Moradora de Congonhas (MG) teme barragem: ‘vivo embaixo da bomba-relógio’

Aos 56 anos e de mochila nas costas, a disposição de Sandoval de Souza não é para qualquer um. Debaixo de chuva, ele segue de moto pelas ruas de Congonhas (MG), para num ponto estratégico e aponta a máquina fotográfica para a barragem Casa de Pedra, da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a maior localizada em área urbana na América Latina. Ele é mais um dos que temem que a qualquer momento a estrutura inteira desabe.

Todos os dias, de manhã e no fim da tarde, Sandoval assume o posto de sentinela no terreno. “As fotos que eu tiro, envio para as autoridades. Posso ser leigo no assunto, mas sei que vídeos e fotos são provas que colaboram para o que mais queremos, que é uma profunda e transparente investigação sobre as condições da barragem”, afirma.

A histórica Congonhas e seus mais de 55,8 mil moradores ficaram debaixo d’água com os temporais que atingiram Minas Gerais na segunda semana de janeiro. E é em tempo de chuva forte que o medo do rompimento aperta. Pelo menos 5 mil pessoas podem ser atingidas imediatamente.

Quem flagrou as imagens de uma encosta natural ao lado da barragem Casa de Pedra, em 9 de janeiro, e as postou nas redes sociais, levou o maior susto. Em segundos, parte da terra do barranco veio abaixo. “Se esse material está cedendo aos poucos e está tão perto da estrutura, não sabemos quais os impactos disso, já que a barragem está colada a esse morro. Imagine que a encosta desabe de uma vez? Ela não levaria também a Casa de Pedra ou boa parte dela?”, questiona Sandoval, diretor de meio ambiente da Unaccon (União de Associações Comunitárias de Congonhas).

Segundo Júlio Grillo, engenheiro civil e ex-conselheiro de atividades minerárias de Minas Gerais, a depender do tamanho do escorregamento, a Casa de Pedra pode ser afetada e vir a se romper. “O encharcamento do terreno é um risco adicional que pode contribuir para um possível rompimento da estrutura da CSN.”

Móveis jogados na rua de Congonhas (MG), atingida pelas chuvas Imagem: Sandoval Filho/Arquivo Pessoal

Noites sem dormir

Quem mora no sopé da barragem não tem descanso nem dorme. O terreno onde fica a casa da empregada doméstica Maria Iraci Pereira, 58, está a 300 metros da Casa de Pedra. Se a barragem se romper, não há chance de escapar com vida, e Iraci sabe. Seriam só 30 segundos para a onda de rejeitos passar.

Iraci conta ter visto na TV as imagens do deslizamento e correu com a família para a casa de parentes, durante a tempestade. Saíram só com os documentos, mais nada levaram. Dias depois, tiveram de voltar. “Não tenho como sair daqui e ninguém quer comprar ou alugar minha casa, que fica embaixo de uma bomba-relógio.”

A ANM (Agência Nacional de Mineração) assegura que a barragem “encontra-se sem risco iminente de rompimento ou qualquer outro incidente de grande impacto à vida humana ou ao meio ambiente”. No entanto, notificou a CSN a cumprir seis medidas de caráter imediato ou em no máximo dois dias, entre elas, fazer a “correção e estabilização da encosta em terreno natural”, onde foi identificada uma trinca.

Barragem Casa de Pedra, mantida pela CSN Imagem: Reprodução/DAM Projetos de Engenharia.

Confiança e medo

“A Vale, em Brumadinho, também falou que a barragem do Córrego do Feijão estava regular. Só que ela se rompeu e matou 272 pessoas, em 25 janeiro de 2019. Você confia na palavra das mineradoras?”. A pergunta é de Rafael Duda, líder do Sindicato Metabase de Congonhas, que representa os trabalhadores da mineração.

