Abraço simbólico reúne centenas e cobra a preservação da Serra da Moeda

No alto do maciço, na Região Central de Minas, moradores priorizam a defesa das águas subterrâneas

No dia em que lembrados os 235 anos da Inconfidência Mineira, um ato simbólico se fortalece em defesa da Serra da Moeda, cenário de muitos fatos históricos e testemunha de ameaças aos recursos naturais. Ao meio-dia deste domingo (21/04), no alto do maciço, centenas de pessoas participaram do protesto ambientalista Abrace a Serra da Moeda, promovido há 17 anos, sempre no dia 21 de abril, pela organização não governamental Abrace a Serra da Moeda.

Segundo o ambientalista Ênio Araújo, presidente da ong Abrace a Serra da Moeda, entidade sem fins lucrativos, o objetivo do encontro na rampa de voo livre, conhecida como Topo do Mundo, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é chamar a atenção de autoridades e população para a importância da defesa dos recursos hídricos e nascentes da região, mananciais constantemente ameaçados por mineradoras e empreendimentos. Ele disse que, em 17 anos, houve conquistas como maior conscientização das comunidades e proteção municipal, por Brumadinho, do Monumento Natural Mãe D’água.

A advogada voluntária da ong, Beatriz Vignolo, destacou a reivindicação quanto ao tombamento estadual ou federal do monumento natural: “Apenas a vertente Oeste é protegida, pelo município de Brumadinho. É necessário que a vertente Leste, do lado da rodovia BR-040, também seja tombada, já em Itabirito e Nova Lima. A proteção deve ser total”.

Foto mostra centenas de pessoas lada a lado, como se fosse uma fila, abraçando simbolicamente a Serra da Moeda. As pessoas seguram bandeirinhas brancas
Pessoas com bandeiras cobrem em fila o percurso ate o alto do pico. Marcos Vieira /EM/DA. Press.

FORÇA COLETIVA

A concentração começou às 10h, com moradores de localidades no entorno da Serra da Moeda e apresentação musical. Ênio Araújo explicou que o tema da edição deste ano –“Águas subterrâneas, invisíveis, mas essenciais” – destaca esse recurso essencial à vida das comunidades locais, à flora e à fauna. “Um dos mananciais subterrâneos de água doce mais importantes de Minas e que está localizado na Serra da Moeda, o Cauê, abastece o Rio Paraopeba e o Rio das Velhas, duas grandes bacias responsáveis por suprir toda a RMBH. Várias mineradoras vêm fazendo o rebaixamento desse aquífero”.

Conforme o presidente da Abrace a Serra da Moeda, o rebaixamento do aquífero ocorre com sucessivas agressões ao lençol freático das nascentes. “Para extrair o minério, as empresas mineradoras retiram água do solo para secar o terreno. Só que, ao efetuarem o rebaixamento, se o nível do aquífero estiver abaixo da altura de onde se encontram as nascentes, a tendência é que elas sequem, como já aconteceu nas comunidades de Suzano e Campinho, em Brumadinho. Os moradores dessa última, inclusive, recebem, desde 2015, 40 mil litros diários de água, via caminhões-pipa da Coca-Cola, para abastecerem suas casas”.

Com a bandeira e a camisa do movimento, como os demais manifestantes, a moradora Elieti do Carmo, da comunidade de Campinho, disse que as 250 famílias da localidade têm água somente para as necessidades básicas. “Cozinhar, beber e tomar banho”, relatou com preocupação, ” pois a principal nascente fica pingando”. Ao lado, o empresário Gilmar Reis, que mora em BH e passa os finais de semana em Suzano, onde vivem seus parentes, informou que oito nascentes sofreram os impactos da mineração.

No alto da montanha, os manifestantes colocaram várias faixas ligando a Inconfidência Mineira à luta contra a exploração predatória do minério de ferro e a destruição ambiental, a exemplo de “Serra da Moeda – Inconfidência Mineira nos séculos 18 e 21 – Revolta na região das Minas” e “21 de Abril – Nova Inconfidência acontece em Minas, pedindo um basta ao desenvolvimento insustentável da mineração”.

Foto mostra um homem, de verde, no primeiro plano, segurando uma estrutura de madeira, com roupas sujas de lama da mineração. No alto, uma frase: Salve a Serra da Moeda
Participantes levaram cartazes para protestar com o risco de mineração na Serra da Moeda Marcos Vieira /EM/DA. Press.

Residente desde 1986 no condomínio Retiro do Chalé, o casal José Mário Vilela, engenheiro aposentado, e Rita Vilela, professora universitária aposentada, ressaltou que a batalha pela proteção ambiental é de todos. “Hoje está acontecendo no Campinho, amanhã pode ser em outros locais. Os aquíferos necessitam de atenção especial, pois se encontram debaixo da área que sofre ação predatória da mineração”, afirmou Rita.

Já Benedito Francisco dos Santos, do distrito de Piedade do Paraoepa, em Brumadinho, elevou o tom: “Estamos vivendo, em nossa comunidade, sob uma barragem com 2 milhões de metros de lama, o medo é constante, tememos por todos. Temos uma igreja tricentenária que merece respeito e atenção, para não desaparecer”, contou Benedito.

PLANO DE MANEJO

Na pauta de reivindicação dos ambientalistas da Abrace a Serra, está também a implantação do plano de manejo do monumento natural da Mãe D’Água, criado em 2012 e considerado de grande relevância ambiental para o município. Conforme Cleverson Vidigal, integrante da ong, o plano vai orientar o melhor uso de toda a área, que compreende dezenas de nascentes. “A implantação do plano de manejo estabelecerá ainda a chamada Zona de Amortecimento (ZA) que, ao contrário do que muitos pensam, não vai impedir ou congelar o desenvolvimento econômico na região, mas servirá para organizar esse crescimento, considerando as potencialidades do local como o turismo e a agricultura familiar.” Vidigal explica que o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Codema) de Brumadinho é o responsável pela implementação do plano de manejo.

