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SAMU recebe mais de 2,1 mil trotes por mês

Grande desafio na região é falta de leitos de UTI’s sobrecarregando a remoção a outros centros hospitalares em busca de vaga; somente em 2015 CISRU recebeu 122 mil chamadas telefônicas 

 

Desde que foi criado em março de 2012, o SAMU ampliou o número de atendimentos chegando a 122 mil chamadas telefônicas, via 192, e mais de 21 mil envios de ambulâncias em casos de urgências em 2015. Apesar dos desafios os números traduzem o aumento da demanda da Rede de Urgência e Emergência Macrorregião Centro Sul, o CISRU Centro Sul que engloba 3 microrregiões de Barbacena, Conselheiro Lafaiete/Congonhas e São João Del Rei chegando a 51 municípios, envolve quase 350 profissionais chegando a 775 mil habitantes. O CISRU foi o segundo de Minas.

Somente em Lafaiete, entre junho de 2015 a maio de 2016, foram atendidos em média 3.515, seguida de Congonhas com quase 1,5 mil e Ouro Branco com quase 1,5 casos.

Desafios e leitos

Em Lafaiete o SAMU trabalha no atendimento com duas ambulâncias, uma Unidade Suporte Avançado e uma Unidade de Suporte Básico. Já Congonhas e Ouro Branco possuem uma unidade de suporte básico para cada cidade

Para garantir a assistência no menor número de tempo possível o CISRU já trabalha na aquisição de novos equipamentos. A microrregião tem carência de mais uma alocação de uma USA (Unidade Suporte Avançado) e desde 2013 o pleito foi aprovado pelo Ministério da Saúde para a sua implantação em Congonhas. O Cisru está em constante cobrança junto a Secretaria de Estado de Saúde para garantir esta USA, visto que o Ministério relatou não ter disponibilidade financeira para habilitar novas unidades móveis.

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Ontem foi inaugurada a sede conjunta do Corpo de Bombeiros e SAMU em Lafaiete

Com a atual estrutura, a ambulância USA em Lafaiete fica sobrecarregada realizando transferência intra-hospitalar que necessita de cuidados médicos intensivos em decorrência a baixa capacidade instalada de leitos de UTI na macrorregião, fazendo a remoção de pacientes graves a outros polos assistenciais do tipo Belo Horizonte e Juiz de Fora.

Todo o trabalho do SAMU é integrado entre os pontos de atenção: hospitais, UPA, Policlínicas e atenção básica onde todos são responsáveis pelo resultado final no atendimento ao paciente. “O fortalecimento destas “portas de entrada,” é hoje a nossa maior fragilidade, logo precisamos de financiamento para ampliar nossa capacidade instalada que é insuficiente, principalmente no que diz respeito aos leitos de UTI em toda macrorregião”, avaliou Ormesinda Barbosa Salgado, Secretária Executiva do Cisru Centro Sul.

Trotes

Além da falta de UTI’s que sobrecarrega o atendimento, outro desafio do SAMU recinde no alto número de trotes que a central recebe chegando a quase 15% do total de ligações. A média total de ligações é de 14.112/mês, logo a média de trote alcança 2.102/mês.

Como explica a secretaria executiva os trotes acarretam em deslocamento desnecessário de ambulâncias e, por conseguinte, em desassistência de determinados casos. Para isso foram desenvolvidas campanhas de conscientização em escolas porém o resultado não foi o esperado pela direção. “O trote aumenta ainda mais o tempo de resposta em salva vidas. Quem sofre com isso é o cidadão que precisa do serviço”, frisou Ormesinda.

No próximo dia 9, mo SAMU estará coabitando com o Corpo de Bombeiros com um passo fundamental a integração e otimização do atendimento.

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