Garimpando – Notícias de Conselheiro Lafaiete 9

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

                                        Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                 avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE – 9

                  AVELINA MARIA NORONHA DE ALMEIDA

 “Perduramos em espírito enquanto resta a nossa memória.”

 

A IGREJA MAIS ANTIGA DE NOSSA CIDADE – SÃO GONÇALO

 1725 – O  português Manoel Pereira Brandão pediu provisão para a construção em sua fazenda, onde já havia uma ermida, da igreja de São Gonçalo, que atualmente, restaurada, é a mais antiga igreja existente na cidade.

Igreja de São Gonçalo do Brandão – fica atrás da igreja mais recente do local/ IMAGEM DA INTERNET

Se eu perguntar qual é, atualmente, o templo mais antigo da cidade de Conselheiro Lafaiete que está de pé, muitas pessoas me responderão logo ser a Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Estarão dando uma resposta errada

 Por volta de 1720, um português, Manoel Pereira Brandão, veio para terras de Carijós (como era chamada na época a nossa cidade), aqui fundando sua fazenda. Alguns metros à frente da mesma, ergueu, primeiramente, uma ermida e, em 1726, conseguiu provisão para a capela dedicada a São Gonçalo.

A Matriz de Nossa Senhora da Conceição iniciou sua construção em 1733, assim, a IGREJA DE SÃO GONÇALO (erecta em 1725, de acordo com o historiador Pe. José Duarte) é, ATUALMENTE, O MAIS ANTIGO TEMPLO DE CONSELHEIRO LAFAIETE, cremos que, até mesmo, o mais antigo monumento de nossa cidade.

Igreja mais recente de São Gonçalo do Brandão, atrás da qual fica a igreja construída por Manoel Pereira Brandão/ IMAGEM DA INTERNET

 Como a família foi crescendo e também outras foram mudando para aquelas terras, ali se formou, com o tempo, uma localidade que, inicialmente, denominou-se São Gonçalo do Camapuã, passando, depois, a ser chamada de São Gonçalo do Brandão.

MAS QUEM ERA MANOEL PEREIRA (DE AZEVEDO) BRANDÃO?

Existe  um livro muito interessante: “CAMINHOS DO CERRADO – A trajetória da Família Pereira Brandão”, escrito por José Américo Ribeiro, Eduardo Carvalho Brandão e Olímpio Garcia Brandão, descendentes de Manoel Pereira Brandão.

A obra, em formato grande e com 561 páginas, grande também na essência, focaliza a genealogia do varão português, filho de Lucas Pereira e Maria Brandão, que chegou a Carijós por volta de 1720, casado com Jerônima do Pinho, filha de Estevão João e MariaTavares, trazendo os filhos Manoel, Damiana Roza de São José, João, Alexandre, Theodósio (antepassado dos autores) e Roza Maria de São José. Vieram eles da freguezia de São Miguel de Urrô, Conselho de Arouca, bispado de Lamego, distrito de Aveiro, em Portugal, desenvolvendo, de modo detalhado e extenso, a descendência de Theodósio, que é a linha direta de parentesco deles. Esse trabalho  é feito de maneira muito atraente pela quantidade de fotos e de fatos acontecidos com membros da família.

No anexo I, vem um estudo feito pelo historiador lafaietense Allex Assis Milagre sobre os demais filhos de Manoel Pereira Brandão, destacando a importância “desse clã que teve participação destacada na vida social, política, artística e cultural desta terra”.

Mas voltando à igreja de São Gonçalo:

Em 1808, já em tempos da Real Villa de Queluz, foi feita, do lado direito, uma sacristia.

Em 1815, outra novidade nessa igreja. Havia um filho de Carijós muito ilustre, o Cônego Doutor Francisco Pereira de Santa Apolônia (Foto abaixo-Imagem da Internet), que era irmão do inconfidente Padre Fajardo.

IMAGEM DA INTERNET

Muito culto, um dos maiores oradores do Arcebispado, foi Presidente da Junta Provisória do Estado, em 1822. Também Vice-Presidente quatro vezes e Presidente da Província de Minas Gerais, Chantre do Cabido de Mariana e, por alguns dias, governou o bispado de Mariana.  Embora não residisse permanentemente também tinha sua residência no Largo da Matriz (atual Praça Barão de Queluz),  onde hoje fica hoje o Fórum.

Residência do Cônego Francisco de Santa Apolônia/ IMAGEM DA INTERNET

No ano acima citado, Santa Apolônia conseguiu a carta de alforria para SILVÉRIO DIAS, um escravo de Ana Pulcheria de Queiroz, com a condição de que ele fizesse a talha dos altares do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora da Soledade na Matriz de Queluz, e os altares da IGREJA DE SÃO GONÇALO, então filial da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e de uma outra cujo nome estamos tentando apurar. Já pensaram que fato belíssimo! Com quanto amor deve esse artista ter trabalhando, sabendo que aquela talha tão delicada e bela faria parte do resgate de sua liberdade?

