Assim que o vereador João Paulo Pé Quente (DEM) pediu a seus pares o apoio a aprovação do requerimento para a promoção de audiência pública para discutir a implantação do projeto de meia passagem, a qualidade dos serviços prestados pela Viação Presidente foi o estopim para duras críticas a concessionária. “É um absurdo o que a Presidente faz com o povo de Lafaiete. É igual a Copasa. Pega o dinheiro e vai embora. Ela deveria ter mais respeito com o nosso povo. Os ônibus são igual a carroças. Se ela está tendo prejuízo deveria abrir mão da concessão e ir embora. Acredito que com a implantação da meia passagem mais jovens e estudantes vão usar os ônibus”, disparou Fernando Bandeira (PTB) que também criticou a diretoria que já havia prometido melhorias no serviço e não cumpriu. “Um diretor da empresa já esteve aqui e prometeu para todos nós que iria levar nossas sugestões, mas nada fizeram e enganaram a gente em outra audiência pública”, relembrou Pedro Américo. “Esse assunto da meia passagem já tem mais de 15 anos que foi discutido aqui. Quando chega a hora de aprovar a Presidente apresenta planilha de que tem de transferir os custos aos usuários”, contou Chico Paulo (PT). “Planilha só vale se é registrada na Junta Comercial”, contra atacou Bandeira.
Geraldo Lafayette (PP) defendeu o projeto de meia passagem, mas disse que para a audiência ter um resultado positivo os vereadores deveriam discutir o assunto antes com a empresa. “Senão vamos armar um circo aqui e não vai dar resultado nossa audiência. Aumento de passagem não demora acontecer em Lafaiete, mas pelo menos vamos discutir com eles uma contrapartida. Precisamos ser mais propositivos e menos discurso”, assinalou.
A vereadora Carla Sassi (PTB) disse que é necessário um estudo detalhado do contrato como forma de desarmar a empresa. “Precisamos saber o que tem sido oferecido e saber cobrar”, disse.
Em defesa da implantação de meia passagem, João Paulo lembrou que em Congonhas o projeto já uma realidade. “Vamos imputar esta responsabilidade a empresa. Não concordo com a planilha que ela apresenta para justificar custos. Precisamos ganhar força e mobilizar as pessoas e trazer também a promotoria na discussão”, defendeu.
O requerimento da realização da audiência foi aprovado mas ainda sem data para acontecer.