Mineradoras da região de Congonhas vão aderir a plano municipal de segurança

Mineradoras da região de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, vão aderir a um plano municipal de segurança para a população. A cidade histórica é cercada por barragens e 10% dos moradores vivem em áreas de risco.

A população do município é cercada por 24 barragens. Seis delas ficam em Ouro Preto, também na Região Central, mas a lama atingiria o município em caso de rompimento. E os moradores não têm sossego.

A população do município é cercada por 24 barragens. Seis delas ficam em Ouro Preto, mas a lama atingiria município em caso de rompimento/DIVULGAÇÃO

Desde o ano passado, a prefeitura tenta implementar um plano de segurança de barragens. Nesta terça-feira (16), representantes das quatro mineradoras da região –- CSN, Vale, Ferrous e Gerdau — se comprometeram a participar das próximas reuniões para execução do plano.

A Defesa Civil do município estima que cerca de 5 mil moradores vivam em áreas que poderiam ser atingidas pela lama dessas 24 barragens. A prefeitura quer unificar os planos de emergência de todas as estruturas e realizar, em seis meses, um grande simulado envolvendo toda essa população.

“Não dá numa situação igual a de Congonhas, você acionar um plano de emergência, uma sirene, e falar para qual evento que é. São muito próximos os eventos. Então, primeiro você tem que integrar esse plano de contingência para que que você faça o acionamento disso, e as pessoas fiquem fique numa zona segura para que você faça a reconstituição, verifique o que está acontecendo e aí as pessoas voltem para suas casas”, disse o secretário municipal de Meio Ambiente, Neylor Aarão.

Outra proposta é usar aplicativos e mensagens de celular para avisar a população sobre qualquer risco nas barragens.

“A partir do detalhamento das ações do plano, a gente vai poder entender o papel e a responsabilidade de cada um dos entes, do poder público e das empresas, para que a gente possa avaliar ponto a ponto as questões do plano”, afirmou o representante das mineradoras Cristiano Parreiras. O plano de segurança vai custar R$ 5 milhões e será custeado pelas empresas. Fonte G1 globo

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A retirada de aproximadamente 2,5 mil pessoas que vivem nas proximidades da Barragem Casa de Pedra, na Região Central de Minas, vai virar caso de Justiça.

Não houve acordo entre o Ministério Público e a CSN em torno da retirada de moradores/DIVULGAÇÃO

A decisão surgiu depois de a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) ter ignorado o prazo de resposta à recomendação feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o promotor Vinícius Alcântara Galvão, da comarca da cidade, afirma que as tentativas de acordo estão encerradas. “Não estou disposto a discutir a aceitação da recomendação, apenas a forma, como prazos e condições. Só não entrarei com ação civil se a empresa disser que acata o que pedimos”, afirma.

Evacuação

Nesta segunda-feira, venceu o segundo prazo, sem que a mineradora novamente se manifestasse. “Vamos dar continuidade ao processo.

Embora achemos que uma recomendação deva ser cumprida, ela não é obrigatória. E quando não é cumprida, juntamos elementos para propor ação”, explica Galvão. O promotor se reuniu nesta terça-feira com líderes comunitários para pegar informações que vão nortear a ação a ser proposta nos próximos dias. “A necessidade de remover as pessoas é algo que consideramos inegociável. Em caráter emergencial, propusemos o aluguel para, mais à frente, estudar a viabilidade de indenizações e outras medidas”, diz. “Essas pretensões são as mais justas que já vi. Acredito naos argumentos colocados ali e na necessidade de serem cumpridos.”

O Promotor Vinícios Alcântara disse que a recomendação é um marco e a remoção dos moradores tem base na dignidade da pessoa humana; segundo ele as remoções acontece sempre após as tragedias /CORREIO DE MINAS

Além de retirar moradores dos bairros Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro, a promotoria pede que a empresa forneça aluguel de R$ 1,5 mil para cada núcleo familiar e arque com as despesas das mudanças.

De acordo com a recomendação, a mineradora deverá ter ainda um plano para remoção voluntária dos moradores dos dois bairros, seja por meio da compra de imóveis em Congonhas ou outra cidade; ou mediante a criação de bairros, com toda infraestrutura prevista em lei, e/ou mediante a indenização dos proprietários.