Retábulo e altar da primitiva capela / IMAGEM DA INTERNET

Vejam a delicadeza da talha feita por Silvério Dias!

Durante muitos anos, a igrejinha abrigou os fiéis na prática do culto religioso, até que, já pertencendo à Paróquia de São Sebastião, sendo vigário, na época, o Monsenhor Antônio José Ferreira, foi construída uma nova igreja. O velho templo não foi destruído, ficando escondido atrás do novo, a ele se chegando através do cemitério. Já quase em ruínas, com a talha retirada do altar e guardada, ficou durante muitos anos.

Tempos atrás, passou a igreja de São Gonçalo a pertencer à Paróquia da Luz. Um belo dia, o povo de São Gonçalo procurou o vigário João Batista Barbosa que escrevesse uma carta para o Banco do Brasil pedindo patrocínio para a restauração da antiga igreja. Pedido atendido. A restauradora Maria Regina Reis Ramos, do Grupo de Oficina Restauro de Belo Horizonte foi a responsável pelos trabalhos e hoje, recuperada toda a delicadeza da talha, a pintura original, deixou como nova a igreja primitiva, do tamanho que tinha no século XVIII, apenas com o acréscimo da sacristia feito em princípios do século XIX.

Parabéns para o povo de São Gonçalo, de modo especial para aqueles que mais trabalharam para o sucesso do empreendimento!

Livro retrata a criação das Comarcas em Minas; Conheça a história do judiciário da região

Um marco histórico no estudo da estrutura do Judiciário mineiro, o livro Comarcas de Minas, produzido pela Memória do Judiciário Mineiro (Mejud)  e lançado em junho de 2016 é uma boa dica de leitura para quem gosta do tema memória. A publicação inclui a relação das comarcas, um breve histórico com sua data de criação, supressão, restauração e várias denominações, bem como a classificação quanto à entrância e leis de referência, de forma cronológica, de 1711 a 2014. Apresenta ainda a relação de juízes de direito que passaram pelas comarcas e quadros analíticos da organização administrativa e judiciária.

Livro da história das Comarcas de Minas

Superintendente da Mejud, o desembargador Lúcio Urbano, no prefácio da obra, conta que em 2012 ele teve o ensejo de lançar a obra Síntese Histórica do Tribunal de Justiça. “A partir daí, veio-me a ideia de contar a história das 296 comarcas mineiras, lançando-me ao trabalho de pesquisa, para cuja tarefa contei com efetiva e indispensável colaboração dos qualificados servidores da Mejud, vindo agora à lume a obra Comarcas de Minas, onde são narradas as histórias delas, bem como capítulo especial que se alinham os desembargadores e suas.s ‘terras de nascimento’”, observa.

Foram impressos 1.500 exemplares, o que não foi suficiente para suprir a demanda.” Infelizmente não foi possível atender a todos e a consulta eletrônica amplia o acesso a todos a uma pesquisa histórica muito importante para o Judiciário Mineiro, ressalta Andréa Costa Val, assessora da Memória do Judiciário(Mejud) na época do lançamento do livro.

Para ler o livro “ Comarcas de Minas”, em arquivo PDF:

http://museudojudiciariomineiro.com.br/livro-comarcas-de-minas-e-incluido-biblioteca-digital/ ( Fonte site TJMG)

 

João Vicente que descobriu essa relíquia nos anais  do Mejud  e nos pediu  que fizéssemos uma matéria  sobre o livro e relatou: “O livro é uma viagem ao tempo  e a memória, onde é possível descortinar o surgimento da presença do judiciário em Minas  com muita sutiliza e leveza desde a colonização, repassando pelo o Império e a Republica onde vamos   descobrindo as pequenas facetas da consolidação do  poder judiciário em Minas Gerais. Comarcas de Minas é um dádiva memorial que  vale a pena lê-lo   e  tê-lo  salvo em seu computador ou pendrive  como ferramenta de pesquisa e conhecimento para ser compartilhado”.

   

João Vicente com o Sr. Juiz Marcos Brant no salão da Pinacoteca do Memorial da Revolução Liberal de 1842 em Santa Luzia e idealizador do Movimento Memória Viva de Queluz

           

AS PRIMEIRAS COMARCAS DE MINAS

 Em 6 de abril de 1714, são instituídas as primeiras comarcas na Capitania de São Paulo e Minas do Ouro: Rio das Mortes, Vila Rica e Rio das Velhas.

As primeiras comarcas puseram a estrutura judiciária mais próxima do povo e significaram uma forma de equilíbrio com a administração do governador-geral, representante do rei de Portugal. “Nas décadas iniciais da colonização, época das capitanias hereditárias, a figura do ouvidor-geral foi a primeira instância jurídica em solo brasileiro. Quase dois séculos depois, nas vilas, havia uma incipiente estrutura judiciária, com a presença dos juízes ordinários, pessoas escolhidas entre os homens de bem, assim como os “camaristas” ou membros da Câmara, que hoje são os vereadores”, explica João Vicente.