Durante o ato, os ambientalistas chamaram a atenção para que o poder público impeça a reativação da Mina Serrinha. Em documento, os organizadores informaram que ela fica dentro do complexo natural da Serra da Moeda e teve suas atividades de lavra suspensas há mais de 15 anos, Vidigal contou que a Vale, em dezembro de 2018, adquiriu os direitos minerários do complexo e, desde então, vem fazendo uma série de ações, como adequação de estrada e das pilhas de estéril do local, além do descomissionamento da barragem de rejeito. “Atualmente ela está transportando o minério “sinter feed” (produto do minério de ferro) o empreendimento, que ganhou valor econômico com o passar dos anos.”

O geólogo Ronald Fleischer, ong Abrace a Serra da Moeda, disse que o lugar onde a Serrinha se encontra tem “relevância hídrica, espeleológica e ambiental reconhecida por diversos instrumentos de proteção, entre eles o Monumento Natural Municipal da Mãe D’água”. E mais: “Essa mina provocaria o rebaixamento do lençol freático e, consequentemente, o esgotamento da Mãe D’água e de outras nascentes da região. Isso afetaria diretamente 10 mil famílias das comunidades Córrego Ferreira, Palhano, Recanto da Serra, Águas Claras, Jardins e Retiro do Chalé”.

No documento distribuído à imprensa pela ong, há a informação de que “estudos técnicos demonstram que a volta da mineração, na região, traria a degradação da paisagem, instabilidade da encosta da serra, poluição sonora, crescimento urbano desordenado, emissão de poeira e colocaria em risco a sobrevivência de espécies de flora endêmicas e de fauna, atualmente ameaçadas de extinção”.

OPERAÇÕES

Em nota, a Vale informa que se tornou proprietária da Mina Serrinha em 2019, “em razão da aquisição da Ferrous, e não retomou as operações de extração de minério no local”. Atualmente, a empresa faz a remoção de pilhas de estéril da mina, “cujo material é enviado, de forma segura e regular, para a mina Capão Xavier, em Nova Lima”. A Vale, diz a nota, também desenvolve atividades de manutenção na Mina Serrinha, “visando a segurança das estruturas remanescentes, além da proteção e recuperação ambientaldaárea”.

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Serra da Moeda receberá abraço simbólico em defesa da preservação e vai reunir mais de 2 mil pessoas

Organizado pela ONG Abrace a Serra da Moeda há 17 anos, protesto visa chamar a atenção de autoridades e população sobre a importância da defesa dos recursos hídricos e nascentes da região; expectativa é receber duas mil pessoas

No próximo domingo, dia 21, feriado nacional em celebração à Inconfidência Mineira, cerca de duas mil pessoas vão subir ao cume de uma das cadeias montanhosas mais famosas de Minas Gerais para um importante protesto ambientalista, o Abrace a Serra da Moeda. O ato simbólico, cuja concentração começa a partir das 10h, na rampa de voo livre, em Brumadinho, conhecida como Topo do Mundo, tem como objetivo chamar a atenção de autoridades e população sobre a importância da defesa dos recursos hídricos e nascentes da região, que são constantemente ameaçados por mineradoras e empreendimentos. Assim como nas edições anteriores, pontualmente às 12h é formado um cordão humano no ponto mais alto da serra, simbolizando um abraço.

Presidente da ONG Abrace a Serra da Moeda, entidade sem fins lucrativos que organiza o protesto desde 2008, o ambientalista Ênio Araújo afirma que o tema da edição deste ano, Águas subterrâneas, invisíveis, mas essenciais, visa colocar luz neste recurso essencial para a flora, fauna e comunidades locais. “Um dos mananciais subterrâneos de água doce mais importantes de Minas e que está localizado na Serra da Moeda, o Cauê, abastece os rios Paraopeba e das Velhas, duas grandes bacias responsáveis por suprir toda a região metropolitana de Belo Horizonte. Várias mineradoras vêm fazendo o rebaixamento deste aquífero, entre elas Vallourec, Vale, CSN, Gerdau e Ferro+”, denuncia.

De forma didática, o ambientalista explica que este rebaixamento ocorre com sucessivas agressões ao lençol freático das nascentes. “Para extrair o minério, as empresas mineradoras retiram água do solo para secar o terreno. Só que ao efetuarem o rebaixamento, se o nível do aquífero estiver abaixo da altura de onde estão as nascentes, a tendência é que elas sequem, o que já aconteceu com as comunidades de Suzano e Campinho, em Brumadinho. Os moradores desta última, inclusive, recebem, desde 2015, 40 mil litros diários de água, via caminhões-pipa da Coca-Cola, para abastecerem suas casas”.

Outra reivindicação dos ambientalistas da Abrace a Serra, que será uma das pautas do ato de 21/04, é a implantação do plano de manejo do respectivo monumento Natural da Mãe D’Água, criado em 2012 e considerado de grande importância ambiental para o município. Segundo Cleverson Vidigal, membro da ONG, este plano, basicamente, vai orientar o melhor uso de toda a área – que compreende dezenas de nascentes – de acordo com sua vocação ambiental.“ A implantação [do plano de manejo] estabelecerá ainda a chamada Zona de Amortecimento (ZA) que, ao contrário do que muitos pensam, não vai impedir ou congelar o desenvolvimento econômico na região, mas sim servirá para organizar esse crescimento, considerando as potencialidades do local, que, no nosso caso, são o turismo e a agricultura familiar.” Ainda conforme Vidigal, o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (CODEMA), órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Brumadinho, é o responsável pela implementação deste plano de manejo. “A informação, segundo nos foi passada pela pasta, é que até o fim do ano ele seja, de fato, colocado em prática. Vamos nos articular e fazer pressão para que isso aconteça”, completa acrescentando, ainda, que os ambientalistas também pedem a criação do monumento Natural da Mãe D’Água em âmbito estadual.

