O teatro patrimonial como instrumento de participação e cidadania

Tive a grata oportunidade de experienciar o teatro aplicado à educação patrimonial que, em minhas pesquisas, registro como Teatro Patrimonial. Acredito empiricamente na capacidade educativa do teatro como mecanismo apropriado para envolver a população e modificar a percepção dos moradores diante da urbanidade, permeada por especificidades culturais e sociais que vão além da edificação tombada. Trata-se de um método em que a cidade se torna essencialmente uma engrenagem educadora e que visa valorizar o patrimônio cultural na amplitude conceitual que o termo exige na contemporaneidade. Nesse sentido, o Teatro Patrimonial é uma proposta interdisciplinar desenvolvida no ambiente informal de ensino com a perspectiva de intervir na realidade social por meio da teatralização dos monumentos históricos e das práticas cotidianas de seus interlocutores. Na atualidade, o conceito de Teatro Patrimonial, que foi aplicado como método em municípios da região, tornou-se referência para pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e outras instituições de ensino superior.

A primeira experiência que tive com práticas teatrais centradas na preservação do patrimônio cultural ocorreu na cidade de Ouro Branco a partir da necessidade de estimular o envolvimento comunitário em ações preservacionistas. Em 1998, quando foram iniciadas as mobilizações para restaurar a Casa de Tiradentes, conhecida também como Fazenda das Carreiras, ficou constatado que era necessário o envolvimento comunitário para garantir não apenas a restauração do monumento, mas também a utilização sustentável da edificação, patrimônio cultural de Minas Gerais. O planejamento urbano de Ouro Branco contribuiu para a segmentação socioeconômica e gerou uma segregação socioespacial que muitos podem considerar natural, mas não é.

Chega a ser constrangedor constatar como a maioria das pessoas está mais predisposta a perceber a realidade global de astros hollywoodianos do que se engajar, ou meramente se interessar, pelos problemas de seu bairro, de sua rua. A preservação do patrimônio cultural necessita do envolvimento e da participação dos cidadãos. No entanto, eis que surgem questões emblemáticas e de respostas em dissonância com o contexto histórico de Ouro Branco. Como reunir uma população tão heterogênea e desmembrada geograficamente por aspectos de ordem econômica e social?  Como estabelecer uma gestão cultural centrada na participação comunitária? Essas indagações foram e continuam sendo essenciais para garantir o desenvolvimento de espetáculos com temática preservacionista e interdisciplinar.

Durante o processo de restauro da Casa de Tiradentes, montagens e releituras dramáticas da obra Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, ganharam as ruas e as praças da urbe. A obra poética, que narra fragmentos históricos da Conjuração Mineira, foi apresentada na maioria dos bairros e nos distritos da zona rural, mostrando a relevância cultural de Ouro Branco no contexto histórico nacional. Com o êxito da experimentação teatral centrada em ações preservacionistas, foi produzido um espetáculo de rua que incluiu os principais grupos artísticos da cultura popular. Com o título criado para defender a ideia de inclusão da cidade no contexto do Ciclo do Ouro, o espetáculo Ouro Branco no Circuito foi estruturado como um cortejo aos principais monumentos do centro histórico, como meio de desenterrar as memórias subterrâneas da população. Dessa forma, consolidou-se a prática do Teatro Patrimonial, alicerçado na apropriação sistemática de espaços que passam a representar novas alternâncias de significados simbólicos e de percepções que estimulam o sentimento de pertença na comunidade.

Não é de hoje que o teatro é considerado um instrumento didático para tratar de problemas sociais que colocam em pauta questões como preservação do meio ambiente, participação social e o protagonismo de grupos historicamente vulnerabilizados. A iniciativa de incluir a população para interpretar a história de uma cidade gera impactos diretos na preservação da identidade cultural.  Com a inserção de atores da comunidade, interpretando e refletindo sobre contextos locais, abre-se um campo amplo de possibilidades de apropriação e de utilização dos espaços públicos. Uma população com sua identidade cultural preservada, com a sensação de pertencer ao lugar, assegura novas possibilidades de participação na realidade social e nas decisões políticas. É necessário recorrermos ao Teatro Patrimonial como mecanismo capaz de ampliar a percepção da população diante dos problemas humanos e urbanos. Um teatro que amplia a função social da preservação do patrimônio histórico e que evidencia nossa identidade cultural a partir de uma perspectiva pedagógica, participativa e, portanto, cidadã.

