carbono]. Isto porque, a atividade turística, mesmo que possa revolucionar a economia local, em comparação ao setor mínero-siderúrgico gera uma arrecadação bem menor, então precisamos de outra indústria de grande potencial para mantermos essa arrecadação alta”, explica Geordane Silva.

Alessandra Alkmim, vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas, compartilhará insights para impulsionar o empreendedorismo rumo ao futuro, com sua palestra “Empreendedores do futuro – Chegou a hora de decolar”, às 16h, no Palco Principal.

Nayara Bernardes, responsável pela Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, demonstrará em sua palestra “Como a criatividade poderá transformar o mundo”, a partir das 16h, no Espaço Desenvolvimento 01.

Às 17h, no Espaço Desenvolvimento 01, o Painel de Inovação contará com Inovap e Márcia Andrade, do P7 Criativo, para discutir que arranjos de política pública conseguem atrair a inovação para o território.

De 16h às 20h, o Espaço Desenvolvimento 02 receberá as primeiras quatro horas da oficina “Artes Cênicas: da ideia à ação”, com Leonardo Fernandes. A proposta é que, ao final de 8 horas de treinamento, os participantes tenham montado uma peça de teatro. A Lei Paulo Gustavo destina a Congonhas quase R$ 1 milhão para a produção cultural e 113 projetos participam do edital.

A cantora Mayara Rodrigues fará o show do segundo dia de evento, às 21h, no palco da Praça de Alimentação.

No terceiro dia (24/11 – sexta-feira), o FNEC 2023 – Congonhas criativa dará luz ao patrimônio histórico e cultural de Congonhas e homenageará a tradição das escolas de samba, que está sendo resgatadas na cidade.   

Outras experiências que demonstram que é possível ser criativo com o que se tem serão abordadas na Oficina de Robótica, da UFJS, a partir das 14h, no Palco Principal. 

A oficina “Patrimônio cultural, vínculos comunitários e geração de renda” será conduzida pela palestrante Maria Cristina no Espaço Desenvolvimento 02, a partir das 14h, para mostrar como alcançar a transformação social a partir deste patrimônio da cidade e do mundo.

Também às 14h, no Espaço Desenvolvimento 01, Ana da Cruz Alcântara, que acumulando entre outros cursos o de Gestão de Patrimônio Cultural com ênfase em Turismo e as experiências como secretária-executiva da Associação das Cidades Histórias de Minas Gerais e de proprietária da Analcantara Consultoria: Turismo, Patrimônio e Economia Criativa, ministrará a palestra “O Turismo Criativo como Alternativa para o Desenvolvimento Sustentável”.

 “Precisamos melhor utilizar os equipamentos culturais na geração de renda. Atualmente cuidamos muito bem dos nossos bens tombados, mas ainda falta educar a partir dele e gerar renda a prtir dele”, comenta Geordane Silva.

O minicurso “Economia Criativa para o fortalecimento do turismo”, Suzane Fernandes, diretora de Economia Criativa e Solidária da Prefeitura de Ouro Preto, irá demonstrar, a partir das 15h, no Espaço Desenvolvimento 02, como aproveitar o turismo de experiência, abordado no primeiro dia do FNEC 2023 – o teatro, a dança, a Semana Santa, o Carnaval e o Jubileu – para gerar emprego e renda.

“Resgate Cultural ‑ Pioneirismo no reconhecimento e valorização de mestres, saberes e fazeres”, será o tema da palestra de Maria Alice Braga, da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), às 15h, no Espaço Desenvolvimento 02.

A Prefeitura de Congonhas e a FAOP assinaram um Termo de Parceria para criarem, em breve, a Escola de Artes e Ofícios.

Às 17h, no Espaço Desenvolvimento 01, acontecerá a Palestra “Turismo Religioso”.

Às 16h, terá sequência a oficina “Artes Cênicas: da ideia à ação”, com Leonardo Fernandes, para as quatro horas finais, desta vez no Palco Principal.

De 18h às 19h, a Rede Elas apresentará a roda de conversa “Empreendedorismo Feminino”, no Espaço Desenvolvimento 02.

A palestra de encerramento do FNEC 2023 – Congonhas Criativa ficará por conta da empresária mineira produtora de doces, Mazé Lima, que compartilhará com o público sua experiência e determinação. “Desistir Não é Uma Opção”. Ela possui uma incrível trajetória, e revela em sua palestra os desafios superados até conquistar as prateleiras de renomados estabelecimentos do país e do exterior.

A última atração do Evento será a apresentação da Escola de Samba Casa Imperial da Rosa, que fez Congonhas reviver os tradicionais desfiles no Carnaval de 2023, com direito a um spoiler para 2024.

O grupo Samba de Casa fará uma homenagem ao Carnaval do passado, apresentando no Palco da Praça de Alimentação sambas-enredo que sempre estiveram na ponta da língua do congonhense. 

Passeio Cultural

No dia 24 (sexta-feira), o Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas (IHGCI) realizará um passeio cultural, das 14h às 16h, da Romaria ao Alto Maranhão. O passeio tem por objetivo ressaltar a importância histórica do Caminho Velho da Estrada Real entre o Distrito e a sede do município nesses mais de 330 anos em que ele é utilizado.

Ecoturismo

No dia 23 (quinta-feira), de 14 às 16h, acontecerá um passeio ecológico por trilhas de um bike park recém construído na região do Parque Ecológico da Cachoeira, que oferece várias opções de lazer para caminhada e mountain bike. Após passar por um trecho de mata fechada, os participantes terão a visão da segunda queda do balneário e também da pedra do caminhão, com um visual incrível e imponente na Serra do Pires. O objetivo é mostrar o potencial do ecoturismo em Congonhas, que se entrelaça com histórico e religioso.

