Aos gritos de protesto e revolta, moradores defendem proposta para suspender as atividades da barragem de Casa de Pedra, querem retirada de suas casas e indenização

Mais de 1,5 mil moradores se espremeram ontem a noite na rua Carlota Cordeiro e expressam aos gritos de “fora barragem” a indignação, a apreensão e a insegurança em que vivem no Bairro Residencial que fica há menos de 200 metros de empreendimento da CSN.

Moradores de Congonhas lotaram reunião e expressaram indignação

A reunião foi convocada pela associação de moradores, mas levou a assembleia popular moradores de diversas parte de Congonhas já que o assunto mobiliza a “Cidade dos Profetas” e é o principal tema das conversas entre os mais de 51 mil habitantes. “Desde sexta feira quando houve o rompimento da barragem em Brumadinho não durmo”, revelou o prefeito Zelinho (PSDB) que esteve presente a reunião. “Foi um momento de mobilização e a população atendeu nosso chamado e mostrou que está unida”, disse o presidente da Associação do Residencial, Warlei Ferreira.

Apesar de certo tumulto onde os moradores gritavam palavras de ordem contra a mineradora, as pessoas se solidarizaram com a causa em garantir a segurança diante do risco que apresenta a barragem Casa de Pedra cuja capacidade é 4 vezes a de Córrego do Feijão em Brumadinho e a maior da América Latina em área urbana. Há quase 10 anos, a barragem é alvo de críticas pelos moradores.

Horas antes da reunião, o prefeito Zelinho soltou uma nota em que a prefeitura proibia qualquer alteamento em barragem e responsabilizará criminalmente diretores de mineradoras em caso de rompimentos. Marcaram presença na reunião o prefeito Zelinho, vereadores e o promotor Vinicius Alcântara.

Propostas

Mais de 1,5 mil moradores lotam a reunião e até subiram em laje para participar do ato contra barragem

Os membros da associação apresentaram três  propostas de ações a serem reivindicadas pela população de Congonhas à Companhia Siderúrgica Nacional. Depois de aprovadas por unanimidade pelos moradores, elas serão apresentadas hoje a CSN. Por volta das 14:00 horas, os congonhenses  se reúnem na praça Jk de onde partirão até a mineradora para entregar as demandas da comunidade.

Outras manifestações estão previstas em Congonhas. O vereador Feliciano Monteiro está organizando uma paralisação do acessoa CSN.

  1. Desocupação imediata dos bairros Residencial Gualter Monteiro e Cristo Rei com remoção dos moradores para residências em áreas seguras da cidade, sob responsabilidade da CSN.
  2. Suspensão das operações na barragem e monitoramento constante de sua estrutura com pessoal qualificado, além de iluminação de toda sua área.
  3. Indenização às famílias por danos morais em decorrência da situação de ameaça constante vivida por todos desde a instalação da barragem no local e seus processos de alteamento.

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Presidente do Bairro Residencial defende retirada de moradores perto da barragem; CSN já solicitou alteamento de 11 metros

Warley Ferreira, presidente da associação dos moradores do bairro Residencial/Reprodução

Em meio a polêmica instalada em Congonhas em torno da desconfiança sobre a estabilidade das barragens, em especial da CSN, o Presidente da Associação Comunitária do Bairro Residencial, defendeu a retirada dos moradores para outro local mais seguro.

Cerca de 3,5 mil pessoas moram bem próximos a barragem da CSN cuja capacidade chega a 50 milhões de m² e é a maior da América Latina em área urbana. “Já conversamos com a comunidade e a solução seria a construção de um novo bairro para abrigar os moradores que ficam perto da barragem. Em caso de rompimento, a tragédia seria de proporções inimagináveis”, afirmou Warlei Ferreira.

Ele disse que os moradores querem uma solução imediata diante da apreensão vivencida por centenas de famílias.  “Nós não aguentamos mais viver sob a tensão, o medo insegurança. Muitos moradores nem dormem aqui de tanto medo. Se uma mina desativada em Brumadinho causou uma tragédia daquelas, imagina aqui em Congonhas”, questionou.