Apesar de ter sido construída a jusante, um método considerado mais seguro pelos engenheiros, Duda lembra que a Casa de Pedra tem quatro vezes o tamanho da barragem de Brumadinho. Ele conta que a mineradora é uma “caixa preta”, de onde as informações saem tão frias quanto o minério. “A CSN mandou um comunicado geral por WhatsApp no dia 9, dizendo que não há risco de rompimento. E falou também, para imprensa e acionistas, que tinha paralisado as atividades. Acontece que não é verdade.”

De capa amarela, botas, água no meio da canela e celulares nas mãos, os trabalhadores atravessam a usina na esperança de que alguém tome conhecimento da situação. Vídeos enviados para o sindicato mostram que os operários teriam sido obrigados a trabalhar, apesar do medo de um desastre e de a cidade estar em condições precárias.

Fotos também mostram caminhões repletos de trabalhadores em serviço. “A CSN está mentindo. Ela paralisou parcialmente os trabalhos. A produção só diminuiu um pouco. E o carregamento parou, sim, mas só porque as linhas de trem não tinham como seguir”, afirma Duda.

Como um trator

Uma capela com paredes tingidas de minério de ferro e cercada pelas marcas que as máquinas deixaram no chão. A igreja de São José Operário, construída em 1958, veio abaixo em 2008. Até que durou muito. Todo o restante do vilarejo foi sendo derrubado bem antes disso, a partir de 1970.

É o que conta Domingos Costa, 68. Com fotos nas mãos e o olhar entristecido, ele se lembra do lugar onde viveu a juventude. Aos 17 anos, deixou o vilarejo com a família. Naquela época havia cerca de 1.500 moradores e 300 casas, escolas, um campo de futebol e até um hospital. “Todo mundo teve que sair porque a CSN queria aumentar a exploração de minério e por consequência o espaço da mina. Não era nossa intenção, a gente gostava de viver lá. Mas, acordos foram fechados com a mineradora para que saíssemos”, lembra.

Muitos moradores de Congonhas nem imaginam que a história pode estar se repetindo na cidade, numa escala maior e de forma silenciosa. A barragem cresceu e tornou-se vizinha de vários moradores de Congonhas. A insegurança tem levado muita gente a abandonar os seus terrenos.”Além disso, há um agravante: rejeitos de minério de ferro descem das serras, seguem pelos rios e atingem ruas e casas”, afirma Domingos.

Desastre de ontem, desastre de hoje

Cercado pelos 12 profetas de Aleijadinho, mestre do barroco mineiro, o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, considerado Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco, lembra o destino da igreja de São José Operário. É um dos poucos lugares de Congonhas que ainda conserva a aparência do que já foi a cidade histórica mineira. Tudo ao redor são montanhas esburacadas e pessoas respirando poeira tóxica da mineração.

Quando o céu está claro, é vida que segue. Cada um tenta sobreviver como pode. Com a mão na massa, Marcelle de Amorim, 46, tenta fazer os melhores doces na confeitaria. No dia a dia, ela nem pensa no risco de a barragem se romper.

“Trabalho mais longe da Casa de Pedra e isso me deixa um pouco mais segura. Mas quando chove e tem risco de deslizamento, eu sei que posso perder a vida ao passar por uma outra rua, por exemplo”, explica.

Sandoval, de sua parte, continua registrando, diariamente, o terreno em torno e o da barragem. “Acredito que comprovar a gradativa deterioração seja hoje a única forma de prevenir o rompimento.” No caso de Brumadinho, passados quase 3 anos do crime socioambiental na Mina do Córrego do Feijão, ninguém ainda foi punido.

Ruas de Congonhas (MG) depois do temporal, na primeira semana de janeiro Imagem: Sandoval Filho/UOL

Resposta das autoridades

Em um vídeo do mesmo dia 9 de janeiro, o prefeito de Congonhas, Cláudio Antônio de Souza, afirmou: “a prefeitura segue sem medir esforços e recursos para minimizar os efeitos dessa chuva, das enchentes e dos desmoronamentos e na fé de Deus com toda esperança vamos seguir em frente e até breve!”.

