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O caso Daniel Silva: Em 5 meses, 4 ações policiais resultaram em tiros e mortes de cidadãos na região

Também em 2016, Itaverava e Ouro Branco ocorreram casos em que vítimas morreram após confronto com a PM

Daniel
Daniel Silva foi alvo de um tiro de um policial

O caso polêmico envolvendo a PM e o jovem Daniel Silva chama atenção pelo crescente número de ocorrências mortes de cidadão em ações policiais na região. Daniel levou um tiro na cabeça após, ocupantes de um Fiat Uno, cor escura, resistirem à abordagem policial e empreenderem fuga pela BR 040, no Bairro São Dimas. No carro foram encontradas drogas e o motorista estava embriagado. Daniel segue internado no CTI da Maternidade São Jose e seu estado é grave. Para a família, nega a versão da PM e insinua que os policiais agiram além de suas prerrogativas.

Mais 3 casos: Catas Altas, Lafaiete e Ouro Branco

Pelos menos mais 3 casos aconteceram este ano em Lafaiete e região em que resultaram em mortes envolvendo vítimas e cidadãos em cidades subordinadas ao 31º Batalhão com registro de óbito.

Na madrugada de sábado, dia 24 de janeiro, uma confusão envolvendo a Polícia Militar e populares terminou com a morte de um rapaz na cidade de Catas Altas da Noruega.

De acordo com informações de pessoas que presenciaram o tumulto, um baile pré-carnavalesco estava acontecendo em uma danceteria na praça 1º de março quando uma briga começou. A polícia foi chamada e determinou que a festa fosse encerrada, já que não havia condições de segurança para que continuasse. Neste momento iniciou uma discussão entre militares e frequentadores da danceteria. Depois que um policial teria sido agredido no tumulto, outros dois militares buscaram abrigo no coreto da praça e ordenaram que ninguém tentasse chegar ao local. Foi quando um tiro disparado por um policial feriu fatalmente um popular.

Jose Antonio Abade Amtoni foi foi morte durante ação da Polícia em Catas Altas da Noruega
Jose Antonio Abade Amtoni foi foi morte durante ação da Polícia em Catas Altas da Noruega

A vítima foi identificada como José Antônio Abade. Morador de Itaverava, ele é conhecido como Toin ou Tonhão e trabalhava em uma oficina mecânica e borracharia da cidade. As testemunhas sustentam que ele só se envolveu na confusão em Catas Altas da Noruega para tirar um irmão da briga e sofreu os disparos para proteger a namorada, que quase foi atingida pelos tiros.

Em dois dos casos as vítimas não tinham ficha criminal. No primeiro dia do ano, um jovem com transtornos emocionais foi morto por um disparo efetuado por um dos policiais chamados pela mãe para contê-lo no bairro Boa Vista, em Lafaiete. Em Ouro Branco, um bandido perdeu a vida em confronto com a polícia após um assalto frustrado a uma distribuidora de bebidas.

Em todos os casos, o comando da PM contesta as versões das vítimas e salienta que agiu em prol da ordem, da segurança pública e em legítima defesa.

Fotos:Reprodução/Facebook

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