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Ivar prioriza o social e diz que seus adversários querem retornar com a velha política

Ivar e Darci fizeram discursos empolgados e mostraram números da administração
Dupla Ivar Cerqueira e Darci Tavares/Foto: Divulgação

Na 3ª série de entrevistas promovidas pelo site e jornal CORREIO DE MINAS esta é a vez do candidato a reeleição Ivar Cerqueira (PSB). Ele defendeu os avanços de seu governo na área social, reconheceu erros e reforçou que a crise financeira atingiu todos os municípios. Indiretamente mandou um recado para o deputado Glaycon Franco (PV). “Só não traz recursos pra Lafaiete o deputado que não quer”, alfinetou. Ivar não poupou seus adversários. “O que mais me motiva é não deixar a cidade cair nas mãos de maus políticos”, sintetizou.

CORREIO- O que distingue sua candidatura de seus adversários? Apontem-nos as diferenças com seus adversários

Ivar Nossa candidatura representa a continuidade de um programa que deu certo, com a maneira correta e responsável de aplicar os recursos públicos. Os adversários querem retornar com a velha política, com os mesmo atores de 20/30 anos atrás, até políticos ficha suja. Nós trabalhamos para o povo, gostamos de gente.

CORREIO- O que motiva sua reeleição já que todos nós sabemos da tarefa espinhosa do cargo e das limitações financeiras de Lafaiete. O que fará de diferente de seu primeiro mandato, claro, em caso de vitória?

Ivar- O que mais me motiva é não deixar a cidade cair nas mãos de maus políticos. A cidade é pobre e o povo é sofrido; temos que combater o mau com o bem. Outro motivo é a necessidade de manter a cidade no rumo certo.

Em caso de vitória nós não mudaremos nossa conduta de trabalhar com ética, honestidade e legalidade. Existe um projeto que começou em 2013 que precisa de continuidade. Já fizemos muito, mesmo administrando em plena crise. Precisamos concluir alguns projetos já em andamentos e buscar outros.

CORREIO- O senhor sempre usou ao longo de seus mandatos de vereador e mesmo nas eleições de 2011 o discurso de que a cidade “tinha recursos, mas faltavam projetos”.  O que aconteceu já que Lafaiete foi contemplada com poucos recursos. O senhor vai culpar a crise novamente? O que a gente pode prever que não haverá grandes recursos vindos para Lafaiete já que o cenário é de crise para os próximos anos?

Ivar- A crise não é uma desculpa. É a realidade do país. Só não vê quem não quer. Fizemos muitos projetos que foram aprovados, mas infelizmente os recursos é que não vieram já que quebraram o país. Mas, tivemos muita competência pra trabalhar com pouco, fazendo muito. Conseguimos, por exemplo, mais de 12 milhões de reais em convênios com o Estado e União. E ainda vem adversários mentir dizendo que não podemos fazer convênios. Podemos sim. O último firmamos agora, dia 26 agosto 2016, com a Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas de Minas Gerais, por meio de emenda parlamentar do Deputado Lafaiete Andrade. Só não traz recursos pra Lafaiete o deputado que não quer.

CORREIO Nos últimos anos as três palavras que mais a gente ouviu foi “ética e legalidade”. Realmente seu governo não foi abalado por escândalos ou denúncias de corrupção. Mas este discurso que senhor usa e está usando na campanha para diferenciar de seus adversários não seria uma forma de desvencilhar da falta de criatividade de seu governo tanto criticada? Ética e legalidade são obrigações e não é plataforma de governo.

Ivar- Discordo de seu posicionamento. A primeira coisa que tivemos que ter foi criatividade e competência para conseguir administrar um município com problemas de cidade grande e recursos de cidade pequena, e com a situação agravada sim, por uma crise financeira e política que quebrou o país e levou ao impeachment de uma presidente. Tivemos criatividade em buscar parceiros para programas em áreas como segurança, obras, cultura, entre outras. E sim, ética e legalidade são obrigações. Concordamos. Mas, então, por que tanta descrença do povo brasileiro com os políticos apontando que em sua maioria eles são corruptos? Não deveriam todos serem éticos e legalistas? Já nossa plataforma, nosso plano de governo, e não promessas, já está pronto, entregue à justiça eleitoral, disponível no site do TSE e em nosso Facebook.

CORREIO –Seu secretariado será mantido ou haverá mudanças? Em quais áreas o senhor faria mudanças e/ou trocaria o comando de pastas?