Estandes

O FNEC 2023 – Congonhas Criativa procurou abrir espaço para diversos segmentos da economia, a fim de dar visibilidade a casos de sucesso locais que, a exemplo dos palestrantes e oficineiros, inspirem novos empreendedores e, assim, o município avance em seu objetivo de diversificar sua economia. Alguns dos 24 estandes serão ocupados por empreendedores que participarão pela primeira vez como expositores de um evento com estas características e abrangência. Outros por organizadores e parceiros.  

Em outros estarão equipamentos e programas da Prefeitura e de seus parceiros na realização do evento.

Estande Master “Visite Congonhas” apresentará experiências que demonstram que é possível ser criativo com o que se tem em uma cidade. Este é um espaço turístico com exposição de produtos artesanais e gastronômicos dos programas “Design do Artesanato” (com o lançamento de sua coleção) e “Primórdios da Cozinha Mineira”, este último criado pela Senac e adquirido pela Prefeitura de Congonhas. Nele, estará presente a Cozinha Show, em que o público poderá degustar quatro receitas novas feitas pelos instrutores Chef Geraldo Caleffi, Marcelle Cordeiro (Brigadeiros Gourmet) e Terezinha (Sothê Caramelle), entre eles o cubu com recheio de brigadeiro de molho verde finalizado com mousse de doce de leite, além do chá de congonha. 

Este estande também distribuirá materiais de divulgação do destino turístico Congonhas, além de oferecer experiências de passeios ecológicos com a utilização de óculos 3D.

O Estande da Superintendência de Desenvolvimento Econômico abrirá inscrições para os programas Avança Congonhas, TECPOP Minas (desenvolvido em parceria pela Superintendência de Desenvolvimento Econômico com o Governo de Minas), Coliga (desenvolvido em parceria  pela Sedas com a Fundação Roberto Marinho e apoio do QG da Inovação), que são capacitações destinadas a área da economia criativa. A Sala Mineira também estará presente neste estande.

A Feira Cores e Sabores, modalidade itinerante que potencializa a produção da economia criativa, também estará presente no FNEC 2023 – Congonhas Criativa.

Espaço de convivência

Neste espaço, as pessoas poderão interagir de maneira mais descontraída enquanto apreciam uma comidinha ou bebidas locais. Serão servidos pratos com referência da culinária mineira.

Espaço Kids

O “Espaço Kids”, destinado a crianças de todas as idades, irá oferecer diversos brinquedos, como forma de promover integração e socialização entre o público infantil presente ao Fórum.

Adesiap

Gestora do 5º Fórum de Negócios de Congonhas – FNEC 2023, a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba atua há 20 anos, sempre comprometida com o desenvolvimento sustentável dos territórios. Por meio de um sistema de governança integrado, apartidário e intersetorial, busca impactar positivamente a vida das pessoas. Com um corpo técnico qualificado, a Adesiap coopera para o sucesso do FNEC 2023 – Congonhas Criativa e trabalha para, juntamente com o realizador – a Prefeitura de Congonhas – e parceiros, fazer desse evento um marco de desenvolvimento econômico e social para o município e toda a região.

Toda a programação do FNEC é gratuita, mas atenção, as vagas são limitadas. O credenciamento é feito no site oficial do evento www.fnec.com.br pelo link: https://www.hbatools.com.br/forum-de-negocios-de-congonhas__1498

FNEC 2023 apresentará a economia criativa como um dos caminhos para diversificar a economia de Congonhas

Além de demonstrar a importância do planejamento estratégico para o futuro de Congonhas, o evento mostrará para empreendedores como se destacarem em suas atividades e ainda oferecerá shows toda noite a quem for à Romaria.

O 5º Fórum de Negócios de Congonhas – FNEC 2023, realizado pela Prefeitura de Congonhas e gerido pela a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba (Adesiap), pretende despertar em todos a necessidade da diversificação econômica no município. Nos dias 22, 23 e 24 de novembro (quarta-feira a sexta), das 14 às 22 horas, a Romaria receberá palestras, workshops, atrações culturais e de lazer relacionados com a temática escolhida para esta edição – a economia criativa, que é um dos setores produtivos escolhidos por Congonhas para alcançar o desenvolvimento sustentável. As atividades e o conteúdo foram elaborados para atenderem ao interesse e necessidade de todos os participantes.

A expectativa é de que muitos negócios também sejam gerados pelos expositores de serviços e produtos de interesse das empresas locais durante o evento.

O FNEC 2023 – Congonhas Criativa conta com patrocínio da LGA Mineração e do Sicredi e apoio da Fundação Dom Cabral, Sebrae, UFSJ, Invest Minas, P7 Criativo, Unipac, IFMG, FAOP e Rede Elas.

A Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão e sua Superintendência de Desenvolvimento Econômico, busca explorar o potencial da Economia Criativa ao realizar o FNEC 2023 – Congonhas Criativa.  O evento faz parte de um portfólio de ações contidas na Política Municipal de Desenvolvimento Econômico. O município estabeleceu condições para desenvolvê-la, ao criar e implementar leis, decretos, o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (FMDE) – que tem como um de seus objetivos fomentar a  economia criativa. Futuramente será lançado o Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável de Congonhas.

“Agora, o Fórum convida lideranças, empresas, entidades e a sociedade de uma forma geral à ação, visando a um futuro promissor de Congonhas, independentemente de quando a atividade mineradora terá fim. Este ano, a estratégia de diversificação econômica escolhida pelo FNEC foi a economia criativa, que está ligada ao nosso potencial turístico, criativo, cultural, histórico, entre outros”, contextualiza o superintendente de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Congonhas, Geordane Silva.