Cleverson também pontua que durante o Abrace a Serra da Moeda, os ambientalistas pretendem chamar atenção para que o Poder Público impeça a reativação da Mina da Serrinha. Localizada dentro do complexo natural da famosa cadeia montanhosa que dá nome à ONG, a mina teve suas atividades de lavra suspensas há mais de 15 anos, porém, em dezembro de 2018, a Vale adquiriu os direitos minerários do complexo e, desde então, vem fazendo uma série de ações, como adequação de estrada e das pilhas de estéril do local, além do descomissionamento da barragem de rejeito. “Atualmente ela está transportando o minério sinter feed do empreendimento, que ganhou valor econômico com o passar dos anos”, revela.

Segundo Ronald Fleischer, geólogo da ONG Abrace a Serra da Moeda, o lugar onde a Serrinha está possui relevância hídrica, espeleológica e ambiental reconhecida por diversos instrumentos de proteção, entre eles o já citado Monumento Natural Municipal da Mãe D’água. “Essa mina provocaria o rebaixamento do lençol freático e consequentemente o esgotamento da Mãe D’água e de outras nascentes da região. Isso iria afetar diretamente 10 mil famílias das comunidades Córrego Ferreira, Palhano, Recanto da Serra, Águas Claras, Jardins e Retiro do Chalé”, destaca.

Estudos técnicos demonstram ainda que a volta da mineração nesta região traria a degradação da paisagem, instabilidade da encosta da Serra, poluição sonora, crescimento urbano desordenado, emissão de poeira e colocaria em risco a sobrevivência de espécies de flora endêmicas e de fauna, atualmente ameaçadas de extinção.

Serviço

Abrace a Serra da Moeda

Quando: 21 de abril, domingo, a partir das 10h*

O abraço simbólico acontece, pontualmente, ao meio dia

Onde: rampa de voo livre no Topo do Mundo, em Brumadinho

Durante o ato haverá apresentações culturais regionais, entre elas a do Grupo Negro por Negro, que congrega artistas de quatro quilombos de Brumadinho, conhecidos por trazerem o canto e a dança de seus ancestrais afrodescendentes como forma de expressão.

*A organização do evento disponibilizará nove ônibus gratuitos para levar moradores de comunidades locais de Brumadinho e região até o Topo do Mundo, local onde acontece o abraço simbólico

Locais e horários de saída dos veículos:

21/04, às 8h10: Brumado, em frente à Igreja

21/04, às 8h10: Casinhas

21/04, às 8h10: Córrego do Feijão (Praça)

21/04, às 8h10: Moeda, em frente à estação

21/04, às 8h10: Sapé

21/04, às 8h20: Córrego de Almas (Posto de saúde)

21/04, às 8h20: Melo Franco, em frente à Igreja

21/04, às 8h20: Tejuco

21/04, às 8h20: Toca

Beatriz Vignolo – Crédito Maíra Rolim
Cléverson – crédito Maíra Roli
Crédito ONG Abrace a Serra da Moeda
crédito simone riggio
Ênio – Créditos Maíra
Willian Dias
Willian Dias
Willian Dias

Serra da Moeda receberá abraço simbólico no feriado de Tiradentes

Ação em Brumadinho é organizada pela ONG Abrace a Serra da Moeda

A Serra da Moeda receberá um abraço simbólico em Brumadinho no feriado de Tiradentes, celebrado no dia 21 de abril. Ação é organizada pela ONG Abrace a Serra da Moeda há 17 anos.

O protesto visa chamar a atenção de autoridades e população sobre a importância da defesa dos recursos hídricos e nascentes da região. Cerca de duas mil pessoas são esperadas para subir ao cume de uma das cadeias montanhosas mais famosas de Minas Gerais para o protesto ambientalista.

A Serra tem extensão de 70 quilômetros e 1.500 metros de altitude e abrangem os municípios de Moeda, Brumadinho, Nova Lima, Itabirito, Belo Vale e Ouro Preto.

O presidente da ONG Abrace a Serra da Moeda, o ambientalista Ênio Araújo afirma que o tema da edição deste ano, “Águas subterrâneas, invisíveis, mas essenciais”, visa colocar luz neste recurso essencial para a flora, fauna e comunidades locais. “Um dos mananciais subterrâneos de água doce mais importantes de Minas e que está localizado na Serra da Moeda, o Cauê, abastece os rios Paraopeba e das Velhas, duas grandes bacias responsáveis por suprir toda a região metropolitana de Belo Horizonte. Várias mineradoras vêm fazendo o rebaixamento deste aquífero, entre elas Vallourec, Vale, CSN, Gerdau e Ferro+”, diz.

Outra reivindicação dos ambientalistas da Abrace a Serra, que será uma das pautas do ato é a implantação do plano de manejo do respectivo monumento Natural da Mãe D’Água, criado em 2012 e considerado de grande importância ambiental para o município. Segundo Cleverson Vidigal, membro da ONG, este plano, basicamente, vai orientar o melhor uso de toda a área – que compreende dezenas de nascentes – de acordo com sua vocação ambiental. “A implantação estabelecerá ainda a chamada Zona de Amortecimento (ZA) que, ao contrário do que muitos pensam, não vai impedir ou congelar o desenvolvimento econômico na região, mas sim servirá para organizar esse crescimento, considerando as potencialidades do local, que, no nosso caso, são o turismo e a agricultura familiar”, explica.

Cleverson também pontua que durante o Abrace a Serra da Moeda, os ambientalistas pretendem chamar atenção para que o Poder Público impeça a reativação da Mina da Serrinha.

O ato simbólico terá concentração a partir das 10h na rampa de voo livre, em Brumadinho, conhecida como Topo do Mundo. Pontualmente às 12h será formado um cordão humano no ponto mais alto da serra, simbolizando um abraço.

