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Prefeitura de Lafaiete descobre e registra área perdida que será usada como novo distrito industrial

Anúncio foi feito pelo secretário de desenvolvimento econômico, Alessandro Dalla Vedova, durante convocação na Câmara; ele disse que nos últimos 3 anos 67 empresas se instalaram em Lafaiete

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Público presente á reunião/Foto:CORREIO DE MINAS

Já eram quase 11:00 horas, de ontem, dia 12, quando o vereador Gildo Dutra (PV), o último a falar, fez um relato da sessão. “Encerro minhas palavras falando da admiração pelo trabalho que ele desenvolve. Eu curto Lafaiete”.

A frase do parlamentar resume o que aconteceu na Câmara Municipal durante a convocação do Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Alessandro Dala Vedova, em que discorreu sobre as ações de sua pasta nos últimos 3 anos.

Antes da sessão havia um clima de confronto entre alguns vereadores e o secretário, mas o que se viu foi o contrário do que muitos esperavam.

Firme, preparado e convicto, Dalla Vedova respondeu a quase todas as perguntas e até denúncias levantadas pelos vereadores.

Muito questionado sobre as áreas e terrenos disponíveis para instalação de empresas, Dalla Vedova foi pessimista. “O município não dispõe de área para abrigar empresas”, disse.

Ele adiantou que foram instaladas em Lafaiete, na sua gestão, 67 empresas e frisou que a cidade já recebeu visitas de empresários chineses e até mesmo de investidores de uma empresa área, mas não quis revelar o nome.

Ele contou que uma Sebrem, empresa instalada na atual gestão, em Gagé, já exportou 27 toneladas de produtos para a Itália, em fertilizantes para água. Neste caso, João Paulo questionou que a empresa estaria com frágeis condições financeiras, porém Dala Vedova prontamente rebateu a informação afirmando que ela recebeu aportes financeiros que vão garantir sua plena atividade.

Alguns vereadores questionaram a perda de empresas para outras cidades, como Benito Laporte e Toninho do PT.

Mas a principal notícia foi dada pelo secretário é a de que o município descobriu e registrou uma área em torno de 210 mil m², às margens da BR 040, bem próxima a uma concessionária, denominada “Gruta do Urubu”.

Segundo ele, durante mais de 2 anos, a secretaria vem procurando a documentação necessária para enfim registrar valioso terreno que será usado na instalação de empresas.

Comparando a descoberta como uma lenda, Dalla Vedova disse que a prefeitura já tem um planejamento para explorar economicamente a área, tanto que enviou um projeto para a Federação das Indústrias de Minas Gerais, o INDI (Instituto Desenvolvimento Industrial) e diversas secretarias de estado. “Devido a carência de área agora temos uma joia que precisa ser dilapidada para trazer o desenvolvimento e gerar empregos e renda em Lafaiete”, comemorou a descoberta como um feito histórico.

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Dalla Vedova mostrou avanços de sua pasta/Foto:CORREIO DE MINAS

Distrito Industrial

Dalla Vedova explicou que todas as áreas cedidas o município têm a praxe de solicitar uma contrapartida.

No Distrito Industrial, pertencente a Codemig, empresa estatal de Minas, estão implantadas 6 empresas que geram cerca de 400 empregos.

Em relação à área da Cohab, Alessandro explicou que o município tenta via judicial retomar o terreno e até já ganhou a batalha judicial na primeira instância. Nestas áreas seriam implantados o shopping e a Industrial Rex. Os dois projetos naufragaram.

Dalla Vedova disse que o município já moveu todas as suas ações para tentar reverter a área, inclusive uma intervenção junto ao vice governador, Antônio Andrade (PMDB). Por enquanto as tratativas pouco avançaram. “Quem sabe vamos ao governador, todos nós, o Executivo e o Legislativo para pressionarmos por esta questão em favor de Lafaiete”, sugeriu.

Sobre as áreas na rua Alfredo Ganine, perto do parque de exposições, Dalla Vedova disse que estão instaladas 12 empresa gerando 63 empregos. Já na Alfredo Elias Mafuz uma empresa é alvo de reversão de terreno.

João Paulo

O autor do requerimento, João Paulo Pé Quente (DEM) abriu a sessão, em que ele próprio pediu vistas à votação de diversos requerimentos, para sobrar mais tempo para o debate, fazendo diversos questionamentos sobre metas e indicadores da gestão da pasta, em especial ao distrito industrial, política agrícola, hortas comunitárias, política industrial, geração de empregos, instalação de empresas, vagas no camelódromo, etc.

Expolaf

Os prejuízos na Expolaf/2013, no valor de mais de R$700 mil foi questionado pelo vereador Toninho do PT. “Não podemos tratar este valor como prejuízo mas como investimento”, justificou o gestor da pasta.

Parque de exposições

O secretário explicou que a feira de carros que acontece semanalmente aos domingos, do lado de fora do parque, somente poderá acontece na parte interna quando estiver regularizada. Ele disse que a prefeitura vai realizar um chamamento público ou licitação para melhor explorar parque de exposições. Ele disse o parque não está ocioso com a realização de feiras como de passarinhos, carros antigos, escoteiros, etc.

Mercado do produtor

Ele informou que o mercado do produtor o município não investiu recursos já que foi reformado graças a uma parceria em que o investidor vai aproveitar a praça de alimentação. Segundo ele, em breve o novo mercado estará pronto.

Hortas

Ele explicou que diversas hortas comunitárias estão implantadas no município e recebem apoio da sua pasta. Também confirmou que o município construiu 6 fossas sépticas.

Grandes empresas

Em relação a CSN e outras grandes mineradores e siderúrgicas, o secretário mostrou que o município tem uma estreita relação com as empresas.

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Dalla Vedova entrega dossiê aos vereadores /Foto:CORREIO DE MINAS

Polêmica

Outra polêmica contestada foi quando o vereador João Paulo levantou sobre um possível de pagamento de cachê da banda Scarcéus, na Expolaf/2013, cujo vocalista, Henrique Papatela, tem um cargo de gerente de indústria na secretaria. “Ele não recebeu nada pelo show. Vamos enviar a esta Casa a documentação”, contestou.

Elogios

Pontuando cada dúvida, Dalla Vedova foi calmo e sucinto nas respostas. Elogiando a Casa e a atuação dos vereadores, Alessandro foi diplomático. “Posso ficar aqui até a hora que vocês quiserem para responder a todas as perguntas”, explicou.

Dalavedova ainda respondeu questionamentos sobre o shopping na região da Barreira, falou do turismo, agricultura e diversificação da economia.

Sandro José fez uma comparação de que Uberlândia está planejando seu futuro até 2.100. “E como está Lafaiete”, provocou Sandro. “Podemos afirmar que estamos preparando Lafaiete para além desta data”, replicou, falando na implantação de uma plataforma logística, investimentos em turismo e diversificação da economia.

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