Leia o artigo na integra:

Artigo Científico STUTZ, Éverlan (1)

Éverlan Stutz é jornalista, graduado em Artes Cênicas pela UFOP, especialista em Gestão do Patrimônio Cultural pela PUC Minas, mestrando no Programa de Pós-graduação em Turismo e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Ouro Preto.  

Fiat só sobrevive ainda no mundo por conta do Brasil

Brasil é o maior mercado da Fiat, mas mesmo assim a matriz da montadora insiste em focar na Europa e em outros locais menos rentáveis

Que a Fiat brasileira é a grande protagonista da marca italiana, ao menos em números de vendas, isso não é segredo para ninguém. Em 2023, o Brasil se manteve como o principal mercado da marca italiana no mundo. Por isso, não é nenhum absurdo dizer que a Fiat só existe hoje por conta do sucesso no mercado brasileiro.

E quem fez essa análise certeira foi o jornalista colombiano Felipe Munoz, responsável pela página Car Industry Analysis. Segundo os dados, a Fiat segue sendo a marca mais vendida da Stellantis no mundo, e teve um crescimento de 8% no ano passado, em relação a 2022.

Esse crescimento em vendas foi motivado principalmente pelos números da América Latina, sendo que o Brasil se mantém como o líder de vendas dos carros da marca italiana. Em 2023, o mercado brasileiro teve 472.458 carros vendidos da Fiat, número que corresponde a um terço das vendas globais da marca.

Nos últimos anos, o Brasil tem sido, de maneira frequente, o maior mercado da Fiat. Enquanto os números de vendas só crescem por aqui, na Itália a marca segue patinando, a ponto de até a Turquia ter encostado, sendo outro mercado emergente que tem ajudado a operação global da Fiat, com um crescimento de 32% no último ano.

Protagonista renegado pela Fiat

Curiosamente, mesmo o Brasil sendo o protagonista da Fiat, a marca italiana insiste em não incluir o mercado brasileiro em seus planos futuros. Mesmo sendo o principal ponto de vendas da fabricante, a matriz da empresa insiste em manter a Europa como seu foco prioritário.

Quando os líderes da fabricante falam sobre os planos globais, raramente o Brasil e a Turquia são mencionados. Segundo Munoz, isso acontece porque há uma mentalidade excessivamente europeia na gestão da empresa.

A Stellantis tem mudado um pouco esse pensamento, e pretende dar mais espaço para o Brasil brilhar na operação global da Fiat. Mesmo assim, esse é um processo longo, mas certamente há valiosas lições no trabalho feito por aqui e que podem inspirar a matriz italiana.

É inegável a capacidade que a montadora tem em estudar o mercado brasileiro. Os produtos da Fiat fazem sucesso por aqui pois a marca consegue decifrar os gostos locais, lançando produtos inovadores e que se tornam tendência, como a Toro. Talvez seja isso que falte à Itália, para que a marca volte a ter mais destaque em seu país.

FONTE AUTO +

Experiências valem mais que compra de bens na hora de gastar, sugere pesquisa

Para mais da metade de pessoas consultadas, viagens e jantares são prioridades em vez de compra de bens materiais

Estudos de finanças comportamentais concluem que os gastos com experiências têm um efeito mais prolongado no sentimento de satisfação de quem gasta. Uma pesquisa com 700 brasileiros de várias partes do país sugere que as pessoas já perceberam isso. Segundo o levantamento do site Guia dos Melhores61% dos entrevistados priorizam experiências como viagens, jantares ou passeios a locais turísticos.