Nos quadros abaixo fizemos um apegado da história de 5 municípios da nossa região, Lafaiete,Congonhas,Ouro Branco,Entre Rios de Minas e Piranga com as suas respectivas  datas de elevação de Freguesias,Vilas,Cidades e Comarcas que no livro vocês vão encontrar com mais riquezas de detalhes.

Essa é a nossa dica de cultura para o mês de janeiro. Uma boa leitura e feliz ano novo, são os nossos sinceros votos  da redação do Correio de Minas a todas e a todos internautas que curtem a nossa pagina  na internet.

– Município de Conselheiro Lafaiete

Denominações anteriores:  Carijós, Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre dos Carijós, Queluz

Antigo Fórum de Lafaiete
Elevação a Freguesia Colada 19/01/1752
Elevação a Vila 19/09/1790
Elevação a Cidade 02/01/866
Mudança de Nome 27/03/1934
Criação da Comarca 15/07/1852
Instalação da Comarca 07/03/1892

 

  • Município de Congonhas – Denominação anterior:  Congonhas do Campo

 

Congonhas se tornou Comarca em 1963
Elevação a  Freguesia Colada 06/11/1749
Elevação a  Cidade 17/12/1938
Mudança de Nome para Congonhas 27/12/1948
Criação da Comarca 12/12/1963
Instalação da Comarca 09/10/1955

– Municipio de Piranga-Denominação anteriores: Guarapiranga, Nossa Senhora da Conceição do Piranga

Piranga virou Comarca em 1889
Elevação a Freguesia Colada 16/02/1724
Elevação a Vila c/ a supressão do nome “Guara” 01/04/1841
Elevação a Cidade 05/10/1870
Criação da Comarca 27/07/1889
Instalação da Comarca 25/02/1892

– Município de Entre Rios de Minas

Denominação anteriores: Brumado, Brumado do Suaçuí, Entre Rios, João Ribeiro

Em outubro, Comarca de Entre Rios completou 140 de criação
Elevação a  Paróquia Curato 4/07/1832
Elevação a Vila 07/01/1875
Elevação a Cidade 03/01/1880
Criação da Comarca 19/10/1878
Instalação da Comarca 10/03/1892
Mudança do Nome Pelo Decreto-lei nº 148, de 17/12/1938, fica mudada para João Ribeiro a denominação da Comarca de Entre

Rios e Pela Lei nº 1.039, de 12/12/1953, fica mudada para Entre Rios de Minas a denominação da Comarca de João Ribeiro.

– Municipio de Ouro Branco-Denominação anteriores: Santo Antônio do Ouro Branco

 

Comarca de Ouro Branco completou 40 anos em setembro
Elevação a  Freguesia Colada 16/02/1724
Elevação a Cidade c/ a supressão do nome “Santo Antonio” 12/12/1953
Criação da Comarca 27/09/1978
Instalação da Comarca 11/02/1982
  • Pesquisa: João Vicente

Imagem barroca da região passa por raio x para restauro e identificação das cores originais

Imagem de Santana, mãe de Maria, é recuperada em local sigiloso e conta com ajuda da tecnologia

A restauração da imagem de Santana – mãe de Maria e avó de Jesus – considerada símbolo católico de Belo Vale, une devoção e ciência e guias as mãos hábeis dos encarregados do serviço. O trabalho, feito em local sigiloso, já revelou que, ao contrário do que padres e moradores locais pensaram ao longo do tempo, a peça do século 18 é legítima do Barroco mineiro, e não de origem portuguesa.

Imagem barroca de Santana que passa por restauro/Tarcísio Martins

A expectativa dos especialistas Adriano Ramos e Rosângela Reis Costa, do Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte, é que o trabalho demande seis meses, incluindo estudos e uso de alta tecnologia. Como parte dos trabalhos, a peça sacra foi levada para exames de raios x no Laboratório de Ciência da Conservação (Lacicor), no Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor), ambos da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
“Precisávamos de um exame mais profundo, principalmente no tronco da imagem, já que as prospecções, comumente chamadas de ‘janelas’, não permitiam verificar a pintura original”, contou Rosângela, após a sessão de raios x comandada pelo coordenador do Lacicor e vice-diretor do Cecor, professor Luiz Souza. Sob camadas de tinta, os especialistas encontraram apenas resquícios de decoração, sendo necessárias, portanto, mais pesquisas. “A tecnologia ajuda demais, pois muitos detalhes não conseguimos enxergar a olho nu. Mais importante é que, com equipamentos modernos, podemos avaliar o que pode ser retirado ou não da peça”, disse Rosângela.