A organização do evento disponibilizará nove ônibus gratuitos. Veja os locais e horários de saída dos veículos:

  • 21/04, às 8h10: Brumado, em frente à Igreja
  • 21/04, às 8h10: Casinhas
  • 21/04, às 8h10: Córrego do Feijão (Praça)
  • 21/04, às 8h10: Moeda, em frente à estação
  • 21/04, às 8h10: Sapé
  • 21/04, às 8h20: Córrego de Almas (Posto de saúde)
  • 21/04, às 8h20: Melo Franco, em frente à Igreja
  • 21/04, às 8h20: Tejuco
  • 21/04, às 8h20: Toca

 

FONTE PORTAL DA CIDADE BRUMADINHO

Bombeiros procuram por homem que teria caído de penhasco na Serra do Cipó

Vítima participava de uma confraternização quando desapareceu

Equipes do Corpo de Bombeiros fazem buscas, na manhã desta sexta-feira (5 de abril), à procura de um homem, de 22 anos, que desapareceu durante uma confraternização na Serra do Cipó, no distrito de Santana do Riacho. A suspeita é que a vítima tenha caído de um penhasco.

Os militares foram acionados, por volta das 02h30, para ocorrência de busca de uma pessoa perdida na Serra do Cipó. Segundo o solicitante, várias pessoas estavam confraternizando no local, quando um dos rapazes desapareceu. Testemunhas relataram a suspeita de que ele teria caído do penhasco.

Bombeiros e policiais militares deslocaram para o local no intuito de localizar a vítima. Os militares atuam com apoio da aeronave Arcanjo no local em busca da vítima.

Equipes do Samu também estão no local em apoio à ocorrência.

 

FONTE O TEMPO

Belezas e sabores da Canastra que você precisa conhecer nesta vida

Com mais de 30 quedas d’água, paisagens deslumbrantes e passeios imperdíveis, região mineira é uma boa opção de passeio em contato com a natureza. O destino também ganhou fama internacional pela produção de um queijo premiado mundialmente

A região do Parque Nacional da Serra da Canastra é um verdadeiro santuário ecológico localizado no Sudoeste de Minas Gerais, abrangendo uma área de aproximadamente 200 mil hectares. Suas paisagens deslumbrantes incluem campos rupestres, cerrado, matas ciliares e imponentes cachoeiras, como a famosa Casca d’Anta, onde o Rio São Francisco se precipita em uma queda d’água espetacular. A região que abrange as cidades de São Roque de Minas, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio é destino de natureza exuberante.

 Além da beleza natural única, a Serra da Canastra é reconhecida pela produção do premiado Queijo Canastra. Elaborado artesanalmente por produtores locais, esse queijo de sabor marcante e textura aveludada conquistou diversos prêmios internacionais, tornando-se um ícone da gastronomia brasileira. A região se destaca não apenas pela sua beleza estonteante, mas também pela autenticidade de suas tradições e pela paixão dos produtores locais em manter viva a arte secular da produção do queijo mineiro.

Com 200 mil hectares, Parque Nacional do Canastra é recanto natural para descanso com belas paisagens ao redor
Com 200 mil hectares, Parque Nacional do Canastra é recanto natural para descanso com belas paisagens ao redor Mário Castello/Esp. EM

Explorar o Parque Nacional é uma experiência enriquecedora que combina natureza exuberante, culinária tradicional e preservação ambiental. A região da Canastra abriga uma rica diversidade de fauna e flora, com espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a onça-pintada. Os visitantes têm a oportunidade de realizar trilhas, observação de aves, banhos de cachoeira e vivenciar a cultura local. Para desbravar os atrativos do parque, há diversas trilhas, desde as mais leves até algumas que exigem maior condicionamento físico. Entre as cachoeiras, estima-se que são cerca de 30 catalogadas, algumas têm acesso liberado, outras disponíveis somente para contemplação. Listamos sete quedas d’águas imperdíveis para se conhecer em um roteiro pela Serra da Canastra.

O Lobo-guará é uma das espécies que o visitante encontra ao visitar o Parque Nacional
O Lobo-guará é uma das espécies que o visitante encontra ao visitar o Parque Nacional José Maria Fernandes/Divulgação

 

Paraíso das cachoeiras

Cachoeira Casca d’Anta

Localizada em São Roque de Minas, a Cachoeira Casca d'Anta com 186 metros de queda d'água está emoldurada em uma parede de rocha
Localizada em São Roque de Minas, a Cachoeira Casca d’Anta com 186 metros de queda d’água está emoldurada em uma parede de rocha Mário Castello/Esp. EM

Com 186 metros de altura, a Casca d’Anta é a mais famosa da região e está listada entre as maiores quedas livres do Brasil. Para admirá-la, é possível fazer dois roteiros: o primeiro, pela parte baixa do parque, tem uma trilha de cerca de um quilômetro até seu poço. De lá, é possível observar bem de perto toda a abundância da queda formada pelas águas do Rio São Francisco; já a rota da parte alta oferece vista para o cânion por onde o rio desce a serra, além de um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal e algumas piscinas naturais.

Cachoeira do Capão Forro

O conjunto fica a cerca de cinco quilômetros de São Roque de Minas e abrange cinco cachoeiras e piscinas naturais. A do Mato, considerada a mais bonita, tem acesso a partir de uma caminhada de vinte minutos.

Poço das Orquídeas

A área pertencente à Cooperativa Agropecuária de São Roque de Minas é também conhecida como Lagoa dos Patos, uma referência a uma pequena lagoa que teria secado. Seu nome faz referência à maior atração da imensa fazenda de quase 560 hectares: uma piscina natural arredondada, com praia de cascalho, pequena cachoeira e muitas árvores com orquídeas.

Cachoeira do Fundão

Cachoeira do Fundão, em São Roque de Minas, é considerada por muitos como a cachoeira mais bonita e exótica do Canastra
Cachoeira do Fundão, em São Roque de Minas, é considerada por muitos como a cachoeira mais bonita e exótica do Canastra Angelo Maneira Filho/Divulgação

Outra queda d’água bastante procurada no Canastra é a Cachoeira do Fundão. Ela fica a 25 quilômetros da portaria de São João Batista da Canastra e a 53 km da portaria de São Roque de Minas. A parte baixa da cachoeira fica no distrito de São João Batista, a 10 km do distrito. A dificuldade de acesso à cachoeira, devido às estradas ruins e às trilhas, contribui para a sua preservação. O acesso pode ser feito de veículo 4×4 e uma caminhada de cerca de 4 quilômetros de ida e volta, ou por bicicleta/caminhada. O percurso é bastante exigente fisicamente, com trechos íngremes, elevações e descidas consideráveis. A rota passa por rios e córregos, até chegar à cachoeira.