Ivar- Nossa equipe sempre esteve empenhada em trabalhar para resolver os problemas da cidade, que são muitos. E se houver necessidade de mudanças não tenho problema nenhuma em fazê-la. Hoje trabalhamos para vencer a cada dia os problemas com muita responsabilidade e vamos trabalhar até dia 31 de dezembro, pra isso fomos eleitos. E se o povo entender que temos que continuar por mais quatro anos este projeto sério e responsável que estamos desenvolvendo na cidade, continuaremos. E aquelas mudanças necessárias, com evolução positiva para a cidade virão.

CORREIO –O mais lhe frustrou como governante? Que obras o senhor projetou e não conseguiu realizar e agora pretende retomar?

Ivar- A maior frustração é querer fazer e infelizmente não poder fazer por várias razões. E claro, assistir esta destruição do país, refém de uma corrupção avassaladora gerada por maus políticos que tanto prejudica os municípios, não diferente, a nossa Lafaiete. Como médico, cidadão e prefeito quero muito ver concluído o Hospital Regional. Em nossos projetos estava poder oferecer esta opção para a população. Mas lamentavelmente não depende de nós que a obra seja concluída. Isso é obrigação do Governo do Estado.

CORREIO –Em linhas gerais quais são suas prioridades?

Ivar- Priorizamos aquilo que é mais necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas, e que Deus nos ajude a manter essa fraternidade e este acolhimento, pois gostamos é de gente. Assim, priorizaremos a saúde, a educação e a justiça social, como já o fizemos neste primeiro mandato. Isso significa mais investimento em médicos na policlínica, em ampliação de medicamentos de distribuição gratuita, na merenda escolar de qualidade, no investimento em profissionais de educação, nos programas sociais. Significa priorizar o pagamento daquele pai de família que trabalha o mês inteiro e tem o direito de receber seu salário em dia. E claro, buscar mais recursos para maiores obras.

CORREIO –Todos nós sabemos da animosidade política entre o senhor o deputado Glaycon Franco. Não vamos entrar no mérito. Não haveria uma possibilidade de uma aliança estratégica em torno de Conselheiro Lafaiete? Pelo menos uma aproximação e até mesmo que o deputado possa contribuir já que tem força política. Seu governo pensa em estabelecer um novo patamar de relacionamento com o deputado, não simplesmente institucional?

Ivar- De minha parte não há animosidade com o deputado Glaycon Franco. Pelo contrário, sempre agradeci publicamente quando seu empenho resultou em algo positivo para a cidade. Recebi e recebo seus assessores. E até busquei uma aliança política sim, mas ele optou à época, por aquele grupo político que todos nós conhecemos bem. Mas, esta questão é político/ideológica. O deputado tem que ser da cidade, trabalhar para a cidade, independente de qualquer bandeira política partidária que empunhar. Estou e sempre estarei de portas abertas para todo e qualquer benefício que ele ou qualquer outra pessoa traga para Lafaiete.

CORREIO –O senhor acredita que coloca em funcionamento o hospital regional em seu segundo mandato?

Ivar- Claro que vamos colocar em funcionamento o Hospital Regional. Lafaiete e região precisam deste hospital. Para isso acontecer só depende do governador. Que o Governo do Estado cumpra o seu papel retomando e concluindo a obra, bem como, equipando o Hospital Regional. Isso é dever, é obrigação do Estado. Aí, sim, colocaremos ele para funcionar. E não podemos mais aceitar as mentiras que falam sobre este assunto. Mesmo nossos adversários quando criticam e dizem que vão terminar a obra, sabem que não é verdade. Quem tem que fazer isto é o Estado, não o município. E outra mentira é que houve uma liberação de uma verba para a conclusão da obra do Hospital Regional e que ela foi usada para outros fins. Isto é mentira. È a maneira velha e porca de fazer campanha eleitoral difamando as pessoas e mentindo para os eleitores.

CORREIO Quais erros que senhor cometeu e que não cometeria em um segundo mandato?

Ivar- Sou um ser humano, portanto, passível de falhas. Porém não reconheço algum erro que tenha comprometido o trabalho honesto e responsável com a coisa pública que propusemos a fazer. Agora atuação como gestor quem tem que avaliar é o povo. E isso eles saberão fazer nas próximas eleições. Espero que o eleitor reconheça todo nosso empenho e trabalho para manter Lafaiete no rumo certo e que possamos num futuro mandato corrigir possíveis falhas.

 

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