Dividida em três partes de madeira – a cadeira com 1,60 metro de altura, a imagem de Santana, com 1,10m, e a menina Nossa Senhora, com 80 centímetros –, a peça, pertencente à Igreja de Santana, de 1735, localizada a nove quilômetros da sede municipal de Belo Vale, tem grande qualidade artística. Mas, além das repinturas, manchas e sujeira acumulada com o tempo, apresenta problemas na estrutura de cedro e perda de pintura, embora sem ataque de cupins. Por questão de segurança, o local do serviço, que ocorre fora da capital, não foi revelado. Todas as etapas têm acompanhamento do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Igreja

Histórica igreja de Santana será restaurada em 2019/Radio Mega

“A comunidade está muito alegre, afinal, a imagem de Santana é ícone da região. As pessoas têm muito carinho por ela, porque se trata de um símbolo muito forte. Tanto que, quando saiu para o restauro, veio muita gente se despedir e rezar”, afirma padre Wellington Eládio Nazaré Faria, titular da Paróquia de São Gonçalo, em Belo Vale, acrescentando que os recursos para o serviço são da paróquia. Outra boa notícia é que já foi entregue o projeto de restauração do templo, também do século 18, elaborado por alunos de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Newton Paiva. O trabalho começou com uma visita dos estudantes à igreja, para levantamento de todas as patologias da construção. Os dados foram levados para o StudioN, escritório da escola de arquitetura, em busca de ideias para viabilizar as ações.

Em nota, a instituição de ensino informou que foram feitos, gratuitamente, desenhos técnicos da edificação, contendo todas as medidas e peculiaridades da igreja, e apresentadas soluções de intervenção para a recuperação da integridade do imóvel. Os alunos também fizeram a maquete da igreja, com obra concluída, para que as pessoas tenham ideia do resultado final.

Com base no projeto, a Prefeitura de Belo Vale abrirá licitação e pretende iniciar as obras de restauração em 2019. Outra fonte de recursos provém de atividades promovidas pela Associação dos Zeladores da Igreja de Santana do Paraopeba, entidade que é pessoa jurídica, parceira da paróquia e faz eventos para angariar fundos para as obras da igreja.

Exame apaga a lenda do tesouro escondido

Luiz Souza e Rosângela Reis observam detalhes na imagem em raios x da peça sacra, que ajuda a identificar vestígios da pintura original e da estrutura em madeira/Estado de Minas

Quem esteve na Igreja de Santana durante a despedida da imagem, em novembro, presenciou um fato curioso. É que, durante muito tempo, correu a lenda de que, no interior da imagem, haveria ouro e diamante. Com cuidado, os restauradores retiraram uma “tampa” de madeira e mostraram aos presentes que o nicho estava naturalmente vazio, não havendo o tesouro que povoava o imaginário de muitos moradores. Todo o momento foi filmado e documentado pela equipe e autoridades, incluindo a coordenadora geral do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, Maria Goretti Gabrich, e a historiadora do setor, Flávia Reis.

A Igreja de Santana, ponto de peregrinação que costuma recebe cerca de 10 mil pessoas a cada 26 de julho, data consagrada à padroeira, e alvo agora de ações para recuperar a arquitetura, os elementos artísticos e o entorno. Tendo o pároco como guia, a equipe percorreu o interior da construção e viu que, por décadas, foram feitas intervenções que retiraram o brilho e traços originais. Se os anjos barrocos do retábulo-mor ganharam a camada de um prateado metálico, os próximos ao sacrário perderam os douramentos. No espaço no qual fica a padroeira, tecnicamente chamado de camarim, cores berrantes foram escolhidas em outras épocas, em um contraste com o ar singelo da igreja, tombada pelo município.

Embora sem “contaminar” a imagem da padroeira, os cupins estão presentes na Igreja de Santana, conforme mostrou o padre Wellington. Em uma coluna pintada de verde, a madeira vai se “esfarinhando” e exigindo um trabalho urgente de recuperação. Já na parede perto da sacristia, o pároco aponta um dos perigos visíveis: uma rachadura que rasga a tinta branca e sinaliza os riscos. O forro também demanda serviços urgentes, pois parte foi retirada e não voltou para o lugar, deixando as telhas à mostra. Em 2007, a igreja entrou no foco do Ministério Público de Minas Gerais, que cobrou providências das autoridades municipais para restauração do templo. Na época, a secretária municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Belo Vale, Eliane dos Santos, informou que a prefeitura vai bancar um terço do valor da obra no bem tombado pelo município.

Padroeira dos mineradores

Nossa Senhora de Santana ou simplesmente Santana (também Santa Ana e Sant’Ana) é mãe de Maria e avó de Jesus. Na capital e no interior de Minas, reúne muitos devotos, pois é padroeira dos mineradores. Em 26 de julho, data consagrada à santa casada com Joaquim, depois São Joaquim na Igreja Católica, comemora-se também o Dia das Avós. Uma das representações mais significativas, comum nos altares dos templos, é a Santana Mestra: sentada numa cadeira ou de pé, ela ensina a menina Maria a ler. O nome Ana vem do hebraico Hanna e significa graça. Moradores e visitantes podem admirar, em Tiradentes, no Campo das Vertentes, dezenas de imagens no Museu de Sant’Ana, fundado em 2014.

  • Fonte: Estado de Minas

De Redondo a Alto Maranhão: comunidade comemora 300 anos de fundação

Um pequeno Arraial que muito contribuiu, na história da região do Alto Paraopeba, fazendo parte, politicamente, principalmente, das cidades de Congonhas e Conselheiro Lafaiete.

