Barra do Cahy: conheça a primeira praia do Brasil e seus encantos

Praia foi o primeiro ponto de chegada dos portugueses no Brasil e causou deslumbramento imediato.

A Barra do Cahy, local de belezas naturais encantadoras, é uma praia de grande importância histórica por ter sido primeiro ponto de chegada dos portugueses da tripulação de Pedro Álvares Cabral ao cair da tarde da quarta-feira do dia 22 de abril de 1500. O deslumbramento dos europeus em relação à descoberta do “Novo Mundo” é bem evidente nos registros feitos por Caminha. Na Carta ele descreve suas impressões sobre o território que viria a ser chamado de Brasil.

A Praia da Barra do Cahy está há 47 Km ao norte da cidade do Prado, há 15 Km ao norte do distrito de Cumuruxatiba e há 28 Km em linha reta do Monte Pascoal (no município de Porto Seguro). Olhando do mar para terra, o monte fica aos fundos das falésias, fazendo sombra na praia, numa ingênua ilusão de ótica. Até hoje a imagem proporciona a mesma perspectiva de visão que tiveram os portugueses em 22 de abril de 1500.

Atualmente a Barra do Cahy, está inserida no território da RESEX CORUMBAU  e envolvida pelas comunidades de Veleiro, Imbassuaba ,Cumuruxatiba e comunidades indígena das Tis Comexatiba e Barra Velha que têm no extrativismo pesqueiro sua principal fonte de vida. Outra atividade promissora é a etno vivência em turismo de base comunitária – Uma abordagem inovadora e sustentável para o turismo na região, enfatizando a inclusão e o benefício das comunidades locais.

Prado

Com um movimento calmo e tranquilo durante todo o ano, Prado se torna um refúgio de belezas naturais. A riqueza vegetal preservada na cidade, grandes falésias de areia, vários coqueiros e as tradicionais canoas e jangadas coloridas, utilizadas para a pesca artesanal, são adicionais à paisagem da orla marítima e seus 84 km de extensão. Algumas praias não devem faltar em seu roteiro, como o Balneário de Guaratiba, Cumuruxatiba, Corumbau e as praias mais próximas ao centro, como Paixão e Tororão. Por conta das águas mornas e cristalinas, que variam entre tons de azul e verde, Prado com toda certeza encantará os turistas.

As praias de Prado estão localizadas no litoral baiano em uma região conhecida por Costa das Baleias. Este nome se dá por conta da migração de baleias jubartes entre junho e outubro na região. Os animais descem das águas polares até a costa brasileira para acasalarem nas águas quentes. Prado é um dos melhores pontos de observação do mundo e atrai milhares de turistas ansiosos por esse espetáculo em alto mar, todos os anos.

Esse verdadeiro show das gigantes do mar pode ser admirado com passeios de barco saindo de Prado, Cumuruxatiba e Corumbau. Conhecer as belezas que temos em alto mar como o Recife de Guaratiba, onde também é possível praticar mergulho livre e se surpreender com as diversas espécies de peixes e corais da região, deve fazer parte do seu roteiro.

 

FONTE UAI

Lagoa Misteriosa vira reserva para conservação da biodiversidade e proteção

São 38,4 hectares em fazenda localizada no município de Jardim

O governo federal oficializou a criação da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Lagoa Misteriosa, em Jardim, com área total de 38,4 hectares. A portaria do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação) foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (dia 17).

A nova área de proteção fica localizada na Fazenda Lagoa Misteriosa, atrativo turístico. A reserva será administrada por sua proprietária Agropecuária Rio da Prata Ltda, cujo nome fantasia é Recanto Ecológico Rio da Prata.

O mistério da lagoa de 30 metros de largura e 60 de comprimento está na profundidade, que é desconhecida. De todas as tentativas de se chegar ao fundo, a marca mais profunda foi registrada em 1998 pelo mergulhador Gilberto Menezes de Oliveira, que atingiu 220 metros.