Ele lembra ainda que o município terá de lançar mão de outros setores produtivos mais pujantes, a partir das oportunidades existentes, para gerar emprego e renda e manter elevada a arrecadação municipal no futuro.

Programação

No primeiro dia (22/11 – quarta-feira), o FNEC demonstrará para o público a necessidade de um plano estratégico governamental de desenvolvimento sustentável e a necessidade de os indivíduos se colocarem como parte das soluções. Quem for à Romaria acompanhará também a abertura oficial e um show musical. 

Às 14h, no Palco Principal, o ex-prefeito de Maringá-PR, Sívilo Barros, que desenvolveu durante seu mandato uma visão de longo prazo e atuou em vários cargos em governos Estaduais, ministrará a palestra “A economia criativa e o futuro de Congonhas”, direcionada para políticos e outras lideranças da cidade e região, ele abordará a importância de estruturar uma governança pública para gestão dos projetos para desenvolvimento da Economia Criativa.

Duas atividades apresentarão o conceito da economia Criativa e como tornar factíveis as potencialidades de Congonhas. O Workshop “Reconhecer os negócios e as indústrias da economia criativa para uma Congonhas criativa”, às 16h, no Espaço Desenvolvimento 01, conduzido pelo Dr. Magnus Emmendoerfer, professor da Universidade Federal de Viçosa e responsável pela gestão da Cátedra da Unesco para Políticas Públicas da América Latina, tem como objetivo ofertar conhecimento aos setores e empreendimentos da economia criativa, identificando suas potencialidades o oportunidades de negócio e desenvolvimento local e regional.

A palestra de Carolina Picoli, consultora especialista na criação e crescimento de negócios digitais, irá compartilhar conhecimentos essenciais sobre “Economia Criativa: Descubra o que é, as oportunidades e como você pode empreender nela”, às 14h, no Espaço Desenvolvimento 02. Empreendedores de startups e pequenas e médias empresas, profissionais de vendas e marketing terão a oportunidade de se capacitarem para que se sintam adaptados à constante evolução.

O Painel de Turismo “Turismo de experiência e suas oportunidades”, no Espaço Desenvolvimento 02, às 16h, contará com a participação da empresa de inteligência com propósito GKS, que elabora um planejamento em parceria com a Vale para criação novos roteiros baseados em turismo de experiências para Congonhas. Também haverá a participação dos empresários Floripes (que recebe visitantes para acompanharem sua produção de quitanda na Bombaça) e Harley (que realiza ações de experiência com os hóspedes da Pousada dos Inconfidentes). 

Já com inscrições encerradas, Leandro Karnal, renomado historiador e escritor, apresentará, às 19h, no Palco Principal, a provocativa palestra “Recriar, reinventar ou desaparecer”, que trata da participação do indivíduo na transformação da sociedade.

A banda Arautos do Rock se apresentará às 21h , no palco da Praça de Alimentação, encerrando as atividades do dia.

No segundo dia (23/11 – quinta-feira), o público experimentará atividades práticas, como duas palestras destinadas a impulsionar as vendas, outras duas sobre as habilidades e os empreendedores do futuro.   

Como o participante do FNEC ouviu no primeiro dia que precisa partir para a ação, a multiplicadora Lílian Álvares mostrará para ele quais serão as “Habilidades do futuro”, que é o nome da oficina das 14h, no Espaço Desenvolvimento 01.  Esta atividade está relacionada ao Programa “Ela Pode”, que tem o objetivo de apoiar as mulheres a conquistarem um emprego ou desenvolverem seu negócio próprio, principalmente aquelas que se encontram condição de vulnerabilidade. Em Congonhas, o “Ela Pode” será lançado em 2024 com a presença da multiplicadora.

No mesmo horário, só que no Espaço Desenvolvimento 02, Felipe Neffa, pós-graduado em administração de empresas e gestão de projetos com 14 anos de experiência em marketing e vendas, demonstrará “Como criar e gerir uma máquina de vendas sendo uma pequena empresa e tendo poucos recursos”.

Outra palestra relacionada ao tema será a da expert em comunicação, negociação e vendas, Carol Portilho,às 19h, no Palco Principal. Com “Inteligência Relacional nas vendas”, os participantes aprenderão a redefinir suas estratégias de comunicação e negociação.

Às 14h, haverá Oficina de Robótica da UNIPAC no Palco Principal, demonstrando que é possível ser criativo com o que se tem.

Como a economia criativa também abrange inovação e tecnologia, Miler Gazolla Corrêa de Sá, analista de promoção de investimentos da InvestMinas, ministrará a palestra “Descarbonização”, no Espaço Desenvolvimento, a partir das 15h.

“O Brasil possui grande potencial para reduzir a emissão de dióxido de carbono, partindo para novas matrizes energéticas, ao explorar fontes limpas de produção de energia. Como grandes empresas estão instaladas em nossa região, é possível produzir hidrogênio verde [fonte de energia sustentável de baixíssima emissão de carbono]. Isto porque, a atividade turística, mesmo que possa revolucionar a economia local, em comparação ao setor mínero-siderúrgico gera uma arrecadação bem menor, então precisamos de outra indústria de grande potencial para mantermos essa arrecadação alta”, explica Geordane Silva.

Alessandra Alkmim, vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas, compartilhará insights para impulsionar o empreendedorismo rumo ao futuro, com sua palestra “Empreendedores do futuro – Chegou a hora de decolar”, às 16h, no Palco Principal.