Esses são os gastos listados como principais desejos e motivações dos consumidores. Em seguida, aparece compras para melhorias da casa.
Pesquisa Guia dos Melhores — Foto: Divulgação

“Todos nós estivemos, de alguma forma, muito limitados ao ambiente de casa durante um longo período. A necessidade de voltar às experiências externas está alinhada com o nosso contexto econômico e social atual” explica Eduardo Scherer, fundador do Guia dos Melhores.

Em se tratando do gasto com bens, aqueles que refletem melhorias na casa são os mais desejados, principalmente entre o público mais jovem. Esta é a principal motivação de compra de 32% dos respondentes com idade entre 16 e 39 anos.

No topo da lista de itens para melhorias da casa, aparecem eletrodomésticos que prometem uma vida mais prática, como o robô aspirador, desejo de 23% dos entrevistados, e a panela elétrica airfryer, apontada por 22% das pessoas. Em terceiro lugar, com 14% das menções, está a geladeira invertida.

Pesquisa Guia dos Melhores — Foto: Divulgação

 

O preço e o produto ser de marca de confiança são os aspectos citados com mais recorrência como os mais importantes na hora de escolher um produto.

O preço de um produto ainda é o ponto mais determinante para uma decisão de compra, o que pode estar diretamente relacionado com o fato de as pessoas estarem priorizando as experiências. Economiza-se um pouco nos bens duráveis para que se possa investir em uma viagem, por exemplo”, analisa Scherer.

Pesquisa Guia dos Melhores — Foto: Divulgação

 

FONTE VALOR INVESTE

Planeta Terra em mudança: novo oceano está se formando e África pode se dividir em dois continentes

Mas você não estará vivo quando isso acontecer

Uma grande fenda está dividindo aos poucos o continente africano, e cientistas preveem que isto formará um novo oceano — mas só daqui há muitos anos… talvez milhões.

A fenda não para de crescer

Em 2018, as terras do Quénia foram abaladas por um evento geológico homérico. Formou-se uma enorme fenda de 56 quilômetros e que envolve uma autoestrada que liga Nairobi a Narok. O pior de tudo é que ela continua aumentando todos os dias e cientistas acreditam que ela não parará.

Este fenômeno denominado de East Africa Rift (Fenda da África Oriental em tradução livre) abriu margem para cientistas fazerem descobertas incríveis: um possível novo oceano e a divisão do continente em dois.

Fenômenos do tipo, embora super lentos e graduais perante a vida humana, são importantes para o desenvolvimento do planeta e é por meio de tais cisões que nosso planeta foi moldado ao longo do tempo. Isto influencia no clima, a topografia e até a evolução da vida no planeta Terra.

Oceano e continente novos

A fenda já se estende, atualmente, em cerca de 3.000 quilômetros desde o Golfo de Aden até Zimbabué. Desde 2018 um artigo da Sociedade Geológica alertou para a divisão do continente em dois, o que geraria um novo oceano na Terra. Existem outros pesquisadores que concordam, como neste estudo publicado no Daily Mail.

Nesta publicação, na HAL Open Science, a equipe responsável analisa a evolução da fenda e também calcula possíveis consequências. Além disso, também relacionam a função do magma e movimentação das placas tectônicas com a expansão da fenda.

No entanto, este processo pode levar cerca de dezenas de milhões de anos (talvez menos, especialmente com intervenções humanas). O fato é que é possível que a humanidade nem mesmo esteja no planeta quando o novo oceano se formar.

Texto traduzido do site parceiro Xataka*

 

FONTE IGN

Registro de casamento entre pessoas do mesmo sexo bate recorde no Brasil

IBGE mostra que casamento homoafetivo cresceu 19,8% em 2022 sobre 2021, e atingiu o maior registro anual desde que passou a ter amparo de lei, em 2003

A pesquisa do IBGE mostra que, em 2022, houve 970 mil casamentos civis realizados em cartórios de registro civil de pessoas naturais, um aumento de 4,0% em relação a 2021. Do total, apenas 1,1% (11 mil) foram casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Esse número é 19,8% maior que em 2021 (9,2 mil) e representa o recorde da série, desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impediu que cartórios se recusassem celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desses 11 mil, a maioria (60,2%) foi entre cônjuges femininos.

