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Vacas magras: vereadores apelam a crise para acabar com o 13º salário

Em um acerto de contas, parlamentares municipais reconheceram erro quando instituíram a gratificação; João Paulo insinua vingança dos derrotados

 

Vereador João Paulo Pé Quente
Vereador João Paulo Pé Quente
Gido Dutra cobrou conscientização e participação do eleitora/ Foto:Arquivo
Gido Dutra / Foto:Arquivo

Já avançava para mais de 11:00 horas, de ontem dia 14, quando a penúltima sessão da legislatura foi encerrada.

A principal discussão foi a votação do projeto que acabaria com o 13º salário. Após as eleições o assunto voltou ao centro dos debates entre os vereadores já que pelo entendimento do Ministério Público o 13º valeria para a próxima legislatura, estendendo o benefício ao prefeito, vice e secretários.

Benito/Foto:Arquivo
Benito/Foto:Arquivo

Com a revogação, os vereadores fizeram um acerto de contas e reconheceram que cometeram um erro.

 Vereador Tarciano Franco
Vereador Tarciano Franco

A principal justificativa dos representantes para por fim ao 13º foi o momento de crise por que passa o país. Os levantamentos preliminares apontam que o fim do 13º vai gerar cerca de R$500 mil em economia para os próximos 4 anos. “Estamos passando por uma grave crise a população pede economia com os recursos públicos. Não podemos contrariar as vozes das ruas já que fomos execrados. Acredito que o salário de R$8,3 mil é muito bom para o vereador”, comentou Toninho do PT que considerou o 13º como precipitação. “O momento exige sacrifício para sairmos da crise e esta Casa dá um bom exemplo. Esta é nossa responsabilidade”, ponderou Gildo Dutra (PV).

O vereador Zezé do Salão (PMN), que liderou o movimento para acabar com o 13º, adiantou que protocolaria um projeto para congelar os salários para os próximos anos.

Vereador Toninho do PT/Foto:Arquivo
Vereador Toninho do PT/Foto:Arquivo
Vereador Zezé do Salão (PMN)/Arquivo
Vereador Zezé do Salão (PMN)/Arquivo

João Paulo Pé Quente (DEM) tocou na ferida que ainda importuna os vereadores desde que em 2013 foi instituído o 13º gerando uma reação popular ferrenha. “Foi um erro nosso, mas o momento exige sacrifício da nossa parte. Mas vejo que temos uma grande responsabilidade quando chegamos a esta casa e assumimos uma cadeira destas. Como existem juízes ruins ou deputados péssimos nem todos os vereadores são iguais.

Alguns se dedicam mais que os outros. Pagamos caro por nosso erro. Acredito que o momento atual é diferente”, disse.  Benito Laporte (PROS) considerou que estava arrependido.

Já Tarciano Franco (PRTB) comentou que a revogação do 13º vai de encontro com o momento brasileiro. “Erramos sim, mas esta Casa será exaltada em outro momento”, finalizou Pastor Boaventura (PSDB).

Vingança

Vereador Pastor Boaventura /Foto:Reprodução
Vereador Pastor Boaventura
/Foto:Reprodução

Um dos momentos mais acalorados foi quando Pé Quente insinuou que o projeto que extinguiu o 13ª foi motivado por vingança dos vereadores que não foram reeleitos. Em momento algum agimos desta maneira”, retrucou Toninho do PT.

Secretários

Os vereadores defenderam que o 13º deveria valer para os secretários como forma de atrair bons profissionais para o quadro da prefeitura.

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