Capela de Santo Antônio, a primeira de Minas, é reinaugurada após restauro

As obras de restauro da Capela de Santo Antônio se iniciaram em março de 2022, e após longa espera, na tarde de ontem (23) ela foi reinaugurada e entregue para a comunidade. Localizada no bairro que leva o mesmo nome, erguida no final do século XVII, é a mais antiga do estado de Minas Gerais e marca o início da cidade de Mariana.

Durante a inauguração do espaço religioso e do largo, que volta a ser um local para socialização da comunidade, houve uma apresentação de capoeira dos alunos do tempo integral da Escola Municipal Wilson Pimenta Ferreira.

Foram realizadas intervenções no telhado, forro, piso e instalações elétricas. Também foi instalada uma proteção de incêndio e proteção de descarga atmosférica. O investimento da obra é de R$ 1,3 milhão, com recursos do Fundo de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça. O projeto foi elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio do Programa de Aceleração do Crescimento de Cidades Históricas (PAC – Cidades Históricas).

Anna de Grammont, arquiteta coordenadora do PAC da Cidades Históricas em Mariana, lembra do tempo e pessoal necessário para fazer uma reforma como esta que foi entregue. “Quando a gente vê as crianças jogando capoeira em frente a capela, tudo faz sentido. A gente lembra de porque a gente faz isso, de qual é o nosso trabalho. O patrimônio histórico é importante por causa das pessoas e quanto mais a gente cria lazer perto dele, mais se cria laço afetivo e conexão com esse patrimônio histórico”, destaca a arquiteta.

Daniela Castro, superintendente do Iphan MG, vê o patrimônio como um agente de desenvolvimento humano e econômico. “Mariana saiu muito à frente com muitas obras e projetos realizados, e a gente chega nesse momento de tá entregando efetivamente patrimônio histórico para a comunidade”, diz a Daniela.

A representante da comunidade, Dona Ia, se emocionou ao ver a capela que ela conhece desde criança restaurada, “Tem tanta alegria no meu coração, tô quase explodindo”. E sobre poder voltar a frequentar o espaço ela diz não ter palavras, “é maravilhoso” acrescenta.

Durante a inauguração Cristiano Vilas Boas, vice prefeito de Mariana anuncio o investimento de R$ 17 milhões do Governo Federal para a construção de um centro de artesanato na cidade. Segundo o Cristiano, este será um espaço para artesãos da sede e dos distritos mostrarem seu trabalho.

Segundo o pároco Geraldo Dias Buziani, as missas ocorreram dois sábados do mês na capela e dois no Salão Comunitário Cônego José Renato Peixoto Vidigal, no centro do bairro Santo Antônio. Neste sábado (27) às 19h, a celebração será na capela.

 

FONTE JORNAL GALILÉ

Fechada desde 2014, Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, em Ouro Preto, será restaurada

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) firmou termo de compromisso com a Prefeitura de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, para o restauro da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, fechada desde 2014 por causa do comprometimento da estrutura. O documento foi assinado na última quinta-feira (21).

As intervenções fazem parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), voltado para o patrimônio cultural, na modalidade de retomada, conclusão e novas obras.

Ao todo, serão investidos R$ 3,7 milhões em:

  • estruturas e reforço estrutural;
  • reforma do telhado;
  • esquadrias;
  • alvenarias;
  • drenagem;
  • agenciamento externo;
  • pisos e forros;
  • muro frontal e muro lateral (parcialmente).

A igreja foi construída entre 1771 e 1793 e é dedicada a São Miguel e Almas, Sagrados Corações e Bom Jesus de Matosinhos. O bem é tombado a nível federal desde 1939.

Imagem de São Miguel Arcanjo atribuída a Aleijadinho, na Igreja Bom Jesus de Matosinhos, em Ouro Preto — Foto: Caio Reisewitz/ Iphan
Imagem de São Miguel Arcanjo atribuída a Aleijadinho, na Igreja Bom Jesus de Matosinhos, em Ouro Preto — Foto: Caio Reisewitz/ Iphan

Na fachada, a portada tem uma imagem talhada de São Miguel Arcanjo atribuída a Aleijadinho. Na parte interior, nos corredores laterais, há duas pinturas de Manuel da Costa Ataíde, o Mestre Ataíde, que representam passos da Paixão de Cristo.

“O PAC das cidades históricas libera a restauração da Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e São Miguel e Almas das Cabeças, uma das igrejas mais importantes de Ouro Preto, de Minas e do Brasil. […] A Prefeitura de Ouro Preto fez o projeto, e o governo federal agora financia essa realização”, disse o prefeito Angelo Oswaldo (PV), em vídeo publicado nas redes sociais.

