Com seis votos favoráveis, Câmara cassa o mandato do vereador Franklin William

Vereador foi destituído da função por dois terços favoráveis à cassação

Na tarde desta sexta-feira (29), os vereadores de Entre Rios de Minas se reuniram em sessão de julgamento e votaram pela perda de mandato do vereador Franklin William Ribeiro Batista Soares. No total foram seis votos favoráveis a cassação, manifestados pelos vereadores Denis Andrade Diniz, João Gonçalves de Resende (Joãozinho Cricri), José Resende Moura (Juquinha do Táxi), Levi da Costa Campos, Rodrigo de Paula Santos Silva (Rodrigo do Tico) e Thiago Itamar Santos Villaça (Ted). Os vereadores Antônio Maia de Freitas e Franklin William Ribeiro Batista Soares manifestaram votos contrários.

A defesa do vereador Franklin, representada por seu procurador Dr. Igor Bruno Silva de Oliveira, solicitou o impedimento ou suspeição do Vereador Rivael Nunes Machado da votação, haja vista o fato do mesmo ter aduzido, na reunião ordinária realizada no dia 19 de dezembro de 2023, que foi autor da denúncia em relação ao Sr. Franklin, sendo impedido nos termos do art. 5, inc. I, do Decreto Lei 201/67. A solicitação foi atendida pelos vereadores.

Foto: Eduardo Maia jornalista
Foto: Eduardo Maia jornalista

A sessão teve início com a leitura do inciso V e VI, do art. 5º do Decreto Lei n° 201/1967 pelo Presidente da Casa Legislativa vereador João Gonçalves. Posteriormente perguntou aos vereadores e a defesa do denunciado que informassem se gostariam que fossem realizada a leitura de alguma peça constante dos autos do Processo, sendo respondido que não. Em seguida foi aberta a palavra aos vereadores que decidiram não se manifestar. 

Dessa forma, foi concedida a palavra à defesa do denunciado, pelo prazo de duas horas, proferidas pelo advogado Dr. Igor Bruno pugnando pela improcedência da denúncia, uma vez que, na sua visão, não foi apresentado qualquer elemento capaz de caracterizar quebra de decoro parlamentar. O advogado, entre outros elementos, sustentou que o denunciado não exercia, à época, a função de vereador, estando licenciado, sendo que não foi configurado dolo em seus atos, já que ele agiu com confiança em parecer jurídico assinado por advogado do Município. 

Votação

Finalizada a defesa, o Presidente da Casa determinou a votação nominal dos vereadores acerca da quebra de decoro parlamentar elencada na denúncia. Os parlamentares deveriam responder “sim” se a favor da perda de mandato do vereador Franklin e “não”, caso seja contrário à cassação.

Veja como os vereadores votaram: 

Antônio Maia de Freitas:NÃO

Denis Andrade Diniz:SIM 

Franklin William Ribeiro Batista Soares:NÃO

João Gonçalves de Resende:SIM

José Resende Moura:SIM

Levi da Costa Campos:SIM

Rodrigo de Paula Santos Silva:SIM

Thiago Itamar Santos Villaça:SIM

Vereadores aprovam Decreto Legislativo e convocam primeira suplente do PSB

Finalizada a votação acerca da quebra de decoro parlamentar, os vereadores prosseguiram para a votação do Decreto Legislativo n° 06/2023, que dispõe sobre a cassação do vereador Franklin William. Foram seis votos favoráveis ao decreto, ou seja, dois terços da Câmara e dois votos contrários, sendo o mesmo publicado no Diário Oficial Eletrônico do Poder Legislativo Municipal.

 Larissa Rodrigues Oliveira volta a assumir o cargo de vereadora – Foto: Arquivo pessoal

Nessa perspectiva, fica convocada a primeira suplente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) Larissa Rodrigues Oliveira a assumir o cargo de vereadora do Município de Entre Rios de Minas. 

Entenda o caso

A Câmara Municipal acolheu no dia 19 de setembro de 2023 uma denúncia apresentada por quatro cidadãos em desfavor do vereador Franklin William. Os cidadãos apresentaram na petição indícios de irregularidades que teriam sido cometidas pelo vereador no exercício do cargo de Secretário de Saúde na autorização e pagamento de cirurgias requeridas à Secretaria Municipal de Saúde nos anos de 2021 e 2022. A denúncia se baseou no trabalho de apuração realizado pelo Legislativo Municipal em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no ano de 2023.  Em 1º de dezembro, a Câmara Municipal cassou o mandato do Prefeito José Walter Resende Aguiar.

