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Quadrilha,que atuava em Congonhas e Lafaiete,gerou mais de R$5 milhões de prejuízos com roubo de carretas e 1 mil toneladas de minério

Com o crescente número de roubos a caminhões de transportadoras de silício em cidades do interior de Minas Gerais, empresários de Pirapora, no Norte de Minas, resolveram contratar escolta especializada para acompanhar a entrega da carga. Não adiantou. Por isso, eles acionaram a Polícia Civil, e após três meses de investigações, quatro homens foram presos, suspeitos de integrarem um grupo que já lucrou mais de R$ 5 milhões com o roubo de caminhões carregados do minério. Pelo menos 26 veículos e mais de 1.000 toneladas teriam sido contrabandeadas.

As investigações da 3ª Delegacia Especializada em Repressão as Organizações Criminosas (Deroc) mostram que, além de grande, o esquema envolve empresas e receptadores de vários tipos.  O delegado João Marcos Andrade Prata, que comandou as investigações, explicou que, além os quatro detidos revendiam o material roubado dos caminhões a fornecedores de vários estados. “Já identificamos uma empresa de São Paulo e receptadores no Centro-Oeste de Minas. Com certeza, é uma atividade criminosa que começou a ser praticada por existir compradores, e é atrás deles que estamos agora”, explicou Prata.

Etapas

Os suspeitos e os detalhes do esquema foram apresentados nesta quinta-feira (22) pela Polícia Civil. Segundo os investigadores, os membros do grupo tinham acesso, por meio de caminhoneiros, à rotina de entregas de silício advindo de produtoras de Pirapora. “Eles esperavam que esses caminhoneiros parassem para descansar, jantar, ou dormir, por exemplo, e furtavam ou roubavam o caminhão e a carga”, contou o delegado. 26 furtos e roubos de caminhões foram registrados em Nova Lima, na região metropolitana; Santos Dumont, na Zona da Mata; e Ouro Preto, Conselheiro Lafaiete e Congonhas, na região Central de Minas.

De acordo com o delegado, os caminhões carregados com o minério eram levados para dois galpões da quadrilha, em Conselheiro Lafaiete e Nova Lima. As carretas eram desmanchadas e as peças eram revendidas. “Já o silício era revendido a 50% do preço aos receptadores”, afirmou Prata.
R$ 5 milhões de prejuízos.

Cada caminhão furtado pelos suspeitos transportava uma carga avaliada entre R$ 100 mil e R$ 300 mil. “Com isso, acreditamos que esse grupo tenha movimentado até R$ 5 milhões nos últimos dois anos”, comentou o delegado.

O grupo foi preso na semana passada, após a polícia identificá-los por meio de um rastreador de um caminhão roubado. Claudinei Santos Félix, de 41 anos, foi preso em Conselheiro Lafaiete, enquanto Ermílio Pinheiro de Souza, de 26 anos, Emerson Aurélio de Souza, de 44 anos e Marcos Vinícius José Caetano, de 29 anos, foram detidos em Nova Lima. Eles responderão por furto, roubo, associação criminosa e receptação de produto roubado, com pena de até 30 anos.

Fonte: O TEMPO

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