“Essa RPPN foi criada para proteger a Lagoa Misteriosa, que é um lugar sensacional. Ela passa a fazer parte do sistema nacional de unidades conservação, junto com parques nacionais e todas as outras modalidades de proteção”, afirma Eduardo Folley Coelho, do Grupo Rio da Prata.

A reserva é uma unidade de conservação de domínio privado, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. A criação da unidade não afeta a titularidade do imóvel rural.

Em dezembro do ano passado houve consulta pública do ICMBio no processo para transformação dos 38,43 hectares da Fazenda Lagoa Misteriosa em reserva particular.

“A área da Lagoa Misteriosa é uma área de incrível biodiversidade e cenário, única no mundo. Assim, o objetivo de criar a RPPN foi oficializar a proteção desta área que agora passa a fazer parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação Brasileiro através de uma reserva particular e perpétua”, diz a diretora de Sustentabilidade do Grupo Rio da Prata, Luiza Coelho.

De acordo com dados do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), Mato Grosso do Sul tem 52 áreas de RPPN, que totalizam 148.064 hectares.

Um dos principais motivos para criar a reserva é o interesse do proprietário em conservar   em caráter perpétuo os ambientes naturais existentes em sua propriedade. Placas são afixadas com a proibição de caçar e desmatar.

Na RPPN, são permitidas atividades de pesquisas científicas e visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais.

“Quando se cria uma RPPN, ela é criada para sempre, é eterna. A Lagoa Misteriosa já era um passeio de grande repercussão. A lagoa vira um patrimônio. Ganha o meio ambiente de Jardim, a Serra da Bodoquena, Bonito. É mais uma área ambiental sendo protegida para sempre”, afirma o coordenador da RepaMS/MT (Rede de Reservas Privadas do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), Laercio de Sousa.

Ele compara a reserva a um diamante verde. “Podem ser pequenos, mas são diamantes. Mais um diamante verde sendo criado, mais uma área de proteção em Mato Grosso do Sul”.

A área foi criada com apoio da Funatura (Fundação Pró-Natura) e do GEF Terrestre-Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade).

 

FONTE CAMPO GRANDE NEWS

‘Toscana brasileira’: conheça o lugar que conta com uma rota incrível de vinhos, azeites e queijos

A região se destaca não só pela beleza mas pelos produtos que o clima frio proporciona

Situado na região da Serra da Mantiqueira, a 185 quilômetros de distância de São Paulo capital, São Bento de Sapucaí é um lugar muito conhecido pela Pedra do Baú, que recebe diariamente visitantes para apreciar a vista que uma altitude de 1.950 metros proporciona da área.

Entretanto, o local não se resume apenas a isso e o título popularmente atribuído de ‘Toscana brasileira’ sintetiza as delícias que a região tem a oferecer, como vinhos, queijos, cervejas e azeites. A região alta e fria é propícia para o cultivo de uvas que, por sua vez, integram a produção local de vinhos, fomentando o enoturismo.

É por lá que se encontra a Vinícola Villa Santa Maria, cujos 90 hectares recebem por volta de 55 mil turistas por ano e contém, atualmente, 70 mil parreiras que produzem vinhos de inverno dos tipos Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Sauvignon Blanc, Merlot, Syrah, e Viognier.

A cidade também conta com a Oliq, produtora de azeites. Com mais de 10 mil pés de oliveiras de tipos diferentes, a área pode ser visitada pelo valor de R$ 59 por pessoa, com direito a vista das plantações e dos maquinários, além da degustação de nove tipos diferentes de azeite, tanto de forma pura quanto misturados a bolos, frutas e pães.

Conheça mais sobre as rotas gastronômicas da região através da matéria ‘São Bento do Sapucaí além da Pedra do Baú: conheça rota do azeite e do vinho’, por Ana Lourenço, disponível aqui.

 

FONTE ESTADÃO

Imposto sobre carbono poderá salvar a siderurgia brasileira, por Luís Nassif

O minério de ferro sai de Carajás, vai até a China, é transformado em aço ou equipamentos e retorna ao Brasil, com alto consumo de carbono.

Quem vai defender a Israel daqui do Rio de Janeiro?