“Desde 2015, o número de casamentos vem apresentando tendência de queda. Houve um decréscimo ainda mais expressivo entre 2019 e 2020, com estreita relação com o cenário de pandemia e as orientações sanitárias de distanciamento social”, explica Klívia, que complementa: “Mesmo com o crescimento em 2021 e 2022, o número de registros de casamentos não superou a média dos cinco anos anteriores à pandemia (2015 a 2019)”. O mês de dezembro foi o de maior número de registros (101,7 mil) enquanto fevereiro (63,3 mil) teve a menor quantidade.

No recorte etário, a série histórica da pesquisa mostra que as idades dos cônjuges nos casamentos entre pessoas de sexos distintos, independente do estado civil prévio, aumentaram ao longo dos últimos anos, tanto para homens quanto para as mulheres. Em 2000, 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais. Em 2022, esse percentual chega a 24,1%. Este fenômeno também foi observado entre os homens da mesma faixa, que representavam 10,2% em 2000 e chegaram a 30,4% em 2022.

FONTE O TEMPO

Sete em cada 10 brasileiros acham que água é um bem pouco cuidado

Pesquisa mostra que população está preocupada com falta de água

A maioria da população brasileira tem uma avaliação negativa sobre o cuidado da água disponível no país. Uma Pesquisa da The Nature Conservancy (TNC) Brasil mostra que 73% dos brasileiros acreditam consideram a água um recurso natural muito utilizado e pouco cuidado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22), que é o Dia Mundial da Água.

A pesquisa A Percepção dos Brasileiros sobre Segurança Hídrica, feita pela The Nature Conservancy Brasil com o apoio técnico do Instituto Ipsos, aponta que 58% da população brasileira está muito preocupada com a falta de água. O consumo excessivo ou desperdício são vistos como os principais responsáveis por este problema na visão de 27% dos entrevistados e as mudanças climáticas aparecem em segundo lugar (21%).

Entre os entrevistados, pessoas menos escolarizadas atribuem mais a falta de água à escassez de chuvas, enquanto mais escolarizados enfatizam os problemas de gestão. Além disso, 68% da população acredita que evitar o desperdício seja a principal medida que as empresas devem adotar para proteger as nascentes e as bacias hidrográficas.

O objetivo da pesquisa é identificar o quanto a população brasileira entende a importância da conservação da natureza para garantir a proteção das nascentes e dos rios para a segurança hídrica, o desenvolvimento econômico e o bem-estar social.

O levantamento foi realizado pela Ipsos a pedido da The Nature Conservancy Brasil. Foram ouvidas 1.499 pessoas, homens e mulheres maiores de 18 anos das classes ABCDE, de todas as regiões do país, entre os dias 8 e 15 de fevereiro deste ano com uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais.

Meio ambiente

Os brasileiros também classificam o meio ambiente como uma atenção prioritária, sendo que dentre questões como por exemplo queimadas, desmatamento, poluição do ar e descarte incorreto do lixo, os eventos climáticos extremos relacionados à água como secas e enchentes são o principal ponto de preocupação, levantado por 83% dos entrevistados.

O estudo apontou que as populações menos favorecidas indicam menor associação entre problemas ambientais e mudanças climáticas, enquanto os mais privilegiados têm um entendimento mais amplo.

Soluções

A recuperação florestal foi apontada por 45% dos ouvidos como medida mais indicada para garantir a segurança das águas, ficando atrás apenas da fiscalização das leis (53%) e dos programas de educação ambiental (50%).

A gestão integrada dos recursos hídricos entre governos, sociedade civil e empresas é apontada por 43% dos entrevistados como as principais medidas para garantir a segurança hídrica, identificando a necessidade da colaboração para o desenvolvimento de soluções mais ágeis e eficazes.