Na avaliação dos imóveis, a orientação é de não se considerar a desvalorização, devido aos rompimentos das barragens em Mariana e Brumadinho. A empresa terá ainda que apresentar, em caráter emergencial, solução para o fechamento da Creche Dom Luciano, e a transferência da Escola Municipal Conceição Lima Guimarães. A recomendação é alugar imóveis que comportem essas instalações. Além disso, deverá arcar com todas as despesas de mudança e ajustes dos prédios aos enquadramentos técnicos necessários. Fonte: Jornal Estado de Minas

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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) poderá analisar, até às 17h da próxima segunda-feira (8), se cumprirá as recomendações feitas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) referentes à barragem Casa de Pedra, localizada em Congonhas, na Região Central do estado. O adiamento foi acordado em reunião entre representantes da empresa, da Promotoria e de moradores do município, realizada na tarde desta terça-feira (2) na sede do Núcleo de Resoluções de Conflitos Ambientais do MP.

Entre as medidas solicitadas pelo órgão e por moradores de Congonhas está a retirada dos moradores dos bairros Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro, próximos à barragem. Nesse ponto, a companhia alegou dificuldades para cumprir a medida, considerando a necessidade de informações mais aprofundadas e a participação de outros agentes da empresa.
Barragem Casa de Pedra tem capacidade para 21 milhões de metros cúbicos, quase o dobro da estrutura que se rompeu em Brumadinho/REPRODUÇÃO

A CSN terá que responder até a próxima segunda-feira se bancará aluguel emergencial para as famílias afetadas, inclusive aquelas que já se deslocaram em função do medo. Além disso, a empresa analisará se também vai fornecer um pagamento emergencial mensal de R$ 1,5 mil a essas famílias.

A companhia também terá que examinar a possibilidade de realocação da Creche Dom Luciano, fechada desde que as comunidades próximas à barragem ficaram apreensivas com a situação da barragem. De acordo com o MPMG, a instituição atende 130 crianças.
No documento de recomendações do MP, o órgão também pedia que a CSN providenciasse a transferência da Escola Municipal Conceição Lima Guimarães, também fechada, para outra estrutura. No entanto, a ata da reunião desta segunda-feira não faz menção à instituição de ensino.
Por fim, a CSN responderá, no mesmo prazo, se contratará peritos em segurança de barragens e uma assessoria técnica independente multidisciplinar para a comunidade.

Impasse

Em 26 de março, após o Ministério Público apresentar a série de recomendações, a CSN informou que não tinha interesse em cumprí-las.

Após a constatação, o órgão chegou a anunciar que entraria com uma Ação Civil Pública (ACP) na Justiça contra a empresa para determinar as medidas de segurança. Um dia depois da declaração,

a CSN mudou de postura e aceitou negociar com o MP e moradores.

Barragem

A Barragem Casa de Pedra está localizada praticamente dentro da cidade. A estrutura fica a 250 metros de casas e a 2,5 quilômetros do Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, patrimônio cultural da humanidade.
Em novembro de 2016, uma das estruturas da Casa de Pedra, o Dique de Sela, apresentou infiltrações. Naquela ocasião, leituras de técnicos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) constataram que o fator de estabilidade das ombreiras – apoios do maciço em morros – estava perigosamente abaixo do recomendado.
A estrutura tem o método de construção a jusante. Por ele, a barragem é amparada por terreno que vai sendo erguido ao lado dela e preparado para receber a estrutura. À medida que a estrutura vai sendo ampliada, ele vai crescendo.
Trata-se de uma técnica mais cara que a montante (método usado nas barragens de Fundão, em Mariana, e do Córrego do Feijão, em Brumadinho, que se romperam), cuja ampliação se faz em cima do próprio rejeito. Fonte: em.com.br
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A Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Defesa Civil Municipal, em entendimento com o Ministério Público do Estado de Minas Gerias, reuniu-se com as empresas mineradoras, nesta quarta feira, 27 de março, no Museu de Congonhas. A Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura expôs mapas e cenários de inundação na área urbana do município. Congonhas apresenta um cenário ímpar, adverso e potencializado pela aglomeração de barragens localizadas no interior e entorno do município (24 barragens), que demanda por sua vez a adoção de medidas especiais e o uso de tecnologias modernas de segurança e monitoramento.

Representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Defesa Civil de Congonhas e empresas – Cristiano Parreiras (Ferrous), Antônio Ferreira (Ferrous), Raquel Dutra (Ferrous), Joice Barbosa (Vale), Lucas (GWS Engenharia – Vale), Maurício de Souza, Ana Claudia Carvalho (Gerdau), Bruno Castilho (Gerdau), Karina Lima (Gerdau), Marcílio (Ferro+), Maurício da Silva (Vale), André Lauriano (GWS Engenharia – Vale), Danilo de Freitas (CNS), Wagner Cordeiro (Defesa Civil), José Pedro Miranda (Defesa Civil), Antenor Vechea (Defesa Civil), Ricardo Sotoriva (CODEMA e Defesa Civil Municipal), Thiago Guimarães (UNACCON), Sandoval Filho (UNACCON), Ozildo de Nascimento (UNACCON), Neylor Aarão (secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Congonhas – SEMMA), Marco Aurélio Cacheado e Juliana Niquini (SEMMA) debateram a proposta do Plano Municipal de Segurança de Barragens.

Prefeitura não descarta acionar a justiça caso mineradoras não adotem plano Municipal Segurança de Barragens/REPRODUÇÃO

O Plano Municipal de construção contínua e integrada, visa a suprir a obrigatoriedade do poder público de oferecer uma condição de resposta preventiva e segura a situações de emergência que tenham sua origem, sobretudo, nas estruturas de barragem. O custo de investimento e implantação cabe às empresas que possuem estas barragens. Considerando a urgência que o cenário requer, o plano de ações foi redefinido em cinco pontos prioritários, como proposta para o Plano de Trabalhos, prevendo de imediato o início da construção do Plano de Contingência Integrado, a unificação da comunicação, a criação e adoção de instrumentos modernos e de tecnologia de ponta para monitoramento e apoio a situações de emergência como a utilização de sistemas de informação por SMS que será enviado a todos telefones móveis que estejam ao alcance das torres de telefonia no município e o aplicativo de celular para deslocamento das ZAS – Zonas de Auto Salvamento –  até os pontos de encontro ou zonas de segurança.

O plano propõe também a adoção de medidas para salvaguarda e resgate do patrimônio histórico e cultural que estejam em área de risco. Outro item do plano é a criação de um Centro de Comando de Ações Emergenciais da Defesa Civil, com equipe e material qualificado para monitorar e comandar as ações emergenciais e de contingenciamento, que atue tanto nas barragens quanto em eventos provocados por ação humana ou da natureza (enchentes, vendavais, acidentes, deslizamentos de encostas, incêndios, etc.), dotado de equipamentos capazes de receber informações em tempo real sobre as condições de estabilidade, monitoramento e imagens das barragens.

A Prefeitura enviará a proposta para a avaliação mais detalhada das empresas, que realizarão discussões internas e responderão, de modo definitivo, até o dia 16 de abril, se passarão a adotar as medidas indicadas e apresentadas na reunião.

O secretário de Meio Ambiente destacou na palestra que “a meta é garantir a segurança e a ordem pública, alçando o município e empresas mineradoras a condição de exemplo nacional no desenvolvimento e implantação de políticas públicas de segurança de barragens, devendo para isto, serem adotadas ações inovadoras e eficientes, como as que estão previstas no Plano Municipal de Segurança de Barragens”.

A Prefeitura irá aguardar o prazo acordado (até 16 de abril), mas destaca que, como todas as medidas administrativas já estão esgotadas, caso as empresas não participem do plano de segurança de maneira voluntária, confirmando de fato a sensibilidade e a reciprocidade que delimitou toda a reunião, não está descartada a propositura de uma ação civil pública, sendo encaminhadas justificativas substanciais tanto à procuradoria do município, quanto pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, que deverão analisar a questão e podem ingressar nas vias judiciais para a afirmação dos direitos negligenciados, conferindo a segurança necessária a toda a comunidade.

CSN salienta que até 2019 terá 100% de rejeitos tratados a seco e “não há motivos para remoção de moradores”

O Promotor Vinícios Alcântara disse que a recomendação é um marco e a remoção dos moradores tem base na dignidade da pessoa humana; segundo ele as remoções acontece sempre após as tragedias /CORREIO DE MINAS

Em nota enviada à imprensa, a CSN reiterou a disposição do diálogo com o Ministério Público após recomendação expedida pelo Promotor Vinícius Alcântara, porém salientou que não motivos para remoção de moradores, já que os laudos demonstram estabilidade de barragem.

