Viaduto de R$ 46 milhões é alvo de polêmica: vereador questiona logística viária e propõe mão dupla

Orçado em R$46 milhões, o viaduto da Cachoeira, em Conselheiro Lafaiete (MG), já é alvo de questionamentos em torno de sua logística viária. Projetado para mão única, sentido centro a BR 040, a obra faz parte Plano de Investimentos da MRS para a renovação da concessão da empresa, aprovada em julho de 2022, porém suscita dúvidas na trafegabilidade.

Previsto como a maior obra viária de Lafaiete, com 160 metros de extensão o viaduto, incluindo desapropriações, o elevado prevê mais segurança com o total fechamento da travessia mas o novo sistema viário ao seu entorno foi alvo de críticas do Vereador Renato Pelé (Podemos) na sessão da noite desta terça-feira (27).

Ao reconhecer a importância da obra para a fluidez e segurança do trânsito, ele lançou dúvidas pontuais como defendeu que o viaduto seja em mão dupla. Na segunda-feira (19) representantes da MRS, Ministério Público e da Prefeitura, entre os quais o Prefeito Mário Marcus (União Brasil) estiveram reunidos para discutir a viabilidade da obra e seus impactos no trânsito.

Segundo Renato, um dos pontos principais discutidos na reunião foi sobre a infraestrutura do viaduto. “Sabe-se que inicialmente ele terá duas pistas de via única. Contudo, é de competência do município decidir sobre o trânsito local, então é possível posteriormente alterar o trânsito para ser mão dupla. Assim fica o questionamento se o viaduto terá infraestrutura para suportar o alto tráfego de veículo se for mão dupla? Os profissionais da MRS falaram que o viaduto está sendo projetado conforme as normas técnicas”, pontuou.

Porém a principal dúvida é sobre o fluxo de trânsito de quem chega a Lafaiete e precisa acessar o Cachoeira e região, como também de que sai de Lafaiete sentido BR 040 e necessitaria voltar ao bairro. Em ambos os casos, o que demandaria voltar ao centro, causando mais tráfego.

“Mas infelizmente outros questionamentos não foram respondidos durante a reunião, sendo que foi acordado o envio de ofício questionando a respeito do trânsito local, sendo um deles: o trânsito que sai do viaduto com a intenção e ir ao centro da cidade, vai encontrar os veículos que chegam na cidade pela BR 040, como será resolvida a  demanda? Infelizmente grande mudança não agradará todos, sempre haverá àquele que se sentirá prejudicado ou no prejuízo, e se este for o caso de algum munícipe é possível recorrer a via judicial”, assinalou Pelé.

Renato informou que a passagem de nível será aberta para pedestres e ciclistas, como também a permanência da passarela

O vereador disse que estão realizados estudos para a viabilidade de distribuir o trânsito para evitar o congestionamento na Praça dos Trabalhadores, no Bairro Areal, no horário de pico, sendo uma das soluções a orientação para os motoristas entrarem na cidade pelo bairro São Benedito. “Isso vai impactar neste bairro e na passagem de nível existente”, considerou.

Nossa reportagem enviou questionamentos ao Ministério Público, Prefeitura e MRS e aguarda as respostas.

Associação de mães de deficientes divulga nota de repúdio por falas preconceituosas em sessão da Câmara; “queremos retratação”, disseram

Ontem a noite (7), representantes da Associação de Mães Unidas Pela Deficiência (AMUPD), de Lafaiete, marcaram presenças na sessão da Câmara para buscar apoio a falta de transporte público para parte das crianças com deficiência que desde hoje estão sem o serviço e impedidos de irem às aulas. Eles levaram uma carta cobrando uma solução para os estudantes.

Porém, as representantes deixaram o plenário ofendidas com algumas falas, com certo preconceito, dos vereadores. A associação divulgou uma nota repúdio nas redes sociais e na próxima quinta-feira (9) marcaram presença novamente na sessão cobrando uma retratação.

Leia nota.