Na Zona Norte, facção criminosa, autointitulada Tropa de Arão, usa estrela de Davi como símbolo e estabelece regime de terror no Conjunto de Israel

Na cruzada que se abriu para a legítima defesa de Israel, no Oriente Médio, minha preocupação se divide. Pudera: abaixo do Equador, bem em nosso patropi, coexiste também uma Israel, num conjunto – e não ‘’complexo’’ – que une favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro, onde se riscam também no chão limites muitos acirrados entre religião e violência.

Ditos ‘’ungidos’’, civis armados detém o domínio e a gestão do tráfico de drogas em Parada de Lucas, Cidade Alta, Vigário Geral, Cinco Bocas e Pica-pau, além de outras três comunidades, todas com referências bíblicas usadas como estandartes. No alto de seus morros, a estrela de Davi, fincada e reluzente, percebida por quem passa pela coluna cervical mais bonita do país, a Avenida Brasil, pode até parecer um adorno em meio ao céu estrelado de casas, mas seu real significado tem um sabor bem menos agradável.

Por lá, a “Tropa de Arão”, como se intitula a facção criminosa, manda e desmanda; e quem está sob o poderio fica à mercê do que acontece. Todos sob a ameaça do perigo iminente que não escolhe gênero, credo, raça ou idade. Se existe barbárie no Israel real, por aqui os exemplos são replicados. Desaparecimento? Tem! Como o ocorrido há um mês em Vigário, no episódio em que J. V. A. S., de 16 anos, sumiu. Seus familiares e amigos levaram cartazes com fotos e pediram por justiça – assim como as imagens que ganham o mundo, com o rosto dos reféns e os pedidos de libertação, desde o início dos ataques terroristas do Hamas.

O receio? O corpo, ou melhor, os corpos caírem na “Faixa de Gaza”, outra similaridade entre os conflitos armados. Assim foi batizada uma área de 95 quilômetros, abrangendo 33 bairros, cortando do Caju à Pavuna, incluindo as favelas do Jacarezinho e os conjuntos da Maré e do Alemão – duas comunidades, que, por sinal, esta semana, foram palcos de terror durante uma operação policial. Mas não só: ao todo, dez favelas do Rio de Janeiro amanheceram sob tiros, emitidos como despertador, numa megaoperação da Polícia Militar. Na incursão, nunca satisfeitos, invasões em domicílios, dificuldades de transitar entre os becos e vielas, e o valoroso saldo de nove pessoas mortas. Yes, aqui também tem genocídio.

Se as crianças são mortas na Gaza de Israel, infelizmente a lotes, aqui são impedidas de irem à escola. Com o episódio da semana, mais de 20 mil alunos ficaram sem aulas. E os impactos dobram, já que 15 linhas de ônibus foram afetadas por conta dos tiroteios e unidades de saúde ficaram sem funcionar. Se isso não é um tipo de bombardeio, eu não sei o quê explicar.

No último domingo (25), vimos pipocar nas redes sociais um vídeo onde senhoras, presentes na manifestação organizada por Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente, fazem um relato pela proteção do território de Israel e contra o que acontece do outro lado do mundo. ‘’Estamos com Israel porque somos cristãs (…) Israel nos representa, Israel está com nós (…) Estamos com Israel porque não são terroristas, somos contra o terrorismo’’.

Resta saber se essa união também se dará por quem é violentado aqui, bem debaixo dos nossos olhos.

 

FONTE PROJETO COLABORA

Verme cabeça de martelo chega ao Brasil e preocupa biólogos

De acordo com biólogo, se o verme for cortado em 10 pedaços, outros 10 novos vermes irão aparecer. Animal é comum no sudeste da Ásia, mas chegou ao Brasil

Bipalium kewense é o nome científico de uma espécie de verme achatado pertencente ao grupo dos Terricola, os platelmintos terrestres de vida livre (não-parasitas). Acredita-se que seja nativo do sudeste asiático, mas foi espalhado pelo mundo quando trazido acidentalmente em navios e hoje pode ser encontrado em vários locais, incluindo: América do Norte, Austrália, ilhas do Caribe, América do Sul, África, Madagascar e agora no Brasil.

