Desde que assumiu o Hospital Bom Jesus, a Prefeitura aprimorou os serviços prestados, investiu em reformas de leitos, do centro cirúrgico e reestruturou a parte administrativa e financeira. Para garantir o atendimento de qualidade a toda a população e aumentar a receita da instituição, a Comissão Interventora elabora diversos projetos, entre eles a construção dos centros de Tratamento e Terapia Intensivo (CTI) e de Imagem. Os funcionários também recebem qualificação profissional e outros benefícios.
Nesta semana, a instituição recebeu, por meio do Programa do Governo de Minas Gerais (Pro-Hosp), cinco monitores hospitalares de última geração, que irão melhorar ainda mais o atendimento ao usuário, tanto no pronto socorro quanto no bloco cirúrgico.
A população de Congonhas e região será beneficiada com a construção dos centros de Tratamento e Terapia Intensivo e de Imagem. O projeto do CTI, que terá dez leitos, aguarda a aprovação do Governo do Estado e do Ministério da Saúde. Ele irá melhorar o atendimento aos pacientes, já que a Macrorregião Centro-Sul, da qual Congonhas faz parte, tem um déficit de 70 leitos. Já o do Centro de Imagem, com um tomógrafo, está em fase de elaboração.
Projetos futuros passam não só pela reestruturação física, mas também pelo aprimoramento dos serviços e do atendimento médico, com possibilidade de atendimento em novas especialidades. “Também temos um projeto paralelo com apoio da UNIMED para a reforma de três leitos e de uma enfermaria. Isso vai aumentar a receita do Hospital, já que esses leitos estarão disponibilizados para a empresa, de forma que ela vai arcar com a diária deles, independentemente se estiverem ocupados, e repassar para o Hospital”, destaca o membro da comissão interventora, Luiz Fernando Catizane.
Um convênio firmado entre o Hospital Bom Jesus e a Secretaria de Saúde do Estado também prevê a reforma do telhado, no valor de R$ 500 mil. A instituição recebeu, em 2013, apenas R$ 48 mil e aguarda o repasse do restante.
Mais de 90% dos leitos já foram reformados durante o período em que o Hospital está sob a administração da Prefeitura. O centro cirúrgico também passa por modificações.
Atendimento
Antes da intervenção, havia furos na escala de plantões de diversas especialidades. Hoje, o Hospital conta com seis especialistas de plantão durante 24h: anestesista, cirurgião, clínico geral, obstetra, ortopedista e pediatra. “Temos uma gama de plantonistas que possibilita um atendimento de baixa e média complexidades. Com esses projetos que já temos em andamento, a tendência é termos novos procedimentos no hospital. Assim, teremos um aumento tanto na receita quanto na qualidade do atendimento”, completa Luiz Fernando.
A técnica em Recursos Humanos, Camila Morais Sousa Paiva, deu à luz no Hospital Bom Jesus em dezembro de 2015. “Fui bem atendida por duas enfermeiras, que me encaminharam à sala de pré-parto. O Dr. Manoel Ribeiro, médico obstetra, me atendeu rapidamente, examinou o coração do bebê e fez o exame de toque. Fiquei no Hospital por um dia e fui muito bem atendida por ele e pelo pediatra Dr. Bruno Saldanha. Em uma semana, fiz o retorno do atendimento. Também realizei o teste da orelhinha e da linguinha lá”, conta.
O Instituto Laborare, empresa de consultoria hospitalar, foi contratado para gerenciar e aprimorar o serviço assistencial do Hospital. A empresa, que assumiu os trabalhos nessa segunda-feira, 4, atua em hospitais de outras cidades, como Divinópolis, Diamantina e Lagoa Santa. A comissão interventora da Prefeitura continua atuando na gestão administrativa da instituição.
Administração e serviços
Desde que a primeira comissão interventora assumiu o Hospital, foram feitas diversas mudanças, como alteração no plano assistencial; pagamento em dia dos salários dos funcionários; e análise dos débitos junto ao INSS. O Hospital tinha uma dívida de cerca de R$ 11 milhões com a Receita Federal. Parte do valor já foi pago, o restante está sendo negociado. “Passamos a ter um controle efetivo da receita, da despesa e do custeio. A parte contábil foi toda reestruturada”, explica Luiz Fernando.
Os funcionários recebem qualificação profissional, por meio de treinamentos. Além disso, os salários são pagos em dia. O 13° também foi pago a eles antes mesmo que o dos servidores públicos municipais. “Não temos nenhum salário e Direitos Trabalhistas e Previdenciários em atraso. E também estruturamos a equipe: colocamos pessoas-chave em cargos estratégicos. Por exemplo, temos uma diretora financeira, que tem grande experiência nessa área, e uma diretora de suprimentos, que é importante para que adequássemos os custos de aquisição de produtos”, destaca.
Segundo o membro da comissão interventora, Marco Aurélio da Silva, o papel da comissão interventora é readequar e requalificar o Hospital, para que, depois, ele seja devolvido à Associação Hospitalar Bom Jesus. “Estamos preparando o Hospital, por isso, aprimoramos a parte administrativa, tanto no setor financeiro quanto no de contas. Vamos deixar o Hospital em uma situação favorável para quem o administrar futuramente”, ressalta Marco Aurélio da Silva.
Ouvidoria
O Hospital Bom Jesus conta com uma ouvidoria para que a população envie sugestões e críticas. O e-mail é: [email protected].
Fotos:divulgação