Por outro lado, 70% da população entrevistada nunca ouviu falar sobre os comitês de Bacia Hidrográfica. Entre os que conhecem os comitês, 42% não sabem qual é o seu trabalho. Atualmente existem mais de 230 comitês de bacias instituídos no país, sendo responsáveis por promover uma gestão descentralizada em esforços para aprimorar a qualidade da água.

 

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Polêmica de Dilma se torna real e empresas buscam maneiras de “estocar vento”

Se “estocar vento” parecia impossível, agora não é mais: empresas desenvolvem tecnologias para tornar possível o armazenamento de energia.

A expressão “estocar vento” ficou famosa após a ex-presidente Dilma Roussef utiliza-la em um discurso que fez na ONU (Organização das Nações Unidas), em 2015. Na época, muitos brasileiros questionaram a ideia de estocar um recurso natural intermitente como o vento.

Contudo, o discurso se referia a energia produzida pelas variações de vento — a chamada energia eólica — e não propriamente ao recurso. Após gerada, há certa dificuldade de armazenar o excedente da energia que não é utilizada. Relembre o discurso, abaixo:

Por ser uma fonte renovável e que não emite carbono, muitos países estão em busca de aumentar a produção de energia eólica. E, com isso, também procuram maneiras mais eficientes de “estocar vento” — ou simplesmente armazenar a eletricidade produzida para que ela possa ser utilizada em momentos sem vento.

Atualmente, a bateria de lítio é o método mais utilizado. Contudo, o mineral é um recurso limitado, geralmente sujo para extrair. Além disso, também se torna caro quando utilizado para armazenar energia por mais de quatro horas.

Iniciativas de “estocar vento” no Brasil

No Brasil, os principais estados que produzem energia eólica são Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte. Em 2021, por exemplo, o RN fechou uma parceria com a empresa EV Brasil para o desenvolvimento de um projeto de “armazenamento verde gravitacional de energia”.

Na prática, consiste em “estocar vento” utilizando blocos de concreto que são instalados nos parques eólicos. Então, empilhados a aproximadamente 120 metros de altura, eles criam um sistema de ioiô, que utiliza o vento para gerar energia gravitacional, armazenada em gerador.

Posteriormente, os blocos entram em movimento e transformam a gravidade em energia elétrica, utilizando o que foi estocado quando necessário.

Muito além das baterias

Em 2022, o governo de Joe Biden, nos EUA, também anunciou um investimento de US$ 300 milhões (aproximadamente R$ 1,5 bilhão, em conversão direta) para desenvolver tecnologias de armazenamento de energia de longa duração.

“Avançar nas tecnologias de armazenamento de energia é fundamental para alcançar uma rede elétrica descarbonizada”, disse Jennifer Granholm, secretária de energia, em um comunicado divulgado na época.

No país, a empresa Form Energy encontrou uma alternativa barata. Ela utiliza a oxidação do ferro — ou simplesmente o enferrujar desse material — para criar reservas de energia. Quando o ferro enferruja, ele produz energia. Então, ele alimenta de volta o sistema. Em seguida, a Form reverte a reação e armazena energia. Por fim, o sistema libera a energia ao enferrujar o ferro novamente.

Movimento internacional

Outros países já utilizam tecnologias de estocagem de energia. A Sardenha, ilha da Itália, por exemplo, implementou uma planta de armazenamento de energia solar. A Energy Dome, start up de Milão, utiliza o dióxido de carbono contido em um enorme balão como uma espécie de bateria. Dessa forma, durante o dia, a eletricidade produzida pela luz solar comprime o dióxido de carbono em líquido.

A tecnologia expande o CO2 de volta ao gás à noite, quando não há Sol. O sistema usa uma turbina para produzir eletricidade. Assim, a empresa envia a energia gerada de volta para a rede.

Já a Corre, empresa com sede na Holanda, trabalha com o armazenamento de energia pela compressão do ar dentro de cavernas de sal. Recentemente, ela fechou um acordo na Alemanha e vai fornecer energia para abastecer 1,6 milhão de residências por apenas um décimo do custo do íon de lítio.

