Participe da pesquisa sobre políticas públicas para as juventudes de Conselheiro Lafaiete

O Conselho Municipal de Juventudes de Conselheiro Lafaiete lançou uma pesquisa online sobre políticas públicas voltadas para os jovens entre 15 e 29 anos na cidade. O objetivo da pesquisa é conhecer as demandas e necessidades dos jovens e, a partir disso, propor ações que possam atender as expectativas da juventude local.

A participação dos jovens é fundamental para que a pesquisa seja representativa e gere resultados que possam contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas que de fato atendam as suas necessidades e interesses. A pesquisa é totalmente de múltipla escolha e leva cerca de 5 minutos para ser respondida.

Para participar, basta acessar o link https://bit.ly/pesquisacomjuve e preencher o questionário. O Conselho Municipal de Juventudes conta com a colaboração de todos os jovens de Conselheiro Lafaiete para que a pesquisa seja um sucesso e possa gerar benefícios para toda a comunidade jovem da cidade.

Não perca a oportunidade de contribuir para a construção de políticas públicas que possam melhorar a vida dos jovens em Conselheiro Lafaiete. A sua participação é muito importante!

Mulheres pretas têm maiores chances de morrer por violência interpessoal

Políticas públicas são defendidas para que o cenário possa ter alguma alteração; pesquisa da UFMG mostra que o fato é reflexo do racismo estrutural

“Mulheres estão morrendo e o que temos visto é que a situação não se altera”. A afirmação é da pesquisadora Isabella Vitral Pinto que realizou durante o doutorado no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) um estudo que revelou que mulheres pretas têm maiores chances de óbitos por violência interpessoal. Políticas públicas voltadas a este público são defendidas para que o cenário possa ter alguma alteração.

Mais de 100 mil casos de violência foram analisados por Isabella durante a pesquisa que teve o objetivo de realizar uma análise epidemiológica da violência interpessoal, com enfoque na Violência por Parceiro Íntimo (VPI).

“A violência é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como problema de saúde pública e neste sentido tenta organizar em três tipos: a interpessoal que é provocada por outra pessoa; o outro é a autoprovocada, o próprio indivíduo faz algum ato contra si e temos a violência comunitária, que é vinculada a violência urbana”, explica.

No caso da violência que foi alvo do estudo, o principal autor, na maioria dos casos, é justamente o parceiro da vítima. “A interpessoal pode ser perpetrada por uma pessoa conhecida e, no caso das mulheres, os principais autores são os parceiros íntimos. Temos outras situações como familiares, pais, mães e irmãos, ou seja, ela está sendo praticada por conhecidos, mas também é motivada pela desigualdade de gênero e das normas. O que mais vemos é a violência vindo de parceiros”.

Racismo estrutural 

Apesar de todas as classes e grupos raciais serem atingidas pela VPI, mulheres pretas, pardas, amarelas e indígenas têm 33% de mais chance de óbito após a violência interpessoal do que mulheres brancas. O racismo estrutural ajuda a explicar a situação e é um fator agravante. 

“O racismo é mais uma camada que temos de violência que se soma aos tipos definidos pela OMS e impacta de forma profunda. Ele justamente acaba agravando a situação destas mulheres, pois o acesso aos serviços é mais dificultado. A violência é complexa, multifatorial e para que ela saia da situação de violência envolve acesso à moradia, renda, emprego, rede de serviço. Então, as mulheres pretas e negras vão encontrar mais dificuldades de acessar esses direitos e, consequentemente, a saída da situação de violência”, alerta a pesquisadora.

