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Epílogo I
A contenda envolvendo Ivar e Glaycon em torno de uma verba de R$1,5 milhão marcou mais um capítulo na disputa entre os dois expoentes da política local. Da qual deu sua versão dos fatos, mas o povo pagou o pato no final. A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. O que se pode extrair deste fato, lamentável para a cidade, é que um município tem de estar suas obrigações fiscais em dia. E mais: quando seus políticos se envolvem em uma disputa fratricida, a cidade é a maior perdera. Lá nos altos escalões do governo estadual pode saber que todos conhecem a contenda que Lafaiete presencia nos bastidores e sabem que a disputa é por deveras prejudicial à cidade. Infelizmente como dizem alguns, Lafaiete tem uma cabeça de burro enterrada.
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Epílogo II
Pulando de assunto, a Comissão Processante instalada pela Câmara de Lafaiete entrou nos seus capítulos finais. O enredo foi a contratação de monitores educacionais feita pela prefeitura no início do ano letivo, sem autorização legislativa. Aqui há uma discussão sem fim sobre a legalidade do ato com versões jurídicas díspares. Mas o capítulo derradeiro, depois de 90 dias de apuração, é que Ivar sairá ileso com o arquivamento da denúncia. O final será de final feliz para o prefeito.
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Epílogo III
Quem acompanha de perto os bastidores sente que a tendência é bem favorável ao prefeito. Não haverá sobressaltos de uma possível cassação. A Câmara de Lafaiete nunca teve um perfil de oposição ferrenha ou de enfrentamento político com o executivo, mas sempre foi de perfil mais acomodado e até mesmo com viés conservador. A oposição dirá que tudo terminou em pizza.
Epílogo IV
Mas o que se percebe pela votação da comissão pelo arquivamento, o plenário encerrará uma polêmica que já poderia ter sido contornada lá no início quando foi apresentada a denúncia. O prefeito poderia ter “cortado o mal pela raiz”, usando a expressão popular já que se tivesse enviado o projeto de regularização dos monitores, conforme pediram diversos vereadores, não haveria comissão processante. Preferiu um certo confronto e medir força com a Casa, indo para a justiça na tentativa de extinguir a Comissão, mas saiu derrotado, tendo que enviar celeremente o projeto antes que fosse cassado.
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Epílogo V
Arisco dizer que no dia 25, quando ocorrerá a votação final o prefeito sairá vitorioso com pelo menos 7 votos pelo arquivamento. Pelo impedimento, Ivar tem declaradamente 4 opositores: Zezé, João Paulo, Sandro e Pastor. Se Pedro Loureiro votar será também pela cassação. Arrisco o placar de 8 a 4. Mas o prefeito sai derrotado em um componente político: não sabe dialogar com a Câmara e sua postura é de certa arrogância. Se no início de seu governo ele estivesse neste patamar Ivar teria, além das desfavoráveis condições financeiras, um ambiente ainda mais adverso para governar. Mas a oposição acordou tarde na Câmara. Este será o epílogo e Ivar nunca deu a mínima para a Câmara.
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Ficou para depois
Um dos mais aguardados requerimentos seria a convocação do Diretor Pedagógico, da Secretaria Municipal de Rodrigo Borba. O autor do requerimento, Zezé do Salão, pediu a sua retirada para levantar mais informações e dados do setor que é alvo de suspeitas de irregularidades. São várias as denúncias de falta de merenda escolar em educandários municipais. Também estão na lista de convocados pela Câmara o Secretário de desenvolvimento Econômico, Alessandro Dalla Vedova, o Secretário Municipal de Saúde, Marcos Prates. Dalla Vedova vai a Câmara na próxima terça feira com previsão de um ambiente hostil e de confronto, principalmente de seus dois principais desafetos, Sandro José e Pé Quente. O bicho vai pegar” na Casa!
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Quem governa
O Brasil vive o “samba do crioulo doido”. A presidenta foi afasta mas ainda mora no Planalto e até pode voltar. O vice que assumiu é meia boca. Ele está envolvido em citações da Operação Lava a Jato e assinou com sua desafeta as edições das medidas das peladas fiscais. A julgar os dois deveriam sair do poder. Na linha de sucessão, o presidente da Câmara, o malvado Eduardo Cunha, está também afasto. Seu sucessor, o tal de Maranhão mais parece um mistura de Tiririca com Compadre Washington (“È O Tchan, lembram do mgrupo?). No Senado, o presidente Calheiros está envolvido em diversas denúncias da Lava a jato e pode ser afastado também. Em Minas, o Governador Pimentel também está em meio a uma salada de denúncias do STJ. Na verdade quem governa o Brasil é o Supremo tribunal de Justiça.
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