“Ontem estivemos na Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete para levarmos até aos Ilustres Vereadores mais uma vez a demanda do transporte e das monitoras. Infelizmente em conversa com um Vereador foi citado sobre o colar de girassol que se fez lei em 2022 e agora estamos divulgando e fazendo valer a lei, pois o mesmo Vereador se referiu ao colar para identificação das pessoas com deficiência não Visíveis ou ocultas como MARCAR GADO … ISSO MESMO , DISSE QUE NÃO CONCORDAVA COM O COLAR SE REFERINDO A MARCAÇÃO DE GADO. Fica aqui nossa total indignação à essa fala e tristeza por tamanha ignorância e crítica. É necessário muito estudo e conhecimento a todos. Inclusive convidamos o Sr Vereador a passar um dia, aliás algumas horas com os olhares de julgamento para nossos filhos enquanto precisamos ir a um banco ou supermercado e usar a fila exclusiva sem identificação e temos que explicar e justificar o tempo todo porque estamos ali , já que a deficiência não é visível!
Mas para fechar a noite mais dois vereadores repetiram a frase “FAZENDO CARETA PRA CEGO”….frase totalmente capacitista! Precisamos urgente mudar essas falas ainda mais num lugar como Câmara Municipal que os senhores mesmo dizem ser a casa do povo ! Para quem quiser saber sobre quem são os mesmos assistam no YouTube a sessão de hoje !!!
Aguardamos ansiosos que os mesmos refaçam suas falas e estejam dispostos a realmente aprender e entender sobre as PESSOAS COM DEFICIÊNCIA!
Observação: a fala sobre ” marcar gado ” foi falada diretamente as mães que estavam presentes!”.
“Aguardamos seção de quinta-feira que essas falas sejam refeitas por quem as fizeram e que jamais isso se repita principalmente vindo de órgãos públicos que deveriam dar exemplos a sociedade… não iremos mais aceitar NADA que desrespeitem nossos filhos. Chega estamos cansados de piadas de frases capacitadas de pejorativos”, disse um pai nas redes sociais.

Vereadores sepultam CPI da Covid-19, mas relatório apontava inúmeras irregularidades na gestão dos recursos da pandemia

O Prefeito de Lafaiete (MG), Mário Marcus (DEM), passou pelo seu grande teste no Legislativo e saiu ileso de uma possível abertura de uma comissão processante que poderia resultar em uma possível cassação de seu mandato.

Terminou agora há pouco, na primeira sessão de 2022, a votação da denúncia apresentada pelo ativista político, candidato nas eleições 2020 a prefeito de Lafaiete, Talysson Zebral (PCdoB), e o resultado foi amplamente favorável ao gestor público quando por 6 votos contrários ( Renato Pelé, Darmires Rinarly, Professor Eustáquio, João Paulo Pé Quente, Fernando Bandeira e Sandro José) e 5 favoráveis (Giuseppe Laporte, Vado Silva, Erivelton Jayme, Pastor Angelino e Pedro Américo) sepultaram de vez e afastaram o prosseguimento da comissão. O Vereador André Menezes, Presidente da Comissão, não participou da sessão.

A denúncia se embasava nas irregularidades na gestão dos mais de R$ 40 milhões enviados aos cofres municipais para enfrentamento da pandemia e levantadas no relatório final da CPI da Covid-19, encerrada em meados de dezembro após 6 meses de intensa investigação e muita polêmica.

Na principal justificativa, a oposição demarcou terreno afirmando que, independente do relatório que isentou o Prefeito Mário Marcus nas irregularidades apontadas, ele seria conivente com a situação.

Já a situação alegou a total isenção do gestor culpando diversos funcionários públicos pela má gestão dos recursos, inclusive no Hospital de Campanha.

Em novembro de 2021, os vereadores rejeitaram a denúncia de abertura de uma comissão processante diante da apuração da CPI do Transporte Público quando a cidade ficou mais de 3 meses sem o serviço.

Depois de mais de 8 meses, encerram-se as duas CPI e Prefeito respira aliviado. Nos bastidores, a oposição ensaia em breve um novo pedido CPI.

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