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Zezé retira requerimentos que previam pacote ético na Câmara

Vereador Zezé do salão/Foto:Arquivo
Vereador Zezé do salão/Foto:Arquivo

A pedido de seis colegas vereadores, Zezé do Salão (PMN) retirou de pauta de votação, na noite do dia 5, os requerimentos previam mudanças na Câmara.

Intitulado por seu autor como “pacote ético”, os requerimentos de Zezé pediam que a Mesa Diretora apresentasse um projeto que reduziria de 55 dias para 30 dias o recesso parlamentar e outro que exigira o cumprimento de carga horária semanal de 20 horas sujeitando o vereador ao ponto biométrico.

O autor disse a nossa reportagem ao final da sessão que iria discutir internamente com seus pares os dois requerimentos. Isso talvez para não sofrer uma nova derrota.

Na noite do dia 31 de janeiro a Câmara rejeitou por 8 votos a 3 os requerimentos que previam a redução em 50% dos salários dos vereadores como também a extinção do benefício do 13º salário, que apesar de polêmico e contestado na Justiça, valerá para a próxima legislatura. Não só o vereador terá direito ao 13º como também o prefeito, vice e secretários municipais.

Câmara enxuta e elogios

Na noite de ontem os mais variados discursos na Tribuna citavam a Câmara de Lafaiete como exemplo de transparência e de rigidez dos gastos públicos como também no baixo número de funcionários.

A principal base levantada pelos vereadores foi justificada na matéria publica no site do CORREIO DE MINAS que aponta a Câmara de Lafaiete que tem o menor gasto per capita na região.

Pelos números levantados por nossa reportagem um vereador de Lafaiete custa aos mais de 125 mil habitantes o valor de R$43,24/ano. Enquanto cidades com menos de 3 mil habitantes, como São Brás do Suaçuí, o custo é de mais de R$340,00/ano. “Somos um modelos em Minas. Antes de assumir este cargo tinha uma visão bem diferente sobre a Câmara”, disse Tarciano Franco (PRTB). Ele contou que cada um dos 15 vereadores de Ouro Preto têm direito a 8 assessores e a Câmara tem mais de 260 funcionários. “Nossa Casa tem cerca de 50 funcionários”, argumentou. Ouro Preto tem menos de 75 mil habitantes.

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Vereador Benito Laporte (PROS)/Foto:Arquivo

Benito Laporte (PROS), que também foi por 4 vezes presidente da Câmara, lembrou que a vizinha Congonhas um vereador tem direito a cartão alimentação e até mais de 8 assessores. “Olha não podemos abrir mão de nossos direitos e eu não vou fazer isso. A Câmara é vitrine em Minas e na região”, comentou criticando a proposta de redução de salário.

Toninho do PT até cobrou a contratação de mais funcionários. “Vemos aqui que nossos funcionários estão abarrotados de serviços. Temos o menor custo per capita da região Isso é motivo de orgulho”, frisou.

Toninho do PT elevou o tom de críticas /Foto:arquivo
Vereador Toninho do PT /Foto:arquivo

Já o autor dos requerimentos também falou em enxugamento da Câmara. “Sei que está Câmara é enxuta, mas podemos fazer mais para isso para enxugá-la. O importante que antes eu era sozinho contra o prefeito e agora vejo que temos 12 vereadores na linha de frente da oposição”, cutucou Zezé.

Na tribuna os vereadores Gildo Dutra (PV) e Carlos Magno (PT) elogiaram também a matéria o custo per capita dos vereadores de Lafaiete e da região publica neste jornal.

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