“A CSN Mineração reiterou o seu respeito ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e à atuação do promotor de justiça Vinícius Alcântara Galvão, da Comarca de Congonhas, assim como prioriza o diálogo e, sobretudo, o bem-estar da população de Congonhas. Entretanto, a empresa entende que não há motivo para a remoção dos moradores dos bairros Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro. Isso porque não existe qualquer tipo de risco relacionado à Barragem Casa de Pedra. A estrutura cumpre com todas as normas de segurança existentes e encontra-se devidamente autorizada a operar por todos os órgãos competentes, sendo que sua segurança foi e tem sido atestada não só por todas as autarquias necessárias como por auditorias de renome, além do próprio corpo técnico do MPMG.

Nesse contexto, é importante destacar que a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) da estrutura foi protocolada no MPMG e na Agência Nacional de Mineração (ANM), via SIGBM (Sistema Integrado de Gestão de Barragens de Mineração da ANM), conforme Resolução Nº 4 da ANM, no dia 11 de março de 2019 (data anterior à recomendação), sem qualquer pedido de postergação de prazo. Outro destaque é que a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil de Minas apontou, com relação à recomendação, que não houve elevação no nível de emergência da barragem nem a apresentação de qualquer documento que indique risco da estrutura. Ressalta-se, ainda, que a CSN Mineração está na vanguarda do tratamento de rejeitos, com investimento de R$250 milhões na tecnologia de empilhamento a seco. Com isso, até o fim de 2019, a empresa passará a processar 100% do seu minério a seco, descartando a utilização de barragens para o processo produtivo. A CSN Mineração reitera que está aberta ao diálogo com todos os públicos, prezando sempre pela transparência.

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Uma grande notícia para a região. Um da após a recusa de transferir cerca de 2,5 mil moradores dos Bairros Residencial Gualter Monteiro e Cristo Reis, na tarde de hoje, dia 27, os advogados da CSN procuraram o Ministério Público, através do Promotor Vinícios Alcântara, para abrir as negociações em torno das recomendação expedida há 12 dias. Os representantes estiveram em Itabirito para conversar com o promotor. “A empresa procurou o Ministério Público para dar continuidade as conversações em torno da recomendação. Dentro de 48 horas vamos marcar uma nova data para uma nova reunião em que vai ser discutida a possibilidade de acordo em torno dos itens constantes na recomendação. De forma que já estávamos preparados para ingressar com uma Ação Civil Pública, então a empresa requereu pela continuidade do diálogo. A recomendação permanece fundamental em nosso entendimento”, avaliou Vinicius.

O Promotor Vinicius Alcântara Galvão

Segundo ele, na semana que vem acontece a reunião para retomada das negociações e de uma solução consensual para a remoção dos moradores atingidos pela Barragem Casa de Pedra que queiram deixar suas casas por medo que eles têm vivenciado. Em ata, os representantes da CSN abriram ao diálogo para cumprimento dos itens da recomendação ou busca de soluções pertinentes.  “A própria empresa procurou a promotoria para abrir negociações de itens averbados na recomendação. É uma grande notícia para Congonhas”, finalizou.  Segundo Vinicius, uma equipe de promotores vai atuar na possibilidade do acordo.

 

 

 

Moradores de Congonhas cobram de mineradora resposta de retirada das famílias

Existe uma luta histórica em Congonhas por causa dos graves problemas gerados pelas barragens no Município, que acumulam 94 milhões de metros cúbicos de rejeito. No último período, o crime da Vale em Brumadinho, que ceifou centenas de vidas, deixou a população muito apreensiva.

Moradores querem uma solução pelo drama vivido perto da barragem/DIVULGAÇÃO

Nesse contexto, o MAB(Movimento dos Atingidos por Barragem) junto com a comissão local e apoiadores vem acompanhando a situação da população de Congonhas em especial das por volta de 2.500 pessoas em área de risco, dos bairros Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro  ameaçadas pelo risco iminente de rompimento da barragem de rejeito da CSN – Casa de Pedra. Tem-se a proposta de realização de descomissionamento, e a consequente necessidade de remoção das famílias da área de risco.