Já na Finlândia, há também a Polar Night Energy, startup que usa eletricidade excedente para aquecer areia a temperaturas de até 593°C. Posteriormente, fornece energia térmica para residências e empresas locais.

 

FONTE GIZ MODO UOL

Após 4 anos de análise do home office, pesquisa aponta que trabalhar de casa nos torna mais felizes

Estudo teve início antes mesmo da pandemia de Covid-19

trabalho remoto era um sonho inatingível para muitas pessoas antes mesmo da pandemia de Covid-19. Há quatro anos, milhões de pessoas de repente conseguiram evitar as horas desperdiçadas no deslocamento para o trabalho. Em vez disso, elas só precisavam se levantar e, ainda de pijama, ligar o computador para começar o home office.

A par da situação de saúde, dos novos hábitos e das formas de convivência que deixou, a pandemia de coronavírus também permitiu que muitas pessoas realizassem as suas tarefas fora do escritório. E muitas delas simplesmente gostaram da possibilidade de trabalhar de casa.

Se isso já é um senso comum observado por nós no dia a dia, tivemos a confirmação por um estudo da University of South Australia. A pesquisa da universidade australiana analisou como o trabalho remoto influenciou a vida das pessoas.

Este estudo não abordou apenas os efeitos do trabalho remoto durante a pandemia, mas também começou antes mesmo do início dela. Quando a Covid espalhou, a equipe já havia concluído metade da obra. Durante esse período de quarentena, eles examinaram o estilo de vida e o bem-estar dos adultos australianos e puderam observar as mudanças desde o início.

De acordo com os resultados, detalhes interessantes foram revelados já nos primeiros dias de confinamento, como o fato de as pessoas que trabalhavam de casa dormirem quase meia hora a mais e também consumirem mais álcool. Embora alguns dados fossem contraditórios, o estudo mostrou que dar aos trabalhadores flexibilidade para escolherem trabalhar a partir de casa também foi benéfico para a saúde física e mental.

Menos tempo de viagem, mais lazer

 

Um dos principais elogios ao home office é evitar o trânsito e o tempo perdido nos engarrafamentos (Imagem: Victor Sánchez Berruezo/Unsplash)

O estudo revela que antes da pandemia, o australiano médio gastava 4,5 horas por semana no deslocamento para o trabalho. Usar esse tempo para transporte, segundo pesquisadores, está relacionado a uma pior saúde mental. Considerando que muitos aqui no Brasil enfrentam essa média diariamente, nossos amigos aussies estão reclamando de “barriga cheia”.

As horas extras que estão disponíveis com o home office (aquelas que não são perdidas no transporte público ou particular) podem ser aproveitadas até para trabalhar mais. Porém, o ponto mais positivo é se dedicar a outras atividades ou cuidados pessoais.

Por exemplo, algumas pessoas têm utilizado esse tempo adicional não só para o essencial lazer, mas também para mudança de hábitos alimentares, como reduzir o consumo de lanches rápidos para comer opções mais saudáveis, como verduras, frutas e laticínios – que podem ser preparados com mais cuidado em casa.

Poder relaxar em um ambiente mais particular é outra vantagem do trabalho remoto (Imagem: Anthony Tran/Unsplash)

As vantagens e desvantagens do home office

Este estudo confirma várias coisas, como o impacto na saúde mental. Por exemplo, quando foi necessário trabalhar de casa, como no início da pandemia, a saúde mental e o bem-estar diminuíram. No entanto, quando as pessoas puderam escolher e decidiram pelo home office, o efeito foi positivo.

A pesquisa também abordou outros detalhes, como preocupações sobre trabalhar em casa, pois pode afetar negativamente a coesão, a colaboração em equipe e os laços sociais, bem como as oportunidades de promoção. Apesar disso, o estudo indica que, embora a ligação com os colegas seja difícil de reproduzir remotamente, o desempenho e a produtividade no trabalho parecem permanecer estáveis ​​e até melhoram quando se trabalha a partir de casa.

