O presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG) e também prefeito de Congonhas, Zelinho, e outros representantes das cidades associadas receberam o diretor geral substituto do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Marco Antônio Valadares Moreira, na sede da entidade nesta segunda-feira, 15. Na pauta da reunião esteve o agradecimento por parte da entidade ao órgão federal, à Procuradoria Geral Federal, à Advocacia Geral da União, à equipe técnica e ex-presidentes da AMIG, à VALE e aos prefeitos. Juntos eles viabilizaram o acordo com a empresa que rendeu R$ 250 milhões às cidades mineradoras, relativos a repasses incorretos da CFEM. Outro ponto foi uma nova agenda para que outros passivos das mineradoras sejam quitados.
Zelinho iniciou a reunião felicitando o diretor geral do DNPM pelo empenho durante o processo na negociação com a VALE. O valor total calculado pelo órgão é de R$ 1 bilhão referentes à dedução de transporte em período anterior a 2007. O presidente da AMIG estendeu os agradecimento também ao procurador geral federal, Renato Vieira, que concedeu parecer favorável à redução do prazo de decadência da dívida de 20 para 10 anos; ao diretor-presidente da VALE, Murilo Ferreira, que aceitou pagar este montante, mesmo sabendo que uma decisão posterior da justiça poderá obrigar a empresa a desembolsar o restante dos R$ 1 bilhão calculados pelo DNPM; ao diretor de Operações Ferrosos Sul (VALE), José Flávio Gouvêa, que foi o contato com a presidência da VALE. Zelinho salientou ainda que a AMIG é uma das mais fortes e respeitadas associações de Minas Gerais, graças ao envolvimento dos prefeitos das cidades mineradoras.
Nova agenda
O DNPM apresentou também uma nova agenda de cobranças a empresas mineradoras, referente ao período posterior a 2008, para tramitação rápida junto à Procuradoria Geral Federal. “As cidades mineradoras precisam aproveitar o estreitamento de relações com o DNPM e as portas que se abriram para as cidades mineradoras na Procuradoria Geral Federal, para alcançar novas conquistar”, declarou Marco Antônio. As novas ações dizem respeito a cobrança de dívidas relacionadas a impostos sobre a pelotização, transporte de minério, venda para o exterior e à transação direta entre empresas do mesmo grupo e a decadência.
O DNPM e a AMIG são a favor da cobrança da CFEM sobre a pelotização, conforme determina o novo Código Mineral, que está para ser votado este semestre no Congresso Nacional. Atualmente as empresa não pagam a alíquota sobre a pelota, porque esta é considerada pelas mineradoras como produto industrializado. A proposta da AMIG é para que a CFEM passe de 2% do valor líquido da produção do minério de ferro para 4% do bruto.
O Novo Marco Regulatório da Mineração deverá corrigir outras distorções, como preços diferentes entre a comercialização da tonelada do minério de ferro para o exterior e de uma empresa para outra do mesmo grupo.
Ao final da reunião, Zelinho entregou ao diretor do DNPM o relatório anual da AMIG, que é publicado anualmente em uma revista, ao diretor geral substituto do DNPM, Marco Antônio Valadares Moreira.
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