Nayara Bernardes, responsável pela Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, demonstrará em sua palestra “Como a criatividade poderá transformar o mundo”, a partir das 16h, no Espaço Desenvolvimento 01.

Às 17h, no Espaço Desenvolvimento 01, o Painel de Inovação contará com Inovap e Márcia Andrade, do P7 Criativo, para discutir que arranjos de política pública conseguem atrair a inovação para o território.

De 16h às 20h, o Espaço Desenvolvimento 02 receberá as primeiras quatro horas da oficina “Artes Cênicas: da ideia à ação”, com Leonardo Fernandes. A proposta é que, ao final de 8 horas de treinamento, os participantes tenham montado uma peça de teatro. A Lei Paulo Gustavo destina a Congonhas quase R$ 1 milhão para a produção cultural e 113 projetos participam do edital.

A cantora Mayara Rodrigues fará o show do segundo dia de evento, às 21h, no palco da Praça de Alimentação.

No terceiro dia (24/11 – sexta-feira), o FNEC 2023 – Congonhas criativa dará luz ao patrimônio histórico e cultural de Congonhas e homenageará a tradição das escolas de samba, que está sendo resgatadas na cidade.   

Outras experiências que demonstram que é possível ser criativo com o que se tem serão abordadas na Oficina de Robótica, da UFJS, a partir das 14h, no Palco Principal. 

A oficina “Patrimônio cultural, vínculos comunitários e geração de renda” será conduzida pela palestrante Maria Cristina no Espaço Desenvolvimento 02, a partir das 14h, para mostrar como alcançar a transformação social a partir deste patrimônio da cidade e do mundo.

Também às 14h, no Espaço Desenvolvimento 01, Ana da Cruz Alcântara, que acumulando entre outros cursos o de Gestão de Patrimônio Cultural com ênfase em Turismo e as experiências como secretária-executiva da Associação das Cidades Histórias de Minas Gerais e de proprietária da Analcantara Consultoria: Turismo, Patrimônio e Economia Criativa, ministrará a palestra “O Turismo Criativo como Alternativa para o Desenvolvimento Sustentável”.

 “Precisamos melhor utilizar os equipamentos culturais na geração de renda. Atualmente cuidamos muito bem dos nossos bens tombados, mas ainda falta educar a partir dele e gerar renda a prtir dele”, comenta Geordane Silva.

O minicurso “Economia Criativa para o fortalecimento do turismo”, Suzane Fernandes, diretora de Economia Criativa e Solidária da Prefeitura de Ouro Preto, irá demonstrar, a partir das 15h, no Espaço Desenvolvimento 02, como aproveitar o turismo de experiência, abordado no primeiro dia do FNEC 2023 – o teatro, a dança, a Semana Santa, o Carnaval e o Jubileu – para gerar emprego e renda.

“Resgate Cultural ‑ Pioneirismo no reconhecimento e valorização de mestres, saberes e fazeres”, será o tema da palestra de Maria Alice Braga, da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), às 15h, no Espaço Desenvolvimento 02.

A Prefeitura de Congonhas e a FAOP assinaram um Termo de Parceria para criarem, em breve, a Escola de Artes e Ofícios.

Às 17h, no Espaço Desenvolvimento 01, acontecerá a Palestra “Turismo Religioso”.

Às 16h, terá sequência a oficina “Artes Cênicas: da ideia à ação”, com Leonardo Fernandes, para as quatro horas finais, desta vez no Palco Principal.

De 18h às 19h, a Rede Elas apresentará a roda de conversa “Empreendedorismo Feminino”, no Espaço Desenvolvimento 02.

A palestra de encerramento do FNEC 2023 – Congonhas Criativa ficará por conta da empresária mineira produtora de doces, Mazé Lima, que compartilhará com o público sua experiência e determinação. “Desistir Não é Uma Opção”. Ela possui uma incrível trajetória, e revela em sua palestra os desafios superados até conquistar as prateleiras de renomados estabelecimentos do país e do exterior.

A última atração do Evento será a apresentação da Escola de Samba Casa Imperial da Rosa, que fez Congonhas reviver os tradicionais desfiles no Carnaval de 2023, com direito a um spoiler para 2024.

O grupo Samba de Casa fará uma homenagem ao Carnaval do passado, apresentando no Palco da Praça de Alimentação sambas-enredo que sempre estiveram na ponta da língua do congonhense. 

Passeio Cultural

No dia 24 (sexta-feira), o Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas (IHGCI) realizará um passeio cultural, das 14h às 16h, da Romaria ao Alto Maranhão. O passeio tem por objetivo ressaltar a importância histórica do Caminho Velho da Estrada Real entre o Distrito e a sede do município nesses mais de 330 anos em que ele é utilizado.

Ecoturismo

No dia 23 (quinta-feira), de 14 às 16h, acontecerá um passeio ecológico por trilhas de um bike park recém construído na região do Parque Ecológico da Cachoeira, que oferece várias opções de lazer para caminhada e mountain bike. Após passar por um trecho de mata fechada, os participantes terão a visão da segunda queda do balneário e também da pedra do caminhão, com um visual incrível e imponente na Serra do Pires. O objetivo é mostrar o potencial do ecoturismo em Congonhas, que se entrelaça com histórico e religioso.

Estandes

O FNEC 2023 – Congonhas Criativa procurou abrir espaço para diversos segmentos da economia, a fim de dar visibilidade a casos de sucesso locais que, a exemplo dos palestrantes e oficineiros, inspirem novos empreendedores e, assim, o município avance em seu objetivo de diversificar sua economia. Alguns dos 24 estandes serão ocupados por empreendedores que participarão pela primeira vez como expositores de um evento com estas características e abrangência. Outros por organizadores e parceiros.  

