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Sob pressão popular, conselho de trânsito defende investigação em contrato e nos serviços prestados pela Viação Presidente

Omissão do poder público gerou decadência na prestação do transporte público e membro do conselho querem reuniões abertas; aumento da passagem não será definido em menos de 60 dias

Presidente do Conselho de Trânsito, Valdney Alves, agora cobra fiscalização da prefeitura/CORREIO DE MINAS

O Conselho Municipal de Transporte e Trânsito Lafaiete (CMTT) vive um impasse sobre a definição do reajuste da tarifa de ônibus. Isolado, sem apoio e sob forte pressão popular, o órgão promoveu uma guinada.

Conforme informou o Fato Real, CMTT deliberou (com 8 votos a favor e 1 contra) que a administração pública municipal deverá instaurar procedimento administrativo em face da empresa Viação Presidente para verificar sua atuação no município e o cumprimento do contrato de concessão entre as partes, devendo emitir um parecer conclusivo dos trabalhos.

Enquanto durar o processo administrativo o conselho vai suspender os trabalhos relativos à análise da revisão do valor da tarifa.

Na próxima segunda feira, dia 3, o CMTT se reúne para deliberar sobre a instalação do processo administrativo e outros assuntos. Conselheiros ouvidos por nossa reportagem defenderam que as reuniões do CMTT sejam públicas já que tratam de assunto de interesse da coletividade.

Repercussão

Pela primeira vez população de Lafaiete foi às ruas contra o aumento da passagem/CORREIO DE MINAS

O certo é que pela primeira vez a população protestou contra o aumento da passagem, ao contrário de anos anteriores. A omissão dos poderes públicos gerou a queda na qualidade do transporte público e a empresa alega que tem prejuízo no serviço.

A mudança de postura do conselho já deveria sido adotada desde o primeiro momento que a empresa protocolou o aumento de R$21,90 a R$3,82 há mais de 30 dias. Discutir a qualidade antes do preço, esse é o verdadeiro papel do conselho.

Mas a pressão popular foi de impacto direto e os usuários se transformaram em protagonistas do processo de reajuste. Agora o conselho empurra ao governo municipal a responsabilidade de fiscalizar o serviço de transporte antes da votação, desviando o foco das discussões.

Paralelamente a Câmara também instalou uma comissão especial para investigar o cumprimento do contrato da Presidente com a prefeitura como também a qualidade do serviço prestado.

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