Cachoeira da Parida

A Cachoeira da Parida fica localizada na borda do Parque Nacional da Serra da Canastra, entre os municípios de Tapira, Sacramento e São Roque de Minas
A Cachoeira da Parida fica localizada na borda do Parque Nacional da Serra da Canastra, entre os municípios de Tapira, Sacramento e São Roque de Minas Angelo Maneira Filho/Divulgação

De um pequeno cânion incrustado nas rochas, brotam duas quedas d´água que formam um grande poço de águas profundas e cristalinas. As águas da Cachoeira da Parida serpenteiam pelas pedras dando origem a uma segunda piscina, também profunda e de águas verdes, chamada de “Poço do Macaco”. A Parida está localizada na região da Serra da Canastra, na fazenda do senhor Manoel Peres, entre os municípios de Sacramento, Tapira e São Roque de Minas.

RPPN do Cerradão

A Cachoeira do Cerradão fica em uma reserva particular do Patrimônio Natural localizada a cerca de dez quilômetros de São Roque de Minas. Com uma queda de 200 metros de altura dividida em três lances, a formação tem poços profundos bons para banho.

Cachoeira dos Rolinhos

Considerada a cachoeira mais alta do Parque Nacional, com 300 metros, a queda cai em forma de cascata formando poços de até 50 metros de extensão. Para admirá-la, há um mirante com acesso fácil via trilha.

Onde ficar

O Hotel Chapadão da Canastra é a opção ideal para curtir um roteiro completo na região. Unindo o rural e o urbano, com estrutura de hotel e aconchego de pousada, o empreendimento ocupa um terreno de cinco mil metros quadrados onde mais da metade é composta de exuberantes jardins que chamam a atenção de seus visitantes. Localizado à margem do Rio do Peixe, é possível encontrar ainda, pequenos animais silvestres e diversas espécies de pássaros. São 24 apartamentos com uma área de 25 metros quadrados, com banheiro completo, com frigobar, TV LED 32’, além de varandas com vistas da exuberante serra e do bosque que margeia a propriedade. Para o lazer o hotel oferece: piscina adulto e infantil, hidromassagem aquecida e barzinho, além de salão de jogos e loja de artesanatos, lavanderia. Para conhecer melhor a região, o Chapadão da Canastra disponibiliza veículos 4X4 para passeios nos melhores e mais procurados roteiros da Serra da Canastra.

Mais informações: www.chapadaodacanastra.com.br

Queijos premiados

 Queijo da Canastra é conhecido por ter uma casca amarela por fora e por ser macio e saboroso por dentro
Queijo da Canastra é conhecido por ter uma casca amarela por fora e por ser macio e saboroso por dentro Bruno Magalhães/Nitro

Quem visita a Serra da Canastra se encanta com os cenários típicos de cerrado com campos rupestres, vegetação de Mata Atlântica e, principalmente, pelo queijo premiado que é produzido na região há mais de 200 anos. O tradicional Queijo da Canastra – conhecido por ter uma casca amarela por fora e por ser macio e saboroso por dentro–, é tão famoso que o seu modo de produção é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural imaterial brasileiro, desde 2008.

Pelo segundo ano consecutivo, o Queijo Minas Artesanal (QMA) produzido na região da Serra da Canastra figurou, em 2023, entre os 50 melhores do mundo no ranking do site americano Taste Atlas, plataforma colaborativa cujos usuários contribuem para a construção do conteúdo, com comentários, imagens e notas. A iguaria mineira, que em meados de 2022 chegou a liderar a lista, conquistou no ano passado o 12º lugar, à frente de exemplares famosos internacionalmente, como o italiano Mozzarella e o suíço Gruyère.

Atualmente, podem ser comercializados como QMA da Canastra os queijos elaborados em oito municípios: Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Tapiraí e Vargem Bonita, que cumprem o Caderno de Normas da Indicação Geográfica. As localidades são reconhecidas como produtoras desse tipo de queijo, a partir de estudos e levantamento histórico realizados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

De acordo com o diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Seapa, Ranier Chaves Figueiredo, a valorização do QMA é sempre motivo de comemoração. “Para o mineiro, o queijo sempre foi mais que um alimento, é um patrimônio de valor inestimável. A evolução histórica recente do produto é fantástica, fazendo com que ele conquiste cada vez mais consumidores e mercados. A prova é a presença de destaque, novamente, do Queijo Minas Artesanal no Taste Atlas. Para nós, isso é razão de muito orgulho”, disse Figueiredo.

Fama no exterior

Queijo Minas Artesanal produzido na Serra da Canastra figurou, em 2023, entre os 50 melhores do mundo
Queijo Minas Artesanal produzido na Serra da Canastra figurou, em 2023, entre os 50 melhores do mundo Marcus Desimoni/Nitro

Em 2019, produtores de queijo de Minas Gerais comemoram a conquista das 50 medalhas no 4º concurso ‘Mondial du Fromage et des Produits Laitiers’, realizado na cidade de Tours, na França. Foram 952 inscritos de 15 diferentes países. Os queijeiros mineiros levaram desde medalhas de bronze até o super ouro, maior condecoração da disputa. O Oscar dos queijos é realizado de dois em dois anos.

Avanços para a cadeia produtiva

E desde 2019, três novas regiões foram caracterizadas como produtoras de QMA: Serras de Ibitipoca, Diamantina e Entre Serras da Piedade ao Caraça. Além delas, três foram reconhecidas como produtoras de outros tipos de queijo artesanal: Alagoa, Mantiqueira e Jequitinhonha. Hoje, 15 regiões são caracterizadas como produtoras dos vários tipos de queijos artesanais mineiros.