Para celebrar 300 anos de fundação, o Distrito prepara um evento carregado de simbolismo. Ontem, dia 26, aconteceu a seresta. Hoje às 19 horas “Na noite de hoje – Espaço Celebrativo – Alto Maranhão”.
Participe, conosco, dessa grande festa com banda de música, folia de reis, dança, teatro e relato da pesquisadora Maria da Paz sobre a história local.

Data terá lançamento de selo dos Correios

Segundo alguns historiadores, o distrito de Alto Maranhão, inicia-se sua história, no marco do Caminho Velho, final do século XVII, com as primeiras povoações da região, trazidas pelo colonizador português Bartolomeu Bueno em 1691.

Dentre as primeiras povoações de Minas Gerais surge o Alto Maranhão,  em meados do século XVIII. Os bandeirantes fincam um cruzeiro no lugar onde denominam Arraial do Redondo, em referência aos irmãos portugueses José e João da Silva Redondo, famílias pioneiras que plantam suas raízes, nesse abençoado distrito. Tempo da busca, incansável, pela exploração aurífera.
Comemoram-se  os 300 anos, de Redondo à  Alto Maranhão, pelo fato de, na data  de  29 de março de 1718, ter sido expedida uma carta por Dom Pedro de Almeida, o Conde de Assumar, então governador de São Paulo Capitania das Minas do Ouro, informando de ter tomado ciência da autorização da Sesmaria, da qual consta a compra de um sítio no local por um dos irmãos (Escritos Anônimos de Évora, Portugal).

 

Do esquecimento ao resgate das Violas de Queluz: noite memorável revive a história do maior símbolo da cultura de Lafaiete

Uma noite para ficar nos anais da memória, da cultura e da história de Lafaiete. Foi lançada ontem, a noite o Solar Barão do Suassuí, a primeira obra que resgata o valor do maior patrimônio cultural, as Vilas de Queluz, tradição até então esquecida da historiográfica local.

Lançamento foi prestigiado pelo público em reconhecimento do valor das Violas de Queluz

O livro”Viola de Queluza-Família Souza Salgado”, de Valter Salgado de Souza, o Valtinho, editado pela Liga Ecológica Santa Matilde (LESMA) foi saudado como divisor de águas na memória, registro e preservação do grande ícone da cultura e devolve o sentido de pertencimento e auto estima de um povo. Depois do tombamento como patrimônio imaterial de Minas, o livro é o primeiro passo para soerguer a Violas de Queluz na memória local e preservá-las para as futuras gerações. O livro relata a trajetória da Família Salgado na fabricação das Violas e sua importância a história cultural e musical em Lafaiete, Minas e o Brasil.

O público lotou o lançamento da obra em uma plateia formada por descendentes das famílias Salgado e Meireles, precursoras das Violas, tradição que viveu seu auge ainda no final do século XVIII quando Lafaiete chegou a possuir 15 fábricas. “Espero que não seja o primeiro livro, muito menos o primeiro passo para preservamos a memória das Vilas de Queluz”, apontou o vice prefeito, Marco Antônio Reis Carvalho em seu discurso.

Entre momentos poéticos apresentados pela LESMA, a solenidade percorreu a tradição da musical dos tradicionais violeiros. O historiador congonhense, André Candreva, autor de um dos capítulos da obra, lembrou que o Jubileu do Bom Jesus de Matozinhos foi uma vitrine de propagação das Violas de Queluz, quando fabricantes se dirigiam a Congonhas para comercializar os instrumentos de cordas para além das fronteiras de Minas.

Historiadores, estudiosos e autoridades o lançameto

Lucionar de Jesus, ilustrador da obra e autor de um dos capítulo, traçou a ligação das violas com a formação de sua família. “Esta obra não só conta a histórias das violas, mas é uma amálgama que une os laços familiares seculares. É um livro de famílias”, assinalou emocionado.

Um dos momentos marcantes foi quando o historiador Cláudio Alexandrino, apresentou uma autêntica Viola de Queluz, fabricada por José de Souza Salgado, avô do escritor Valter Salgado.  O instrumento foi descoberto em total abandono na cidade de Passa Tempo e totalmente restaurado.

Cláudio mantém um acervo de 40 Violas de Queluz que ele garimpa por Minas na intenção de preservar o instrumento. “Estive aqui em Lafaiete em 2002 para pesquisas, mas fique triste com a falta de informações e abandono de parte da história da cidade. Esta obra resgata grande parte das Violas”, observou o colecionador.

O colecionador, Cláudio Alexandrino, apresenta exemplar das Violas, fabricado pelo avô do escritor Valtinho

Por último discursou o protagonista do evento, Valter Salgado, que também lembrou foi através da visita de Cláudio Alexandrino a sua casa que iniciou o reconhecimento das famílias, como também dos setores culturais, a importância das Violas na história de Lafaiete. “Eu mesmo cheguei a deixar muitos instrumentos abandonados e esquecidos por uma suposta falta de valor. Mas é um ressurgimento da história e da nossa cultura”, comentou. Valtinho lembrou que violeiro Chico Lobo levará dois exemplares a Portugal para presentear os estudiosos lusitanos Manuel Moraes e Pedro Mestre.