O biólogo Henrique Abrahão reforçou o alerta em relação à presença do verme de martelo em terras brasileiras. Esse animal é uma ameaça considerável, em razão do seu poder destrutivo.

Trata-se do maior platelminto de seu tipo, chegando a 60 centímetros de comprimento, tem a cabeça arredondada semelhante a um martelo. É um predador de pequenos animais como moluscos e vermes menores e até de si próprio e costuma ser encontrado em solos úmidos.

O curioso é que, para matar esse animal, não basta ações como cortá-lo ao meio, por exemplo. Isso nem mesmo é recomendável, porque ela se regenera dando origem ao mesmo parasita. Quer dizer que, ao cortar um verme cabeça chata ao meio, estaremos gerando dois deles. Esse animal é portador de uma toxina chamada tetrodotoxina, também encontrada no peixe Baiacu que pode matar. Daí a preocupação com o ecossistema.

Assim, a recomendação é recolher o verme em um recipiente, colocar sal e vinagre. O biólogo usou seu canal no Youtube para explicar a situação.

FONTE DOL

Conheça a praia brasileira eleita a 2ª melhor do mundo

Praia do Rio de Janeiro está entre as melhores do mundo, segundo o ranking divulgado pela Lonely Planet

A Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, alcançou o prestigiado segundo lugar na lista das melhores praias do mundo, de acordo com o ranking divulgado pela Lonely Planet, renomada editora de guias de viagem globalmente reconhecida.

O anúncio foi feito na última semana como parte da divulgação do lançamento do livro “Best Beaches in the World”, conforme informações veiculadas pelo Uol. Esta obra destaca 100 praias imperdíveis ao redor do mundo, evidenciando as areias da famosa praia carioca como uma atração que atrai uma variedade de tribos urbanas e diferentes perfis de turistas. Além disso, o espetáculo do pôr do sol é destacado, recebendo aplausos tanto dos moradores locais quanto dos visitantes da Cidade Maravilhosa.

A prévia disponibilizada no site do guia revelou as 20 melhores praias de acordo com a opinião dos editores da publicação. Conheça o top 5:

1ª: The Pass, Byron Bay, Nova Gales do Sul, Austrália;

2ª: Praia de Ipanema, Rio de Janeiro, Brasil;

3ª: Ao Maya, Ko Phi-Phi, Krabi, Tailândia;

4ª: Ilha Mnemba, Zanzibar, Tanzânia; e

5ª: Sarakiniko, Ilha de Milos, Grécia.

*Com informações do Metrópoles

FONTE CURTA MAIS

Isabel: a tatu-canastra brasileira que ensinou ao mundo o que se sabe sobre a espécie

Mesmo para quem vive em regiões consideradas seu habitat-natural, como é o caso do Pantanal, ver um tatu-canastra é considerado um feito raro.

O animal, que existe apenas em países da América Latina, é solitário, só sai à noite para se alimentar de formigas, e pode chegar a passar três quartos da sua vida em tocas subterrâneas.

Para quem tem a sorte de encontrá-lo, a visão impressiona: é a maior das espécies de tatus, podendo pesar até 60 kg, ter 1,5 metros de comprimento e garras que podem chegar a 20 centímetros no terceiro dedo – as mais longas do reino animal.

Até poucos anos atrás, as informações sobre a espécie eram escassas. Dados sobre comportamento e reprodução, algo considerado básico entre biólogos, tornava o tatu-canastra um mistério.

Foi com a motivação de explorar esse animal praticamente desconhecido pela ciência que, em 2010, o pesquisador Arnaud Desbiez, hoje parte do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), começou a trabalhar com armadilhas fotográficas no Pantanal.

“Isabel, como a batizamos mais tarde, foi o primeiro animal da espécie que conseguimos monitorar. No começo, eu passava noites em claro tentando segui-la a pé, e de manhã procurava pelo buraco de sua toca”, conta Desbiez.