História

Dizem os antigos que o queijo veio de Portugal e que foram os tropeiros que levavam para a região mineira em suas travessias. Antigamente, nossos avós faziam queijo só para o sustento da família. Aos poucos o queijo começou a ser vendido em outros vilarejos perto daqui. Para não amassar, o queijo só podia viajar com mais de 30 dias de cura, quando já estava mais firme e amarelado. O Queijo da Canastra mantém uma tradição de mais de 200 anos. E os produtores seguem as mesmas normas de antigamente e boas práticas exigidas para a produção de queijo artesanal para garantir um produto de alta qualidade.

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Você já ouviu falar de Serra dos Alves? 

Imagine um lugar onde tudo é sossego e o tempo parece passar mais devagar

Serrá dos Alves é um lugar onde a tranquilidade toma conta da gente e os ponteiros do relógio parecem desacelerar para aproveitarmos cada segundo. O tempo tem seu próprio ritmo, mais sereno e generoso, aqui não existem pressas nem urgências  Os ruídos da cidades são substituídos pelo canto dos pássaros e por silêncios difíceis de encontrarmos em outros lugares. Serra dos Alves é um vilarejo perdido entre as montanhas de Minas, um encanto que todos deveriam conhecer. Se este pequeno paraíso ainda não está na sua lista de desejos, pode acrescentá-lo. Eu garanto… Serra dos Alves é daqueles lugares que a gente nunca mais esquece. 

Serra dos Alves é um encanto sem fim
FOTO MAURO FERREIRA

Quando cheguei no vilarejo fiquei impressionada com a grandeza de tanta simplicidade. Casas rodeiam a praça principal, senhoras observam a vida de suas janelas, senhores com seus chapéus passam por nós e nos cumprimentam com o tradicional “ooopaaa!” tão característico do povo mineiro e as crianças brincam tranquilamente na praça. Aqui não há correria.

Para se apaixonar
MAURO FERREIRA

Ao pé de uma serra linda, em meio a natureza e com esse ritmo de vida bem particular, o vilarejo é o lugar ideal para recarregarmos as energias. Um oásis de sossego a apenas 100 km da capital mineira, localizado no distrito de Senhora do Carmo, no município mineiro de Itabira, o vilarejo tem em torno de 100 habitantes e é cercado por cachoeiras, cânions, trilhas e natureza exuberante.

Parque Natural Municipal do Alto Rio do Tanque
MAURO FERREIRA

Chegando lá fomos recebidos pelo Carlos Andrade, presidente do Instituto Bromélia, conhecido como Cabeça, e foi ele que nos levou para esse passeio entre histórias e visuais incríveis da região. Entre uma prosa e outra ele nos contou diversas curiosidades do lugar, falou sobre as delícias de viver em um local assim e, claro, nos fez caminhar… Para quem gosta de natureza, aqui é o lugar ideal, para qualquer lado que andamos, descobrimos lugares maravilhosos e uma diversidade de paisagens que surpreendem e encantam.

Carlos Andrade, presidente do Instituto Bromélia
MAURO FERREIRA

Começamos o dia cedo e nosso primeiro passeio foi subir a famosa Serra dos Alves, serra que deu nome ao vilarejo, foram aproximadamente 5 km de caminhada. No caminho é possível encontrar uma diversidade de flora que chama a nossa atenção. É uma caminhada tranquila, de muita contemplação e belezas. E chegando lá em cima… o visual e de tirar o fôlego…

Visual Serra dos Alves
MAURO FERREIRA

Revigorados com este visual incrível, descemos a serra cheios de disposição para conhecer os outros atrativos daqui. Programas para quem curte a natureza não faltam e, como essa região é conhecida por suas diversas cachoeiras, fomos em busca de uma das mais famosas, a Cachoeira do Bongue. E ela é incrível! Chegamos em um dia que ela estava muito cheia, aquele dia perfeito para contemplarmos a força da natureza, infelizmente, não deu para dar um mergulho, mas valeu a pena pela beleza que vimos ali. Com cerca de 50 metros de altura, é um dos principais pontos turísticos de Serra dos Alves.

Cachoeira do Bongue
MAURO FERREIRA

Além das cachoeiras, os parques naturais de Serra dos Alves também são um grande atrativo e valem a pena conhecer. O Parque Natural Municipal do Alto Rio do Tanque, por exemplo, é daqueles lugares inesquecíveis que atrai turistas não só de Minas, mas de todo Brasil. Foi criado em 2008 e 95% das pessoas que fazem a gestão dele, através do Instituto Bromélia, são moradores da comunidade.

Com diversas cachoeiras, o parque esconde tesouros naturais que impressionam qualquer um que passe por ali.  Visitamos dois dos principais pontos de lá: a Cachoeira Dois Córregos e o Caniôn dos Marques, pra falar a verdade, não sei qual dos dois foi o meu preferido. Ambos são lindos e incríveis. Só mesmo fazendo este passeio para entender a grandeza de tudo ali. A caminhada é tranquila. Fomos em um dia que o sol forte intercalava com pancadas de chuva e tudo foi pura diversão.

Cachoeira Dois Córregos
MAURO FERREIRA

Muito mais do que uma atração turística, o Parque Alto Rio do Tanque é uma experiência que nos conecta de uma forma única com a natureza, o único ponto ruim é que, como tudo tem seu fim, tivemos que nos despedir do parque.

Terminamos o dia batendo papo com alguns moradores dali. A simplicidade, a generosidade e a hospitalidade fazem de Serra dos Alves um lugar mais especial ainda. E, ao som do Cabeça, nosso anfitrião nesse lugar tão especial, terminamos nosso passeio. 

Serra dos Alves é esse refúgio de tranquilidade, onde não existe espaço para a agitação do mundo, um lugar onde conseguimos nos desconectar das preocupações e somos convidados a relaxar e contemplar as belezas dessas nossas Minas tão gerais. Quer conhecer um pouquinho mais? Então assista o programa na íntegra aqui. 