Um dos moradores de Congonhas, que preferiu não se identificar, declarou à reportagem: “Quando o prefeito entrega o problema nas mãos de Deus, a sensação que temos é de que parece não haver mais nenhuma saída”.

A reportagem de TAB tenta contato com a CSN desde o dia 11, para ouvir a empresa sobre os riscos de rompimento da barragem e confirmar as informações dadas pelos trabalhadores. No sábado (15), a empresa enviou à reportagem a seguinte nota: “A CSN Mineração informa estar sendo objeto de visitas de uma série de autoridades fiscalizadoras que não encontraram qualquer irregularidade em sua atividade. Nesta data, por exemplo, recebeu fiscais da ANM (Agência Nacional de Mineração) para vistoriar o avanço das obras que estão sendo feitas para corrigir os efeitos da chuva. A empresa segue monitorando os equipamentos com leitura em tempo real, 24 horas por dia, e não foi detectada nenhuma anomalia. A Companhia reafirma que a barragem Casa de Pedra permanece segura e estável. A Companhia segue prestando todas as informações necessárias para os órgãos competentes e conta ainda com um comitê formado por representantes da sociedade civil desde 2018, com o objetivo de informar à comunidade sobre as ações para descaracterizar todas as barragens, bem como sobre novos projetos. Além disso, temos divulgado informes digitais periódicos para a comunidade. Por fim, a empresa lembra que, desde 2020, toda a sua produção é feita com a filtragem total do rejeitos, isto é, sem o uso de barragens”.

FONTE TAB UOL

“Vamos trazer eles para morar em nossas casas”, desabafa atingida por barragem em Congonhas

Quase uma centena de pessoas participou de atividade realizada pelo MAB qunta-ifeira (20/01) na quadra da APAE, em Congonhas, enquanto parte da Semana de Mobilização e Luta das famílias atingidas por enchentes e barragens. O contexto são os três anos de impunidade do crime da Vale em Brumadinho; a falta de participação e transparência na aplicação de quase 600 milhões de imposto da mineração arrecadado pelo município no ano de 2021; e as “enchentes de minério”, que causam destruição, contaminação e doenças nas áreas exploradas pelas mineradoras.
Moradores do Residencial, bairro situado debaixo da barragem Casa de Pedra (CSN) reclamaram do abandono por parte da empresa , da Câmara Municipal e da Prefeitura. E criticaram, duramente, autoridades que afirmam a segurança da barragem, mas .oram longe da área de risco: “vamos trazer eles para morar em nossas casas” sugeriu uma atingida.
Os participantes defendem indenização para todas as famílias da área de risco de Casa de Pedra; aumento do auxilio proposto pela Prefeitura para os Atingidos pelas enchentes, pois consideram 1.400 reais insuficientes mensais por cinco meses insuficientes. E tiraram como encaminhamento participação em passeata no dia 25 de janeiro no centro da cidade, presença em reunião na Câmara Municipal no dia da votação do “auxilio-enchente” e Assembleia Popular com presença de autoridades em data a ser marcada.

https://youtu.be/S421NVy5Eu0

Auxílio Brasil: Por que alguns segurados receberam menos que R$ 400 em dezembro?

Nas redes sociais, beneficiários do programa de transferência de renda relatam que não receberam o valor prometido

Auxílio Brasil encerra nesta quinta-feira, 23, sua segunda rodada de pagamentos. De acordo com informações do Ministério da Cidadania, pasta responsável pelos repasses, todos os beneficiários receberam o valor mínimo de R$ 400.

Essa foi a promessa do governo federal para o novo programa: ninguém receberá menos que R$ 400 por parcela. Algumas famílias poderão ter direito a valores maiores, já que existem alguns benefícios variáveis, mais nunca menores.

No entanto, alguns segurados do Auxílio Brasil afirmam nas redes sociais que não receberam a quantia prometida em dezembro. Segundo os relatos, os depósitos ficaram na casa dos R$ 100, em alguns casos até menos.

O que fazer?