Foi a partir das descobertas feitas com Isabel, o tatu-canastra fêmea que tem hoje aproximadamente 20 anos, que o mundo pode conhecer informações valiosas sobre a espécie.

“Como cientistas, não devemos ter animais prediletos, mas confesso que Isabel é meu tatu favorito. Ela foi nossa professora sobre a espécie. Nos ensinou sobre a movimentação do tatu-canastra, seleção de habitat, características de reprodução… Com ela, temos muitas ‘primeiras descobertas’.”

As descobertas feitas com Isabel

“A Isabel foi o primeiro passo, mas depois os dados foram confirmados, analisados com mais de 40 animais em outros biomas, como Cerrado e Mata Atlântica”, explica Desbiez, descrevendo que as descobertas abaixo – sobre ecologia e biologia de toda uma espécie – não poderiam ser baseadas em um único animal.

Reprodução

Em 2017, o documentário da BBC ‘Hotel Armadillo: Natural World’, revelou para o mundo as descobertas preciosas dos primeiros sete anos de estudo.

Entre elas, o filme mostra as primeiras imagens de um filhote de tatu-canastra já registradas: Isabel e sua cria durante a noite, capturadas por uma armadilha fotográfica.

“Flagramos Isabel compartilhando uma toca com um macho e cinco meses depois tivemos o registro do primeiro filhote, foi super emocionante”, lembra Desbiez.

Antes, explica o pesquisador, a ciência não sabia a duração da gestação e nem que a fêmea gesta um filhote por vez.

O primeiro registro de filhote de tatu-canastra a ser apresentado ao mundo foi de uma cria de Isabel

Ao longo dos anos, Desbiez e sua equipe, hoje composta por 20 pessoas, continuaram a encontrar peças para montar o quebra-cabeça de reprodução da espécie.

“Nossos estudos mostram que o tatu-canastra atinge a maturidade sexual entre sete e nove anos, e quando a conhecemos, Isabel já tinha reproduzido, algo que confirmamos ao testar uma amostra genética e descobrir um animal que nasceu dela. Com isso, conseguimos estimar a idade dela quando começamos o projeto.”

Em 2023, novas imagens de Isabel com um filhote, seu quarto descendente, surpreenderam a equipe, já que mostravam que um tatu com mais de 20 anos pode continuar se reproduzindo.

“A idade máxima de reprodução, até que um animal se reproduza na natureza, é um dado crucial para muitos modelos populacionais. É importante para o cálculo para o tempo de geração e também para categorizar o animal na lista vermelha. Mais uma vez, é Isabel quem traz esse dado para nós.”

ICAS (INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES)
Legenda da foto,Checagem de saúde de Isabel na Fazenda Baía das Pedras, região da Nhecolândia, Pantanal, onde os pesquisadores ficam

Cuidado parental

O trato das mães tatu-canastra com seus filhotes foi outra descoberta importante para a equipe.

“É um animal tão forte e robusto, e quando vemos a delicadeza como ela trata o filhote, não dá para não se emocionar”, diz Desbiez.

Pela observação de diferentes animais da espécie constatou-se que a cada 15 dias, a mãe leva o filhote para um buraco diferente.

“Ela guia o pequeno, que está cego até 50 dias (mais uma coisa que descobrimos com Isabel), até outro buraco, que vai ser mais ou menos 200 metros mais longe”, narra o pesquisador.

Quando as fêmeas saem, fecham seus buracos jogando terra e material vegetal com suas garras afiadas, algo que não fazem quando estão sozinhas.

“Com as armadilhas fotográficas que acompanharam Isabel conseguimos compreender tudo nesse passo a passo, quanto tempo ela fica fora para se alimentar, quando volta para amamentar, e os momentos ‘carinhosos’ entre mãe e filhote.”

ICAS (INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES)

A amamentação é exclusiva até os 6 e 8 meses de idade e o desmame acontece quando a cria completa um ano. Mesmo depois, o filhote continua dependente da mãe até os 18 meses de idade, e até os dois anos ainda é encontrado dentro do território da mãe.