Outros detalhes também são mencionados, como o de que aquelas pessoas que trabalham em tempo integral em casa ou em modelo híbrido têm satisfação no trabalho e maior bem-estar. O estudo conclui que o home office “parece posicionar-se como uma opção entre muitas outras para apoiar um ambiente de trabalho melhor, mais inclusivo e flexível”, apesar da opinião contrária da Amazon e de outras big techs.

 

FONTE IGN

Prefeitura realiza pesquisa para criação dos planos Diretor, de Desenvolvimento Sustentável e de Mobilidade Urbana

Os moradores de Congonhas podem participar da consulta pública do Plano Integra que prevê a elaboração dos planos Diretor e de Desenvolvimento Sustentável e Mobilidade Urbana do município, que é um conjunto de diretrizes que deverão ser seguidas pela Prefeitura nos próximos 10 anos.

O formulário pode ser acessado na plataforma do Programa Integra disponível no site da Prefeitura ou pelo link abaixo. A consulta pública tem por objetivo acolher a opinião e sugestões  da população sobre diversos temas tais como atendimentos de serviços públicos, como saúde, educação e assistência social, além de informações de acesso à infraestrutura urbana, saneamento básico e transporte coletivo.

O Programa de Planejamento Integrado de Congonhas (Integra) foi lançado em fevereiro com objetivo de garantir um crescimento organizado e sustentável, menos dependente da mineração e com respeito aos moradores e ao patrimônio histórico e cultural da cidade. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a ONU-Habitat que é uma agência especializada em urbanização sustentável e que será responsável pela revisão do Plano Diretor e pela elaboração do Plano de Mobilidade. E também com o apoio da Fundação Dom Cabral (FDC) que fornecerá apoio técnico na elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável na busca pela diversificação econômica,  inclusão social, potencialização do turismo, cultura e do patrimônio histórico e a proteção ambiental e equilibrada de modo a atrair novos e diferentes investimentos.

Link da pesquisa:

FORMULÁRIO PARA O CIDADÃO

FORMULÁRIO PARA O EMPREENDEDOR 

Reportagem/Foto: Reinaldo Silva

Pesquisa aponta os lugares mais relaxantes do mundo – e tem brasileiro na lista!

Quem faz uma viagem de férias bem provavelmente quer dias de paz e sossego, deixando para trás as preocupações e estresse do dia a dia, certo? Pode ser uma viagem para conhecer lugares novos ou mesmo para destinos já conhecidos, mas uma coisa é certa: é sempre bom ter um lugarzinho para relaxar.

Mas será que há locais que são mais propícios para ter essa sensação de relaxamento? A SpaSeekers, uma agência de reservas de spa do Reino Unido, fez um levantamento para descobrir quais são as atrações turísticas mais relaxantes do mundo.

Lugares mais relaxantes do mundo

A empresa analisou as avaliações de viagens online em diversos sites e registrou o número de vezes que a palavra “relaxante” foi mencionada. Para não ser tão injusto, os avaliadores excluíram todos os spas e hotéis que apareciam, mas mantiveram atrações com fontes termais (por isso alguns spas aparecem na lista).

No total, a pesquisa traz 50 lugares, sendo um brasileiro (que ficou lá no final da classificação). Vamos trazer aqui o top 10 e também atração brasileira. Confira!

10 – Royal Botanic Gardens Victoria – Austrália

A Austrália é mesmo um paraíso, com cenários deslumbrantes e muita natureza. E quando falamos em relaxar e descansar, um lugar bastante procurado é o Royal Botanic Gardens, o Jardim Botânico que combina os jardins de Melbourne e Cranbourne. Ele teve 950 menções de “relaxamento” nas avaliações online. O parque é enorme e possui mais de 10.000 espécies diferentes de plantas de diversos lugares do mundo.

