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Sem Censura

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Lição I

Se não saiu derrotado, pelo menos Ivar levou um puxão de orelhas de seus principais opositores na sessão extraordinária ocorrida na terça feira em que os vereadores analisaram a denúncia de suposta ilegalidade na contratação de monitores de educação inclusiva. A tese era de que as contratações deveriam passar por uma lei específica e pelo crivo dos legisladores.

 

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Lição II

Ivar sentou à frente dos 13 vereadores como se estivesse em júri popular. Durante quase 8 horas ouviu atentamente o transcorrer de todo o processo e principalmente das falas dos 13 vereadores. Algumas contestando a versão de ilegalidade outras promoveram uma lição ao prefeito, chamando-a a correção de erros. Além de um puxão de orelha a sessão teve o caráter pedagógico quando o professor chama a atenção de seus alunos. Os edis deram um pito no prefeito, no dizer popular.

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Lição III

E ele ouviu como um aluno obediente o sermão dos vereadores. Falta de diálogo, prepotência, arrogância foram algumas críticas direcionadas a sua administração. Na opinião da maioria dos vereadores, a prepotência do governo fez com ele chegasse à situação de possibilidade de cassação do mandato, algo que poderia ter sido evitado com um estreitamento das relações institucionais. Aliás o prefeito sequer tem um líder formal na Casa, apesar que na informalidade o cargo é atribuído a Gildo Dutra.

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Lição IV

Além da falta de diálogo, seus assessores também foram alvos de duras críticas. Em uma delas o vereador Zezé do Salão (PMN) insinuou que seus subordinados mais próximos foram os responsáveis diretos pela criação da comissão processante, e no caso, deveriam estar no lugar do prefeito para o devido julgamento. Sandro José, como um consultor político, sugeriu prudência, e advertiu o prefeito pela forma como trata a Casa, aliás com certo desdém, principalmente ele que foi vereador por dois mandatos e construiu grande parte de sua carreira política na atuação parlamentar. Foi como legislador que ele conquistou simpatia popular e foi alçado a prefeito. “Ouça mais”, sugestionou Sandro, um dos neo oposicionistas. Na tribuna ele revelou que deixou a base do governo por falta de sintonia como o governo insinuando que alertou o prefeito acerca de seus assessores.

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Lição V

Em outra frente de críticas dos vereadores, nas quais o prefeito teve que engolir sem direito, o PT não deixou de tirar uma casquinha em Ivar e até com certa ironia do destino. Ivar foi um dos algozes do ex prefeito Júlio Barros em 2008 quando este foi cassado. E agora, como o mundo dá voltas, foi o próprio PT que salvou Ivar da degola da cassação. Se não fossem os três votos da bancada, mais o voto agregado de Benito, após encerramento da sessão, Lafaiete teria Darci Tavares como o novo prefeito. “Não seremos vingativos”, esnobou Carlos Magno (PT). “Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”, disse Sandro na Tribuna dando um recado direto ao prefeito. Apesar do tom de crítica, Sandro surpreendeu o plenário, apoiando o arquivamento da denúncia.

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Lição VI

Ivar descartou o uso de um advogado e ele próprio fez sua defesa oral. Mas quando usou a tribuna a vitória estava garantida já que a grande maioria tinha declinado seu voto. Após ouvir diversos sermões e pitos, Ivar foi humilde em pedir o voto favorável. Citou sua legalidade, usou a honra de seus filhos, para dizer que não tinha errado ou cometido qualquer ilegalidade. Disse que aceitava as críticas e que as incorporaria na sua gestão. Ivar não é o perfil de aceitar ou acolher sugestões, principalmente vindas de seus opositores. Mas ele garantiu que vai retomar o diálogo com a Casa. A lição foi para Ivar como também seus assessores!

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Lição VII

Esta coluna levantou há mais um mês a insinuação de um pacto para por fim a comissão processante encerrando a polêmica de uma cassação. Diversos vereadores contestaram a tese de pacto ou negociação em curso. Mas na fala de Tarciano Franco, um dos principais articuladores na vitória de Ivar, ele deixou claro que foi sugerido ao prefeito o envio de um projeto para por fim a polêmica. E assim foi feito e o prefeito enviou o projeto, mas depois de perder na justiça na tentativa de anular a comissão. Sugestão não significaria pacto ou acordo? Fica a pergunta!

 

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Nepotismo

Na mesma semana em que escapou de uma eventual cassação, o governo municipal é atacada por uma nova bombástica acusação de suposta prática de nepotismo. Vamos aguardar a posição do Consórcio, o Casip, onde trabalharia um sobrinho do nosso prefeito Ivar. O próprio prefeito foi signatário da lei municipal que veda o nepotismo.

 

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Para fechar a semana!

Após o fim da comissão processante, entra em cena agora a Comissão Parlamentar de Inquérito. Ao que parece tem muita bomba guardada para explodir dentro do governo. São diversas denúncias já apuradas com supostas práticas ilegais. Aguardemos os fatos. Caso se confirmem, vão rolar cabeças no governo.

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