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Calvário: usuários denunciam falta de medicamentos na farmácia central

 A idosa Maria Ângela exibe remédio para asma que está faltando há mais de um mês

A idosa Maria Ângela exibe remédio para asma que está faltando há mais de um mês

Nossa reportagem esteve nesta manhã na farmácia central da prefeitura de Lafaiete, que funciona atrás do pronto socorro onde presenciou o calvário por que passam muitos cidadãos lafaietense. Uma fila enorme aguardava os usuários que se aglomeravam no local em busca de medicamentos. As denúncias vão desde a demora no atendimento e falta constante de medicamentos. “Aqui não tem nada de humanidade conosco. È desprezo mesmo”, criticou Alcides Ferreira.

Nossa reportagem ouviu as reclamações inclusive de idosos que ficam na fila sem atendimento prioritário. Maria Ângela, 70 anos, morada do Bairro São João, que sofre de asma está sem remédio há mais de um mês. “Estou sem remédio e se passar mal o recurso é ser internada”, protestou. Segundo ela, até sua ficha de controle sumiu na farmácia central. “Não tenho condições de comprar o remédio”, disse.

Patrícia Neiva, morada do Campo Alegre, que veio buscar antidepressivo, reclamou da fila e também da falta do remédio controlado.

Confusão e longas filas no atendimento da farmácia central
Confusão e longas filas no atendimento da farmácia central

Já Cátia Silva, do Rosário, disse que há mais de duas semanas vai a farmácia mas não encontra seu remédio. “Estou aqui desde 8 horas e nada de atender”, disse.

Juliana Rosa Silva, do Museu, afirmou que sua filha sofre de epilepsia, e veio buscar remédio já que a caixa acabaria nesta sexta feira. “Torço para encontrar o remédio”, assinalou.

Roseli de Oliveira, do Sion, cuja mãe de 80 anos tem problema pulmonar criticou a falta de medicamento. Já Inês Rodrigues, da Cachoeira, disse que caso não encontre o remédio para a asma seria obrigado a comprar na farmácia. “Com ou sem dinheiro, se faltar, sou obrigado a comprar”, afirmou.

Os usuários disseram que a constante troca de funcionários prejudica a atendimento. Segundo eles, uma funcionária de nome Cássia, que foi dispensada após as eleições, conhecia de perto grande parte dos pacientes e facilitava o trabalho. “Ela saiu virou esta bagunça aqui”, denunciou.

Nossa reportagem enviou questionamentos a prefeitura sobre a situação e aguarda as respostas.

Fotos: CORREIO DE MINAS

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