“A poeira aqui chega a arder os nossos olhos”. Este foi o desabafo de Nélson Andrade, 76 anos. Com mais de 1 mil habitantes do Distrito de Pereirinhas há mais de 2 meses sofre com o intenso tráfego de carretas de minério. A comunidade perdeu a conta do número de caminhões que diariamente, do raiar ao por do sol, passam pelas ruas.
Pereirinhas é cortada pela MG 270 (Desterro a Entre Rios de Minas) que desemboca na MG 383 e chega BR 040. A luta pelo asfaltamento da rodovia durou mais de meio século e era um dos principais sonhos de progresso de Desterro de Entre Rios como de toda a região.
A rodovia MG 270 encurta a distância da região a São Paulo e desde que foi asfaltada há mais de 10 anos, o fluxo de carretas de todo os tipos aumentou consideravelmente.
Há mais de 3 anos, a descoberta de minério na região de Desterro trouxe a perspectiva de crescimento. Pelo menos duas mineradoras estão instaladas no município e outras espalhadas na região em Resende Costa
(Jacarandira) e Oliveira (Morro do Ferro).
Atualmente apenas duas mineradoras estão em atividades, mas é o suficiente para instalar a insegurança aos moradores.
Moradores denunciam que o tráfego pesado já provocou rachaduras em diversas casas. Na comunidade há relatos dos perigos por que passam os moradores. Até um residência foi destruída por um caminhão carregado de minério.
Reportagem completa na edição impressa do CORREIO DE MINAS.