Após a sessão de autógrafos, o evento foi encerrado em grande estilo com uma roda de violeiros.  Viva a Viola de Queluz, chora viola!

Garimpando – Notícias de Conselheiro Lafaiete – 1

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

Avelina Maria Noronha de Almeida
avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

Neste mês em que se comemora o ANIVERSÁRIO DE NOSSA CIDADE, vou iniciar uma série de artigos com informações sobre a querida CONSELHEIRO LAFAIETE.

Bandeira de Conselheiro Lafaiete/INTERNET

NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE-1
Avelina Maria Noronha de Almeida

Hino de Conselheiro Lafaiete
Letra de Monsenhor José Sebastião Moreira
Música de José Calixto Tolentino

Entre as minas do ouro refulge
Manganês do teu solo mineiro,
Das jazidas extensas, profundas
Vão tirando o metal pioneiro.

Estribilho
Carijós, tradição e grandeza,
Foste Vila Real de Queluz,
Hoje tens expressão, Lafaiete,
Ao futuro tua glória conduz.

Progressista, gloriosa cidade,
No passado te ergueste altaneira,
Relembrando o valente Galvão
Na heróica epopeia mineira.

Cantas hoje a bravura dos filhos,
Destemidos, valentes soldados,
Em Montese tua glória levaste
Com a fibra dos dias passados.

Uma estrela resvala no céu,
É Maria, Patrona Celeste!
Quanta glória te foi concedia,
Quanta fé nos destinos nos deste!

NOS CAMINHOS DA HISTÓRIA DE
CONSELHEIRO LAFAIETE
Avelina Maria Noronha de Almeida

Os caminhos da História são um desafio para quem os percorre. Às vezes ínvios, tortuosos, movediços, nebulosos, tenebrosos, pontilhados de erros, outras vezes também suaves, ensolarados, marcados com pedras firmes, corretos e dignificantes.

Mais de trezentos séculos nos antecedem nesta terra encrustada no coração de Minas Gerais. Tentar desvendar os tempos mais remotos é tarefa ao mesmo tempo fascinante, pelo maravilhoso prazer da descoberta, e amedrontadora, pelos riscos de se incorrer em erros, de perder-se em atalhos enganadores.

Temos que aceitar, muitas vezes, “verdades” pré-estabelecidas das quais duvidamos, defender idéias que podem não ser aceitas, alegrar-se, decepcionar-se, ser presa de desânimo ou de entusiasmo apaixonante.

Diz José dos Santos, que foi um ilustre historiador das Minas Gerais ,“o presente foge de nós como uma sombra ligeira. Só o passado nos pertence; nele é que verdadeiramente vivemos, No passado se encontram as raízes das nossas afeições; dele procedem as luzes do nosso espírito; dele correm as fontes de sabedoria que nos é dado alcançar na terra.” Essas palavras são um estímulo para que eu me aventure a correr os riscos de apresentar a minha versão de nossa história, baseando-me em muita coisa já escrita pelos historiadores, que os temos de grande valor, citando, entre outros, Alberto Rodrigues Libânio, Allex Assis Milagre, Antônio Campos, Antônio Luiz Perdigão Batista, , Fenelon Ribeiro, Francisco de Paula Ferreira de Resende, Gilberto Victorino de Souza, Jair Noronha, Joaquim (Quincas Rodrigues de Almeida, José Damasceno Pinto, Pe. José Duarte de Souza Albuquerque, Pe. José Vicente César, Mauricéia Aparecida Ferreira Maia, Nilce Alves Pereira, Romeu Guimarães de Albuquerque, Vicente Racciopi, Wolmar Olympio Nogueira Borges; em colaborações de pesquisadores como João Vicente Gomes, Joaquim Luiz Otávio da Silva, Marco Antônio Gomes, Osmir e Wagner do Lesma; em escritos de memorialistas como Benjamim Granha Filho, Carlos Reinaldo de Souza, Elza Verdolin Hudson, João Nogueira de Rezende, José Álvaro Duarte Castanheira, José Cosme do Nascimento, Leda Maria Augusta Vieira de Faria, Lucy de Assis Silva, Marina Biagioni Marques, Martha Faria Fernandes, Pedro Paulo de Salles Dias, Ondina Corrêa Fiúza da Rocha, Paulo Bellavinha, Pedro Paulo de Salles Dias, Reuber Lana Antoniazzi, Stella Costa César, Vitória Maria Rezende Nogueira, Wilson Baêta de Assis (estou deixando de citar muitos nomes de historiadores e memorialistas mais recentes, por receio de inconscientemente deixar de citar alguém) e tantos outros, que Conselheiro Lafaiete é rico de filhos que prezam sua tradição; em documentos e em diversos livros que discorrem sobre fatos históricos. Mas também apresento o resultado de minhas pesquisas na procura de desvelar mistérios, tentando realizar deduções lógicas, aventando hipóteses. É um perigo. Sei disso. Posso inconscientemente distorcer, errar, ser criticada. Mas… vamos ao perigo! Alea jacta est!