Há um desrespeito por parte da CSN para com os atingidos, a população está cansada de ser negado o direito a informação de quais riscos reais, vivenciam diariamente com o medo causando sofrimento mental nas mulheres, homens, idosos, crianças. As creches foram fechadas, escolas deslocadas, ela não vai nas reuniões e audiências públicas para responder as perguntas e preocupações da população. As perguntas dos moradores tem sido: Ate quando a CSN vai continuar torturando os atingidos?

Moradores acompanham de perto o desfecho da recomendação do ministério público /DIVULGAÇÃO

Diante desta situação e das reivindicações dos atingidos o Ministério Público do Estado da Comarca de Congonhas na pessoa do Vinicius, fez uma recomendação apresentando o histórico dos transtornos vivenciados pelos atingidos a partir de 2013 do risco de rompimento da barragem. A recomendação tem como objetivo central o pedido de retirada das famílias em área de risco, com embasamento no principio da prevenção e da dignidade da pessoa humana. Como também dar as famílias todas as condições físicas, psicológicas e estruturais de continuidade da vida como direito humano. E também a prevenção aos danos ambientais e econômicos.  No caso de rompimento seria 30 segundos tornando impossível o resgate estes bairros. Em 15 minutos atinge 3.740 edificações.

A recomendação foi entregue dia 16 3, tendo tempo de resposta da  empresa em 10 dias uteis, que será 26 3 ate as 17:30. Os atingidos vão se juntar na comunidade para receber a resposta neste dia a partir das 16:30hs. A população não vai se calar diante de um não ou retrocesso de direitos.

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Moradores protestam em frente a portaria de mineradora em Belo Vale

Moradores da comunidade rural Córrego dos Pintos, em Belo Vale, promoveram ontem uma manifestação da portaria da minerada Green Metals. Ontem, as contenções de uma lagoa não suportou um temporal e lama atingiu casas e nascentes.

Água potável distribuída aos moradores

Uma comissão formada por representantes da comunidade e diversos setores conversou com a empresa que se solidarizou com a situação dos moradores atingidos.

Os funcionários da mineradora retiram lama de minério onde há a captação de água para a comunidade dos Pintos. Já lama está sendo levada para dentro da empresa cujas atividades foram paralisadas ontem para atender os moradores. Caminhões da prefeitura de Belo Vale ajuda na retirada lama para melhorar as estradas rurais. A mineradora ofereceu água potável aos moradores.

O Ministério Público deve atuar no caso de crime ambiental.

 

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Promotor recomenda retirada de 2,5 mil moradores em até 10 dias sob barragem da CSN

Medida deve afetar mais de 600 moradias/DIVULGAÇÃO

O Ministério Público de Minas Gerais, da comarca de Congonhas, expediu nesta terça-feira uma recomendação para que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) providencie moradias provisórias para habitantes de aproximadamente 600 casas do município que estão ameaçada pela barragem Casa de Pedra. Ao todo, seriam cerca de 2,5 mil moradores que devem ser retirados das moradias. A CSN afirmou que não vai se manifestar, por ora, sobre a recomendação.

O secretário de Meio Ambiente da Prefeitura, Neylor Aarão, declarou ao MPMG que a CSN não fornece informações precisas sobre a barragem e, portanto, prejudica o plano de evacuação. Já a Defesa Civil Municipal estima que em caso de ruptura os primeiros imóveis podem ser atingidos em cerca de 30 segundos.

De acordo com o promotor Vinícius Galvão, que assina a recomendação, a mineradora CSN terá 10 dias para fazer a retirada dos moradores. Caso a empresa não concorde, o promotor informou que vai ingressar com uma ação civil pública contra ela. “A solução definitiva seria ou aquisição de imóveis para essas pessoas, ou a construção de outros dois bairros. O que não dá é as pessoas viveram sob esse risco iminente. Lembrando que essa mesma barragem já apresentou risco de rompimento em 2013 e em 2017”, afirmou.

Promotor Vinicius Alcântara Galvão apresentou um documento contento todo o contexto da situação da Barragem da CSN/DIVULGAÇÃO

A Barragem Casa de Pedra está localizada praticamente dentro da cidade. A estrutura fica a 250 metros de casas e a 2,5 quilômetros do Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, patrimônio cultural da humanidade. A estrutura tem o método de construção: a jusante. Por ele, a barragem é amparada por terreno que vai sendo erguido ao lado dela e preparado para receber a estrutura. À medida que a estrutura vai sendo ampliada, ele vai crescendo. É uma técnica mais cara que a montante (método usado nas barragens de Fundão, em Mariana, e do Córrego do Feijão, em Brumadinho, que se romperam), cuja ampliação se faz em cima do próprio rejeito.