Testes genéticos também mostraram que os filhotes dela foram de machos diferentes, indicando que as fêmeas da espécie têm mais de um parceiro – algo que se confirmou com outros tatus-canastra observados.

“Os machos podem vir muito longe, eles têm um comportamento exploratório, visitam as tocas das fêmeas quando elas estão no cio. Mas no território da Isabel já tinha dois machos, o que facilitou a reprodução.”

Foi também com Isabel que o grupo documentou algo que nunca foi visto em outros animais durante 13 anos de pesquisa.

“Quando um filhote de Isabel tinha quatro semanas, um macho que morava a mais de 15 km veio, a expulsou da toca e matou seu filhote. Oito meses depois, descobrimos que ela estava grávida desse mesmo macho. Isso indica que o macho cometeu o assassinato para fazer com a fêmea voltasse ao período de cio de forma mais rápida, já que normalmente elas reproduzem uma vez a cada três anos”, conta Desbiez.

Habitat natural e tocas

No Pantanal, os pesquisadores conseguiram descobrir que as áreas preferidas dos tatus-canastra são os chamados de Murundu, pequenos campos elevados, geralmente com um cupinzeiro no meio e a vegetação do Cerrado ao redor.

Ali, Isabel e outros tatus-canastra fazem a toca embaixo do cupinzeiro para proteger a si e a eventuais filhotes de predadores como jaguatiricas e onças-pardas.

As primeiras imagens feitas do buraco, que claro, eram da casa de Isabel, mostram que, quando ela não estava em casa, a toca foi utilizada por dezenas de outras espécies.

Entre alguns dos visitantes estavam pequenos roedores, que se aproveitaram da toca procurar alimentos e fugir do calor, tamanduás-mirim, que se abrigaram para se proteger de predadores e descansar, e catetos, que usaram a terra da toca do tatu para se refrescarem.

No Pantanal, a densidade populacional estimada pelo ICAS em 2021 era de 7 e 8 indivíduos para cada 100 km².

A área de vida abrange cerca de 25 km² – um território quase exclusivo para cada indivíduo. Cada animal é capaz de percorrer, em média, 1.6 km, durante uma única noite. Machos tendem a se movimentar mais quando estão procurando fêmeas no cio.

ICAS (INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES)
Legenda da foto,Em média, um tatu-canastra cava uma toca a cada três noites. Com isso, eles alteram seu habitat natural e criam novos habitats para outras espécies

Ameaças à espécie

Dados do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), mostraram que a população do tatu-canastra diminuiu em 30% nos últimos 24 anos como resultado de caça, desmatamento, atropelamento em rodovias e fogo.

“Sobre este último, bastante comum no Pantanal, reconhecemos a importância do fogo como ferramenta essencial no manejo tradicional de pastagens, mas incêndios fora de controle representam um perigo significativo.”

Em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IP) a Fazenda Baia das Pedras, onde o projeto tem sede, o grupo de Desbiez estabeleceu uma brigada comunitária em 2021.

“Anualmente, realizamos três treinamentos, fornecemos equipamentos para os vizinhos das fazendas e promovemos treinamentos regulares.”

Além disso, o pesquisador considera crucial promover a conscientização e a educação ambiental para proteger essa espécie.

“A familiaridade com o tatu-canastra é surpreendentemente baixa, até mesmo entre aqueles que vivem nas áreas de ocorrência natural. Por meio do projeto, comunidades são envolvidas, e quando capturamos um tatu-canastra, convidamos as pessoas para observarem e apreciarem o animal.”

A ideia da iniciativa, complementa ele, é estimular o respeito pela espécie, por sua singularidade e importância para o ecossistema.

“Entender e celebrar o tatu-canastra são passos fundamentais para a preservação dessa espécie, ainda pouco conhecida e compreendida.”

ICAS (INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES)

FONTE BBC BRASIL NEWS

Cidade brasileira é eleita a mais acolhedora do mundo, diz pesquisa internacional

Destino lidera lista do Booking que revela as 20 cidades e regiões com as recepções mais calorosas

Curioso para saber qual o destino mais ‘amigável’ do mundo? Segundo uma pesquisa da plataforma Booking, Arraial d’Ajuda, na Bahia é a cidade mais acolhedora do planeta.

