Caso será levado para a Comissão Estadual de Direitos Humanos da Assembleia de Minas
A morte do jovem Daniel da Silva Andrade, 19 anos, ocorrida na manhã do dia 17, no Hospital e Maternidade de São José, após receber um tiro de um policial durante uma abordagem na BR 040, nas primeiras horas do dia 15, ecoou na Câmara Municipal de Lafaiete.
Ainda sob o efeito da polêmica que mobilizou e chamou a atenção dos lafaietenses, os vereadores defenderam uma apuração minuciosa e rigorosa dos fatos que levaram a morte prematura de Daniel, durante a sessão do dia 17. “Vamos nos empenhar para chegar a realidade dos fatos que ocorreram. As polícias civil e militar vão apurar tudo o que ocorreu e punir os culpados, mas precisamos antes investigar para não cometer erros”, defendeu o Delegado e Vereador Pedro Loureiro (DEM).
Pedro Américo (PT) comentou que o caso seja apurado também pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal. “Acredito que a Casa possa ajudar no caso. Não vamos julgar antes de tudo apurado para não cometer qualquer irresponsabilidade e não incriminar ninguém inocente”, pontuou. “Temos que chegar a verdade dos fatos e apurar todos os detalhes”, apontou Toninho do PT.
A morte de Daniel será levada a Comissão de Direitos humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais cujo presidente é o deputado Cristiano da Silveira (PT).
Repercussão
Daniel, conhecido também como “Lobão”, será enterrado na manhã desta quarta feira, dia 18, por volta das 10:00 no Vale do Ipê.
No Bairro Paulo VI onde Daniel morava, o abatimento e tristeza tomaram conta da comunidade onde ele era considerado um rapaz do bem. Daniel era filiado e militava na União da Juventude Socialista (UJS) e no final do mês passado participou, em Brasília, juntamente com outros representantes do movimento em Lafaiete, dos atos pela democracia no Brasil.
A comunidade do bairro, amigos e familiares preparam manifestações em favor de esclarecimentos da morte de Daniel e pedindo justiça no caso.
Foto de capa:Reprodução