Warlei comentou que muitos moradores estão se transferindo. “ A situação piorou nos últimos dias e a tensão cresceu ainda mais. Muitos moradores estão mudando daqui pois não aguentam a pressão e o medo. Muitos estão alugando suas casas”, assinalou.

Segundo Warlei a situação de insegurança atinge Congonhas. “Em caso de rompimento a lama atingiria a cidade como um todo. Chegou a hora de desativar esta barragem antes de uma tragédia atinja nossa cidade. Temos que mobilizar a população”, finalizou.

Hoje a partir das 19:00 horas,  acontece reunião com a comunidade para discutir a situação da barragens em Congonhas. Diversos segmentos estarão presentes.

CSN solicitou alteamento de 11 metros em barragem

Barragem está localizada a menos de 200 metros do bairro Residencial/Reprodução
Barragem está localizada a menos de 200 metros do bairro Residencial/Sandoval de Souza

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) informou que há três barragens no complexo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Congonhas, e um processo de revalidação de todo o complexo está em análise pelo órgão. A mineradora trabalha no limite de capacidade em suas barragens.

Um dos pedidos da empresa é de Licença de Instalação para alteamento a jusante da barragem de 11 metros. A barragem saltaria de 933 para 944 metros.

Localizada a 150 metros da comunidade do bairro Residencial Gualter Monteiro, a barragem, com capacidade de cerca de 50 milhões de metros cúbicos – volume similar ao de Fundão -, ainda é motivo de temor para aqueles que moram na cidade. “Em 1979, pequenas barragens de Casa de Pedra se romperam e ali começou a preocupação. Anos depois, em 2008, o bairro Santa Mônica ficou inundado com o rompimento da Barragem do Vigia. Já em 2015, o rompimento de uma barragem na Mineração Herculano, na cidade de Itabirito, nos deixou ‘ouriçados’”, conta Sandoval de Souza Pinto Filho, diretor de Meio Ambiente da União de Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon).

Sandoval atesta que o medo de rompimento da barragem é frequente. “Basta uma chuva e a apreensão é enorme. Tem gente que mora a 80 metros abaixo da barragem. O rompimento em Brumadinho só evidencia o nosso medo”, acrescenta, contando que um casal de amigos que trabalhava na Vale está desaparecido na tragédia que se abateu sobre o município da Grande BH.

O medo da barragem de Casa de Pedra se romper é passado de geração em geração. A fala de Sandoval sobre o medo em épocas de chuva é exemplificado em um caso contado por Rodrigo Ferreira. “Em 2018, houve uma forte chuva na cidade. As crianças de uma escola se assustaram com o barulho provocado por um trovão e começaram a gritar falando que a barragem tinha rompido. Foi um grande desespero, pois as professoras tiveram que acalmá-las e explicar que não houve rompimento”, diz.

Colaboração: BHZ

Moradores de Carreiras espalham faixas contra a implantação da APAC

Faixas expressam indignação dos moradores/Reprodução

O anúncio da implantação da sede da Associação de Proteção e Amparo aos Condenados (APAC) de Ouro Branco na comunidade de Carreiras movimenta os moradores. Prevista para se construída no Bairro Rancho Novo, em Lafaiete, a nova área, cedida pela Gerdau, está localizada próxima ao Distrito Industrial, na MG 129. Porém já encontra resistência dos moradores que desde o anúncio oficial do terreno iniciaram uma mobilização contrária a sede da entidade perto de Carreiras.

Indignados, eles espalharam faixas ao longo da rodovia que corta a comunidade expressando revolta já que sequer os moradores foram consultados na construção da APAC. Em meados de novembro, diretores da APAC promoveram uma reunião com a comunidade onde explicaram que a sede não traria reflexos na segurança pública.

Não satisfeitos com as justificativas, a Associação de Moradores formou uma comissão representativa de 4 membros para assumir a iniciativa da discussão da construção da APAC e desde então vem mobilizando os moradores em torno dos interesses da comunidade. “Não fomos ouvidos na definição do terreno. Vieram aqui e explicaram como seria a APAC mas não ficamos satisfeitos e suficientemente informados sobre o assunto. Mobilizamos a comunidade para que ela assuma esta discussão. Nós não concordamos com esta obra em nossa Carreiras”, salientou Cristiano Gilberto, integrante da comissão. No último dia 16 a comissão protocolou junto a prefeitura de Ouro Branco um ofício solicitando inúmeras informações, inclusive a realização de uma audiência pública para discutir e ouvir os moradores sobre os impactos da construção da APAC dentro de Carreiras. O Ministério Público também já foi acionado para intervir no caso da APAC.

