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Ivar vai julgar destino de prefeito que foi preso pela PF um dia após sua mulher afirmar que era exemplo de homem público

O prefeito de Conselheiro Lafaiete, Ivar de Almeida Cerqueira Neto, aceitou a incumbência de integrar a comissão do Partido Socialista Brasileiro que irá analisar a situação do prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, preso desde 18 de abril. A executiva nacional do PSB tem sofrido pressão para que Ruy Muniz seja expulso do partido. O convite foi feito pelo presidente estadual da legenda, a qual Dr.Ivar é filiado, Márcio Lacerda (prefeito de Belo Horizonte).

Ivar tem mantido uma postura discreta sobre o assunto e afirma que buscará trabalhar de forma ética e justa; características que levaram o PSB a escolhê-lo entre tantos outros prefeitos do partido para fazer parte da comissão. “Quando Márcio Lacerda me ligou solicitando esta minha participação deixei claro a ele que as coisas deverão ser feitas de maneira transparente e clara”. Além dele apenas outras duas pessoas estão na comissão: o deputado federal Tenente Lúcio e o deputado estadual Roberto.

“É uma situação delicada. Não é agradável para nenhum de nós exercer esta função. Vamos buscar informação, documentação e provas nas esferas apontadas pelo partido como Ministério Público, polícia, os hospitais. Ouviremos as pessoas envolvidas, o próprio prefeito, que terá direito à sua defesa. Devemos ser cuidados para que não sejam cometidos erros e injustiças.

Algumas ações já estão sendo traçadas pela comissão, que ao final dos trabalhos deverá elaborar um relatório a ser encaminhado à executiva do partido, de onde sairá a decisão de expulsão ou não de Ruy Muniz do PSB.

O caso

O caso Ruy Muniz ganhou a mídia nacional no dia da votação, 17 de abril, do afastamento de Dilma na Câmara dos Deputado.A deputada federal Raquel Muniz (PSD), ao declarar seu voto favorável citou o nome de seu marido, Ruy Muniz, prefeito de Montes Claros (MG), como exemplo de homem público no Brasil elogiando sua conduta de um gestor íntegro, ético e que preza pela transparência das suas ações. No dia seguinte, Ruy Muniz foi preso durante a operação “Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde”, por suspeita de prejudicar o funcionamento de hospitais públicos da cidade para favorecer um hospital privado, que é gerido pela sua família.

Foto:Arquivo/Reprodução

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