“Viva Dona Avelina”, bradava o filho Antônio Noronha, o carismático Toninho Noronha, já ao final do velório da sua mãe, a nossa rainha e musa, Avelina Maria Noronha Almeida, a nossa Avelina Noronha.
A dor, a tristeza, a emoção e gratidão marcaram o sepultamento da imortal escritora ocorrido no final da tarde desta sexta-feira (25), no Solar Barão do Suassuhy. Uma fina chuva caía sobre a cidade!
Uma vida marcada pela ética, uma vida exemplar, mãe, mestra, mulher. Abre-se uma lacuna na cultura de Lafaiete, cidade pela qual dedicou sua vida, seus estudos, suas pesquisas. Lafaiete antes e depois de Dona Avelina.
Ela foi saudada e venerada nos últimos momentos no plano terrestre entre seus conterrâneos, amigos, familiares e confrades. “Ave..Avelina….cheia de graça”.
Ao entorno do esquife as lágrimas desciam nos rostos encantados pela beleza, generosidade, pela doação, valores marcados na vida da nossa escritora maior.
Viver com intensidade era seu maior bem. Uma biografia além das letras, das palavras. Uma vida marcada pela entrega! O discurso do acadêmico, Wilson Baêta, sintetizou com louvor o que representou Dona Avelina e seu legado.
Há vida além da morte, profetizou Padre Rogério em sua celebração religiosa, último ato de Dona Avelina antes do sepultamento, sob aplausos efusivos, no Cemitério Da Igreja de Santo Antônio.
Avelina ocupava a cadeira nº1 na Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete e o patrono era Jair Noronha, seu pai, com quem foi morar na vida eterna.
Tem festa no céu!
Nota de pesar
Apesar do legado de dona Avelina para a história e a cultura de Conselheiro Lafaiete, reconhecida pela população e várias entidades, a Prefeitura Municipal não decretou luto oficial.
Homenagem Câmara
A Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete vem prestar homenagem à D. Avelina Noronha, personalidade ícone da cultura lafaietense que, em vida, recebeu todos os reconhecimentos possíveis do Poder Legislativo Municipal, sendo homenageada em 1993 com o título de Honra ao Mérito, em 2001 com o Diploma Mulher Cidadã e, mais recentemente, em janeiro do corrente ano, durante as gravações para os documentários sobre escritores lafaietenses, que farão parte do projeto “Espaço Lafaiete em Prosa e Verso” da Biblioteca da Câmara, tivemos o privilégio de tê-la ainda presente para produzir o seu próprio documentário em curta-metragem. Sentimos muito o fato de ela não ter tido a oportunidade de vê-lo finalizado, mas, lembramos que a Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete se empenhará por meio de todas as iniciativas possíveis em imortalizar a memória de personalidades de tamanho vulto como a D. Avelina Noronha. Mesmo que não finalizado, entendemos ser apropriado veicular um pequeno trecho do documentário sobre a D. Avelina Noronha, que nos lembrará para sempre de sua paixão pela literatura.
Padre joão
“Nossos sentimentos aos familiares, amigos e ao povo de Conselheiro Lafaiete (MG) pela perda da historiadora e poeta Dona Avelina Maria Noronha de Almeida. Com simplicidade e singeleza nas palavras, ela revelou valores, promoveu a cultura, engrandeceu o município e nosso estado.Que Deus a acolha no paraíso, onde agora passa a encantar a academia celestial ao som das harpas angelicais. Obrigado, Avelina Noronha. Sempre presente, imortal”. (Deputado Federal Padre João)
Homenagem
“Todas são especiais, mas a primeira professora é imortal. Que Deus preencha com paz os corações de seus familiares” (José de Pádua)
Poema
Avelina,
Poeta, historiadora, mulher
Cheia de Fé e singeleza…
Ave! Linda
Ave! Cheia de poesia…
Ave! De histórias passadas e ressurgidas nas memórias
É Avelina
Por que não: Avelinda!
Vai poetisa
Vai historiadora
Ganha asas de Anjo
O paraiso está de braços a te reverenciar
A musica é suave
A marchinha carnavalesca
O hino é nacional!
Que luz…
O Conselheiro é Lafaiete
Rezamos e choramos
O consolo é a nossa fé
Vai poetisa
Vai historiadora
Escreva nossa história em versos
Nos anais do Pai eterno! !
Poema Laura Zanato Di Francia