FONTE R7

Para salvar as águas e serras, moradores se unem em para preservar o Monumento Natural da Serra do Pires! Moradores sofrem com insegurança hídricas há mais de uma década

O Pires, em Congonhas (MG), existe há mais de 200 anos e cada dia mais corre risco de desaparecer por causa da mineração. Sem uma limitação da área que pode ser explorada, as águas e ares do Pires vão se tornar cada vez mais poluídos, até chegar ao ponto do bairro ser inabitável. Isso também vai atingir grande parte da área urbana de Congonhas, que vai sofrer ainda mais com a poeira.
“Medidas paliativas não vão resolver o problema, por isso pedimos a Câmara Municipal de Congonhas que crie o Monumento Natural Municipal da Serra do Pires, para proteger nossas águas e ares”, diz o manifesto na internet. A Serra do Pires, junto da Serra de Casa de Pedra, é o ambiente mais importante de Congonhas, ambos estão ameaçados.
Água poluída
Nas últimas semana, a situação no Pires ficou insustentável com o rompimento de adutoras da CSN e Ferro+ colocando em risco a saúde pública. Moradores foram obrigados a passar pelo constrangimento de uma água barrenta e poluída. A poluição coloca em risco a sustentabilidade e qualidade de vida dos moradores. O Ministério Público abriu procedimentos para apurar possíveis crimes ambientais das mineradoras. O Pires sofre com o problema de segurança hídrica há mais de uma década.

Assine o link da petição:

https://www.change.org/p/para-salvar-as-águas-e-serras-do-pires-queremos-o-monumento-natural-da-serra-do-pires

Uma serra a ser preservada: riqueza natural e arqueológica

Serra possui um grande patrimônio arqueológico, é fonte da água que abastece o bairro e abriga campos ferruginosos de imensa qualidade. É urgente que o município crie uma unidade de conservação sobre a área, ou perderemos nosso maior patrimônio ambiental e a qualidade de vida dos moradores será severamente comprometida. A ameaça da mineração sobre a área é constante.
Congonhas começou 2020 com a notícia de mais um patrimônio sendo gravemente ameaçado. A Serra do Pires começou a ser minerada, legalmente, em sua porção oeste pela Ferro+ e com isso começa a destruição de um dos locais com o maior número de espécies endêmicas do mundo. A serra abriga diversos sítios arqueológicos que contam a história de Minas Gerais e é fonte da água de uma das regiões que já mais sofrem com problemas de poluição de recursos hídricos na cidade. Isso sem falar que ela também é parte do conjunto paisagístico tombado como patrimônio da humanidade, junto da Basílica do Senhor Bom Jesus.
A Serra do Pires acabou se tornando o último reduto onde a mineração ainda não eliminou diversas espécies de plantas associadas aos solos ricos em ferro (entre bromélias, cactos e orquídeas) exclusivas da região central de Minas Gerais e criticamente ameaçadas de extinção. Estas espécies quase extintas, cujo os usos e potenciais ainda estão muito pouco estudados, colocam Congonhas numa área de grande interesse biológico.


Há que se falar também dos vários sítios arqueológicos que a serra abriga, que contam a história dos primórdios da mineração no Brasil e do ciclo do Ouro. Há uma caverna escavada na serra, provavelmente do século XVIII, além de diversas sondagens escavadas à mão em suas partes mais elevadas.
Mais um aspecto que faz a serra do Pires ser muito valiosa é o fato de ela ser extremamente importante para a água do bairro e dos moradores que lá vivem. Quem estuda hidrogeologia sabe que as cangas ferruginosas, por serem cheias de poros, funcionam como esponjas para absorção da água. É a serra do Pires o grande repositório de água daquela região, minerá-la trará grandes riscos para o abastecimento do bairro.
O Pires já sofre com a constante poluição da água usada no abastecimento, minerando a serra, com a pouca água que restar, a poluição se tornará regra.
Alterações na serra também impactam o conjunto paisagístico tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Vale a pena ameaçar tudo isso?
É um dever de Congonhas (da prefeitura e da câmara dos vereadores), criar mecanismos para proteger esse grande patrimônio ameaçado, que tem tantos potenciais em vários aspectos. Há inclusive um grande potencial de ecoturismo para esta serra que é repleta de belezas naturais, turismo que ajudaria economicamente um dos bairros mais dependentes da mineração na cidade. À exemplo de Ouro Preto e Belo Horizonte, é a hora de Congonhas ter uma serra como parque municipal, protegida e valorizada como merece. Fotos: João Lobo, Sandoval Souza e Hugo Castelani P G Cordeiro

Serra da Mantiqueira: 7 cidadezinhas charmosas para curtir a região

A Serra da Mantiqueira é uma das regiões mais bonitas de Minas Gerais, que atrai casais apaixonados em busca do aconchego das montanhas e também aventureiros prontos para explorar essas terras altas.

A região montanhosa que se espalha pelos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo é lar de inúmeras cachoeiras e formações rochosas, que compõem três dos maiores picos do país, com paisagens decoradas por espécies de plantas e animais da mata atlântica.

Selecionamos neste post sete cidadezinhas charmosas que estão incrustadas na Serra da Mantiqueira, para você programar uma viagem pela região, confira!

1 – Aiuruoca

Aiuruoca é o local ideal para a prática do ecoturismo e do turismo de aventura, com muitas cachoeiras, trilhas e bosques. Nesse mar de montanhas mágicas, rodeada por araucárias, está o Pico do Papagaio, a Reserva Ambiental do Mututu e o Vale dos Garcias. Aproveite para praticar caminhada, cavalgada, rapel, escalada, tirolesa e até um mini-rafiting.

Aiuruoca | Foto: Luana Bastos

2 – Alagoa

A pequena cidade de 2,7 mil habitantes poderia passar despercebida: fica no alto da Serra da Mantiqueira, a 1.600 metros de altitude, acessada por estradas estreitas. Mas o município atrai visitantes com a lendária receita de queijo, que é fabricado exclusivamente ali. Para quem quiser provar, mesmo antes de conhecer a cidade, o site Queijo d’Alagoa entrega para todo o Brasil e na cidade foi aberta a loja de queijos do Osvaldinho.

