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LESMA lança livro de Allex Milagre na Academia Brasileira de Letras

Obra, que será lançada nesta quinta-feira (29), além de elevar nome do patrono de nosso município, busca manter vivo o sonho de seu autor, o historiador lafaietense Allex Assis Milagre

 

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Allex Milagre, autor do livro

Fechando a programação do Setembro Verde 2016, a Lesma Editores irá lançar o livro “Lafaiete Rodrigues Pereira – um ilustre queluzense”, de autoria do historiador Allex Assis Milagre (1971-2009) na Academia Brasileira de Letras, no dia 29. Além do significado cultural para nossa cidade, este lançamento é carregado de simbolismo, pois era um sonho do autor, falecido precocemente dois meses após o lançamento da 1ª edição da obra, em 2009, que o livro chegasse nos lugares onde o Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira (1834-1917) tivesse deixado seu rastro em suas várias atividades intelectuais e políticas exercidas no Brasil e também no exterior.

A obra já foi lançado, além de em Conselheiro Lafaiete junto à Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete – ACLCL; na Academia Mineira de Letras – AML, no ano passado e, agora cumpre este ciclo acadêmico na “Casa de Machado de Assis”, no Rio de Janeiro. Conselheiro Lafayette foi membro da ABL no final de sua vida como informa Allex Milagre no livro: “Em 1887, Lafayette foi recebido como membro do Conselho da Société D’Histoire Diplomatique, sediada em Paris. Eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 1909, na vaga de Machado de Assis, não chegou a tomar posse formalmente, tendo sido considerado empossado em decorrência de seu estado de saúde.”

Apesar da morte do autor, a proposta de lançamentos itinerantes da obra não esmoreceu. Por meio de uma parceria institucional entre a Liga Ecológica Santa Matilde – LESMA e a Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete – FDCL o trabalho de pesquisa e divulgação do patrono de nosso município tem tido sequência com a criação conjunta do projeto Caminhos de Conselheiro Lafayette. Este projeto incluir trabalhos de pesquisas, tanto bibliográficas quanto de campo a fim de enriquecer e disponibilizar maior conhecimento acerca do patrono de nosso município que foi figura proeminente no Segundo Império, sendo ministro de D. Pedro II.

Serviço

• O que: Lançamento do livro “Lafaiete Rodrigues Pereira – um ilustre queluzense”, de Allex Milagre (Lesma Editores)

• Quando: dia 29 de setembro (quinta-feira), às 17h30

• Local: Academia Brasileira de Letras – ABL (Avenida Presidente Wilson, 203 – Castelo, Rio de Janeiro – RJ)

• Contatos: [email protected]  / (31) 9 9184-0551 / 9 8667-0430

Capa da primeira edição da Obra
Capa da primeira edição da Obra

Quem foi Lafayette Rodrigues Pereira

Filho do coronel Antônio Rodrigues Pereira e Clara Ferreira de Azevedo (barão e baronesa de Pouso Alegre, respectivamente). Lafayette Rodrigues Pereira nasceu na fazenda dos Macacos, em Queluz de Minas (atual município de Conselheiro Lafaiete), no dia 28 de março de 1834 e foi batizado na Capela de Santo Amaro (atual município de Queluzito) em 3 de outubro do mesmo ano. Passou a infância na fazenda dos Macacos, ao lado de seu único irmão e confidente Washington Rodrigues Pereira. Em 13 de novembro de 1845 foi para Congonhas do Campo estudar no Colégio Matozinhos. De lá, seguiu para Prados, em agosto seguinte, juntamente com Washington, passando a residir em casa de seu tio paterno, padre Felisberto Rodrigues Milagres, vigário daquela freguesia. Mudando para São Paulo, matriculou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde graduou-se em 1857.

Mudou-se pra Ouro Preto, onde ocupou o cargo de Promotor Público. Após rápida passagem, transfere-se para o Rio de Janeiro indo trabalhar no renomado escritório do advogado Teixeira de Freitas.

Entre 1864 e 1866, assume as presidências das Províncias do Ceará e do Maranhão. Após perder a eleição legislativa, Lafayette retoma a advocacia. No ano de 1868 assume o cargo do Ministério da Justiça na Regência Imperial de D. Pedro II onde tem atuação proeminente no Segundo Império brasileiro.