Dessa forma, foi instituída uma Comissão Processante que apurou os fatos relatados na denúncia. Foram sorteados para compor a comissão os vereadores Rodrigo de Paula Santos Silva, Thiago Itamar Santos Villaça e José Resende Moura que assumiram, respectivamente, as funções de presidente, relator e membro. 

A Comissão Processante requereu ao Presidente da Câmara a realização de uma sessão do julgamento após a leitura do parecer final. O relator da matéria, vereador Thiago Itamar, indicou pela procedência da denúncia, sendo acompanhado pelos Vereadores Rodrigo de Paula e José Resende.

Fonte: Comunicação Legislativa Câmara Municipal de Entre Rios de Minas

FONTE ENTRE RIOS NEWS

Com indícios de irregularidades na gestão da secretaria de saúde, vereador pode ser cassado em Entre Rios Minas

Vereadores devem votar pela procedência da denúncia apresentada por quatro cidadãos ou pelo arquivamento da matéria. Serão necessários os votos de 2/3 dos vereadores, ou seja, um total de seis

Na tarde desta sexta-feira, 29, às 14h, a Câmara Municipal de Entre Rios de Minas se reúne para julgar o vereador Franklin William Ribeiro Batista Soares, apontando se houve  ou não quebra de decoro parlamentar conforme acusação apresentada por quatro cidadãos em 19 de setembro de 2023. A Comissão Processante composta pelos vereadores Rodrigo de Paula Santos Silva, Thiago Itamar Santos Villaça e José Resende Moura requereu ao Presidente da Câmara a realização de uma sessão do julgamento após a leitura do parecer final. O relator da matéria, vereador Thiago Itamar, indicou pela procedência da denúncia, sendo acompanhado pelos Vereadores Rodrigo de Paula e José Resende.

Os cidadãos apresentaram na petição indícios de irregularidades que teriam sido cometidas pelo vereador no exercício do cargo de Secretário de Saúde na autorização e pagamento de cirurgias requeridas à Secretaria Municipal de Saúde nos anos de 2021 e 2022. A denúncia se baseou no trabalho de apuração realizado pelo Legislativo Municipal em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no ano de 2023, cujo relatório foi apresentado na sessão do dia 04 de julho de 2023. Na data de 01 de dezembro, a Câmara cassou o mandato do Prefeito José Walter Resende Aguiar, em razão do mesmo objeto.

Da votação

De acordo com o rito estabelecido no Decreto Lei Federal nº 201/1967, os vereadores devem se manifestar favorável ou contra a cassação de acordo com cada uma das infrações político administrativas constantes da denúncia, ratificadas pelo parecer final do relator da Comissão.

Cada vereador deverá manifestar nominalmente (dizendo sim ou não) para cada uma das infrações pontuadas pelo relator, devendo, no total, para proceder à cassação, resultar em um total de dois terços dos votos da Câmara, ou seja, seis votos favoráveis, seja qualquer uma das infrações cometidas.

Cada vereador poderá falar antes da votação pelo prazo máximo de 15 minutos, sendo aberta, posteriormente, a palavra ao vereador Franklin William ou aos seus procuradores pelo prazo máximo de 02 horas. 

Finalizado o rito e executada a votação, será feito o cômputo dos votos, definindo se prosseguirá a cassação ou se haverá o arquivamento da denúncia. Caso seja aprovada a cassação do mandato, será expedido um Decreto Legislativo, o qual será encaminhado ao denunciado e à Justiça Eleitoral, tornando vago o cargo de vereador e convocando o suplente a assumir a cadeira na Câmara Municipal.

Transmissão

A reunião será transmitida ao vivo nas redes sociais da Câmara Municipal e no Youtube, a partir das 14h. A sessão será aberta ao público, que poderá assistir a todas as etapas, sem possibilidade de manifestação.

FONTE CÂMARA MUNICIPAL DE ENTRE RIOS

Vereadora Nilma Silva, do PT, chega à Presidência da Câmara Municipal de Ouro Branco em seu terceiro mandato

Na sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada no dia 6 de dezembro, foi eleita a Mesa Diretora que comandará os trabalhos na Casa Legislativa no ano de 2023. A chapa única, aprovada por oito dos nove vereadores – a vereadora Valéria Lopes se absteve – apresentou e elegeu, como presidente, a vereadora Nilma Silva (PT); como vice-presidente, o vereador Leandro Souza (PSDB); e, como secretário, o vereador Neymar Meireles (PV).