O valor mínimo foi estabelecido por lei, o que significa que é uma obrigação do governo depositar esse total. Se você verificou sua conta no Caixa Tem e percebeu que não recebeu o benefício completo, a dica é procurar o restante em outra conta.

Por exemplo: parte do dinheiro pode ter sido depositado em uma conta poupança do Caixa Fácil, enquanto o restante pode ter caído no Caixa Tem. É importante verificar a existência de contas que você nem lembrava que tinha para checar se essa situação não se aplica.

Dinheiro não encontrado

Se depois de procurar em todas as suas contas você não encontrar o repasse, a saída é se dirigir a uma agência da Caixa Econômica Federal para resolver a questão. O atendente do banco deve realizar uma varredura no seu CPF para descobrir onde a outra parte do Auxílio Brasil foi depositada.

FONTE EDITAL CONCURSOS

Pai agride professor após filha relatar assédio sexual

Um vídeo feito por um aluno, e compartilhado com amigos, mostra o momento da agressão, que ocorreu no interior de São Paulo

O pai de uma aluna de 14 anos agrediu um professor após a filha relatar ter sido assediada sexualmente pelo docente durante a aula em uma escola de Cosmópolis (SP). A agressão aconteceu dentro de uma sala de aula da escola Estadual Lídia Onelia Kalil Aun Crepaldi, na segunda-feira (6/12). Um vídeo feito por um aluno, e compartilhado com amigos, mostra o momento em que o professor, de 45 anos, mas cuja identidade não foi revelada, é agredido pelo pai da adolescente.

Nas imagens é possível ver o pai agredindo o docente com socos. Na tentativa de separar a briga, outro professor também é atingido com um soco e cai no chão. Nesse momento, o pai pega uma cadeira e agride mais uma vez o professor acusado de assédio sexual. Minutos depois, duas mulheres entram na sala de aula e pedem para os alunos deixarem o local. O vídeo é interrompido. Toda a agressão foi presenciada por dezenas de estudantes. 

Um boletim de ocorrência de assédio sexual e um de lesão corporal foram registrados na delegacia da cidade.

À polícia, o pai da adolescente, que não teve o nome divulgado, relatou que, na manhã de segunda, a filha teria mandado mensagens para a mãe, através de um aplicativo de conversa, relatando que havia sido vítima de assédio pelo professor e que não queria permanecer na escola. 

Ao saber do caso pela esposa, o homem foi até a escola, entrou na sala de aula e passou a agredir o professor. Após as agressões, a Guarda Civil foi chamada para controlar a situação. Os professores feridos foram levados para um hospital da cidade, onde passaram por atendimento médico e liberados, na sequência. O pai da adolescente foi levado para a delegacia para prestar depoimento. Ele foi liberado após ser ouvido.

Na tarde de terça (7/12), a adolescente e os pais foram novamente à delegacia para prestar um novo depoimento. Ainda segundo a Polícia Civil, a família relatou que essa não teria sido a primeira vez que a adolescente se queixava de assédio sexual por parte deste professor e o caso já foi relatado à direção da escola.

Ainda segundo relato da família, o professor costumava passar a mão no cabelo das garotas e dizer palavras obscenas. O professor deverá ser ouvido nos próximos dias.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação disse que repudia toda e qualquer forma de assédio dentro e fora do ambiente escolar, assim como a agressão. E acrescentou que está apurando os fatos e rescindiu o contrato com o professor em questão. 

“A Pasta esclarece que o professor envolvido apresenta docência temporária e já foi notificado sobre a rescisão do contrato. No momento, ele está afastado por licença médica”, diz o comunicado. 

“A equipe do Conviva, programa de convivência e segurança da Seduc-SP, foi acionada para dar suporte à comunidade escolar e o caso foi registrado no Placon, sistema do programa que tem como principal objetivo monitorar a rotina das escolas da rede estadual. A unidade escolar também colocará à disposição da aluna a assistência do Programa Psicólogos na Educação, se for autorizado por seus responsáveis”, afirma a nota. 