Destino conhecido por brasileiros no litoral baiano assumiu o primeiro lugar na 12ª edição do ‘Traveller Review Awards’, que revelou os 20 lugares mais acolhedores do mundo.

A classificação é baseada na quantidade de acomodações premiadas em cada destino pelos usuários da plataforma de viagens. As premiações são nos quesitos excelência e hospitalidade.

Arraial d’Ajuda, que é seguida por Hermópolis, na Grécia, foi o único destino da América do Sul citado no ranking.

Veja a lista das cidades mais acolhedoras do planeta em 2024:

  • Arraial d’Ajuda, Brasil
  • Hermópolis, Grécia
  • Viana do Castelo, Portugal
  • Daylesford, Austrália
  • Grindewald, Suíça
  • Moabe, Estados Unidos
  • Uzes, França
  • Mazatlán, México
  • Jaisalmer, Índia
  • Fujikawaguchiko, Japão

FONTE ITATIAIA

Descubra a cidade brasileira que abriga a gigantesca reserva de cristais do mundo

Município possui uma grande concentração de pedras e gemas lindíssimas.

Desde o descobrimento do nosso país, o Brasil é um lugar conhecido por sua riqueza mineral. Os colonizadores portugueses extraíram gemas extremamente valiosas do nosso solo, e algumas até mesmo decoram joias da realeza europeia.

Porém, há um estado que se destaca entre os outros quando falamos deste tema: Minas Gerais. Tal localidade possui uma abundância de minérios, e seu nome deve-se justamente a isso. Durante a época do Império, essa terra foi exaustivamente explorada à procura de ouro e outras preciosidades.

Atualmente, essa importante Unidade Federativa é responsável pela produção de 25% das gemas comercializadas no mundo todo, conforme dados do SGB (Serviço Geológico do Brasil). Este órgão ainda confirma que o Brasil é uma importante província gemológica mundial, entre as nove atualmente existentes.

Desse modo, existe uma cidade que se destaca entre as outras devido à sua abundância de cristais: Cristalina, situada no estado de Goiás, a 130 km de Brasília (Distrito Federal). Essa cidade ostenta a maior reserva de cristais do planeta.

Como os cristais movem a economia do lugar?

Há diversas minas espalhadas por Cristalina, onde é possível encontrar os mais diferentes tipos de cristais e gemas, destacando-se entre elas o Cristal de Quartzo Lemuriano. Segundo a história oficial do município goiano, a região começou a ser visitada por bandeirantes no final do século XVIII, em expedições de cunho exploratório.

Mas, naquele tempo, tais pedras não possuíam grande valor de mercado, de modo que os europeus não se interessaram por elas. Entretanto, conforme o tempo passava, esse tipo de produto começou a ser desejado, e então diversas pessoas foram se estabelecendo por lá para explorar tal recurso.

Originalmente, a região era chamada de “Serra dos Cristais“. Após inúmeros acontecimentos envolvendo o garimpo, entre os anos de 1916 e 1918, a cidade se emancipou e recebeu a denominação de “São Sebastião dos Cristais“, sendo rebatizada posteriormente como “Cristalina“.

Atualmente, segundo o censo do IBGE, o local já conta com mais de 50 mil habitantes, e a extração de cristais continua sendo a principal atividade econômica dos que vivem ali, além do turismo, impulsionado pela rica história da cidade.

“Cristalina está localizada sobre o maior domo de Cristal Lemuriano do planeta, algo realmente incrível, que delega ao município uma exclusividade no turismo. A sensibilidade do prefeito Daniel em transformar a potencialidade turística do município de Cristalina em oferta de produtos turísticos, juntamente com a iniciativa privada, permitiu que Cristalina entrasse no cenário turístico, tendo um alcance nacional e internacional.”, disse a Secretaria de Turismo da cidade, em nota.

FONTE CAPITALIST

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