Nilma Aparecida Silva chega à presidência da Casa Legislativa de Ouro Branco em seu terceiro mandato como vereadora de Ouro Branco pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ela será a quarta mulher a exercer a função, em 17 Legislaturas. “Me sinto muito realizada em, sendo mulher, e única representante do meu partido na Câmara, o PT, ter obtido o voto e a confiança de sete colegas homens. Vou continuar meu trabalho lutando por tudo que os partidos de esquerda lutam, como a defesa das minorias. Representatividade, para mim, é isso”, declarou a presidente eleita.

Um dos maiores objetivos de Nilma como presidente da Câmara Municipal de Ouro Branco é aproximar cada dia mais a Casa Legislativa da população, promovendo as discussões e as demandas mais urgentes dos munícipes, sempre com a maior transparência possível em todos os processos. E também articular uma relação saudável com o Executivo, visando sempre o benefício da cidade. “É importante que o vereador não seja submisso, mas o vereador não é inimigo do Executivo, o vereador é parceiro, porque a população precisa do vereador e do prefeito. Trabalhando juntos somos mais fortes”, ressaltou.

Nilma é natural de Piumhi, MG, mas reside em Ouro Branco há mais de 30 anos. Mãe de três filhos, bacharel em Direito, a vereadora tem uma história de atuação pelo Município: desde a Associação de Pais e Mestres na Escola Municipal Livremente até importantes cargos no Executivo Municipal. Também foi membro dos Conselhos Municipais da Educação e da Mulher, e assessora do então deputado estadual Padre João na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

Em 2013 Nilma assumiu seu primeiro mandato como vereadora e desde então atua nas mais diversas frentes, tendo sido reeleita em 2016 e 2020. Em seu terceiro mandato, a vereadora pretende continuar sua atuação pela defesa dos direitos, diminuição das diferenças e criação e implementação de leis que garantam uma cidade melhor para se viver. “Parafraseando o filósofo Edmund Burke, o mal triunfa sempre que os bons não fazem nada. Por isso, assumi um compromisso com o povo da minha cidade”, destaca a vereadora.

Acompanhe as atividades na Câmara Municipal de Ouro Branco: www.ourobranco.cam.mg.gov.br

Família Andrada conquista novo mandato e passa de 200 anos no Congresso

Os 69 mil votos dados pelos eleitores mineiros, no último domingo (2), ao deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) mantiveram acesa uma tradição de dois séculos. Desde antes da declaração da independência do Brasil, há exatos 200 anos, um representante da família Andrada ocupa uma cadeira no Parlamento brasileiro. De pai para filho, a família mais longeva do Congresso está em seu décimo-sexto nome na Câmara e já prepara sucessores.

Para Lafayette, os sucessivos mandatos dos Andrada representam um reconhecimento ao trabalho da família e reforçam a responsabilidade das novas gerações, herdeiras dos irmãos José Bonifácio de Andrada, Martim Francisco e Antônio Carlos de Andrada, personagens centrais da política brasileira no Império. Conselheiro de Dom Pedro I, José Bonifácio entrou para os livros de história como o “Patriarca da Independência” e foi tutor de Dom Pedro II.

Na visão do sociólogo José Marciano Monteiro, professor da Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba, a passagem de mandato de geração para geração, dentro de um mesmo núcleo familiar, mostra como a política é “um negócio de poucas famílias” no Brasil e explica o baixo índice de oxigenação do poder no país.

Os Andrada desembarcaram no Congresso Nacional antes mesmo de ele existir, ainda nas Cortes Portuguesas, em 1821, e não deixaram mais o Parlamento. Desde então, ficaram fora do Legislativo uma única vez, na elaboração da primeira Constituição da República. De 1894 para cá, no entanto, não houve uma única legislatura sem a presença de um integrante da família no Congresso.

Além de 16 deputados e senadores, o clã fez quatro presidentes da Câmara, oito ministros de Estado e dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores.

De pai para filho

Lafayette, de 55 anos, atribui a longevidade política de sua família ao reconhecimento da população mineira ao trabalho realizado pelas diversas gerações. “O Brasil tem o terceiro Parlamento mais antigo do mundo, atrás apenas da Inglaterra e dos Estados Unidos. Provavelmente nossa família seja a mais longeva em mandatos eletivos no planeta”, lembra o deputado.