Alagoa | Foto: Osvaldo Filho/Divulgação

3 – Itamonte

Apesar de pequena, a cidade abrange dois parques: o Parque Nacional de Itatiaia e o Parque Estadual da Serra do Papagaio. As atrações incluem cachoeiras e picos rochosos de onde a vista faz o esforço da caminhada valer a pena. A especialidade gastronômica da cidade é a truta, que pode ser pescada e saboreada na Truticultura Sobradinho.

Itamonte | Foto: Setur Itamonte/Divulgação

4 – Passa Quatro

Charmosa, a cidade tem calçamento de paralelepípedo, prédios do final do século XIX e passeio de maria-fumaça. Entre as atrações de ecoturismo, que ficam um pouco mais distantes do centro, estão a cachoeira da Gomeira, a Floresta Nacional e o pôr-do-sol no Pico do Itaguaré.

Estação, em Passa Quatro | Foto: Marden Couto Turismo de Minas

5 – Monte Verde

Badalado, Monte Verde bomba no inverno com seu centrinho animado por lojas, docerias, bares e até patinação no gelo. Lareiras e ofurôs recebem os casais nos quartos das pousadas e hotéis. Para se aquecer nas noites frias, nada melhor que o chocolate quente do Chocolate Montanhês.

Monte Verde | Foto: Marden Couto/TurismodeMinas

6 – Gonçalves

O centrinho aprazível Gonçalves concentra cafés e lojas, e os arredores rurais têm cachoeiras e mirantes. É uma boa pedida para casais que procuram um destino de inverno escondidinho. Para o almoço escolha o Deméter na Roça, para o jantar o Restaurante Sauá, e para se hospedar a veja as opções aqui. Deixe espaço na bagagem para as delícias do A Senhora das Especiarias.

Gonçalves | Foto: Marden Couto/TurismodeMinas

7 – Extrema

Na divisa com São Paulo, a cidade de Extrema tem cinco rotas turísticas para entreter os visitantes, que incluem visitas a cachoeiras, subidas a pedras gigantes e passeios a ateliês de arte e alambiques. Os aventureiros ainda têm a possibilidade de praticar rafting e voo livre. Almoce no Armazém Bertolotti e prove delícias como o torresmo, o bolinho de linguiça e o pudim de leite condensado, que foi premiado na França.

Extrema | Foto: Marden Couto | Turismo de Minas

#DicaTurismodeMinas

De BH para a região da Serra da Mantiqueira, uma boa parada na estrada é na Cafeteria Grão da Terra, que agrega a culinária mineira com a libanesa. Lá você encontra delícias como o quibe de carneiro servido com geleia de hortelã e o suco de laranja com café. Outro diferencial é que a cafeteria produz seu café especial e premiado, o Essência da Terra. O trabalho da família começa no plantio, passa pela colheita, secagem, moagem até o produto final.  A Grão da Terra fica próxima a Três Corações, na Rodovia Fernão Dias (BR 381), km 74, (35) 9 8816-8936.

Cafeteria Grão da Terra, na BR 381 | Foto: Marden Couto / Turismo de Minas

FONTE TURISMO DE MINAS

Prefeitura cria barreira sanitária no Parque da Serra do Ouro Branco e em Itatiaia

As equipes e de Fiscalização e Posturas atuaram na comunidade de Itatiaia, em Ouro Branco, neste final de semana, assim como as equipes do IEF, Polícia Militar, Prefeitura de Ouro Branco, Proteção e Defesa Civil evitando a visitação e a aglomeração no Parque Estadual da Serra Ouro Branco.
As equipes seguem mobilizadas nas Barreiras Sanitárias nas entradas de Ouro Branco. Seguindo portaria do IEF, o Parque Estadual da Serra do Ouro Branco está fechado à visitação.
Ontem (8) nossa reportagem recebeu fotos e denúncias de aglomeração em restaurante de Itatiaia promovida por um grupo de motociclistas. Um médica divulgou um manifesto pedindo fiscalização.

Degradada pela exploração minerária, Serra da Casa de Pedra terá área recuperada pela CSN

No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, assinou um Termo de Compromisso Ambiental com a empresa CSN Mineração. O termo traz como objeto principal a estabilização, recomposição e recuperação de área parcialmente degradada na Serra Casa de Pedra.

Tombada, Serra de Casa de Pedra será recuperada pela CSN / SANDOVAL SOUZA PINTO FILHO

Tombada no âmbito municipal, a Serra abriga diversos abriga valores históricos, culturais e ambientais que devem ser preservados, tanto para as gerações atuais quanto para as futuras. Parte do cume da serra (Morro do Engenho) sofreu algumas alterações provocadas pela atividade mineradora, que serão agora estabilizadas para evitar qualquer dano maior na parte protegida por lei.

Os trabalhos técnicos fazem parte de um Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), que já foi aprovado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) – a quem compete tal aprovação – e fazem parte de um conjunto de ações de proteção e preservação da Serra Casa de Pedra que estão sendo acompanhadas tanto pela Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Congonhas, quanto pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio de inquérito próprio, e pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (CODEMA), que conferiu a anuência para realização dos trabalhos.

A mineradora irá em breve iniciar uma campanha para divulgar os serviços que serão realizados na serra e a Secretaria de Meio Ambiente acompanhará de perto todas as medidas que serão implementadas, podendo requisitar ajustamentos ou revisões, se entender necessário.

Segundo o secretário municipal de meio ambiente, Neylor Aarão, que foi inclusive o subscritor do projeto de lei na época do tombamento, esta é mais uma conquista importante para nossa cidade. “Existe uma discussão judicial acerca da abrangência da área que está tombada e portanto protegida contra os avanças da mineração, mas, enquanto esta discussão não se define, estas medidas que estão sendo adotadas  passam a garantir que os impactos já verificados não avancem na área protegida, além do que, haverá uma recuperação significativa da área já impactada”, completa.

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