Um dado que preocupa a pesquisadora é o fato da estabilidade no número de mulheres mortas. Em Minas Gerais, por exemplo, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em agosto do ano passado, indicou que 419 mulheres foram assassinadas em 2021. Desse número, 154 foi enquadrado como crime de feminicídio, que é considerado hediondo no país. Por lei, um assassinato é considerado feminicídio quando ocorre em função de algum tipo de violência doméstica ou familiar, ou quando resulta da discriminação de gênero, manifestada por misoginia e objetificação da mulher

“Os números são alarmantes e o que temos visto é que a situação não se altera”. Para Isabella é preciso que aconteça uma mudança cultural, mas também nas áreas de assistência social e saúde para que ocorra uma atuação intersetorial. A pesquisa demonstra, na análise do advogado William Santos, diretor de Inclusão da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG), o passado secular e atual do Brasil.

“Fomos um país escravista por mais de 300 anos e a condição da mulher sempre foi subjugada. Nas delegacias, criadas com o advento da Lei Maria da Penha, o sentimento é que as mulheres negras são as que mais sofrem violência doméstica e a pesquisa revela a constatação”.

Santos ainda vê um longo caminho a ser percorrido no país, já que para ele ainda houve a emancipação com a questão de gênero e raça. “Há muita discriminação e a mulher é sujeita a isso duas vezes: pela cor da pele e por ser mulher”, enfatiza.

Políticas públicas

Tanto Isabella quanto Santos defendem a efetivação de políticas públicas em prol das mulheres. “Numa perspectiva histórica houve o interesse no começo do século XXI em tratar o problema de uma forma séria. Tivemos a Secretaria de Política para Mulheres, a Conferência de Políticas para Mulheres e a própria Lei Maria da Penha. Agora, nos últimos anos o tema teve falta de sensibilidade e foi tratado como mimimi e não foi enfrentado como problema real. Isso trouxe prejuízo para as políticas públicas e para o enfrentamento da violência”, ponderou Isabella.

“Se não tiver a mão do Estado não basta ter lei. A Lei Maria da Penha, para exemplificar, não consegue coibir [a violência], ela veio como pressão para tentar diminuir e tem caráter punitivo. Às vezes as pessoas podem não entender o motivo de pesquisas como essa, porém ela explica a sociedade: machista e com resquícios colonialistas”, destaca o diretor de Inclusão da OAB-MG.

FONTE O TEMPO

Prefeitura de Ouro Branco apoia entidades assistenciais

Na terça-feira, dia 31/01, por meio de um convênio com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e Prefeitura Municipal de Ouro Branco, que foi executado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social foram fornecidos equipamentos e materiais permanentes para entidades que executam serviços socioassistenciais vinculados à política pública de assistência social. As entidades contempladas foram APAE, Bom Pastor e Instituto Miguel Fernandes Torres. Com esses equipamentos as entidades conseguirão fornecer uma maior comodidade e qualidade nos serviços ofertados para nossa população.

Audiência Pública sobre TEA na Câmara Municipal

Políticas públicas municipais voltadas para o Transtorno do Espectro Autista em debate

Amanhã, dia 9 de novembro, às 15h, no Plenário da Câmara Municipal, acontecerá Audiência Pública com o tema “Transtorno do Espectro Autista (TEA): políticas
públicas municipais”. A audiência foi um pedido de munícipes à Casa Legislativa.
Ouro Branco conta com a Lei Municipal nº 2495, de 19 de agosto de 2021, que institui sobre políticas públicas do município de Ouro Branco para garantia, proteção
e ampliação dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares. O projeto que deu origem à lei foi uma iniciativa de um munícipe,
que teve sua ideia acolhida e aprovada por todos os vereadores.
Pela Lei Municipal nº 2495, é garantido no município de Ouro Branco a promoção de campanhas para conscientização sobre o TEA; atenção integral às necessidades de saúde deste público; estímulo à formação e à inserção no mercado de trabalho; promoção de um censo e de um cadastro para identificação das pessoas com o transtorno em Ouro Branco; garantia de acesso a diagnóstico precoce pelo município; direito a vagas exclusivas de estacionamento; passe livre para autistas carentes; carteira de identificação gratuita; instituição do uso do “colar do girassol” ou do “laço quebra-cabeça” como instrumento auxiliar de orientação de pessoas com deficiência não visível; entre outras.
O acesso a tratamentos adequados e políticas públicas eficientes podem fazer a diferença no desenvolvimento de quem possui o transtorno. Também é necessário
fazer valer as leis já existentes para uma melhor qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.
Estarão presentes na Audiência, conselheiros municipais da ONDA (Organização Neurodiversa pelos Direitos dos Autistas), representantes do TEAR (Grupo de pais e
de autistas de Ouro Branco), Dra. Débora Pereira, vice-presidente da OAB Seção Ouro Branco, os secretários municipais de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e o Procurador Municipal, além dos vereadores, anfitriões do evento.