Ele é filho de Bonifácio de Andrada (MG), que morreu de covid-19 em 2021 após ter exercido mandatos políticos por 60 anos. Entre eles, dez como deputado federal. Bonifácio era reitor da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac) e presidente da Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada (Funjobe) – entidade mantenedora da Faculdade de Medicina de Barbacena, criada por ele. O ex-deputado era filho do ex-presidente da Câmara e ex-líder do governo Geisel Zezinho Bonifácio.

Dois netos de Bonifácio e sobrinhos de Lafayette trilham o caminho dos antepassados. Doorgal Andrada (Patriota-MG), reeleito deputado estadual, aos 30 anos de idade, e o vereador de Barbacena (MG) Zezinho Andrada (PTC), de 33 anos. “Já tem gente na fila”, brinca o deputado federal reeleito.

“Os próximos representantes parecem assegurados. Vamos tentar carregar essas bandeiras democráticas. Trabalhamos com muita responsabilidade e seriedade”, afirma o parlamentar, que é irmão de José Bonifácio Borges de Andrada, ex- vice-procurador-geral da República e ex-advogado-geral da União.

Tudo em casa

A família Andrada é o caso mais antigo de perpetuação de família no Congresso. Mas está longe de ser um caso isolado. Levantamento feito pela Revista Congresso em Foco em 2018 revelou que pelo menos 319 deputados (62%) e 59 senadores (73%) daquela legislatura tinham laços de sangue com outros políticos.

No atual Senado, por exemplo, há casos de mães e filhos que viraram colegas, como Kátia Abreu (PP-TO) e Irajá Abreu (PSD-TO) e Nilda Gondim (MDB-PB) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Na próxima legislatura, Renan Filho (MDB-AL) se juntará ao pai, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), na bancada de Alagoas no Senado. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que é pai do vereador carioca Carlos, viu seus filhos Eduardo e Flávio se reelegerem deputado federal e senador.

Negócio de família

Para o professor José Marciano Monteiro, da Universidade Federal de Campina Grande, não há como compreender o Brasil sem se analisar a relação entre família e política.

“No Brasil a política ainda continua sendo um negócio de poucas e privilegiadas famílias. A variável família importa para se compreender padrões de representação política. O peso simbólico e material que esta família possui, através dos capitais, historicamente acumulados, influenciam diretamente nas estratégias de acesso à representação política”, afirma ao Congresso em Foco o sociólogo, que é autor do livro A Política como Negócio de Família.

“O acúmulo desses capitais, realizado pelo grupo familiar, em tão longevo tempo, no aparelho de Estado, importa para acessar e estabelecer conexões com instituições do estado e do mercado, o que potencializa o acesso a cargos eletivos”, destaca o professor.

Segundo Marciano, as estratégias de reprodução do grupo familiar no espaço da política não seriam possíveis sem os privilégios acumulados e propiciado pelo sistema político. “Este que está montado para privilegiar os grupos de oligarquias de base familiar, daí que tem se tornado um padrão de representação famílias colocarem filhos, netos, esposas para ocuparem cargos eletivos em diversas instâncias de representação política”, explica.

Veja as gerações dos Andrada no Congresso:

FONTE CONGRESSO EM FOCO

Prestação de contas do mandato do Vereador Pastor Angelino

Como representante do povo estou aqui para neste breve vídeo prestar contas das nossas ações nesse primeiro ano de mandato.
Foram dias de muito trabalho onde realizei aproximadamente 500 atendimentos em meu gabinete, apresentei 116 Indicações, 51 Requerimentos, 126 solicitações na prefeitura, percorri a cidade de Conselheiro Lafaiete ouvindo as pessoas muitas já foram atendidas em suas demandas outras ainda estamos aguardando para que sejam contempladas em suas solicitações de melhorias para suas ruas e bairros.

