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Nos mais variados depoimentos de moradores dos dois bairros, na audiência pública, ocorrida ontem a noite, dia 22,a angústia, o preconceito e o drama das famílias retratam o descaso como são tratados os moradores. Vivendo a abaixo da dignidade humana eles resistem e assumem seu protagonismo. “Não queremos nada de graça. Temos o direito à felicidade com água tratada e rede de esgoto. Se temos água potável é porque pagamento um caminhão pipa”, afirmou a moradora Polione Firmino. Ela alegou que rua que corta o Triângulo tem reconhecimento legal do município. “Se queriam desapropriar um terreno para a construção do centro de zoonose porque não agem assim conosco nos dando condições ter uma moradia digna”, salientou a moradora Thaís de Souza.
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A presidenta da Associação do Bairro Siderúrgico, Aparecida Costa, contou que uma família convive com uma fossa séptica dentro do banheiro e a rede de esgoto passa de fora de sua casa. “São cerca de 30 famílias que vivem sem água e esgoto”, protestou. “Eu lavo minha roupa na bica”, reclamou a moradora Jaqueline de Oliveira, do Siderúrgico. O morador Nilvado disse que a avenida Rosa Dutra, que corta o bairro, tem registro oficial na prefeitura.
Outras falas
Nas falas de diversos segmentos, o vereador Geraldo Lafayette reconheceu as limitações de atuação da Câmara nos problemas dos bairros. “O Ministério público é soberano a nossas decisões. Não vamos vender ilusão fácil que vamos sair daqui com uma solução. Estamos juntando todos os documentos possíveis para entendermos a complexidade dos problemas”, disse, se referindo que os vereadores desconhecem quantas pessoas realmente moram no Triângulo ou quem são os donos do terreno siderúrgico onde residem as famílias afetadas.
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“Queremos sair desta reunião com um direcionamento”, afirmou Carla Sássi. A prefeitura iniciou um levantamento sócio econômico dos moradores do Triângulo II.
O sub procurador, Cayo Marcus Noronha, orientou que a situação dos bairros exige paciência, cautela,sem demagogia e que o governo municipal vai da prosseguir com a regularização fundiária. Os representantes da CEMIG e Copasa afirmaram que seguem diretrizes d agências reguladoras.
Ao final foi criada uma comissão composta por vereadores e 5 representantes dos bairros para que dentro de 15 dias possam dar prosseguimento às discussões, juntamente com a participação da secretaria de desenvolvimento social e a procuradoria. “A causa de todos vocês é nossa também”, finalizou Chico Paulo (PT).
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