Em outros estarão equipamentos e programas da Prefeitura e de seus parceiros na realização do evento.

Estande Master “Visite Congonhas” apresentará experiências que demonstram que é possível ser criativo com o que se tem em uma cidade. Este é um espaço turístico com exposição de produtos artesanais e gastronômicos dos programas “Design do Artesanato” (com o lançamento de sua coleção) e “Primórdios da Cozinha Mineira”, este último criado pela Senac e adquirido pela Prefeitura de Congonhas. Nele, estará presente a Cozinha Show, em que o público poderá degustar quatro receitas novas feitas pelos instrutores Chef Geraldo Caleffi, Marcelle Cordeiro (Brigadeiros Gourmet) e Terezinha (Sothê Caramelle), entre eles o cubu com recheio de brigadeiro de molho verde finalizado com mousse de doce de leite, além do chá de congonha. 

Este estande também distribuirá materiais de divulgação do destino turístico Congonhas, além de oferecer experiências de passeios ecológicos com a utilização de óculos 3D.

O Estande da Superintendência de Desenvolvimento Econômico abrirá inscrições para os programas Avança Congonhas, TECPOP Minas (desenvolvido em parceria pela Superintendência de Desenvolvimento Econômico com o Governo de Minas), Coliga (desenvolvido em parceria  pela Sedas com a Fundação Roberto Marinho e apoio do QG da Inovação), que são capacitações destinadas a área da economia criativa. A Sala Mineira também estará presente neste estande.

A Feira Cores e Sabores, modalidade itinerante que potencializa a produção da economia criativa, também estará presente no FNEC 2023 – Congonhas Criativa.

Espaço de convivência

Neste espaço, as pessoas poderão interagir de maneira mais descontraída enquanto apreciam uma comidinha ou bebidas locais. Serão servidos pratos com referência da culinária mineira.

Espaço Kids

O “Espaço Kids”, destinado a crianças de todas as idades, irá oferecer diversos brinquedos, como forma de promover integração e socialização entre o público infantil presente ao Fórum.

Adesiap

Gestora do 5º Fórum de Negócios de Congonhas – FNEC 2023, a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba atua há 20 anos, sempre comprometida com o desenvolvimento sustentável dos territórios. Por meio de um sistema de governança integrado, apartidário e intersetorial, busca impactar positivamente a vida das pessoas. Com um corpo técnico qualificado, a Adesiap coopera para o sucesso do FNEC 2023 – Congonhas Criativa e trabalha para, juntamente com o realizador – a Prefeitura de Congonhas – e parceiros, fazer desse evento um marco de desenvolvimento econômico e social para o município e toda a região.

Toda a programação do FNEC é gratuita, mas atenção, as vagas são limitadas. O credenciamento é feito no site oficial do evento www.fnec.com.br pelo link: https://www.hbatools.com.br/forum-de-negocios-de-congonhas__1498

Segunda edição do Fórum Regional de Diversificação Econômica irá propor caminhos para o desenvolvimento a partir da vocação local

Após iniciar, em 2022, discussões sobre a nova economia, o meio empresarial e as instituições que o representam irão propor alternativas econômicas que garantam a independência das cidades em relação ao setor mínero-siderúrgico.     

O 2º Fórum Regional de Diversificação Econômica, que será realizado nestas quinta e sexta-feira (22 e 23 de junho), de 8h às 18h, na Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL), promoverá discussões e debates que apresentem propostas práticas aos municípios mineradores para que estes consigam romper com a dependência econômica do setor mínero-siderúrgico, que perdura desde o século 18. ​ O evento reunirá lideranças empresariais e comunitárias, gestores públicos municipais e estaduais, representantes de empresas mineradoras, ONGs, agentes de desenvolvimento regional e outros atores-chave do território que abrange 11 municípios de Minas Gerais: Mariana, Itabirito, Ouro Preto, Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Catas Altas, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Conceição do Mato Dentro e Nova Lima. As próximas edições poderão contar com outras cidades que tenham as mesmas características destas.

As mudanças cada vez mais rápidas e profundas como os comportamentos de consumo, as relações de trabalho e as formas de se empreender têm causado impactos sensíveis sobre a geração de trabalho, emprego e renda na região.

“Como o Fórum possui abrangência regional, a tendência natural é que outras cidades venham a aderir a este movimento, já que a ação é de interesse estratégico de todos os municípios mineradores de Minas Gerais. Isto porque eles sabem que, em algum momento, haverá exaustão das minas. O que pode ocorrer em oito ou dez anos, como será o caso de Itabira, ou em 150 ou 200 anos, em outras cidades. Há a possibilidade de haver também declínio do valor da commodity, porque o minério pode se tornar desinteressante, especialmente o de baixo teor de ferro”, explica Gilmar Barboza, diretor da FORWARD Consultoria e consultor técnico do Fórum Regional de Diversificação Econômica. 

 “Nesta região do Estado, há uma grande dependência das grandes empresas que estão vinculadas à exploração de commodities minerais ou à siderurgia (commodity metálica). Estas companhias estão inseridas em mercados voláteis e que tendem à exaustão. Então nada mais inteligente do que as instituições de representação empresarial buscarem alternativas econômicas de maneira coletiva e proativa, para que os pequenos negócios, que correspondem ao maior contingente de empresas e empregos gerados nos municípios, contribuam para geração de impostos”, contextualiza o diretor da FORWARD Consultoria.