Fiscalizamos e cobramos de forma incansável o executivo para que benfeitorias cheguem com transparência a população.
O vereador é um funcionário público pago com os impostos dos cidadãos e por isso julgo necessário prestar contas do trabalho que tem sido feito.
Se hoje estou como vereador em Conselheiro Lafaiete, devo isso, a todas as pessoas que confiaram e votaram em mim, por isso, devo ao povo da nossa cidade essa prestação de contas; nosso mandato desde o primeiro dia tem sido pautado na transparência e no compromisso com as pessoas.
Que em 2022 possamos com a ajuda de Deus trabalhar muito mais pela nossa cidade e o nosso povo.
Um abraço e gratidão a todos pela confiança em nosso trabalho. Vereador Pastor Angelino- Conselheiro Lafaiete (MG)

https://youtu.be/akS9dnwOyno

Segundo vereador mais votado é cassado por assédio sexual

Marquim das Bananas foi acusado de quebra de decoro parlamentar por suposto assédio sexual contra ex-assessora parlamentar

O segundo vereador mais votado de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, foi cassado por quebra de decoro parlamentar. Marcos Antônio Rodrigues, o Marquim das Bananas (PSD), foi eleito, em 2020, com 1.828 votos. Oito meses depois de tomar posse, ele foi alvo de uma comissão processante devido a acusações de assédio sexual contra sua ex-assessora parlamentar. A sessão de julgamento aconteceu na última quinta-feira (4/11) e culminou com a cassação do mandato. Dos 17 vereadores, 12 votaram pela cassação, 4 pelo arquivamento da denúncia. O denunciado não votou.

A audiência de julgamento começou às 8h e se alongou até às 16h. Na primeira etapa, foi lido o relatório da comissão processante, composta pelo relator José Eustáquio de Faria Júnior (PODEMOS), pelo presidente da Casa João Batista / Cabo Batista (CIDADANIA) e pelo membro Mauri Sérgio / Mauri da JL (MDB). Ao final, a comissão recomendou a cassação do mandato, por entender que a conduta de Marquim das Bananas frente à ex-assessora não é compatível com a dignidade da Câmara, o que caracteriza a quebra de decoro parlamentar.

Na segunda etapa da audiência, advogados de acusação e de defesa apresentaram as argumentações. Os vereadores, incluindo o denunciado, também puderam se manifestar. O processo tramitou em sigilo e a sessão foi a portas fechadas.

Segundo a ata, divulgada pela assessoria da Câmara Municipal, votaram contra a cassação: Bartolomeu Ferreira (DEM), Itamar André (PATRIOTA), João Marra (PATRIOTA) e Lásaro Borges (PSD).

Para a cassação ser formalizada é necessária a publicação do decreto legislativo no Diário Oficial. A Justiça Eleitoral será notificada e determinará o suplemente que assumirá o cargo. O próximo vereador mais votado do PSD é Nivaldo Tavares, que obteve 656 votos.

Marquim das Bananas deixou o plenário da Câmara Municipal logo depois do resultado. Ele não quis se pronunciar. Na frente do prédio, um manifestante segurava uma pizza e uma penca de bananas. Entre terça (2/11) e quarta-feira (3/11), faixas foram fixadas na câmara pedindo a cassação, porém elas foram removidas.

Uma denúncia também foi apresentada pela ex-assessora, no Ministério Público e na Polícia Civil. Além do processo legislativo, Marquim das Bananas também estará sujeito, provavelmente, a responder criminalmente.

O que diz as partes

A advogada da ex-assessora parlamentar afirmou que a justiça foi feita. Emocionada, Kátia Andrade declarou: “Não havia outro resultado que não fosse a cassação, […], em razão dos fatos, das provas que nós apresentamos. […] Mesmos os que votariam contra naquele momento, tenho certeza, que intimamente todos têm certeza, que o assédio sexual aconteceu. Eles poderiam votar por outros motivos, por cooperativismo, por razões desconhecidas, mas não por falta de provas e de evidências”, disse.

Já o advogado de Marquim das Bananas, José Ricardo Souto, informou que recorrerá da cassação na judiciário. “Acredito que foi extremamente injusta. Há algumas ilegalidades que foram cometidas. Não houve assédio sexual. Para caracterizar assédio sexual é necessário que haja uma relação de emprego, uma relação de superioridade, e o que se apurou nos autos é que havia uma relação entre eles anterior à posse, antes dela se tornar assessora. Ela, em diversas oportunidades, pediu emprego. Se foi assediada como é que ela aceitou o emprego?”

Polícia Militar foi chamada

No final da sessão, a Polícia Militar compareceu à Câmara Municipal. Segundo o presidente Ezequiel Macedo (PP), Marquim das Bananas teria proferido ameaças contra o vereador Gladston Gabriel (PODEMOS). Ele não soube precisar quais foram as palavras ditas.

