Depois de mais de duas horas de conversas e extensas discussões ficou acertada a realização de uma nova pesquisa eleitoral ainda este mês em Lafaiete para balizar a definição do grupo e orientar as estratégias de alianças.
Apesar da indefinição quanto a vice ou a cabeça de chapa, Júlio Barros sofre pressão de vários lados para assumir a candidatura e seria o nome de consenso, até mesmo defendido pelo Governador que
virá a Lafaiete prestar apoio ao grupo. A cidade é uma das 35 em Minas, com menos de 100 mil eleitores, prioritárias para o Governo do Estado e receberá uma atenção especial.Representantes do PT querem uma definição até o final do mês para colocar o bloco nas ruas. A grande questão ainda indefinida seria o vice. Wesley Luciano é um dos nomes com grandes chances e com bom trânsito nos grupos. Ao que parece o Glaycon hesita em apressar a definição, já que trabalha em uma ampla coalizão.
Outro nome para vice seria do ex prefeito Vicente Faria (DEM) porém sua situação pode ser um empecilho já que foi condenado pelo Tribunal de Justiça por supostas irregularidades na aplicação do FUNDEF. Ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas sua candidatura ainda está pendente. Mesmo em caso de uma nova derrota, ainda cabe o último recurso ao Supremo Tribunal Federal. Esta indefinição pode melar as chances de Vicente como vice já que o grupo quer evitar possíveis
percalços de ter que substituir candidato no curso da campanha. O caminho mais seguro seria então o de Wesley Luciano que muito grada a Glaycon Franco.
Candidatura de Vicente
Independente da situação, Vicente Faria se desponta como um potencial candidato, abarcando a possibilidade de uma aliança com o PSDB, do ex deputado José Milton. Faria já vem conversando com diversos grupos e costurando alianças, mas aguarda a definição do deputado Glaycon Franco.
Neste quadro começa a se delinear, Lafaiete poderia ter pelo menos 4 candidaturas: Eddie Rezende (PTC), Ivar Cerqueira (PSB0, Júlio Barros e Vicente Faria. Ao que tudo indica Divino Pereira (PSL) deve remover sua intenção de lançar seu nome.
Ao certo dentro de no máximo 15 dias, as candidaturas estariam postas no tabuleiro político. As movimentações políticas partem para a definição, já que daqui há 2 meses começa oficialmente a campanha, com duração de apenas 45 dias.
Tocando na ferida
Na noite desta terça feira, dia 14, usando a Tribuna da Câmara, o vereador Gildo Dutra (PV) cutucou na ferida eleitoral. Segundo ele jamais presenciou um quadro desta natureza em Lafaiete, em momentos que antecedem o jogo de bastidores e a definição de nomes. “Nunca vi em toda
minha história política a demora escolher os candidatos. Ou é um jogo de cartas marcadas ou os candidatos estão com medo. Este atraso de deixar para reta final a definição não favorece que os nomes sejam colocados a prova do eleitor”, pontuou.
Por outro lado, Zezé do Salão (PMN) e o PEN vão apresentar uma opção a Lafaiete. Ele negou seu nome como cabeça de chapa, porém não apontou um candidato. Para ele quando mais se discute e se protela um acordo, como é o caso atual, é sinal que os grupos estão negociando e barganhando cargos.
“Essa novela não é de agora. Quando não se decide é porque se estão
negociando cargos e empregos. Nós não queremos entrar na disputa oferecendo barganha em troca de apoio. São mais de 300 cargos que um candidato pode oferecer. Queremos a disputa transparente e vamos tocar a
prefeitura com menos de 60 cargos de confiança”, provocou.
Para os vereadores o impasse das lideranças atrasa escolha de nomes e definição de candidatos afeta o futuro de Lafaiete.