Gilmar Barbosa afirma ainda que, atualmente, o contexto socioeconômico em que as cidades mineradoras estão inseridas é altamente favorável à constituição de uma rede de cooperação interinstitucional, capaz de atuar, de forma coordenada, pela diversificação econômica regional, desde que se adotem estratégias inovadoras, sustentáveis e perenes de diversificação econômica, criando, assim, um modelo de atuação articulado entre os atores do processo de desenvolvimento socioeconômico. l

Fórum propositivo

Enquanto o 1º Fórum Regional de Diversificação Econômica, realizado em Ouro Preto em 2022, teve caráter conceitual e reflexivo, com a introdução de discussões sobre o turismo e o agronegócio de maneira genérica, a segunda edição irá propor ações práticas nestes e em outros setores produtivos sobre temas como Economia Criativa, Indicações Geográficas (registro conferido a produtos ou serviços característicos de um lugar, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria), Elementos Estruturantes do Desenvolvimento Econômico, Requisitos para Atração de Investimentos, Agroinovação e Cooperativismo. Também serão apresentados cases e realizadas oficinas Técnicas.

Os municípios envolvidos no Fórum Regional de Diversificação Econômica possuem vocação para desenvolverem produtos de alto valor agregado. Bons exemplos são o queijo de Conceição do Mato Dentro; os licores, compotas e doces de Ouro Preto; e o mel de Santa Bárbara e região. Segundo Gilmar Barboza, há uma série de produtos agrícolas que se conectam com o tema Indicações Geográficas, considerado o Santo Graal do desenvolvimento econômico, porque representa agregação de valor aos produtos, ganho significativo de mercados, possui componentes de governança, associativismo e combate a ‘falsificação e pirataria’ de produtos de natureza agrícola. O consultor técnico do Fórum afirma que “esta região de Minas possui inclinação natural para o agronegócio de alto valor agregado e para o turismo de experiências, que também se conecta com as indicações geográficas, porque as pessoas têm muito interesse em saber como um queijo, mel, própolis, apitoxinina, por exemplo, são concebidos. Os visitantes, em geral, demonstram interesse pela gastronomia, modos e costumes locais. E o melhor de tudo é que, a exemplo das indicações geográficas, o turismo de experiências se vincula à nova economia, aos empregos do futuro”. 

O 2º Fórum Regional de Diversificação Econômica é realizado pelas Associações Comerciais e CDLs das cidades envolvidas e tem o patrocínio da Cedro Mineração, Samarco, Vale, Sicredi Integração RS/MG, e Contad Contabilidade. Apoiam a iniciativa a Fundação Renova, Federaminas (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais.), FCDL MG (Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas), Governo do Estado de Minas Gerais, Invest Minas (Agência de promoção de investimento e comércio exterior de Minas Gerais), ADOP (Agência de Desenvolvimento de Ouro Preto), Sebrae MG (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), UFV (Universidade Federal de Viçosa), FDCL (Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete), Bloom Consulting, Mastermind e Minas Platinum – Hotel e Convention. A gestão é feita pela Adesiap (Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba).

Protagonismo

Até então, o que se percebe nesta região de Minas é que esse protagonismo na busca pelo desenvolvimento é exercido pelos poderes públicos constituídos e quase sempre com resultados questionáveis.

Um diferencial do Fórum de Diversificação Econômica é que o protagonismo é do meio empresarial que juntamente com o terceiro setor vão ser os principais agentes na busca por alternativas para se obter um cenário econômico melhor.

Este posicionamento, no entanto, não significa a exclusão do poder público do processo, tanto é que há excelentes vínculos de seus organizadores com o Governo do Estado de Minas e outros agentes públicos, como explica o anfitrião do Fórum, Amarildo Pereira: “Temos hoje grande participação do Governo de Minas, principalmente das secretarias de Estado de Cultura e Turismo e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Já na primeira edição Fórum estas secretarias se fizeram representar e agora estão ainda mais envolvidas, não só na cerimônia de abertura, com representantes das pastas, mas também com suas equipes apresentando as possibilidades de parceria com os empresários e as cidades. Isso só reforça nossa responsabilidade em continuar discutindo esse assunto que é tão importante para nosso estado”.

Fundo Soberano

O Fórum Regional de Diversificação Econômica propõe a criação de um Fundo Soberano, inspirado no da Noruega, que é uma das maiores produtoras de petróleo do Mundo, lançado no início dos anos 2000. Como as commodities minerais são exauríveis e possuem preços voláteis, aquele país constituiu o fundo para gerar um bolsão de proteção ao tema do desenvolvimento em âmbito nacional. No Brasil, municípios como Niterói-RJ, Campos dos Goytacazes-RJ e Conceição do Mato Dentro-MG instituíram modelos semelhantes conceitualmente ao da Noruega. 

“Atualmente, parte do ICMS e do IPI, por exemplo, retornam ao caixa do município por meio das transferências obrigatórias dos governos Federal e Estadual. Queremos com a consagração dos fundos soberanos que parte desta poupança seja destinada ao financiamento do desenvolvimento local e precisamos de um modelo que seja gestado e gerido mais pela sociedade e menos pelo poder público, porque este último não tem, de modo geral, feito uso adequado dos recursos. A elevação de produtos locais à condição de indicação geográfica pode ser viabilizada com estes recursos, por exemplo. Nossa região possui o pastel de angu de Itabirito, a pedra-sabão de Ouro Preto, o mel de Santa Bárbara, o vinho de jabuticaba de Castas Altas, entre outros produtos que podem chegar a este status de diferenciação e destaque”, exemplifica Gilmar Barboza. 