Sem a identificação do professor, a reportagem não conseguiu encontrar sua defesa. O espaço segue aberto para manifestação.

FONTE ESTADO DE MINAS

Jovem lafaietense relata os momentos dramáticos que passou na Europa ao contrair o vírus e retorno ao Brasil

O jovem lafaietense, Guilherme igor Oliveira Correa, de 27 anos, passou por apuros e viveu um drama quando foi infectado por COVID-19 em abril. Radicado em Sorocaba (SP), há mais de 5 anos, onde estuda engenharia civil, ele conseguiu um estágio na área “West Pomeranian University of Technology” uma universidade federal na cidade de “Estetino”, com mais de 400 mil habitantes, situada na Polônia.

Guilherme relata os momentos dramáticos que passou na Europa ao contrair o vírus e retornar ao Brasil / Divulgação

No início de fevereiro ele voou para a país europeu com o sonho de qualificar ainda mais o seu currículo e ganhar experiência profissional. Em 2019, Guilherme já havia feito um estágio na Turquia, onde executou um projeto para o Governo local.
Chegando em Estetino, o vírus iniciava sua rota de contágio, mas ainda incipiente no continente, mas eis que veio a contaminação geral e atacou diversos países da Europa, espalhando pânico e medo.
Depois de um mês de trabalho, isto em abril, o seu estágio foi interrompido já que recebera a notícia de que a Polônia suspenderia todas as atividades em função da pandemia. O país iria entrar em quarentena.
Mas Guilherme contraiu a doença no edifício onde vivia, quando iniciou seu drama. “Morando fora do meu país, entendendo pouco a língua deles, passei por momentos difíceis. Longe de casa, da família, da minha namorada, foi duro, mas venci. Lá a maioria dos consultórios médicos não falam inglês, mas contei com o apoio fundamental do meu orientador do trabalho. Entrei em quarentena e não tive o apoio das autoridades médicas, o que dificultou a recuperação” narrou a nossa reportagem.
Seus colegas também testaram positivo para a doença e viviam no mesmo prédio onde morav. “Fiquei 14 dias trancado no apartamento, sem ver ninguém. Momentos que sofri com a solidão”, contou.
Assim que superou o drama do coronavírus iniciou outra batalha: A volta do Brasil, já que os voos estavam cancelados. E como retornar?
Foi uma maratona. “Fui comprando voo para voltar, comprei um voo, comprei dois voos, três voos e não conseguia voltar. Isso porque iam sendo cancelados, não conseguia reembolso”, assinalou o jovem, citando que a volta foi mais difícil do que a superação do vírus. “A parte mais difícil foi a da passagem mesmo. Eu comprava a passagem e cancelavam o voo. Não era nem o fato de não conseguir voo pra voltar, mas como o reembolso era de 12 meses, você comprava a passagem e se cancelasse, você teria que ter dinheiro ou cartão pra comprar outra. Até hoje eu não tive reembolso de nenhuma das passagens que eu não utilizei e as companhias fazem de tudo para não te devolver o dinheiro. Na minha quarta tentativa de compra de passagem que eu consegui retornar”, contou. “Nem voo de repatriação eu conseguia”, comentou.
Isso já era 28 de maio e doença tomava a Europa. Foram 2 dias de viagem para voltar ao Brasil, o que aumentava o sofrimento, quando passou por países onde o coronavírus atingia a população. “Eu saí de Estetino, peguei um ônibus até Berlim, de lá eu peguei meu primeiro voo pra Amsterdam, na Holanda. De lá vim para São Paulo. Graças a Deus tudo bem”, comemorou.
Hoje já estabelecido no Brasil, Guilherme retomou sua vida profissional e acadêmica. Ele concluirá ao fim deste 2º semestre de 2020.