Os militares colheram informações da vítima e de testemunhas. Marquim das Bananas não estava na câmara quando a PM chegou. Ele havia deixado o prédio minutos antes.

O advogado de Marquim das Bananas, José Ricardo Souto, afirmou que o cliente fez apenas uma manifestação de insatisfação com o resultado, o que, na visão dele, não configura ameaça.

O que diz o parecer da comissão?

Durante depoimento na comissão, Marquim das Bananas afirmou que se apaixonou pela ex-assessora parlamentar durante a campanha eleitoral, entre outubro e novembro de 2020. Disse ainda que a mulher teria correspondido. Porém, a relação teria terminado antes do início do mandato, em janeiro de 2021.

Ainda em depoimento, o agora ex-vereador disse que a ex-assessora tirava a roupa na frente dele para seduzi-lo. Porém, não teve uma relação sexual consumada. Informou ainda que a levou ao motel duas vezes, sendo que na última, no final de fevereiro, a entregou a quantia de R$ 500.

A comissão, no parecer, aponta que o depoimento já indica uma conduta ‘questionável, uma vez que, segundo seus relatos, teria ele, um homem casado, nomeado para seu gabinete uma mulher com quem teria um envolvimento amoroso/afetivo e, além disso, foi ao motel com a mesma mediante pagamento. O pagamento, indica, no mínimo, uma relação promíscua do parlamentar.’

Depoimentos de testemunhas indicaram que a relação entre o vereador e a denunciante era frio e seco. “O vereador sequer conversava (com ela) na frente de terceiros. Quando tinha que lhe pedir algo, passava para os outros repassarem o recado”.

Uma assessora parlamentar, que trabalha no gabinete ao lado, narrou que já presenciou Marquim das Bananas irritado. O episódio aconteceu quando ele ofereceu carona para a ex-assessora e ela recusou.

O parecer da comissão processante também aponta que houve contradições no depoimento de Marquim das Bananas. Em certo momento, ele disse que a ‘relação era afetiva/amorosa’ e depois indiciou que não tinha interesse sexual, ‘a tratava como filha’. O vereador também afirmou que depois da eleição, que ocorreu em 15 de novembro de 2020, perdeu a confiança nela. A comissão escreveu: “Ora, a relação era amorosa/afetiva, de paternidade, ou sequer havia relação de confiança? E se não havia mais confiança, por que o denunciado a nomeou e manteve em um cargo de confiança?”

Sobre provas, a comissão caracterizou que comportamentos abusivos acontecem em locais e momentos privados, e não em público, o que dificulta a comprovação.

Algumas gravações apresentadas pela acusação, mostram a ex-assessora dizendo que ‘queria apenas fazer o seu trabalho, e que não estava disposta a se prostituir pelo emprego’.

A ex-assessora, em depoimento, alegou que o vereador pedia fotos de conteúdo íntimo para que ele se sentisse bem, e lhe oferecia dinheiro para ambos saírem juntos.

No final de fevereiro, a ex-assessora disse que aceitou sair com o vereador, com a promessa de que depois a deixaria em paz.

A comissão inferiu: “Esses pontos […] demostram que a ex-assessora estava sob grande pressão […] e que o parlamentar usou de sua posição de poder, e se aproveitou, […], para constrangê-la com conotação sexual, o que, certamente, não é compatível com a dignidade da casa.”

FONTE ESTADO DE MINAS

Vereadora Damires desabafa: “eu vou até o fim para que se concretize a justiça e ninguém vai calar a minha voz”; ela relatou que pensou em deixar o mandato

Usando a Tribuna da Câmara na noite de terça-feira (3), na primeira sessão do retorno do recesso parlamentar de julho, a Vereadora Damires Rinarlly (PV) fez um discurso afirmativo diante da violência e ataques pessoais nas redes sociais que a fizeram mudar a rotina pessoal bem como o exercício da sua função pública estando vereadora dessa casa.

Os ataques dirigidos a atuação em favor do grupos LGBTQIA+, a causa animal e enfretamento da violência contra mulher ganharam repercussão nacional, tanto que ela conseguiu medidas protetivas na Justiça.
“Nesse momento eu faço reforçar e comunicar a todas às pessoas que me apoiaram que todas as medidas judiciais cabíveis foram tomadas, inclusive estou amparada com uma medida cautelar que impede o acusado de ter contato comigo, bem como vir até essa casa legislativa”, assinalou.