Inteligência de dados

Outra ferramenta que o Fórum Regional de Diversificação Econômica propõe é a inteligência de dados. Gilmar Barboza explica que “cada um tem a sua percepção de desenvolvimento. E é possível que, por isso, cada setor seja reforçado ou negligenciado por causa dessas percepções intuitivas. Quando reunimos às experiências das pessoas informações de inteligência de dados para tomada de decisão, conseguimos nos balizar por melhores referências. Um bom exemplo do uso da ciência de dados pode ser representado pela permanência ou perda de jovens que deslocam para outras regiões à procura de trabalho e educação de melhor qualidade. Isto porque perder jovens significa perder o extrato social mais importante da transformação de uma sociedade, sua capacidade criativa e laboral. Outro exemplo refere-se aos comportamentos de consumo, se produtos e serviços locais são valorizados pelos moradores, bem como se as pessoas compram mais pela internet ou no mercado tradicional de forma presencial. Com estas informações, as tomadas de decisão sobre propostas de políticas de interesse público se tornam muito mais fáceis”, exemplifica. 

Outro aspecto da Inteligência de Dados que começará a ser descortinado nesta segunda edição do Fórum Regional de Diversificação Econômica é o momento já vivenciado por algumas cidades mineradoras, quando começa o declínio do ciclo da arrecadação de impostos e da compensação financeira pela extração mineral, enquanto as despesas públicas se mantêm ou continuam a crescer. 

Palestras

Vários conteúdos do Fórum se conectam. A palestra Indicações Geográficas (IGs)“A nova fronteira do Desenvolvimento Econômico”, que será ministrada por Anselmo Buss, do Instituto Inovates, abordará todo este imenso potencial produtivo que esta região possui. Apesar de moroso, podendo demorar de dois a cinco anos para apresentar os primeiros resultados, o processo poderá culminar em resultados consideráveis. Minas Gerais possui exemplos clássicos de produtos que foram reconhecidos por meio das indicações geográficas e atingiram condições privilegiadas no mercado, como a cachaça de Salinas, o queijo do Serro e o queijo Canastra.

Gilmar Barbosa tratará de Inteligência de Dados, durante a Palestra ‘’Elementos Estruturantes do Desenvolvimento Econômico’’, quando irá demonstrar a situação potencialmente de risco que os municípios mineradores enfrentam ao se apropriarem das benesses dos royalties e da CEFEM, sem criar novas alternativas econômicas para os períodos de vacas magras. 

Joãozinho Leite, presidente da Cooperativa Sicoob Sarom e presidente da Associação Mineira dos Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo), da Serra da Canastra, irá ministrar a palestra “Cooperativismo como Agente de Desenvolvimento Local’’, apresentando um exemplo de grande significado econômico de um município – São Roque de Minas – que, há pouco mais de 25 anos, encontrava-se em plena condição de depressão econômica e que agora surge como um dos municípios mais promissores do estado, em função da sua matriz econômica. 

Essencial que o 2º Fórum Regional de Diversificação Econômica conte com um quórum qualificado, com a inteligência coletiva que apontará as melhores soluções, para que propostas e ideias promissoras possam se materializar. Esta é uma iniciativa do terceiro setor da qual precisam participar de forma ostensiva os empresários, educadores, líderes comunitários e representantes do poder público para que se estabeleça uma boa reflexão sobre o tema. 

O anfitrião do evento, Amarildo Pereira, lembra que “o Fórum Regional de Diversificação Econômica surgiu da identificação da falta de participação da iniciativa privada e de suas instituições representativas na discussão do futuro de nossas cidades e da região. Também importante frisar que, em algumas cidades, esse assunto sequer tem sido discutido, mesmo sendo tão importante e urgente”, e complementa: “Não podemos sempre esperar que o poder público seja o responsável pelas mudanças, é responsabilidade de todos discutir juntos nosso futuro e como queremos que nossas cidades se desenvolvam, como também onde o dinheiro que se arrecada com a mineração é investido”.

Confira a programação completa: https://www.forumregionalmg.com.br/events/2-forum-regional-de-diversificacao-economica

Serviço:

INSCRIÇÕES DO PÚBLICO: ENCERRAM DIA 20/06 – https://www.forumregionalmg.com.br/events/2-forum-regional-de-diversificacao-economica

LOCAL DO EVENTO: Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete – FDCL.

ENDEREÇO: Rua Lopes Franco, 1001 bl. C/D
Carijós – Conselheiro Lafaiete.

DATA / HORÁRIO: 22 e 23/06/2023 – 8h às 18h.

ABRANGÊNCIA DO EVENTO: 11 municípios.

PÚBLICO ESTIMADO: 200 participantes.

PERFIL DO PÚBLICO: Empresários associados às ACES, CDLS, Sindicatos patronais do comércio, autoridades e membros do governo do estado de Minas Gerais e Municipais, representantes de instituições de ensino e de outras instituições diretamente relacionadas ao tema de Diversificação e Desenvolvimento Econômico.

ENTRADA: gratuita.

*O atendimento à imprensa terá início às 7h.   

ASSESSORIA DE IMPRENSA (REVERBERAAA COMUNICAÇÃO!!!):

Márcio Elias Gomes Martins – (31) 9 8748-4944.

Alisson Ferreira Freire – (31) 9 9848-5663.

Diversificação da economia para reduzir a dependência da mineração é foco da nova secretária em Congonhas

 Prefeito Zelinho se reuniu com a nova secretária, diretores e o então interino da pasta, Sandro Cordeiro, atual secretário de Administração.

Em entrevista ao site da Prefeitura de Congonhas, Wivianni fala de suas expectativas e desafios ao assumir a pasta:

 

Como você avalia a possibilidade de atuar em um cargo com frentes importantes de trabalho como este?