Com 30% dos internos com covid-19, interventor relata desnutrição, excesso de asilados e precariedade no prédio; 11 asilados são transferidos para uma pousada

Comissão já trabalha para conter avanço no asilo de Piranga/DIVULGAÇÃO

A Comissão Interventora, nomeada pelo Prefeito José Carlos (PV), já atua na direção do Asilar Lar São José em Piranga. Na semana passada, uma liminar destituiu a direção por incapacidade e omissão no controle do surto na instituição, hoje uma das principais preocupações na Macro Centro-Sul, que reúne 51 municípios.  Pela Liminar, intervenção durará 90 dias, porém caso o surto não esteja controlado até a data, o prazo será estendido.
Dos 74 asilados, 23 testaram positivos, com 2 óbitos, 14 internados em Lafaiete, sendo um paciente na UTI. Os 10 positivos estão na instituição isolados e monitorados.
Dos 36 que testaram negativo na instituição, eles cumprem quarentena e são monitorados no asilo e outros 11 internados foram transferidos para uma pousada para acolhimento e monitoramento, já que inspiram cuidados na saúde por se tratar de um grupo mais vulnerável.
Do total, foram testados positivos 23 asilados, o que representa cerca de 30% do total de internados. Isso sem contar com 5 funcionários que também foram contaminadas pelo covid-19.  Dos 74, agora estão 46 no asilo.

Grave situação

Interventor, o médico pediatra, João Bosco/REPRODUÇÃO

Segundo o Interventor, o médico pediatra, João Bosco, a situação encontrada no asilo é bastante delicada e séria termos de acomodação e cuidado clínico dos asilados. Uma equipe médica, de enfermeiros e técnicos foi criada para atuação 24 horas no asilo.
João Bosco conta que a parte financeira há dívidas, contas a pagar e necessidade de regularizações trabalhistas de funcionários. Ele relatou que diversos internados estavam desnutridos e desidratados.
Na parte estrutural, já foram feitas intervenções como a melhorias dos banheiros, já que muitos não funcionavam, e 10 chuveiros foram trocados dando mais conforto e segurança aos internados. Um engenheiro de Piranga, em um gesto de solidariedade, ficou responsável pela manutenção das partes elétrica e hidráulica do prédio. “Havia 74 internados para um local que mal cabia 50 pessoas. Havia aglomeração sendo um dos fatores determinantes no surto”, avaliou.
Sobre o futuro do asilo, João Bosco considerou, que após o controle total do surto, a recuperação da saúde dos internados e organização interna, a comissão interventora defende uma nova eleição.

 

Leia mais

Tentativa de furto frustrada na sede Sindicato dos Metalúrgicos de Conselheiro Lafaiete

A Polícia Militar foi acionada na manhã desta terça-feira (17) na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Conselheiro Lafaiete na rua Bias
Fortes, bairro São Sebastião, onde segundo o solicitante, o criminoso quebrou os vidros da janela da cozinha do estabelecimento para acessar
o interior do imóvel, sendo que o alarma foi atuado o que fez o autor desistir da empreitada e fugir do local sem levar nada. O registro da
tentativa de furto foi efetuado para futuras providências.

Há 23 anos na França, lafaitense relata a apreensão e o medo no país diante do coronavírus; “tenho fé que tudo isso vai passar”, conta Céline

A lafaietense Francelina Gomes mora em Crosne, distante 17 km de Paris,e  há 23 anos está radicada na França. Ela trocou o nome para Francéline, conhecida Céline. Ela tem 3 nacionalidades, francesa, portuguesa e Brasileira.
No último sábado (7) ela foi entrevista pelo jornalista Ricardo Alexandre, em seu programa Ricardo Alexandre, pela Rádio Carijós. Céline contou um pouco da situação de apreensiva por que passam os franceses e a Europa diante do coronavírus.

Ricardo -Como tem sido a rotina após o surgimento do coronavírus?

Céline está radicada na França há 23 anos e relata carestia de produtos e mudança de habitos / DIVULGAÇÃO

Céline -A minha rotina aqui na França continua normal só com algumas cautelas até porque nem sempre as informações divulgadas pelas imprensa são verídicas. Estamos tomando precauções que são normais como higienizando sempre as mãos, alguns casos usando máscaras, mas a rotina mesmo continua normal. Há muitas pessoas que nem saem de casa por medo, principalmente as idosas que preferem ficar em casa contratam empregados para fazer as compras.