E enfatizou “eu vou até o fim para que se concretize a justiça. Até porque após eu não me calar, tantas outras pessoas que já foram vítimas desse sujeito também tiveram forças e voz para relatarem suas violências. Essa não é uma luta só minha, essa luta é de várias pessoas”.

Damires reconheceu que o medo das agressões lhe fez refletir sobre permanecer no mandato. Não posso negar que tive medo sim, que repensei diversas vezes em até mesmo permanecer ou não como vereadora, e até foi mencionado que eu estaria fazendo campanha política. Eu não precisei de fazer campanha desonesta, tampouco de alguém nesse ponto para eu estar eleita aqui hoje”, ressaltou.

“Eu estou aqui hoje por nós, porque nada e nem ninguém vai calar minha voz. Apesar de toda essa adversidade que eu vivi, eu soube que eu não estou e nunca estive sozinha, eu tenho muitas pessoas junto comigo. Algumas pessoas me disseram duas frases muito especiais que o meu nome já é plural: “Damires só é Damires, porque somos Damires, não sou só eu, somos nós!” e eu só estou aqui por nós e uma outra frase que eu tenho repetido todos os dias da minha vida “ é quem me cuida e me protege, não dorme” Deus é o fundamento da minha vida e sempre será, eu tenho certeza absoluta que Ele tem um propósito para mim e eu vou seguir esse propósito e eu peço à Ele, para que eu seja instrumento da Sua palavra, e assim vai ser e sempre será.

Eu agradeço imensamente o apoio que eu tive não só a mim, mas a toda minha família, nós vamos continuar, e quem duvidou que nós íamos mulherar o mundo se enganou, porque nós vamos e nós vamos forte”, finalizou emocionada.

https://youtu.be/IXbX_6ZofSA

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A Associação Nossa Senhora da Assunção Pastoral realiza a eleição e posse de sua nova Diretoria

A Associação Comunidade Nossa Senhora  da Assunção Pastoral, sediada no Bairro Triângulo, em Conselheiro Lafaiete-MG, realizou na data de 21 de março de 2019, a eleição e posse de sua nova Diretoria e Conselho Fiscal . Foram eleitos e empossados para um mandato de dois anos:

  • Presidente: Efigênia Gomes dos Santos Lima
  • Vice-Presidente: Ana Paula Gomes dos Reis
  • Primeira Secretária: Eliane Aparecida de Freitas Walsh
  • Segunda Secretária: Helena Miranda Assis Oliveira
  • Tesoureira: Maria de Fátima Moraes Marcília
  • Segunda Tesoureira: Irani Regina Leonel Silva
  • Conselho Fiscal – Efetivos: Ilda dos Santos Chaves, Raimunda Siqueira de Jesus Pereira e  Sônia Maria  Costa dos Santos
  • Conselho Fiscal  -Suplentes: Maria Antônia Chaves, Márcia dos Santos Siqueira e Marcos Ribeiro de Lima

A nova Diretoria terá um mandato de dois anos e dará continuidade ao relevante serviço prestado à comunidade/DIVULGAÇÃO

A  nova Diretoria terá um mandato de dois anos e dará continuidade ao relevante serviço prestado à comunidade, principalmente no cuidado e atendimento para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes.

Liga prorroga eleições para abril

Em nota divulgada agora a pouco, a Liga de Desportos de Conselheiro Lafaiete comunicou que cancelou as eleições previstas para amanhã, dia 9, e prorrogou para até 25 de abril o mandato do atual presidente da entidade, Adjalma Rodrigues Ferreira. “Considerando as orientações do Departamento Jurídico da Liga de Desportos de Conselheiro Lafaiete; Considerando que o mandato da atual diretoria vencerá em 25 de abril de 2019; Considerando que os clubes filiados, em sua totalidade, possuem pendências junto à tesouraria da Liga de Desportos de Conselheiro Lafaiete;  Considerando o cumprimento do Estatuto da Entidade, Cancelar a Eleição prevista para o dia 09/01/2018”, informou o comunicado distribuídos aos clubes e desportistas.

Adjalma continua no comando da entidade até abril

Uma nova data das eleições ainda será publicada para reabertura do prazo para o registro de chapas. Segundo informações, um novo calendário de eventos será definido e a Taça Vertentes deve iniciar em meados de fevereiro.

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