3 de maio de 2024 02:28

Câmara aprova projetos para reduzir carga horária de médicos e aumento dos valores de plantões, mas vereadores disparam críticas pela demora

Os vereadores de Conselheiro Lafaiete (MG) não pouparam críticas contundentes a letargia do Executivo no envio dos projetos de lei que tornam mais atrativo o ingresso e a contratação de médicos para o sistema de saúde. Em menos de 15 dias, após duas sessões extraordinárias, eles aprovaram na semana passada, na última sessão antes do recesso parlamentar de julho, as iniciativas do Executivo que diminuem de 20 para 10 horas semanais a carga horária dos médicos especialistas que atuam em postos como também equiparam o valor pago dos plantões aos finais de semana aos dias normais.

As pautas eram antigas demandas da categoria e gerraram um longo impasse intermediado pela Casa Legislativa. Sem a redução da carga de trabalho, a cidade presenciou uma fuga de médicos especialistas da prefeitura. “Precisou o Legislativo cutucar o Executivo para que os projetos fossem enviados a esta Casa. Faltou boa vontade em resolver esta situação. Como eu digo sempre, faltam mais pessoas competentes em determinados setores e precisamos olhar com carinho e empatia para a população que foi a maior prejudicada. Que sirva de exemplo para que a prefeitura tome as atitudes de forma mais célere em favor do povo. As iniciativas em favor da população não podem ficar agarradas desta forma. Ao que parece empurram com a barriga a solução dos problemas”, pontuou o Vereador Fernando Bandeira (União Brasil). “A prefeitura insistiu que não podia enviar o projeto e tanto que podia que foi enviado e aprovado. Esperamos que os médicos retornem ao serviço e a população não fique prejudicada”, assinalou Damires Rinarlly (PV).

O Vereador Oswaldo Barbosa (PV) relatou que no ano passado, quando então era Presidente do Legislativo, as demandas dos médicos, como carga horária, foram levados ao seu conhecimento, porém as tratativas não avançaram.

“Nossa saúde é deficiente mas somente com união vamos garantir uma saúde de qualidade”, apontou Pastor Angelino (PP). “É uma decisão tardia e como tal vemos que faltou boa vontade. Vão se empurrando as soluções. Esta Casa se empenhou ao máximo. Outras consequências virão como são as demandas do setor de odontologia”, comentou o Presidente Vado Silva (DC).

O Líder do Governo, o Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil) isentou o prefeito, mas empurrou a responsabilidade pela demora no envio dos projetos aos secretários. “Tentaram de todas as formas não enviar os projetos. Isso vem desde fevereiro e o empenho desta Casa foi notável em especial da Comissão de Saúde. O prefeito era favorável mas esbarrou nos secretários. Depois de seis meses, perdemos mais de uma dezena de ginecologista e a conta quem paga é o povo. “Esta conquista é da Câmara”, arrematou.

“Pela 3ª vez socorremos o Executivo. Primeiro foi no caso da contratação das vans, no subsídio ao transporte público e agora com a aprovação da redução da carga horária dos médicos e pagamento dos plantões. Se não há macas para os nossos pacientes sejam ao menos tratados com dignidade”, salientou André Menezes (PL).

“Acredito que estamos em julho de 2024 e muitos estão preocupados com os louros. Esta luta é antiga”, considerou Sandro José (PRTB). “Perdemos muitos profissionais mas que sabe vamos resgatá-los”, finalizou Erivelton Jayme (Patriotas).

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