Fotos de alguns historiadores

Allex Assis Milagre
Francisco de Paula Ferreira de Rezende

 

Romeu Guimarães de Albuquerque
Padre José Duarte de Souza Albuquerque

 

Luiz Antônio Perdigão
Joaquim Rodrigues de Almeida

 

(continua…)

300 anos de história: começa hoje a tradicional Festa de Nossa Senhora da Ajuda

Tradicionalmente fiéis lotam o distrito do Alto Maranhão para celebrar a festa da padroeira local/Arquivo

Começou hoje uma das mais tradicionais festas religiosas de Minas com a novena de Nossa Senhora da Ajuda, no Alto Maranhão, em Congonhas. O histórico distrito está perto de comemorar 300 anos de fundação.

A festa termina no dia 15 com leilão, repicar de sinos, celebração das 15h e descerramento do Mastro quando fies toma as ruas da localidade em uma grande celebração que expressa a fé popular.

Alto Maranhão – 06 a 15 de agosto de 2018

Dia 06 – segunda-feira

18 h –  Saída da Bandeira: Rua Dr. José Theodoro da Cunha, nº 130

Mordomo: Gabriel de Freitas Paula

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Terço dos Homens

Participação: São Geraldo (Dom Oscar), Santa Luzia (Residencial), Santa Quitéria ( Santa Quitéria), Santa Isabel (Caetano Lopes), Sesmaria de Jeceaba e Maria Concebida (Esmeril).

Dia 07 – terça-feira

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Grupo de reflexão e Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Participação: Mãe da Igreja (Jardim Profeta), Santa Mônica (Santa Mônica) e Nossa Senhora da Soledade (Lobo Leite).

Dia 08 – quarta-feira

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Sociedade São Vicente de Paulo e melhor Idade

Participação: São Brás (São Brás do Suaçuí), São Sebastião (Pequeri) e Nossa Senhora de Fátima (Mato Dentro e Caeté).

Dia 09 – quinta-feira

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Pastoral Familiar e Pastoral Batismo

Participação: São Judas Tadeu (Vila Cardoso), Nossa Senhora Aparecida ( Vila Marques), Santa Rita de Cássia (São Luiz) e Santo Antônio (Joaquim Murtinho).

Dia 10 – sexta-feira

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Pastoral da Criança, AMODAM e Cenáculo

Participação: Nossa Senhora da Conceição (Matriz), Nossa Senhora do Rosário (Rosário e Alvorada), Nossa Senhora de Lourdes (Campinho) e (Primavera), Nossa Senhora das Graças e São Judas (Ribeirão do Eixo).

Dia 11 – Sábado

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Catequese e Grupo de Jovens

Participação: São Sebastião (Gagé), São José ( Três Barras) e Nossa Senhora da Luz (Barreira).

Dia 12 – Domingo

18 h – Solene Procissão luminosa, com a Imagem de Nossa Senhora da Ajuda, percorrendo as ruas da Comunidade.

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Equipe de Canto, Ministros e Coroinhas

Participação: São José Operário (Centro), Sant’Ana (Vila São Vicente), São João Batista (Boa Vista) e Dom Orione (Praça Bandeirantes).

Dia 13 – Segunda-feira

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Pastoral do Dízimo

Participação: Sto Antônio (Mineirinha), São Sebastião (Mota), Nossa Senhora da Conceição (Barnabé), Sagrada Família (Campo das Flores) e São Cristovão / Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Pires).

Dia 14 – terça-feira

Ladainha Festiva

09 h – Missa da Saúde, benção dos enfermos

19 h – Celebração Eucarística e Ladainha festiva

Acolhida: Terço das Mulheres

Participação: Todos os devotos

Dia 15 – quarta- feira

06 h – Repicar dos sinos

7h , 9h, 11h e 15 h – Missas solenes em honra a Nossa Senhora da Ajuda

13 h – Leilões

Após a celebração das 15h, descerramento do Mastro e encerramento da Festa.

Identidade: alunos vão desenvolver livro sobre a história de Congonhas

 

Contemplada pelo projeto “A Cidade da Gente”, Congonhas recebeu, nesta semana, a visita do escritor José Santos, que conversou com alunos da rede municipal de ensino e figuras marcantes da cidade. Os estudantes serão co-autores de um livro infantojuvenil sobre a Cidade dos Profetas, valorizando sua história e seu cotidiano. A obra deve ser lançada em novembro durante a Festa Literária de Congonhas (FLIC). Realizado pela Editora Olhares, o projeto conta com patrocínio da MRS, via Lei Rouanet, e parceria da Secretaria Municipal de Educação.