Ricardo -Você disse dos preços de álcool gel e máscaras.
Céline – O álcool estava 1,99 euros e agora subiu para 6,99 é equivalente à R$29,00. Eu comprei 10 e está sendo difícil encontrar. Paguei 59,60 euros que é equivalente a R$298,00. As máscaras também não se encontram. Você consegue encontrar na internet mais 20 mascaras custam 100 euros que chegam a quase R$500,00. Isso porque as máscaras que tinham aqui na França o presidente quando começou mandou tudo para a China e acabamos ficando sem. As pessoas quando saem colocam o cachecol no nariz porque não tem máscara, esta sendo um pouco difícil mas acaba que tudo vai passando e eu tenho muita fé em Deus que isso vai passar.

Ricardo– Quanto tempo aí na França?
Céline -23 anos

Ricardo -Você já veio em Lafaiete durante esses 23 anos?
Céline -Sim fui depois não voltei mais

Ricardo: Você tem parentes em Lafaiete próximo ao Santuário, não é isso?
Céline -É no Bairro Santo Antonio que é a Maria dos Anjos (irmã), tenho também muitos amigos que falo pelo whatsapp.

Ricardo -Céline em relação ao coronavírus, como é estar lutando contra um inimigo invisível?
Céline -Olha muita gente pergunta para mim porque eu não volto para o Brasil por causa desse vírus. Eu vou continuar as prevenções porque é muito importante. Eu tenho minha vida aqui, minha família que mora no Brasil, mas não posso deixar tudo aqui e ir desesperada por Brasil. Eu sei que aí tenho meus amigos, minha família, mais vou continuar vivendo aqui. Eu sei que vai ter uma solução e vou continuar aqui. Para você imaginar, nos anos 90, tinha o vírus do HIV que não tinha cura, mas hoje as pessoas já conseguem conviver com ele, eu tenho certeza que logo aparece a solução.

Ricardo: Tivemos também o H1N1 que são praticamente os mesmos cuidados e a higiene ajuda a prevenir essa doença.
Celine – A higiene ajuda como gel na desinfetação mas não é o suficiente

Ricardo– Você acompanha muito os noticiários aqui no Brasil e a população francesa principalmente as pessoas de Crosne estão com muito medo dos efeitos na economia?
Céline -Olha a situação nesse momento não está muito boa porque tem muita ligação de ponte aérea, agora começa a primavera e muita gente viaja para muitos países, muitos gostam de ir para Portugal porque faz muito calor lá.

Céline demonstra otimismo que em breve a situação se normalize na França / DIVULGAÇÃO

Ricardo: Paris vai estar deserto
Celine -Está deserta já não tem muito turista, muitos hotéis também estão sendo arrumados e as pessoas evitam e mesmo nos restaurantes já não têm muitas pessoas. Até mesmo no shopping já não tem muita gente. Fui ao shopping para comprar flores que vai começar a primavera aqui já estava praticamente vazio não tinha ninguém só tinha eu e outra senhora, muitas pessoas tem muito medo de sair de casa e acham que vai pegar o vírus. A gente não pode colocar na cabeça que vai pegar esse vírus, assim eu jamais iria sair mesmo. As escolas irão fechar por causa do vírus como as faculdades. São 716 pessoas contaminadas aqui, 11 mortos e as crianças nas escolas. Isso me machucou muito ontem na reunião da minha filha que as crianças foram perguntar para os professores se não irão ficar órfão de pai e mãe. Está sendo um pouco difícil mas a verdade eu consigo entender,  tenho fé em Deus que tudo vai passar que esse vírus não vai chegar em mim e nem na minha família. Eu recebo muitas mensagens do povo daí de Lafaiete falando que estão rezando por mim e até mesmo o pastor Reginaldo que é de Presidente Prudente (SP).