A capacidade da estrutura, segundo a CSN, é de 21 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Porém, a prefeitura contesta a informação dizendo que o total chega a 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos.

Promotoria recomenda o pagamento de um aluguel de R$ 1,5 mil as famílias além de arcar com as despesas das mudanças

A recomendação do MPMG foi assinada nesta terça-feira. No documento, ao qual o Correio de Minas teve acesso, a promotoria de Congonhas recomenda a CSN que retire os moradores dos bairros Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro, “que assim desejarem”, forneça aluguel, o valor de R$ 1,5 mil para cada núcleo familiar, além de arcar com todas as despesas das mudanças.

A mineradora deverá um plano para remoção voluntária dos moradores dos dois bairros, “seja por meio da compra de imóveis em Congonhas/ou outra cidade; ou mediante a criação de bairros, com toda infraestrutura prevista em lei, e/ou mediante a indenização dos proprietários”. Na avaliação dos imóveis, a promotoria também recomenda que não seja considerado a desvalorização devido os rompimentos das barragens em Mariana e Brumadinho.

A empresa terá, ainda, que apresentar, em caráter emergencial, solução para o fechamento da Creche Dom Luciano, e a transferência da Escola Municipal Conceição Lima Guimarães. A recomendação é que imóveis que comportem as instalações destas unidades sejam alugados. Além disso, deverá “arcar com todas as despesas de mudança, e ajustes dos prédios aos enquadramentos técnicos necessários”.

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http://correio.local/contra-o-medo-e-o-pesadelo-liderancas-defendem-que-csn-retire-moradores-atingidos-pela-barragem-assembleia-de-minas-e-camara-dos-deputados-farao-audiencias-publicas/

Aulas são suspensas em Congonhas por medo de rompimento de barragem

A Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Educação, anunciou que vai paralisar temporariamente as atividades de uma creche devido à sensação de insegurança das famílias em relação à barragem de Casa de Pedra. Alunos de uma escola municipal também serão remanejados. O prefeito Zelinho e a secretária da pasta, Maria Aparecida Resende, se reuniram-se com os profissionais de educação nesta sexta-feira e tomaram a decisão.

O prefeito Zelinho comunicou ao aos pais a decisão

De acordo com a nota divulgada pela administração municipal, as atividades da Creche Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida serão interrompidas. Lá, estão 130 alunos, com idade entre 0 a 5 anos. Assim, sendo possível a realocação para outra instituição de ensino já que para atendê-los é necessário “estrutura diferenciada, com lactário, espaço para as crianças dormirem, entre outras especificidades.”

Já os estudantes e profissionais da educação da Escola Municipal Conceição Lima, que atende 120 crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental Ano Iniciais (1° ao 5° ano), serão realocados para o CEMEI Pingo de Gente. Na próxima semana, a equipe definirá os horários das aulas e, em seguida, se reunirá com pais e responsáveis para apresentar as mudanças e esclarecer dúvidas.

As aulas dos alunos transferidos terão início no dia 25 de fevereiro. As das demais instituições da rede municipal de ensino começarão na próxima segunda-feira, dia 18.

Vivendo sob o medo e a insegurança, moradores vão às ruas contra a CSN e impedem ônibus da mineradora

Cerca de 100 moradores participaram ontem a noite de uma manifestação e impediram  o fluxo de ônibus de trabalhadores da CSN. Com faixas de protestos, os manifestantes, entre eles mulheres, crianças, jovens e pais de famílias, cobravam com palavras de ordem uma solução para fim das atividades da barragem de Casa de Pedra, a maior em área urbana da América Latina.

Atos marcaram protestos contra a CSN

A principal reivindicação, é a transferência dos moradores do Residencial para uma outra até o final do descomissionamento da barragem, prometido pela mineradora.

ouve uma grande confusão e a PM foi acionada para conter os ânimos dos moradores que prometem novos atos até que sejam transferidos de suas casas onde vivem sob o medo e o pesadelo da possibilidade de rompimento da barragem.

O nível de insatisfação popular cresce a cada dia em Congonhas.

Moradores cobram transferências de suas casas

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