O objetivo do “A Cidade da Gente” é apoiar a perpetuação e a disseminação da história da cidade

De 3 a 5 de junho, o escritor se reuniu com coordenadores e professores para debater o desenvolvimento do projeto e esclarecer dúvidas e com estudantes das escolas municipais Augusto Silva, José Cardoso Osório, Dona Caetana Pereira Trindade, Dona Maria de Oliveira Castanheira, Jair Elias e Engenheiro Oscar Weinschenk. Os encontros também contaram com a participação de Roberto e André Candreva, Maurília, Maria da Paz Pinto, Luciomar Sebastião de Jesus, José Félix Junqueira (Zezeca) e integrantes de grupos de congado.

O coordenador da coleção e escritor, José Santos, destacou o interesse e o envolvimento dos alunos com o projeto. Para ele, as escolas estão muito integradas. “Gostei bastante porque todas as escolas estão mobilizadas. Vemos isso pelo grau de conversa entre os alunos, que praticamente não existia. Eles estavam prestando muita atenção e estavam muito interessados. Todos estão fazendo a pesquisa dos temas. Foram recepções muito calorosas. O que eu vi nas escolas foi um respeito pelos mestres dos saberes locais. Chamaram as pessoas da comunidade para falar sobre os temas, já que o livro é sobre o patrimônio de Congonhas, o que não é tão óbvio e comum. Vejo que Congonhas está na ponta nesses aspectos educacionais”, completou.

O resultado será um livro, que será uma importante referência de conhecimento sobre o patrimônio material, imaterial e ambiental do Município, além de ter tiragem distribuída gratuitamente para as escolas públicas locais.

Cultura popular: amanhã Lafaiete se transforma em Capital Mineiro do Congado, celebra suas origens e sua formação

Quando ecoar amanhã, dia 8, o som dos tambores na Praça Tiradentes estará aberto a 39º Festival de Congado, dia em que a cidade se transforma na Capital Mineira de umas das manifestações religiosas mais antigas de Lafaiete e ainda bem viva e presente na cultura popular e na formação de seu povo.

Congado se mantém vivo entre várias gerações

Anualmente milhares de congadeiros locais, regionais de diversas partes de Minas se reúnem em torno da fé, da tradição e as cores tomarão Lafaiete quando a cidade ganha um novo sentido e dimensão neste momento singular de celebração cultural cuja matriz é africana. Mais de 25 bandas são esperadas para o evento preparado com esmero e organização da Secretaria Municipal de Cultura.

Após as apresentações, um almoço será servido aos participantes e às 15:00 os cangadeiros seguem em procissão com a imagem de Nossa Senhora do Rosário até a Igreja de São João Batista quando acontece a Missa Conga. O encerramento da festa popular acontece às 17:00 horas.

Um pouco da história

“No período da escravidão, negros escravizados e libertos se reuniam em torno de irmandades do Rosário como forma de conseguirem recursos para alforrias, para enterros e para a construção de capelas. È  importante lembrar que muitas igrejas do Rosário em Minas Gerais foram construídas com labor e até dinheiro de negros associados em suas irmandades, bem como, na verdade, toda a riqueza de Minas Gerais. Nossas ladeiras histórias e igrejas barrocas têm muito sangue negro”.

324 anos: Berço de Minas, Itaverava celebra sua história e sua cultura

A simpática e acolhedora Itaverava comemora hoje 324 anos de fundação e 55 anos de emancipação política. Ciclo do Ouro, Bandeiras, Estrada Real emolduram a cultura itaveravense, terra de notáveis homens e mulheres como Marília de Dirceu, Mestre Ataíde que deixaram registrados seus nomes na história de Minas. Itaverava respira cultura e seus casarões e sua arquitetura são os retratos vivos da memória do Brasil. Itaverava é berco de Minas.

Rodeada por belíssimas montanhas, a cidade possui muitas cachoeiras e misteriosas cavernas, como também possui um valioso patrimônio histórico tombado pelo IPHAN o  recém restaurado Casarão do Padre Taborda. Com escadas e pinturas internas originais, a construção marca o período colonial mineiro.
A Matriz de Santo Antônio também define bem a época do ouro no Brasil. Com seu altar revestido em ouro e pinturas do mestre Athayde em seu teto, é outra grande atração da cidade.

Programação

Hoje é feriado em Itaverava e prefeitura preparou uma extensa programação cujo momento mais marcante será o abraço simbólico no casarão padre Taborda, símbolo da rica cultura local.

Entre às 12 às 18 horas haverá rua de lazer, com brinquedos, trenzinho da alegria, pipoca e algodão doce na praça da rodoviária.

8:00 horas: Caminhada cultural, saindo da Escola Estadual Conselheiro Antão.

8h30: Apresentação teatral no Sobrado do Padre Taborda seguido de abraço cultural.
9:00 horas: Apresentação cívica no coreto da praça José da Costa Carvalho, com premiação do concurso de poesia da escola estadual Conselheiro Antão.
10:00 horas:: Apresentação de concurso de poesia com premiação na escola estadual Noemi Nogueira.
18:00 horas: Missa comemorativa pelos 324 anos de Itaverava, na igreja matriz de Santo Antônio, com homenagens da Câmara de Vereadores.

324 anos: Berço de Minas, Itaverava celebra sua história e sua cultura/Reprodução

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