Dionísio Nogueira propôs a realização de uma auditoria nas contas da liga
entre 2007 a 2015; novo gestor deve assumir a entidade
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Depois de mais de 8 meses de indefinição e impasse, representantes de 8 clubes indicaram, na noite do dia 11, os nomes para a eleição da Liga Municipal de Desportos de Conselheiro Lafaiete (LMDCL) que acontece na próxima segunda feira, dia 18.
Os escolhidos que encabeçarão a nova chapa são do diretor do Mineiro e ex funcionário da secretaria municipal de esportes, o empresário e atual gestor da LMDCL, Adjalma Rodrigues, e o árbitro de futebol, Adriano Resende. Os nomes foram escolhidos após votação nominal. Um dos dirigentes esportivos votados foi de Pelé (Atletique), do jornalista José Carlos Vieira e do ex diretor da Liga, Dionísio Nogueira. Eles manifestaram que não poderiam assumir a entidade por questões pessoais ou por impedimento estatutário.
Críticas, auditoria e dívidas
“Não vamos blindar como também nem acusar ninguém”. Esta foi a opinião, ainda de iniciar a reunião, do gestor da liga, Adjalma Rodrigues, antevendo uma possível polêmica envolvendo o presidente Breno Bomtempo.
Porém o principal assunto na reunião foi em relação a uma dívida da liga junto a prefeitura que foi um dos entraves citados por dirigentes na recusa em assumir liga. O valor atual chega a R$10 mil, porém está financiada junto a fazenda municipal.
Os editais previam que o dirigente eleito assumisse a responsabilidade pelo pagamento do débito, o que assustava muitos diretores.
A dívida foi contraída na gestão anterior, de Dionísio Nogueira, em 2009 e financiada por Breno Bomtempo que sucedeu o ex dirigente. Desde então a dívida é alvo de polêmica principalmente em função de sua origem.
Presente à reunião, Dionísio Nogueira fez um desabafo e criticou o seu sucessor. Ele levantou suspeitas na prestação de contas do mandato de Breno Bomtempo e revelou que a cobrança é ilegal por parte da prefeitura. “A liga tem documentos que provam que este débito é ilegal junto a prefeitura. Esta dívida não existe e tenho como provar. Fui muito criticado por esta dívida e responsabilizado por atitudes que não fiz. O que aconteceu que na ânsia de resolver um problema para buscar recursos de um convênio com a prefeitura a liga está pagando por aquilo que não deve e foi imputado à minha administração”, afirmou.
Ele fez uma denúncia de que os dirigentes do Flor da Serra trouxeram documentos que provam a quitação de débitos entre 20014 e 2015, o que não está na prestação de contas do seu sucessor. “Pela primeira vez venho a público explicar muitas coisas que falaram do meu mandato. Fui muito criticado e até me afastei dos campos de futebol. Quem assumir esta liga vai pegar um navio afundando em alto mar e com o motor fundindo”, comparou Dionísio.
Ele também criticou a ligação do ex presidente com o PT. “Se continuasse a direção anterior esta liga iria parecer cabo eleitoral do PT”, insinuou.
Dionísio propôs ao novo presidente a realização de uma auditoria independente nas contas desde 2007 a 2015. “Se provarem que eu estava errado eu pago do meu bolso a dívida”, disse Nogueira. A proposta foi aceita, porém condicionada a realização da eleição.
Dionísio também criticou a falta de um calendário esportivo em Lafaiete e região. “Não é por falta de recursos que não realizam campeonatos. No meu tempo as taxas de multas e os valores pagos pelas inscrições de atletas bancavam toda a Taça Vertentes”, explicou.