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Rede ou PT? Júlio Barros diz que está em cima do muro, mas admite candidatura

Ex prefeito revela assédio da Rede e critica judicialização da política; Barros prefere ser vice a cabeça de chapa

Doutor Júlio Barros /Foto:Arquivo
Doutor Júlio Barros
/Foto:Arquivo

Depois de passar por diversas fases, Júlio Barros (PT) admitiu que pode entrar na disputa de outubro deste ano.  A demora do ex prefeito em definir seu rumo levou seu partido a lançar a candidatura de Francis Mouton, após uma escolha interna. Barros chegou a cogitar a candidatura a vice, em uma eventual composição, e até mesmo, em certos momentos desistiu da competição. Mas ao que parece ele assumiu de vez que entrará na disputa: prefeito ou vice?

Ele revelou os motivos da demora em decidir por uma possível candidatura para prefeito da cidade de Conselheiro Lafaiete em 2016.Dentre os argumentos do ex-prefeito estão o próprio clima que vem dominando grande parte da população que é o descrédito em relação à classe política. Para ele, os políticos, em geral, não estão contribuindo para que a população volte a acreditar no poder da mobilização e participação na busca de solução dos problemas que afligem a todos.

Os fóruns de participação popular, como associações de moradores, conselhos municipais, mobilização popular para votação de projetos de interesse da população na Câmara Municipal e para pressionar o Executivo a tomar decisões de interesse coletivo, estão sendo esvaziados pelo desânimo provocado pelo descrédito com a classe política. Segundo doutor Júlio Barros, outro fator que o levou a demorar por se decidir a participar da disputa é o alto grau de judicialização da política, que faz com que grande parte das demandas da população não possam ser atendidas na velocidade com que essa população precisa. “Ser eleito é uma grande satisfação, mas depois só surge o ônus. Para os políticos não existe a presunção da inocência e todos são levados a vala comum da corrupção”, avaliou.

Na rede?

Entretanto, Júlio disse que alguns fatores positivos também o tem levado a admitir a possibilidade de se candidatar. O principal deles são as manifestações de apoio que vem recebendo de alguns dentro do seu partido, e também com outras siglas e principalmente da população em geral. “Esse apoio é fundamental para quem se dispõe a disputar um cargo que depende do voto popular e as manifestações que venho recebendo, que podem ou não se converter em voto, me leva a refletir sobre a possibilidade de me candidatar, para oferecer uma opção ao eleitorado, tão carente de lideranças em condições de assumir um cargo tão importante na vida de todos nós”, disse ele.

Barros adiantou que sofre pressão de diversas legendas como também de diversos grupos e revelou que estuda sua transferência para a Rede Sustentabilidade, partido da ex senadora maria Silva. “Foi o partido pelo qual mais minhas ideias se afunilaram como também sua ideologia, porém ainda estou e cima do muro”. O deputado estadual, Paulo Lamac, seu amigo pessoal, faz força para que ele deixe o PT e ingresse, junto com ele, na Rede.

Barros também disse que seu partido também faz “marcação cerrada” para que ele entre na disputa. “Recebi também o convite do PT para que dispute a prefeitura”, adiantou. Para finalizar a entrevista arrematou. “Vivemos um momento onde a conjuntura nacional impacta diretamente na política local e a velocidades dos fatos atropelam tudo. No momento oportuno vou decidir meu destino político”.

Neste fim de semana, Barros e Benito se encontrariam para discutir uma dobradinha.

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