Biografia de Allex Milagre

Allex Assis Milagre nasceu 21 de abril (Dia de Tiradentes) de 1971 em Conselheiro Lafaiete. Jornalista, historiador e genealogista, foi membro efetivo fundador da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette (cadeira nº 17 – patrono Mons. José Sebastião Moreira); sócio adjunto do Colégio Brasileiro de Genealogia (RJ) e sócio correspondente do Instituto Histórico de Niterói (RJ) e da Academia de Letras de São João del Rei.

Escreveu artigos para diversos jornais de Lafaiete e região, sobre história e cultura em geral. No jornal Panorama Cultural, manteve, na década de 1990, a coluna “Genealogia Mineira”, em que publicou o estudo de famílias queluzenses. Foi redator do jornal Correio da Cidade e atuou na área de comunicação da Universidade Presidente Antônio Carlo s – UNIPAC Lafaiete. Publicou os opúsculos. Entre eles “A Sociedade São Vicente de Paulo – de Queluz de Minas a Conselheiro Lafaiete” (1995); “Os 250 Anos do Bispado de Mariana” (1996); “Queluz de Minas ou Conselheiro Lafaiete?” (1998); “Padre José Duarte de Souza Albuquerque, 1899-1999” (2001) e em 2009 lançou seu livro “Lafayette Rodrigues Pereira – um ilustre queluzense”, pela Lesma Editores. Poeta bissexto, tem trabalhos publicados nas antologias: “Poetas Queluzianos e Lafaietenses” (1991); “Agenda Santo Antônio de Queluz” (1992); “Lafaiete em Prosa e Verso”. Allex Assis Milagre morreu precocemente em novembro de 2009, aos 37 anos de idade.

A Academia brasileira de Letras

No fim do século XIX, Afonso Celso Júnior, ainda no Império, e Medeiros e Albuquerque, já na República, manifestaram-se a favor da criação de uma academia literária nacional, nos moldes da Academia Francesa. O êxito social e cultural da Revista Brasileira, de José Veríssimo, daria coesão a um grupo de escritores e, assim, possibilidade à ideia. Lúcio de Mendonça teve a iniciativa de propor uma Academia de Letras e constituiu-se então, como instituição privada independente, a Academia Brasileira de Letras. A primeira sessão preparatória foi em 15 de dezembro de 1896, na redação da Revista Brasileira e Machado de Assis foi desde logo aclamado presidente.

Academia brasileira de Letras 1922
Academia brasileira de Letras 1922

A 28 de janeiro do ano seguinte, teria lugar a sétima e última sessão preparatória: compareceram, instituindo a Academia: Araripe Júnior, Artur Azevedo, Graça Aranha, Guimarães Passos, Inglês de Sousa, Joaquim Nabuco, José Veríssimo, Lúcio de Mendonça, Machado de Assis, Medeiros e Albuquerque, Olavo Bilac, Pedro Rabelo, Rodrigo Otávio, Silva Ramos, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay. Também Coelho Neto, Filinto de Almeida, José do Patrocínio, Luís Murat e Valentim Magalhães, também presentes às sessões anteriores, e ainda Afonso Celso Júnior,

Alberto de Oliveira, Alcindo Guanabara, Carlos de Laet, Garcia Redondo, Pereira da Silva, Rui Barbosa, Sílvio Romero e Urbano Duarte.

Eram trinta membros. Havia mister completar os quarenta, como na Academia Francesa. Assim fizeram os presentes, elegendo os dez seguintes: Aluísio Azevedo, Barão de Loreto, Clóvis Beviláqua, Domício da Gama, Eduardo Prado, Luís Guimarães Júnior, Magalhães de Azeredo, Oliveira Lima, Raimundo Correia e Salvador de Mendonça. Os Estatutos foram assinados por Machado de Assis, presidente; Joaquim Nabuco, secretário-geral; Rodrigo Otávio, 1º secretário; Silva Ramos, 2º secretário; e Inglês de Sousa, tesoureiro.

Com 119 anos de existência, a Academia Brasileira de Letras compõe-se de 40 membros efetivos e perpétuos, e 20 sócios correspondentes estrangeiros cultivando um trabalho de fomento à língua e à literatura de língua nacionais. O atual presidente é Domício Proença Filho, escritor, pesquisador e poeta com 55 livros publicados.

Capa da segunda edição do livro
Capa da segunda edição do livro

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