Na próxima semana, a comunidade vai ouvir as explicações do Comando da PM sobre a segurança em torno da construção da APAC e seus reflexos na comunidade.

Rancho Novo

Em junho do ano passado, foi lançada a pedra fundamental da APAC de Ouro Branco em um terreno, cedido pela Gerdau, situado no Bairro Rancho Novo. No dia 7 de julho, os moradores promoveram uma reunião onde contestaram a escolha do local, bem perto da comunidade e em uma área situada no Município de Lafaiete.

Após pressão dos moradores e o Ministério Público considerar o terreno muito perto do Sítio Histórico da Varginha, a Gerdau formalizou um novo terreno em Carreiras.

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Moradores cobram retorno de ponto de ônibus na Rua Brasil

Moradores e usuários do transporte público cobram o retorno do ponto de ônibus na rua Brasil, retirado há menos de 20 dias. O ponto já existe há mais de 50 anos e sua desativação gerou protestos gerais. Os moradores desconhecem as razões que levaram da retirada e enviaram ao prefeito Mário Marcus (DEM) um abaixo assinado com mais de 200 assinaturas cobrando uma ação em favor dos usuários do transporte público.

Além dos moradores, o ponto é de serventia para mais de 50 pessoas assistidas pela ASAPAC (Associação de Amparo a Pacientes de Câncer). A falta da tradicional parada prejudica também os pacientes da associação que são obrigados a se locomoverem para pontos mais distantes para tomarem a lotação.

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De novo: carreta trava trânsito na Chapada; moradores acionam Ministério Público

A situação passou dos limites e exige uma atitude imediata do poder público na fiscalização das carretas na região da Chapada. Agora a pouco, um caminhão trava o trânsito na Ruth de Souza.

Moradores já decidiram que vão acionar o Ministério Público para buscar uma solução para o perigo e falta de segurança na via. Hoje a tarde acontece uma reunião entre a promotoria.

Moradores se mobilizaram para barrar APAC e exigem melhorias na MG 126 diante de acidentes

 

Acontece amanhã, por volta das 19:30 horas, uma reunião onde os moradores do Bairro Rancho Novo vão debater e protestar contra a construção da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Ouro Branco. O terreno onde será erguida a obra doada pela Gerdau e situa-se na divisa de Lafaiete e Ouro Branco. Parte da futura sede encontra-se dentro do Município de Lafaiete.

Moradores querem discutir construção da APAC mas temem pela segurança

Porém a proximidade com a comunidade do Rancho Novo e com diversos sitiantes trouxe a tona a preocupação com a violência e a circulação de pessoas condenadas pela Justiça. “Não Queremos esta obra perto de nossos terrenos. Que ele construam em outro lugar”, desabafou a artista plástica, Cidinha Dutra que possui um sítio próxima a APAC. Ele teme pela segurança.

Municípios

A polêmica já chegou a atual administração e segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Rafael Lana, os prefeitos estão em tratativa sobre a construção da APAC.Segundo ele, o local escolhido está dentro dos trajetos de dois caminhos turísticos e religiosos, a saber o CRER ( Caminhos Religiosos da Estrada Real) e os Caminhos de Sãotiago.

Rafael adiantou que levará o assunto para se discutido dentro da próxima reunião dos prefeitos que compõem os Caminhos de São Tiago que ocorre na semana que vem, inclusive Lafaiete e Ouro Branco integram este projeto.

Acidentes

Há menos de uma semana um jovem perdeu a vida no trevo do Rancho Novo

Entre outro assunto que será debatido na reunião será o grande número de acidentes na MG 129. Os moradores cobram instalação de redutores de velocidade, pinturas de faixas e sinalização no trevo do Rancho Novo.

Estão previstos para participar da reunião lideranças como Wiladerlan Alves de Souza, Presidente da Famocol; Crispim Ribeiro (Sorear), Flávio Oliveira (DEER), Major Marco Antônio (APAC) dentre outras.

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