Igreja Bom Jesus de Matosinho, em Ouro Preto — Foto: Nelson Kon/ Iphan
Igreja Bom Jesus de Matosinho, em Ouro Preto — Foto: Nelson Kon/ Iphan

Em outubro passado, o governo anunciou investimento de R$ 700 milhões do Novo PAC para a retomada, conclusão e execução de novas obras relacionadas a 138 bens culturais, a maioria em Minas Gerais.

No início deste mês, mais R$ 40 milhões de investimentos, para outros 105 projetos de restauração de bens tombados, foram anunciados, por meio do Novo PAC Seleções. Ao todo, Ouro Preto vai receber cerca de R$ 40 milhões.

Em nota, o Iphan informou que, até o momento, não há previsão de início das obras. O Instituto disse que aguarda licitação por parte da Prefeitura de Ouro Preto.

FONTE G1

Capela do século 18 em Sabará é restaurada por meio do programa Minas para Sempre

Trabalhos começaram no início de janeiro e expectativa é de que sejam concluídos ainda este ano; iniciativa é voltada para a preservação do patrimônio histórico e artístico do estado

Relevante obra que compõe o patrimônio histórico e artístico da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Capela de Santo Antônio do Pompéu, em Sabará, recebe trabalhos de restauro desde o início deste mês.

A obra é uma das contempladas pelo programa Minas para Sempre, criado pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Cultural e Urbanismo (Caoma), e que recebe apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O objetivo é promover a recuperação, restauração e conservação de bens que integram o patrimônio cultural no estado, para melhorar ou restabelecer seu uso público e preservar para as atuais e futuras gerações.

Situada no bairro Pompéu, um dos mais antigos do município e onde é realizado o tradicional Festival do Ora-Pro-Nóbis, a capela data da primeira metade do século 18. Registros de batismo mostram que ela já existia em 1731.

O templo, feito de madeira e taipa, é cercado por um muro de pedra, contém um cemitério e uma sineira em madeira. O único altar tem características da primeira fase do Barroco em Minas Gerais. Nas paredes laterais e forro, há painéis com pinturas sobre a vida de Santo Antônio.

Pela importância histórica e artística, a capela foi tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1958.
 

Gabriel Santos / Amap

As intervenções começaram em 10/1, com as obras de restauração dos elementos artísticos. Já as obras de reforma da cobertura da capela tem previsão de início para fevereiro. O investimento total supera os R$ 850 mil e é proveniente de medidas compensatórias ambientais. A expectativa é de que os trabalhos sejam concluídos ainda em 2024.

O projeto de reforma da capela é de autoria da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Pompéu (Amap) e foi selecionado por meio da Plataforma Semente, o maior banco de iniciativas socioambientais do Estado e responsável por selecionar e monitorar as propostas contempladas no Minas para Sempre.

“Esse recurso veio em boa hora, pois a comunidade local luta há várias décadas para tentar reformar a capela, que é uma joia do século 18 e estava ameaçada de desabamento em função dos vazamentos e ação do tempo”, destaca o presidente da Amap, Wellington Cláudio da Fonseca.

“Creio que essa restauração é primordial para que esse patrimônio nacional seja preservado da maneira que merece, para que as gerações futuras possam desfrutar e conhecer as belezas da nossa história”, conclui.

Iniciativa

O programa Minas para Sempre foi lançado em julho do ano passado. A primeira fase contemplou 11 projetos, entre eles, o da capela em Sabará, que receberam o aporte de R$ 17 milhões.

A segunda fase foi anunciada em dezembro, prevendo a destinação de R$ 12,9 milhões em recursos de medidas compensatórias ambientais para dez projetos selecionados.

“Fico muito feliz quando vou às cidades históricas e vejo que nosso patrimônio está sendo preservado. Nós temos que valorizar isso que é tão raro e tão mineiro. Se tem uma coisa que é sinônimo de mineiridade, é uma Mariana, Ouro Preto, Diamantina, Serro e outras mais em nosso estado. No que depender da minha gestão, esses patrimônios serão sempre preservados”, disse o governador Romeu Zema durante a solenidade no mês passado.

Para participar do Minas para Sempre, municípios ou integrantes da sociedade civil devem cadastrar os projetos na Plataforma Semente. As propostas devem ter relação com a preservação e requalificação do patrimônio cultural do estado.

A cada semestre, os projetos aprovados por uma equipe multidisciplinar são enviados para análise e seleção da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC) do MPMG e do Iepha.

“O programa Minas para Sempre será um legado do Ministério Público para os mineiros. Um projeto que supera gerações e busca preservar o futuro, restaurando o passado”, destaca o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais.

FONTE AGÊNCIA MINAS

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