Ricardo -A gente percebe o quanto esse coronavírus tem influenciado as famílias, as relações sociais aí na França.
Céline -Agora neste momento por causa do vírus não tem mais beijo, não tem aperto de mão os vizinhos ficam um pouco mais afastados de todos. Se eu saio para o portão da minha casa agora eu não vejo ninguém as ruas estão todas desertas. Eu moro a 50 metros de uma grande floresta, sempre que as crianças saem da escola e os pais vinham passear com elas, agora esta tudo deserto. A França está deserta agora. Os franceses como não são muitos religiosos. Se fossem um pouco mais com Deus no coração de repente ajudaria um pouco.

Ricardo -Você fala de religiosidade.As igreja estão restringindo ou mudaram a rotina? Ou alguma e outra continua aberta recebendo os fiéis?
Céline -Aqui não é como no Brasil, Lafaiete que tem muitas igrejas. Aqui pode ter igreja mais o máximo que vão na igreja no domingo é 30 pessoas. Os franceses mesmo não vão a igreja, vão mais os emigrantes como eu. Igrejas evangélicas não têm, tinha uma Universal mais não ficou aberta nem um mês. Os franceses não muito religiosos

Ricardo – A respeito da saúde, no Brasil temos o SUS. Como funciona o acesso ou só ficando em casa mesmo?
Celina A saúde aqui é ótima, é maravilhosa

Ricardo: Feliz de falar com você, mas triste pela situação do coronavírus.
Céline – Exatamente espero que isso passe o mais rápido possível, possamos encontrar uma vacina no máximo em abril porque o que acontece agora, no verão, minha menina não vai poder nem viajar, não vai poder nem sair porque eles vão fechar as fronteiras em Portugal. Também não está muito boa a situação porque o Santuário de Fátima já está fechado, como tenho muito contato em Portugal, as coisas lá não estão muito boas, eles querem fechar todas as fronteiras para ninguém entrar ou sair.

Ricardo – Sobre os itens básicos de supermercado está subindo muito? Você já fez o estoque em casa?
Céline – Eu fiz estoque das coisas mais necessárias, se todo mundo começar a fazer eu tenho fazer porque se adoece e não puder sair mais de casa. Hoje mesmo fui repor água mineral porque estão aumentando sim os preços, já estão um pouquinho mais caros, mesmo frutas também. Para você ver a diferença mesmo longe tudo inflacionando o pão também, uma baguete custava 1 euro agora já esta 1,50 euro. Então já estão aumentando umas coisinhas sim e estão fechando as fronteiras ninguém sai ninguém entra.

Mãe relata drama pelo assassinato cruel de seu filho

Mais de um mês depois da morte de Josefh Michael Pinto Paulino (27), a Polícia Civil mantém presos dois dos quatro suspeitos. Na manhã deste sábado, a mãe de Josef falou com exclusividade a nossa equipe sobre como o viu após o espancamento, internação e a morte do jovem. Desde então,  a vida da mulher tomou novos rumos e cuida de uma depressão.

Josef foi encontrado totalmente espancado

Operação “Legalidade”, desencadeada pela polícia Civil efetuou 30 prisões em Lafaiete e cidades da região, cumprindo diversos mandados de prisão expedidos pela justiça. Entre os detidos estão um pastor e um suspeito de um assassinato cruel, com pedaços de pau, de Josef Pinto Paulino, ocorrido na manhã do dia 4 de dezembro em Gagé, após uma emboscada.

Josefh foi agredido no interior de uma fazenda e foi encontrado com hematomas e a boca sangrando. À época, segundo informações de testemunhas o celular de Josef foi encontrado no porta luvas do veículo do pastor. A vítima natural de Congonhas, foi encontrada por Militares do 31° BPM, após uma ligação telefônica. Josef estava em um terreno na localidade do Gagé, quando foi lavado para o Hospital e Maternidade São José.

Mais informações em breve:

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