20 de abril de 2024 10:53

“Eu represento o novo”, assegura o candidato Mário Marcus

 

Mario Marcus, Glaycom Francoe e Marco Antonio durante lançamento da candidatura/ Foto: Reprodução
Mario Marcus, Glaycon Franco e Marco Antonio/ Foto: Reprodução

Hoje encerramos nossa série de entrevistas com os 4 candidatos a prefeito de Lafaiete. Mário Marcus (DEM) afirmou que sua candidatura representa um visão diferenciada já que os seus concorrentes já ocuparam cargos públicos. “Não temos compromisso com políticas passadas”, destacou. Ele disse que vai administrar a cidade ouvindo todos os segmentos. Marcus citou o deputado Glaycon Franco como o principal fiador de sua campanha. Leia a entrevista.

 

CORREIO– O que distingue e diferencia sua candidatura de seus adversários? Apontem-nos as diferenças com seus adversários.

Mário- Todos os outros candidatos já ocuparam cargos eletivos. Já demonstraram para a população o que fizeram para a cidade. Represento o novo. Nunca fui eleito para cargo público. Nossa candidatura representa uma visão diferenciada da administração pública. Não temos compromisso com políticas passadas. Temos compromisso com o futuro. Estamos dispostos a utilizar a moderna administração pública para construirmos um governo de coesão e de responsabilidade social. Estamos preocupados com a juventude e com os passos que a cidade dará em direção ao futuro. Estamos cansados de ideias antigas, de posturas repetidas que não levam nossa sociedade a um bom caminho.

CORREIO- O que motiva sua candidatura já que todos nós sabemos da tarefa espinhosa do cargo e das limitações financeiras de Lafaiete? Onde encontrará recursos para investimento no município?

Mário- Limitações financeiras não são privilégio de Lafaiete. Todos os municípios têm dificuldades. Porém, alguns deles têm a felicidade de serem bem administrados. Vemos cidades com recursos iguais e responsabilidades iguais, com resultados muito diferentes. Isso depende do administrador. Num cenário assim, as armas são poucas, mas são iguais para todos. A diferença está na forma de gestão. Nosso grupo político tem condições de administrar em meio a dificuldades. Temos que unir habilidades para buscar na iniciativa privada e nas outras esferas de governo os recursos de que necessitamos. A crise é grande, mas também momentos de oportunidades.

CORREIO- A sua candidatura está tendo dois fiadores principais, a saber ,o deputado Glaycon Franco e o ex Prefeito Vicente Faria. Qual o papel, qual a missão e a função que cada qual vai exercer em seu mandato, em caso de vitória?

Mário- O principal fiador de minha campanha é o deputado Glaycon Franco. Aceitei o convite do grupo de 13 partidos e do deputado, porque acredito no trabalho dele e sei que está trabalhando muito por Lafaiete, porque acompanho suas ações desde sua posse como suplente há mais de quatro anos. Terá papel de grande importância porque trabalharemos juntos, inclusive para angariarmos recursos. Quanto ao ex-prefeito Vicente Faria, é um dos treze presidentes de partido que compraram a ideia de uma administração futurista e comprometida com o desenvolvimento de Conselheiro Lafaiete. O papel que ele representa é o mesmo de cada um dos doze outros presidentes de partido de nossa coligação.

CORREIO-  Como será escolhido seu secretariado e quais critérios adotará na escolha? Todos os cargos comissionados serão preenchidos?

Mário- Meu secretariado será escolhido entre pessoas de extrema competência. E será composto por pessoas que estarão preparadas para, com eficiência, conhecimento e muito trabalho, desenvolver nosso plano de governo que conduzirá nossa cidade a um bom caminho. Não tenho compromisso com uma pessoa sequer para compor meu governo. Dr. Marco Antônio e eu somos completamente independentes nessa escolha.  Os cargos comissionados serão preenchidos na medida estrita das necessidades do município. Não haverá cargos preenchidos por qualquer critério que não seja a necessidade do serviço público. 

CORREIO– Em linhas gerais quais são suas prioridades em seu futuro governo?

MárioEm primeiro lugar, o planejamento e a organização. Pessoas no local certo, desenvolvendo as atividades necessárias. A valorização do funcionalismo público é essencial. Não faremos governo eficiente com funcionalismo mal satisfeito. A casa deve estar em ordem. E não temos medo de cair no lugar comum, porque o que todos nós queremos é saúde de qualidade, educação de qualidade e segurança. Vamos, com todo afinco, lutar por isso. Áreas como a assistência social, a cultura, o lazer e o esporte também serão privilegiadas. Já chega de promessas vazias e empurrar com a barriga. Só é válida uma empreitada dessas com os olhos no futuro. E se for necessário, mudaremos nossas prioridades, de acordo com a necessidade, ouvida a população.