Políticas públicas para as mulheres são pautadas e votadas na Assembleia Legislativa

O mês de outubro é sempre marcado por campanhas voltadas para a saúde das mulheres, como a do Outubro Rosa e, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), projetos de lei que tramitam na Casa foram pautados para votação em Plenário na última terça-feira, 26, assim como proposição do deputado Glaycon Franco foi apresentada.

No caso do parlamentar lafaietense, foi protocolado o projeto de lei 3.201/2021, que dispõe sobre o acesso prioritário das mulheres vítimas de violência doméstica em programas de qualificação profissional e emprego que sejam geridos ou financiados pelo poder Executivo. “Estamos falando de uma questão humana e social, de saúde pública. A mulher vítima de violência doméstica, cujos números infelizmente aumentaram durante essa pandemia, precisa de amparo e acolhimento por parte do poder público. E o Estado pode inseri-las neste contexto de prioridade”, afirmou.

De acordo com o deputado, a ágil inserção ou reinserção delas no mercado de trabalho, em especial “neste momento delicado, onde está em fase de superação de violência sofrida, ajudará no restabelecimento de sua independência financeira e contribuirá com a melhora de sua saúde mental”, pontuou.

Glaycon Franco (deputado estadual PV/MG)

Em sua redação, o projeto de lei estabelece também que a comprovação de vítima de violência será feita por meio de “apresentação de cópia da ação judicial transitada em julgado, dada em observação à Lei Maria da Penha, nº 11.340/2006 – que comprova a condição. Sua tramitação passará pelas comissões de Justiça, Direitos da Mulher e do Trabalho na ALMG.

Votações

No Plenário, foram votadas outras proposições, como o Projeto de Resolução 151/2021, que cria a Procuradoria da Mulher no âmbito de competência da Assembleia Legislativa. “Votei de forma favorável neste projeto. Entendo que trazer o debate para a Casa, representado por parlamentares mulheres, envolvendo questões como o enfrentamento das discriminações, equidade, paridade se faz importante e necessário. Nossa sociedade está em constante evolução e essa iniciativa vai ao encontro das pautas das mulheres nos dias de hoje”, afirmou.

Além deste, também foi votado e aprovado por unanimidade o projeto de lei 1.357/2015 que trata de políticas públicas para a saúde da mulher detenta. “Para que as pessoas possam superar erros cometidos em sua vida, é importante que elas recebam assistência profissional e qualificada. A Organização das Nações Unidas, por exemplo, orienta que ‘mulheres presas devem ter o mesmo acesso que mulheres não privadas de liberdade da mesma faixa etária a medidas preventivas de atenção à saúde de particular relevância para mulheres, tais como o teste de Papanicolau e exames de câncer de mama e ginecológico'”, explicou Glaycon Franco. Também foi aprovado, com voto favorável do deputado, o PL 5.049/2018, que institui prioridade para ocupação de vagas nas escolas públicas para crianças e adolescentes cujas mães se encontrem em situação de violência doméstica ou familiar no Estado. “São ações de parlamentares distintos, mas que dialogam entre si e buscam dar melhores condições às mulheres mineiras”, finalizou.

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