9 – Jardim Majorelle – Marrocos

Com mais de mil menções, o Jardim Majorelle, localizado em Marrakech, Marrocos, entrou na 9º posição da lista. Com sua mistura de edifícios Art Déco e arte islâmica, é um lugar bastante visitado pelos turistas e o único do continente africano a aparecer no top 10.

Foto: Carter Obasohan / Unsplash

8 – St. Stephen’s Green – Irlanda

É muito comum pensarmos em Dublin e relacionarmos a cidade irlandesa às construções históricas, mas há um “respiro verde” no meio de tanto cinza. O St. Stephen’s Green é um grande parque com muitas árvores, flores e lagos com patos, perfeito para relaxar durante o dia.

Foto: Paul Costello / Unsplash

7 – Hanmer Springs Thermal Pools – Nova Zelândia

As piscinas termais de Hammer Springs é um convite ao relax – e quem não gosta de passar um tempinho mergulhado em águas quentes? O 7º atrativo da lista, localizado na Nova Zelândia, combina as características geotérmicas naturais do local com tratamentos de spa modernos, entretenimento para crianças e muitas trilhas para caminhada e ciclismo para fazer entre um mergulho e outro.

6 – Gardens by the Bay – Singapura

Sem dúvida nenhuma os Jardins da Baía estão entre os locais mais visitados em Singapura, e não é por menos: é lindo! Mas não é só sua beleza ou o famoso show de luzes que atraem os turistas diariamente, ele também serve como uma forma de escapar das ruas movimentadas de Singapura, para momentos de relaxamento.

5 – Parque del Retiro – Espanha

Se você estiver em Madri e quiser um lugarzinho para relaxar, já anota essa dica: Parque del Retiro. O parque municipal é um símbolo da cidade, visitado por turistas e moradores. Ele tem jardins, lagos, galerias de arte, monumentos e também locais para eventos.

4 – Jardins de Luxemburgo – França

Andar pelas charmosas ruas de Paris é por si só um atrativo, vislumbrando todas as construções e arquitetura da cidade. Mas sempre queremos dar uma pausa na caminhada para descansar, certo? Nesse caso, uma boa parada pode ser nos Jardins de Luxembugo, outro ponto turístico da cidade e bom local para relaxar no meio de muito verde na capital francesa.

3 – Thermae Bath Spa (Inglaterra)

Entramos no top 3 dos lugares mais relaxantes do mundo, e todos eles têm as mesmas características: são atrações com águas termais.

O Thermae Bath Spa foi construído em 70 d.C. em Bath, cidade da Inglaterra, e mantém suas estruturas romanas. Depois, claro, vieram muitas atualizações no local, que continua atraindo visitantes de todo o mundo.

2 – Széchenyi Baths and Pool – Hungria

Muitos turistas que vão a Budapeste já colocam no seu roteiro de viagem uma visita ao famoso Széchenyi Baths and Pool, um dos maiores spas do continente. Suas banheiras e piscinas são rodeadas por construções neobarroca e neorrenascentista, e em algumas ocasiões o local ainda se transforma em boate à noite.

1 – Blue Lagoon – Islândia

Se você já pesquisou alguma coisa sobre a Islândia, bem provavelmente já se deparou com uma foto da Lagoa Azul. Apesar de fazer muito frio no país, a água é quentinha e a sua cor azulada deixa o lugar ainda mais belo. A Lagoa Azul, que teve mais de 4 mil menções com a palavra “relaxante”, ainda tem como característica sua lama branca rica em sílica, usada em máscaras faciais e tratamentos de pele. Ela fica localizada perto do Aeroporto de Keflavik.

Parque do Ibirapuera – 48ª colocação

Lá no finzinho da lista encontramos o único local brasileiro apontado na pesquisa. Inaugurado em agosto de 1954, durante as comemorações dos 400 anos de São Paulo, o Parque do Ibirapuera abriga museus, planetário, restaurantes e áreas para prática esportiva. É realmente um lugar relaxante no meio da selva de pedra.

Confira a lista completa no site da SpaSeekers.

 

FONTE MELHORES DESTINOS

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