Wivianni Manso – Fiquei muito lisonjeada com o convite do prefeito Zelinho, afinal de contas, trabalhamos muitos anos à frente da Agência de Desenvolvimento de Congonhas e antes estudei muito para atuar nesta área. Ao assumir a pasta e começar a acompanhar de perto os trabalhos que são realizados por ela, minha visão é de que o trabalho está muito bem encaminhado até o momento. Cada Diretoria tem atuado para o desenvolvimento de Congonhas, sempre buscando vencer os entraves burocráticos e econômicos que existem em qualquer lugar, e nem sempre esta tarefa é tão simples de ser desempenhada. Os resultados são alcançados em médio e longo prazos. Não se consegue mudar nada de uma forma duradoura e sustentável da noite para o dia. E estamos aqui para dar continuidade a este trabalho, de desenvolver outros potenciais econômicos de Congonhas, de modo que aqui deixe de ser somente uma cidade mineradora.

 

Congonhas_MG, 30 de agosto de 2018
Fotos na mina casa de pedra da CSN.
Foto: Marcus Desimoni / NITRO

Por falar na atividade mineraria, como administrar a relação conflituosa economia/meio ambiente?

Wivianni Manso – Muito difícil imaginar uma atividade econômica que não possua pontos de conflito com o meio ambiente. O caminho que acredito que Congonhas já está percorrendo é o de desenvolver políticas públicas para minimizar os impactos negativos desta relação.

 

Imagem de arquivo.

Que papel tem a inovação e a tecnologia neste processo de diversificação?

Wivianni Manso – Com a mudança no conceito da pasta [em 2017], a Secretaria criou a Diretoria de Inovação, Tecnologia e Novos Negócios, responsável por desenvolver a Política Municipal de Estímulo ao Empreendedorismo Digital e ao Desenvolvimento de Startups e Empresas de Inovação e Base Tecnológica em Congonhas, reunindo poder público, meio acadêmico, escolas públicas empresas, entre outros, em um ecossistema de inovação, que tem como ponto de apoio o QG da Inovação. Este é um investimento no futuro, mas também no presente, temos de fazer despertar quem não percebeu isso ainda. Vejo que Congonhas já é uma cidade pronta para prosperar, de forma sustentável.

 

Imagem de arquivo.

A diversificação está também no campo, não é?

Wivianni Manso – Sim. O Governo Municipal, por meio desta Secretaria e de sua Diretoria de Desenvolvimento Rural, criou o Mercado do Produtor Rural, que começou timidamente como qualquer outro começa. Atualmente há ainda produtores da região que expõem seus produtos lá, o que é normal. Mas, a cada dia, o Município produz mais alimentos, e isto é fruto do incentivo à diversificação da oferta de gêneros alimentícios e, é claro, da batalha do homem do campo. Já somos auto-suficientes em folhosas. Importante dizer também que estamos retornando à tendência da produção de verduras e legumes sem agrotóxicos e Congonhas tem contribuído para isso.  Contamos ainda com grande produção de peixes, alho, milho, exportamos até carne de carneiro e batata. Tudo isso gera emprego.

 

Imagem de aqruivo.

Mas a grande geradora de emprego deverá ser por muito tempo ainda a mineração. Apesar de estar chegando agora, você já se informou se houve grande queda no número de vagas de trabalho durante a pandemia neste setor?

Wivianni Manso – Nosso SINE Congonhas não está percebendo grande impacto negativo da Covid-19 sobre a oferta de vagas de trabalho na área da mineração.  Mas isto se deve também ao trabalho do setor de intermediação de mão de obra do SINE, que tem tomado a dianteira no processo da relação com as empresas, convencendo-as a utilizar nossos serviços.

 

Qual a colaboração de sua pasta ao comércio?

Wivianni Manso – A Sala Minera, vinculada à Diretoria de Indústria e Comércio, oferece a formalização ao MEI e, com isso, os, até então empreendedores informais, ganham direito de venda e compra de produtos e serviços e passamos a recolher DAS, que é a contribuição do INSS. A Junta Comercial de Minas Gerais, em parceria com a Prefeitura, oferece suporte a contadores, ao realiza consulta de viabilidade para checar se a atividade em questão pode ser aberta no endereço solicitado. Esta Diretoria também sempre está em contato com comerciantes, oferecendo oportunidades de qualificação para eles e seus funcionários, participando de campanhas de vendas e contribuindo na solução de problemas quando eles surgem.

 

Como turismóloga, que análise você faz do atual estágio do setor até antes da pandemia?

Wivianni Manso – Nós ainda não chegamos ao ponto de tirarmos o necessário proveito do potencial turístico de Congonhas. Que consigamos respeitar esta nossa grande vocação turística cultural, religiosa, natural, rural, ecológica e para o turismo de negócios principalmente, porque estamos estrategicamente muito bem localizados. Mas os esforços que o Município precisava fazer para fomentar esta atividade estão acontecendo, que é a preservação de seus sítios históricos, tanto que Congonhas que se transformou em referência para o Iphan na área de captação de recurso e execução das ações voltadas para o patrimônio histórico, o que evitou que eles seguissem em processo de degradação e, ao contrário, se valorizassem. No mesmo sentido, a requalificação da área de ambiência histórica, como é o caso do Centro da cidade, valoriza todo nosso patrimônio e propicia mais qualidade de vida para o congonhense e melhores condições para o visitante apreciar os atrativos turísticos. Tem havido muito investimento também na pavimentação de estradas, o que facilita o acesso a zona rural. Com isso, percebe-se o investimento da iniciativa privada na abertura e incremento de pousadas, pesque-pagues, entre outros atrativos. Enfim, Congonhas tem investido em áreas que promovem o turismo, então a tendência é que, quando percebemos, o setor já terá avançado como pretendemos.

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