CORREIO- O senhor foi secretário de obras na gestão de Vicente Faria e depois disso se afastou da política não sendo assim um nome tão conhecido. O senhor tem apelado a experiência de secretário para se colocar a população. Quais outras qualidades o senhor colocaria para o eleitor o diferenciar dos demais?

Mário- Minha função de Secretário de Obras por oito anos não era política. Foi um tempo de muito trabalho técnico e muita correria. Fizemos muitas obras. Não tive tempo para política. Esse período é, para mim, uma referência indispensável. Nele, adquiri grande experiência com a máquina pública. Oito anos não são oito dias. E não me afastei. Conheço os mecanismos e os governos que sucederam a minha ação na prefeitura acompanhei-os todos atentamente. Observei seus erros e seus acertos. Sei que posso oferecer o meu conhecimento, a minha experiência e o meu comprometimento. Tenho trabalhado muito durante minha vida e pretendo continuar fazendo isso. Minha responsabilidade vem de meus pais e do que aprendi na vida em minha empresa. Isso posso oferecer.

CORREIO- Nos últimos 10 anos a região viveu um boom econômico e muitos alcunharam Lafaiete como “cidade dormitório”. O que faria para atrair investimentos e gerar renda? Como impulsionar o comércio local cuja vocação de Lafaiete é comercial?

Mário- Lafaiete é cidade polo. O que pretendemos é assumir esse papel. Não podemos mais perder empresas que desejam se instalar aqui e não conseguem por causa de dificuldades que são impostas pelo poder público. Perdemos o shopping, a indústria de parafusos e não temos um ambiente atrativo. Não resta dúvida de que um governo organizado e comprometido com o futuro, um governo estruturante, atrairá a atenção das empresas. Nosso comércio tem sofrido dificuldades imensas, como é o caso da exigência do AVCB dos Bombeiros para emissão do alvará. Não podemos dificultar a atividade empresarial. Não há empregos sem empresas. Pretendo atuar de forma a, respeitada a legislação, propiciar um ambiente adequado ao desenvolvimento de bons negócios.

CORREIO- O senhor tem falado muito em parcerias com a sociedade, os movimentos sociais e iniciativa privada. Em termos concretos como se dará esta parceria efetivamente?

Mário- Não pode mais existir a arrogância dos governos. Todos estamos no mesmo barco e a sociedade, os movimentos sociais e a iniciativa privada, além de serem importantes contribuintes para um bom governo, têm, também, a sua responsabilidade social. Não podemos encontrar um caminho para o futuro sem ouvir a todos. Se precisamos melhorar o trânsito, vamos ouvir os taxistas, mototaxistas, empresas transportadoras, empresas de ônibus, etc. Se temos que fazer intervenção na área médica, vamos ouvir o CRM, a Associação Médica, as cooperativas médicas. Cito essas duas áreas como exemplo. Mas isso ocorrerá em todas as outras. Todos têm soluções, contribuições importantes que, muitas vezes, são desprezadas. Pretendemos ouvir para refletir e decidir.

CORREIO- Outro questionamento que fazem a sua candidatura é que é apoiada pelo ex prefeito Vicente Faria que tem condenações. Neste momento em que o país fala tanto em ética esse apoio não seria um tanto quanto contraditório?

Mário- Eu não conheço nenhum ex-prefeito que não tenha sofrido processos na justiça nos últimos anos. Temos vários acusados de nepotismo, problemas em licitações e crimes graves. Temos até candidatos que já tiveram mandatos anteriores cassados. Dr. Marco Antônio e eu não temos sequer uma acusação. Sou ficha limpa, não respondo a nenhum processo na justiça e pretendo continuar assim até o final dos meus dias. Também sou pessoalmente indignado e faço parte do coro que pede ética junto com o país inteiro. Posso responder por mim. Não quero ser prefeito para manchar o meu nome. Toda a minha vida foi de uma trajetória reta e isso não será modificado. Quero garantir que, em meu governo, se eleito for, ao menor sinal de suspeita de irregularidade, farei ampla apuração.

CORREIO- Considerações finais.

Mário- Tenho boa experiência com a máquina pública e conheço Lafaiete profundamente. Julgo que chegou a hora de dar uma contribuição à nossa cidade que, nos últimos tempos, vem perdendo a sua importância na região e no estado. Não tenho visto propostas de futuro. Não tenho visto ações voltadas para o desenvolvimento e o bem-estar social. Estou sendo apoiado por um grande grupo de partidos e pelo deputado da cidade e da região. Amo esta cidade desde criança. Aqui, construí minha vida profissional e constituí minha família. Tenho responsabilidades com o passado e compromisso com o futuro. Desejo, juntamente com meu vice, e amparado por minha equipe, demonstrar que é possível, com organização, comprometimento e visão de futuro, construir uma Nova Lafaiete.

 

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